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Xxx Último do dia por motivos de: amanhã tem maratona com 4 ou 5 capítulos, yeah! Por motivos de: faz um aninho do nosso grupuxoo! Então aceitem e até amanhã! Enjoy xxX
Brunna Pov
Flashback On:
Três semanas se passaram desde o que fizeram com Emily. E só a duas semanas comecei a “tratar” o problema do pânico quando a tocam, e ela sente que era intimamente. Como? Eu fingia ser o homem da história, e a ajudava nisso… Já que ela se negava a falar com um psicólogo.
– Você tem que falar com o Marcos, o garoto está perdendo a cabeça. - Disse em voz baixa, tínhamos acabado de levantar. Coloquei uma música calma, no volume médio e ofereci a minha mão para ela.
– Não consigo, Bru. Era pra ser com ele, sabe? - Sua voz falhou. Pegou na minha mão com sutileza, então eu beijei suavemente sua mão. Escutei um pequeno riso.
– O que foi? Tenho certeza que Marcos será assim, porque ele é assim. Nada mudou, Emily. - Falei em tom bem feminino. Ela sorriu. Era uma satisfação grande vê-la sorrir.
– Mudou sim, você até está dando uma de Homem. Bem que eu disse, use salto alto Bru…Mas… - Eu ri muito. Então escutei o seu sussurro, me agradecendo.
...
Nos dias que passaram ela não comia muito, se vestia se cobrindo por inteiro, e nunca me deixava vê-la de lingerie. Me preocupava pelas feridas que ainda estavam com pontos. Ela se restringia, vomitava todas as manhãs e ás vezes desmaiava. Ideias começaram a brotar na minha cabeça, eu teria que testá-las.
– Até que enfim. - Disse aliviada. Rodava na minha mente, que minha pequena poderia estar grávida. E pedia a Deus que não.
– Desculpe. - Ludmilla parecia aflita. Me deu a sacola com testes de gravidez da farmácia. Me aproximei e a beijei.
– Obrigada. -
– Marcos me encontrou na farmácia. Contei pra ele as suas especulações. Tenho quase certeza que ele vai invadir aquele quarto hoje. - Ludmilla me informou.
Subi as escadas, entrei no quarto que não havia ninguém. Bati na porta do banheiro e Emily saiu de lá de calcinha e sutiã. Tomei um susto, ela parecia muito cansada e os olhos assustados. Ignorou minha presença, andando lentamente até o espelho, ainda haviam marcas em seu corpo, e algumas que nunca tinha visto antes, talvez por não analisá-la como deveria. Observei suas mãos passarem do pescoço, até a barriga. Ela não comia, e normalmente sua barriga era bem lisa. Mas não estava o tanquinho que costumava ser, um pouco inchada eu diria. Seus olhos encontraram os meus pelo espelho, mas antes de dizer qualquer coisa ela correu para o banheiro e eu fui atrás. Ela se agachou perto da privada, e vomitou, eu segurei seu cabelo e acariciei suas costas. Ela me empurrou.
– Vá na farmácia…- Sua voz falhou. Já havia lágrimas correndo pelo seu rosto.
– Eu sei. Pensei antes… – Disse apressada, mostrando a sacola cheia do que ela precisa.
...
– Esse é o último, Emy. – Disse conformada, mas ela estava inconformada pelo o que os testes diziam. Já era noite, me preparei mentalmente para o que viria.
– NÃO PODE SER. EU NÃO POSSO… MEU DEUS, BRUNNA… EU TENHO UM MONSTRINHO DENTRO DE MIM. - Ela começara a gritar, ao sair do banheiro. Provavelmente todos no andar de baixo tinham escutado, me levantei para abraçá-la, mas fui empurrada pra trás e não entendi.
– Não toque em mim. - Ela berrou descontrolada.
– Emily… Esse bebê que está crescendo em você… Bom, ele não é um monstrinho. - Disse calma, observando todos os seus movimentos. Ela tocou na barriga nua várias vezes.
– Eu sei. Também é parte de mim… - Disse com voz chorosa. - Marcos terminará comigo, seremos eu e o feto… Lutei tanto para ter Marcos do meu lado. Neguei todo o mundo pra ficar com ele… O meu Deus, ele vai me odiar.-
Então pude compreendê-la novamente. Emily nunca abortaria, pois nunca iria ferir um inocente, e mesmo se negando a falar com Marcos, ela o amava mas sentia medo. Passaram horas desde o que descobrimos, o amor dela apareceu mas como um cão de guarda e fiz meu melhor, o expulsei, prometendo que pela manhã ela falaría com ele. Tinham o direito de resolverem o futuro, já que daqui a dois dias as aulas se iniciam e Emy precisaria do apoio de todos. Ela será alvo de comentários, gozação, comentários ofensivos e ainda suportaria tudo estando grávida. Estaremos lá por ela. A madrugada se iniciou, Emy estava deitada de lado com os olhos inchados e ainda murmurando coisas para si. Eu diminui a luz, e me deitei ao seu lado.
– Ele não vai me querer. Não tenho mais meu lacre, estou grávida e provavelmente com o futuro ferrado. Último ano incrível que me aguarda… - Senti a onda de dor na voz dela. Deitei de lado junto ao seu corpo, passei a minha mão direita sob sua barriga acariciando.
– Ele será nosso bebê. Você ainda é meu tesouro, e sempre será. - Sussurrei em seu ouvido, imitando voz grossa. Escutei um pequeno riso invadir o quarto. – Será assim que ele vai falar amanhã, porque ele te ama. - Ela se virou devagar para encarar meu olhar, sorri.
– O que eu seria de mim sem minha Brubs? - De todas as vezes que assisti as lágrimas rolarem dos olhos de Emily, essa foi a única vez que eu gostei. Então senti seus lábios pressionarem os meus, em quatro segundos. Então ri.
– Terá que fazer melhor com ele amanhã. - Ela me socou, depois suspirando e dormindo.
...
No outro dia
– Você tem que se vestir melhor. Ele está lá embaixo, esperando. - Disse revoltada. Onde tinham socado o espírito de moda, da Emy? Aquilo não era normal de se ver.
– Estou nervosa. Acho que vou vomitar.- Então escutamos vozes alteradas, que imediatamente reconheci, Marcos e Ludmilla. Não demorou muito para a porta ser aberta violentamente. Olhei para Emy, que imediatamente sentou na cama respirando fundo e olhando para o lado oposto de Marcos, provavelmente se preparando. Ela virou o rosto, envergonhada e proporcionou a ele um sorriso fraco. Ludmilla limpou a garganta, e eu compreendi.
– Bru, fica. - Emily quase gritou, me dando um olhar desesperado.
– Tudo bem. - Foi tudo que pude dizer, me encostando em um canto qualquer. Minha atenção se direcionou para o casal, tanto é que não vi Ludmilla sair.
– Estamos terminando? - Emy falou em voz baixa, olhando carinhosamente para ele.
– Não. Eu sei de tudo que você passou, eu te encontrei e eu te amo ainda mais. - Ele falou sério, botando-se de joelhos na frente dela. Algo falhou em mim. Parecia que ele ia pedir ela em casamento, mas nada disse e o silêncio se prolongou por dois minutos.
–Não é fácil… Marcos, eu… - A voz doce falhou com o ar, e ela graciosamente levou as mãos para o ventre. Suspirou alto.
– Lembra quando falamos que iriamos ter uma família, só nossa? - Ele disse com a voz calma. – Então, o destino é cheio de caminhos quebrados… Eu quero que esse bebê, seja meu filho. Que tenha meu sobrenome. Que me chame de pai, porque eu quero ser o seu pai. - Meu queixo caiu. Levei a mão até a boca, sorrindo secretamente.
– Você é louco? O que seus pais diriam? Eu levei meses para me aceitarem. - Emy disse indignada, mas pude ver seus olhos sorrirem.
– Já falei para eles. Emily, não teve nenhum segundo, depois dessa tragédia, em que você saiu do meu pensamento. Eu decidi. E se você me ama, me aceite. Eu quero dizer… – A voz dele fraquejou, então fogos de artifícios estouraram em mim. - Você… Aceita que eu seja pai desse bebê? Quero te dar também o meu sobrenome. -
– COMO ASSIM?- Emy levantou, agora andando em círculos e junto dela, ele. Observei a mão dele procurar por algo no bolso do jeans. E tirar dali um anel de brilhantes. Quando ela percebeu, parou e encarou os olhos dele.
– Emily Ferreira, você aceita ser minha esposa? - Eu assistia a cena mais linda de toda a minha vida. Marcos é tão nobre, que depois de tudo que Emy passou e viveu… Ele simplesmente pegou o útil e levou para o mais que agradável. Ela não seria sozinha com o bebê, seu filho teria um pai. Eu sorri imensamente, esperando um grande “Sim” ao jeito que só uma Emily daria. Mas o silêncio começou a durar muito. Então ela reagiu, o abraçando e beijando sua têmpora, depois suas bochechas e por fim seus lábios.
– Seremos seus, mas não me casarei. - Foi o que eu entendi, pois o seu sussurro parecia ser só pra ele ouvir.
Flashback Off.
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