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Xxx Bom dia raios de sol, vamos do ponto de vista da Bru? Capítulo bem pesado mas necessário, anos antes okay? Enjoy xxX
Brunna Pov
Flashback On:
– No banho não foi suficiente? - Sussurrei, enquanto Ludmilla passava as mãos pela minha cintura e levantava a minha blusa.
– Nunca será suficiente com você. É viciante sabia? - Invadiu o meu interior as suas palavras, me deixando quente. Recebi seus lábios com muita vontade, beijando, mordendo e sugando-o só pra mim. Era tão recente esse desejo e sentimentos, tudo novo.
Havia somente três semanas que nos casamos, e moramos no apartamento da senhora Silvana, ela tem sido gentil, o que não me surpreendeu. Seu comportamento comigo começou a mudar quando comecei a frequentar mais a casa dela, no inicio do namoro com Ludmilla. Era bom essa sensação de ter uma mãe diferente. Todas as tardes, Silvana me ensinava algo novo, e eu amo a cada dia mais a minha nova vida.
– Lud, temos que ir na Emy. - Falei, com respiração falhada. Mordi forte meu lábio, quando senti ela sugar e morder meu pescoço. - Você está muito taradinha não? - Dei uma breve risada, tentando fazê-la parar, quando na verdade eu quero que ela continue.
– Agora você vai ver a taradinha. - Ludmilla respondeu. Me pegando no colo e me jogando na cama. Senti meu corpo estremecer. Tirei a minha blusa e assisti ela arrancar o meu short com a calcinha. Ri quando ela se atrapalhou, mas ao perceber o que ela acabou de fazer fiquei vermelha.
– LUDMILLA! - Gritei envergonhada. Apesar de fazemos isso sempre desde o casório, eu ainda tinha vergonha dela ver meu corpo tão nitidamente. E ela sabia disso.
Assisti ela tirar todas as peças de roupa, e fixei o meu olhar em sua…. Um gemido involuntário saiu da minha boca, ela não tinha como ter vergonha do corpo dela. Ela era perfeita, tem um corpo bem definido… Ai, como tive sorte dela se apaixonar por mim. Me embrulhei com o lençol, e fiz bico. Ela riu.
– Vem aqui, amor. - Disse entrando na coberta, puxou o meu quadril para a sua boca. Arfei. Pois a minha intimidade estava queimando, e me deixando louca por causa de sua língua. A cada dia ela ficava melhor no que fazia.
(..)
Batemos na porta de Emily, que foi aberta no mesmo segundo. Paty, que dividia o apê com Emy, nos atendeu com a expressão preocupada.
– Está esperando alguém, Paty? - Ludmilla perguntou, entrando. Eu a segui.
– A Emily. Ela sumiu desde ontem. Ela não voltou pra casa depois de sair pra comprar vitamina. - Paty que geralmente era engraçada, estava carregada de preocupações.
– PORQUE DIABOS VOCÊ NÃO NOS CHAMOU? - Gritei - Vou ligar para Rômulo e Juliana. - Fui tirando do bolso da calça de Ludmilla o celular dela.
– Já liguei lá. - Paty falou. - Já andei nas ruas, procurei, fui no Rômulo, nas pessoas que a Emily conheci e avisei ao Marcos. Não queria chamá-las, vocês estão em lua de mel ainda. Talvez não seja tudo que estou pensando. -
– E aonde está o Marcos? - Ludmilla perguntou, começando a ficar aflita. - Ela é nossa melhor amiga, Paty, deveria ter nos comunicado. -
– O MEU DEUS, O MEU DEUS… - Comecei a me desesperar. - Aquele cara, Ludmilla… E se… Aquele velho que anda perseguindo-a… LUDMILLA! - Comecei a passar todo o mês anterior na minha cabeça.
O cara não é tão velho assim, mas, tem 28 anos. Andou a perseguindo, chamando-a para sair, arrumou briga com Marcos por isso. Era alto, olhos azuis, cabelo preto e ondulado, encontramos ele nos vigiando na entrada e saída do colégio. E ainda teve coragem de aparecer no meu casamento. Claro que dei uma meiada no fucinho dele pelo atrevimento. Então ele me socou, e Ludmilla perdeu a cabeça. Chamamos a polícia, Ludmilla gravou os dias anteriores e praticamente me forneceu como prova as autoridades. Uma semana se passou desde então, e não encontramos mas ele, a polícia não o encontrou, ele fugiu.
– “Eu vou pegá-la para mim.” - Repeti suas palavras com lágrimas nos olhos. - Ele a olhava como… Não vou ficar parada. -
Puxei Ludmilla comigo, quando a porta foi aberta. Primeiro de tudo, encarei quem abriu a porta. Foi Romin, com os olhos escuros de raiva e mão direita fechada como se fosse socar alguém. Então Marcos entrou, com os olhos inchados e ainda lagrimejando. Meus olhos desceram para a garota que ele carregava com cuidado e carinho. Tampei a boca, para tentar diminuir a grandeza do meu grito, ele colocou ela com cuidado no sofá, mesmo com as lágrimas que começaram a cair ao observar Emily, tentou firmar a voz.
– Ludmilla ligue para a emergência. - E minha Lud fez, depois de passar as mãos nas minhas costas.
Me ajoelhei perto de Marcos, e vi melhor a minha amiga. Ela estava quase toda coberta por sangue seco, ferimentos abertos, blusa rasgada e pelo avesso… Só a calcinha, na parte de baixo, percorri meus olhos pelas suas pernas. Marcas avermelhadas se tornando roxas, feridas abertas ali também e por um momento pensei que a calcinha era vermelha, mas prestei atenção, só estava manchada com sangue. Ninguém falou em voz alta, mas todos sabiam o que fizeram com ela. Não sabia como reagir. Mas sabia como descontar a dor que passou pra mim. Xinguei até a décima terceira geração do infeliz, o homem chamado Diabo e vulgo, Rodrigo. Provavelmente bati na parede umas dez vezes.
...
A emergência já tinha chegado, levado Emily, Marcos foi junto com Renatinho e Rômulo foi atrás do seu pai, chefão da polícia no Estado. Ludmilla ficou, para ver se me acalmava. Em todas as suas tentativas de me ver respirar normalmente foi falha, ganhou socos de mim. Eu estava ateando fogo, pegaria ele. EU QUE PEGARIA ELE. Ninguém mexe com Emily Ferreira, e só. Ela é minha sabe, toda a minha infância, minhas crises e crimes, ela é tudo que sou hoje. Ela é tudo o que me formou, e por isso Ludmilla me ama… E por isso tenho a felicidade na minha vida.
Já era noite quando a raiva deu espaço para o desespero, o choro tomou conta de mim e a dor que ela passou me fez refletir. Como olhar para ela e dizer tudo bem? Eu não sabia, só sei que quando ela sair do hospital precisará de uma Brunna inquebrável. Tentei ir no hospital, mas, o cheiro do lugar me fez sair rapidamente. Acho que não era o cheiro, e sim o fato dela estar lá. Ludmilla ficou, eu a fiz ficar mas nos comunicamos pelos dois dias que ficou lá.
...
A porta da sala se abriu, Romin tinha me ajudado a preparar um agrado pra Emily. Decoramos a sala com balões, preparamos taco de espaguete e suco de uva integral, 100% natural, o preferido dela. Renato entrou com a pequena mala, que eu tinha preparado pra ela. Depois veio Emily com a ajuda de Juliana para andar, Ludmilla vinha atrás.
– Bem vinda, minha pequena. - Tentei falar firme, mas fracassei. Os olhos dela estavam negros, tão tristes. Seu rosto estava marcado, a mandíbula roxa e o sofrimento gritava na expressão de seu rosto. Ignorou todos, e começou a subir para o seu quarto.
Ludmilla me contou que ela entrou em pânico quando o Renatinho tocou na mão dela. Que tudo que fazia era gritar, somente gritar e se debater. Também expulsou Marcos de lá, todas as vezes… As únicas palavras ditas por ela foi que não queria Marcos por perto. Todos julgaram, mas eu entendi perfeitamente a sua posição. Suspiros foram prolongados na sala, o pai de Emily estava a caminho e provavelmente chegaria amanhã no fim da tarde, e coloquei em mim o dever de cuidar e ajudar a cicatrizar as feridas do coração
de Emily. Pedi que todos se acomodassem, comessem e ficassem tranquilos, porque Brunna Gonçalves Oliveira entraria em ação.
– Você… Se incomodaria comigo aqui? - Falei, indo na direção da cama onde minha pequena estava sentada. Aquele olhar me penetrou. Assisti ela se levantar com um pouco de dificuldade e vir na minha direção.
– Bru.. - Foi tudo que ouvi, tudo que ela disse e tudo que desejei. Pois depois ela me abraçou, destruída, machucada e desamparada. Contornei o seu corpo com delicadeza, acariciei seus cabelos enquanto ouvia seu choro aumentar.
– Tudo bem, tudo bem… - Sussurrei como se fosse para um bebê, andamos em direção da cama sem nos separar. Sentei, e ela deitou a cabeça nas minhas coxas, abraçou minha perna falando sem parar, pedindo perdão. Acaricie seus cabelos, passei a minha mão sobre suas costas delicadamente até que senti sua respiração calma e um profundo sono tomar contar dela.
Xxx Volto mais tarde pro barraco desabar de vez. xxX
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