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Xxx Bom dia raios de sol! Eis o primeiro do dia, comentem muito pra eu ficar feliz, sim? Enjoy xxX
Autora Pov
Tonta. Era assim que Brunna se sentia, a visão embaçada e um breve suspiro pela consciência da noite passada. Andou pelo apartamento, que conhecia muito bem, vestindo somente um lençol preto. Foi guiada por um delicioso cheiro, que pensou logo “Meu querido café da manhã”, até a cozinha. Observou a mesa posta, um papel com um lírio branco em cima de um prato. Sorriu boba.
“Minha irmã ligou, a mamãe piorou e tive que ir correndo para o hospital. Não queria te acordar, pois estava linda demais dormindo. Preparei o café para você, não me espere, porque não precisa. Dudu.”
Releu o papel cinco vezes, e sorriu novamente. Estar com Dudu era como ter Ludmilla assim que se casaram, mas claro, sem as dificuldades. Levou o bilhete até a boca, onde beijou delicadamente. Colocou do lado do prato e ainda enrolada no lençol, se serviu distraída na cozinha que Dudu deixou ela mudar. Foi uma batalha difícil fazê-lo concordar, pois para um chef a cozinha é o lugar preferido da casa e o amor de sua vida. Arrumou a cama de casal com o maior gosto e deixou um bilhete na cama escrito:
“Bruninha dormiu aqui ! ”
Cheio de corações ao redor. Ouviu a campainha tocar, e lentamente se dirigiu a porta onde encontrou Marcos e Star, que fez festa ao ver Brunna.
– Tia Brunna - A pequena e doce garotinha de seis anos esticou os braços para abraçar a querida tia, que por sua vez a pegou no colo. Mesmo tentando demonstrar tranquilidade, estava com os olhos em fogo. Como Marcos se atrevia a chegar no apartamento de seu amante? E pior, com a pequena Star!
– O MEU DEUS - A menina exclamou, quando viu a sacada da sala. Brunna colocou ela no chão. E antes de correr para ver a altura em que estavam, pediu permissão para seu pai, que deixou.
– Emily pediu que ficasse com ela, porque a babá se despediu. E eu tenho reunião com a empresa em pleno sábado. - Explicou antes que Brunna abrisse a boca para reclamar.
– Espera aí. - Brunna interrompeu. - Mas você não estava com um cargo de promotor? -
– Eu deveria prender sua esposa, mas, até que meu salário está bem alto. - Sorriu, e Brunna entendeu o que ele quis dizer.
– E Emy aonde está? - Perguntou ríspida, pelo fato dele estar ali. Dudu não ficaria feliz se soubesse.
– Uma empresária bem rica contratou os serviços dela de última hora. Pagará o dobro e tal. -
– Ludmilla irá pra essa reunião? - Perguntou com a voz baixa, fazendo o fato do lugar que sua melhor amiga estava em um nada.
– Não. Ela disse que passará o dia em casa. - Marcos alargou o sorriso. Sabia que Brunna não iria pra casa, tanto que o gemido de decepção foi claro. Olhando pro relógio, chamou Star, que veio sorridente e dando pequenos pulos.
– Papai, podemos morar em um apartamento no último andar? - Perguntou animada, era uma criança bem determinada nos seus gostos e amava altura, sempre assistindo canais sobre queda livre e tudo que tinha relação. Vivia querendo voar.
– Talvez. Obedeça a tia Brunna, está bem? - A pequena garotinha deu uma risadinha e concordou com o movimento da cabeça. Deu vários beijinhos no papai coruja. E quando ouviu a porta bater, direcionou um olhar sapeca para Brunna que não aguentou e riu.
– Parque recheado de sorvete e shopping? - perguntou.
– Vou poder derrubar as coisas da loja? - A pequena menina a olhou cheia de expectativa.
– Claro, se conseguir fazer quatro pessoas derrubarem a comida na praça de alimentação.- Brunna sorriu tão sapeca quanto a criança.
Passaram o resto da manhã no parque, onde Star se divertiu correndo para assustar os pombos. Almoçaram no restaurante de Brunna, onde a Chef dos finais de Semana serviu elas com muita rapidez e agrado. O nome dela era Quiara, então Star entrava e saía da cozinha para perguntar “Você é a mulher do Quiabo?” de cinco em cinco minutos. Logo após foram ao shopping, lugar em que Brunna gastou muito com a sua afilhada. Comprou joias, e um enfeite de andorinhas voando para a quarto da garota, que amou a ideia. Brunna sempre quis uma filha… Sempre quis ter uma família com Ludmilla. Uma vez esteve grávida, através da inseminação quando não tinha condições de criar uma criança, então a menina de 6 anos supria essa necessidade de ser mãe que ela tinha. Gostava dos cabelos escuros, dos olhos mel, a pele levemente bronzeada e o jeito sapeca dela. Ás vezes parava para pensar, como aquele feto que um dia esteve crescendo nela estaria naquele dia. Se tivesse ao menos nascido, seria um fruto do amor que ela sentia pela esposa… Talvez, pelo feto ela não teria feito tudo que fez. Não teria se deixado seduzir tão facilmente.
– O que é isso? - Brunna olhou confusa para a frente de sua mansão, enquanto virava a esquina.
– Um caminhão ué, com gente e movéis. - Star disse como se fosse óbvio. Brunna estacionou na frente de sua garagem, descendo do carro acompanhada por Star. Entrou em casa, e encontrou a sala cheia, tinha pintores trabalhando nas paredes e Emily descendo das grandes (e largas) escadas que levavam ao segundo andar. Star correu ao encontro da mãe, perguntando se podia ajudar a pintar uma parede.
– Simone, coloque um jalequinho desses brancos na minha filha. Dobre as manguinhas e deixe ela ajudar. - Star seguiu a mulher, toda sorridente.
– Primeiro, aonde está Ludmilla? - Brunna quase gritou. Queria saber logo que diabos estava acontecendo na sua casa e tinha que ser por ela. – E segundo, você está parecendo uma menininha de 15 anos! -
- SÉRIO? Ai Bruninha, obrigada. - Emily sorriu gentilmente. - Você que se veste como uma velha, tenho 23 anos, eu AINDA POSSO. Aliás, ela está no seu quarto. -
– COMO NO MEU QUARTO? - Berrou, subindo as escadas rapidamente. Não abriu a porta do seu quarto, quase arrancou fora. Ludmilla sabia que era proibida de entrar lá. Chocou-se. Seu quarto era outro. As paredes amarelas, agora estavam brancas. Tinha um adesivo de parede de folhagens ao vento acima da cabeceira da sua cama. Uma nova cama. Encontrou os olhos castanhos de Ludmilla, que estava atrás da pequena sacada. Agora seu
quarto tinha até um pequeno home office. Mas ainda assim, permanecia em choque… Ela amou mas nunca admitiria. Teve a vontade de abraçar ela e dizer “Nossa suíte está linda”, mas a suíte não era mais delas. Era somente dela.
– Ano passado você disse que queria mudar a suíte. Então… - Ludmilla falou tão suavemente que fez a consciência dela pesar.
– Você não podia entrar aqui. - Sussurrou. - E não precisava fazer isso. -
– Eu quis. Você gosta? - Ludmilla se aproximou, sorrindo de lado.
– Não é decoração, móveis novos e seu sorriso de lado que vão apagar o passado. - Disse fria.
–Eu sei. E não era minha intenção que apagasse o passado. Pois o passado foi a melhor época da minha vida. Desde que uma garota com olhos esverdeado bateu em mim pela primeira vez. - Ela riu e se aproximou mais de Brunna.
– Não gostei. Espero que o resto da mansão seja suportável com o ambiente novo. - Mentiu. Mas mal sabia ela que Ludmilla percebeu sua mentira. Pois prestou atenção a todas as suas expressões corporais, faciais, olhares e todos os seus tons de voz desde que entrou no quarto.
– Valeu a tentativa. - Ludmilla disse, antes de sair do quarto fechando a porta.
Só então Brunna percebeu uma rosa branca em cima da cama, apressou-se e pegou a rosa que tinha enrolada no seu corpo um pedaço de papel branco.
“Ludmilla arrumou sua bagunça hoje. Sorria. Sorria, linda loira do meu dia”
Não se aguentou em pé, sentou na cama. E sentiu o efeito do bilhete sobre ela. Fazia três anos que não via um bilhete desses. Sorriu, levando o bilhete a boca. E repetindo o que fez pela manhã, beijou o papel. Só que agora, se sentindo errada e com uma enorme dor no peito.
– “Sorria. Sorria, linda loira do meu dia” - Repetiu pra si 10 vezes. Como ela poderia fazer isso novamente? Era o que repetia. Olhou mais uma vez o bilhete, e o rasgou em pequenos pedaços. Sua mente só dizia que ela tinha que a perdoar, mas seu coração estava envenenado… Um veneno potente, com duas composições: Decepção e desilusão.
Ao descer as escadas, encontrou uma pequena aglomeração de trabalhadores e no canto da porta, a sua afilhada aos prantos. Pediu licença educadamente, e se deparou com Marcos desesperado aparando a namorada. Emily estava desmaiada. E com certeza aquela cena não trouxeram boas lembranças.
– Chamaram uma ambulância? -
– Sim, mas, estou preocupado. Ela não desmaia desde aquela época. - Marcos sussurrou. Com a voz angustiada. – Tome conta da Star, está bem? -
Ludmilla só concordou, assistindo Emily sendo levada. O próprio ser dela se contraiu, ela tinha horror a hospitais. E com bons motivos. Correu na direção de Star, pegando-a no colo e caminhando em direção da cozinha.
– Me dê ela. - Brunna. A doce e suave Brunna, falou rude. Arrancando Star dos braços dela, colocando-a em seu abraço e afagando seu choro. Sumindo dali. Deixando-a desconcertada.
Xxx Sim, Emily e Marcos são um casal aqui, pega esse rolê. xxX
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