Estava saindo da casa pronta para ir ao bar, enquanto estava no muro vomitei uma vez e depois que cheguei em casa vomitei novamente. Aquilo estava me deixando com uma certeza difícil de aceitar. Antes de entrar no bar meu telefone tocou e o número de Troy brilhava na tela.

- Buck! - falei um pouco alto por causa do barulho que vinha do grande edifício. Ele gargalhou do outro lado.

- Dando uma festa e nem me convidou?  Que coisa feia Ella, quando eu te conheci você não era assim. - revirei os olhos, até parece que eu sou uma adolescente patricinha louca por festas.

- Vai a merda! Me fala logo o que você quer. - resmunguei mais alguns palavrões e ele retribuiu me fazendo rir.

- Tenho a localização exata das gêmeas, quando quer que eu envie o helicóptero?  - aquilo foi música para os meus ouvidos, eu precisava acabar com essas vadias o mais rápido possível.

- Amanhã de manhã, mande a equipe do Nora. - ele disse que não me passaria as coordenadas por chamada apenas por precaução e que mandaria tudo para Nora. Concordei e desliguei o telefone entrando no bar.

- Ella! Que bom que veio!  Essa é Bella, a companheira do Shadow. - a mulher era um pouco menor do que eu e por suas características era uma presente. A abracei em cumprimento e nos sentamos no bar para tomar alguma coisa. - Ainda está sentindo enjoos?

- Perdi a conta de quantas vezes vomitei hoje... - elas se entreolharam e Bella segurou em minha mão dizendo que era para o meu próprio bem e que eu era uma irresponsável por não pensar em minha saúde. Trisha apenas ria enquanto me levavam diretamente para o lugar que eu mais odiava estar, hospital.

Deitei na maca e Trisha colocou um gel gelado em minha barriga, pressionou com um aparelho manual e a imagem do pequeno ser já se formava na tela, eu estava grávida de Fire, estava carregando um filho seu. Bella gritou animada e Trisha assim como eu começou a chorar, eu realmente não acreditava que seria mãe, uma pessima mãe babona obviamente.

- Parabéns!  Ai, Ella não chore. É algo incrivelmente lindo, Fire vai ficar muito feliz. - ele iria sim, privavelmente iria ficar ainda mais possessivo e protetor, sorri.

- Obrigada meninas. Obrigada mesmo. - eu estava mais sensível, não sou de chorar por qualquer coisa mas Fire revelou coisas em mim que nem eu mesma sabia.

[···]

- Seja bem vinda a bordo, Primeiro Sargento Buck! - todos os soldados seguiram o piloto em uma saudação crua.

- Obrigada Nora, soldados. Vai ser uma missão simples, fico feliz que estejam todos aqui. - eu gostava de ser receptiva com meus companheiros de equipe, minha vida estava nas mãos deles e as deles nas minhas.

- É uma honra estar ao seu lado, sempre escuto falar de suas missões. - Nora era realmente encantador com as palavras, eu gostava disso. Pessoas que gostam de se comunicar me encantavam de um jeito único, sorri em resposta.

- Como são os NEs? - um dos soldados me perguntou, era óbvio que nem todos rinham tido contato com eles, eram reservados e a grande maioria não gostava muito de humanos por perto.

- São como nós, porém mais fortes. - mais grossos e excitantes, gargalhei com o meu pensamento e levei eles a gargalharem também.

- Ella, estamos todos ansiosos por essa missão. Mas porque não chamou sua equipe? Claro que todo mundo aqui queria trabalhar com o sargento Buck, mas é estranho. - sorri pegando o colete e colocando no lugar bem apertado, minha mão deslisou ao ventre em um movimento instintivo.

- Minha equipe está sob as ordens de Gezy, eu não queria causar discordia. Além de que vocês são a melhor equipe de invasão. - falei sinceramente sorrindo para eles, de repente o helicóptero balança com um pequeno impacto.

- Sargento! Estamos sendo alvejados! - outro impacto contra o helicóptero, dois atiradores se posicionaram a porta tentando localizar os alvos. Peguei o comunicador.

- StSgt Buck! Solicito apoio imediato, Divisa da Califórnia!  Repito, necessitamos de apoio imediato! Equipe CorpNora sendo fortemente alvejada! - o comunicador parecia não funcionar, os atiradores estavam as cegas e Nora estava desesperado tentando manter o controle do helicóptero.

- Buck! Vamos cair, estou perdendo o controle! - um dos tiros acertou em cheio a hélice trazeira e o Helicóptero rodopiou no ar, senti um corpo me esmagando contra a parte de trás.

- Fique quieta e viva para lutar mais um dia. - a voz era do soldado que estava no canto do helicóptero apenas observando, o peso do seu corpo contra o meu era sufocante mas não tanto quanto o momento do impacto, fogo, sangue, gritos e escuridão.