Capítulo 8- Elopement
Os rituais utilizados na cerimonia foram inspirados na cultura celta, viking e grega. Fiz uma mistura para poder melhor encaixar na história.
O capítulo começa com Odin narrando.
Possuí 3284 palavras.
Um dia completamente incomum, se iniciara em Asgard, a extremam movimentação, se dava desde a cozinha até ao salão do trono, até mesmo Loki que gostava de causar confusões, estava com os nervos a flor da pele com tudo aquilo. Seria apenas mais uma cerimônia normal, se não fosse pelo fato da sua princesa se casar com o conhecido tirado dos mares.
Mentiria se dissesse estar calmo, a preocupação o fez participar ativamente de toda organização, mesmo que estivesse temeroso em entregar sua filha aquele deus, não podia deixar de querer que tudo fosse perfeito da maneira como ela sonhou.
Suspirou pesadamente, era aqueles momentos que sentia tanta falta de uma presença feminina, tinha tantas coisas que queria ajudá-la, Ella saberia com exatidão como abordar o assunto, mas já não estava mais ali, então restava a ele fazer este papel, mas como falar desses assuntos embaraçosos?
Encaminhou-se até aos aposentos de sua filha, não conteve o sorriso mínimo ao ver a harmonia que ela estava com os irmãos, não fora surpresa ver os irmãos reunidos, eles eram muito unidos, por este motivo sabia que a separação seria difícil, para todos, não somente para os filhos, estes que estavam acostumados com a presença constante dela em sua vida, assim como estavam acostumados a estarem em primeiro lugar, fato que mudaria com o casamento.
Adentrou no recinto fazendo todos olharem para si, a filha sorriu abertamente ao vê-lo.
— Papai, venho dar-me bom dia também? — Alissa disse pulando em seus braços dando-lhe um beijo estalado em sua bochecha.
— Oh? É isso que eles vieram fazer? — perguntou olhando para Thor e Loki.
Surpreendente ambos filhos coraram, pois eles não conseguiam mentir ou negar os sentimentos, eles estavam com ciúmes e medo de perder a irmã mais nova.
— É o que ambos disseram, mas creio que eles estão com ciúmes, pois acreditam que vão me perder — Alissa disse rindo da cara emburrada de seus irmãos.
Não seria apenas difícil para os filhos, mas para ele também, ela era sua princesa, não fora planejada, mas a amou desde que soube que ela existia, quando a segurou nos braços pela primeira vez, sentiu um amor sem igual. Seu coração doía só saber que a partir daquele dia, não seria para ele que ela recorreria, mas sim, para Poseidon, ele quem seria a primeira pessoa da qual ela procuraria, teria que se acostumar com isto.
— De certa forma é isso, pela cultura vai pertencer a Poseidon e ao panteão grego, deixará de fazer parte do nosso — respondeu fechando o semblante.
Aquilo era mais difícil que pensara, entregar sua amada filha nas mãos daquele tirano, era a coisa mais difícil que faria, pois não conseguia ver seu futuro, a incerteza de sua felicidade, era o que o deixava apreensivo, jamais se perdoaria se ela sofresse.
— Mas essa sempre será sua casa, lembre-se sempre disso, uma palavra sua e eu moverei céus e terras por você, sua alegria é o que importa para mim! — fala olhando amorosamente para sua filha.
Não conteve as lágrimas ao ver o semblante decidido de seu pai, sabia que se sua felicidade estivesse em jogo, não teria ninguém que o segurasse, ele mataria a todos que ficassem em seu caminho, apenas para protegê-la.
Ele aproximou-se vagarosamente, somente agora mostrando um pequeno baú em suas mãos enormes, olhou curiosa para seu pai, era cheia de joias, mas aquele parecia ser especial, pois seu olhar brilhava como nuca vira antes.
— Gostaria que usasse esta tiara hoje, era de Ella, sua mãe, dei a ela, quando passamos a sermos um casal, um pouco antes de descobrir sua gravidez, todas as suas joias já estão em sua posse, mas essa é especial, eu guardei para o dia do seu casamento, pois, ela define minha união com sua mãe — Odin fala timidamente.
Seus olhos se arregalaram, então vagou o olhar para a tiara dentro do baú, seus olhos marejaram ao vê-la, uma delicada tiara prateada, era ornamentada em pequenas folhas, com pequenas pedras ao longo dela e ao centro um diamante, era de uma beleza delicada.
— Obrigada, papai! — fala emocionada, dando-lhe um abraço.
Sabia que ele evitava falar sobre sua mãe, por conta da dor que sentia, mesmo sem nunca ter admitido em voz alta, sabia que ele a amou demais, para ele foi difícil a sua perda, ainda mais por ser um deus, nada pode fazer por ela, mas não o culpava por conta disso, as poucas coisas que sabia sobre ela era o suficiente.
— Vai ser a noiva mais linda que Asgard já viu! — Thor e Loki disseram juntos, a fazendo rir em meio as pequenas lágrimas que escorriam por seu rosto, atirou beijinhos para os dois.
Quando iria responder-lhes, seu quarto foi invadido por uma multidão, melhor dizendo suas amadas amigas valquírias todas estavam ali, a mais velha tomou a palavra dirigindo-se aos deuses presentes ali.
— Perdoe-nos, mas sabem dos rituais, eles devem ser feitos na presença das mulheres — Brunilde fala firme, fazendo uma reverência aos deuses ali.
— Ora essa! Estamos sendo enxotados de seu quarto, Alissa! — Loki fala indignado, ocasionando em um olhar zombador em resposta.
— É bem-vindo para cuidar dos meus longos cabelos, fazer-me as massagens, vou amar tê-lo como meu lacaio... — responde maliciosa.
— Bom, te vejo mais tarde maninha, lembre-se se quiser fugir, fala comigo! — Loki fala brincalhão, piscando maroto antes de seguir para porta.
— Qualquer coisa que precisar me chame, virei imediatamente ao seu encontro! — Thor fala sério, dando um beijo na bochecha, fazendo-a perguntar bem humorada.
— Vai se oferecer para me ajudar na minha possível fuga também?
— Não, vou matar quem quiser ir atrás de você — Thor responde seriamente, antes de sorrir malicioso em sua direção, fazendo-a rir.
Sabia que ele falava sério, uma palavra sua e tudo seria desfeito, sorriu ao vê-lo partir lentamente, como se esperasse alguma coisa.
— Esses dois... Brunilde cuide bem dela! — Odin fala seriamente para a valquíria que assentiu.
Seu olhar direcionou-se em sua direção, agora mais amoroso, fazendo-a sorrir.
— Filha, se preocupe apenas com você hoje, tudo vai estar de acordo que você queria — seu pai disse saindo do quarto.
Assim que ficaram a sós, as valquírias riram, sua família era um tanto protetora demais.
— Estamos todas prontas para lutar por você! — Brunilde fala em tom brincalhão, a fala fez todas rirem.
As horas passaram voando, a cerimônia ocorreria a tarde e a festa ao longo da noite, estava estranhamente calma para uma noiva, as valquírias decidiram todas fazer-lhe companhia durante a arrumação para o ritual pré-casamento, assim como Gaia fizera questão de estar presente como representação de sua mãe, não quisera falar nada, embora achasse seu gesto bonito, isto não tiraria o lugar de Ella, pois era ela sua mãe.
Se sentou em uma banheira cheia d'água, com pedras quentes e galhos de bétula, onde ocorreria uma das partes mais importantes, o ritual de limpeza. Este tinha como finalidade eliminar o suor, sendo assim metaforicamente, eliminando o status de solteira, o ritual terminava-se em um mergulho em água fria, para retirar as impurezas restantes.
Ao terminar o banho, ainda ficou de molho na água gelada, ainda tinha um pouco de tempo antes dos outros rituais, gostaria que sua mãe estivesse ali.
Como se estivesse ouvindo seus pensamentos, Gaia surgiu sorrindo levemente em sua direção, fazendo-a olhá-la sem entender.
— Alissa, seria nesta hora que sua mãe lhe daria os conselhos matrimoniais — Gaia anuncia, deixando-a sem graça.
— Não é necessário!
— Querida, melhor eu que seu pai — Gaia responde brincalhona.
Suspirou quase mergulhando inteiramente na banheira gelada, preferia morrer a ter uma conversa como aquela.
— Fique tranquila, tudo é intuitivo, não tenho como lhe dar um manual, cada pessoa é de uma maneira, apenas siga seu ritmo e saiba fazê-lo segui-lo também — Gaia fala suavemente.
— Se ele não quiser? Se ele quiser tudo ao seu próprio ritmo? — perguntou sem conter o medo em sua voz.
— Dê um verdadeiro chute no meio de suas pernas e ele vai se arrepender de ousar tocá-la sem sua permissão — Gaia responde animada, fazendo-a rir.
Não seria de todo mal, esperava se lembrar disso na hora!
Após o longo ritual de limpeza, as massagens foram feitas em seu corpo, utilizando os óleos naturais das flores, sua pele após isso, tinha a maciez das pétalas de rosas, Brunilde dispôs a arrumar seu longo cabelo, o penteado tradicional deixando-o solto com flores ao longo de seu comprimento, ao topo de sua cabeça a tiara que fora de sua mãe, sua maquiagem seguidas em tons quentes, seus olhos sendo iluminados com sombra marrom avermelhada, em sua boca colocada um batom claro, ao olhar-se no espelho sorriu estava divina.
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O dia havia se iniciado turbulento em seu palácio, estava estranhamente agitado logo ao amanhecer, talvez isso devesse a corte esperando-lhe quando foi em direção ao salão do trono. Seus irmãos encontravam-se bizarramente alegres, se soubesse que eles estariam esperando-lhe nem passara por ali, já estava irritado o suficiente sem precisar de plateia.
— Meu irmão, hoje é o grande dia! — Zeus disse animadamente, conteve o ímpeto de revirar os olhos, apenas o ignorou.
— Podia se alegrar hoje pelo menos, parece que vai para a forca! — Adamanto disse revirando os olhos, com a sua atitude.
— Como posso ficar alegre, se estou vendo vocês logo pela manhã, não tem mais o que fazer, não? — perguntou com a cara fechada, quando Zeus iria retrucar, Hades intrometeu-se.
— Chega! Hoje é uma celebração, Poseidon é seu casamento, os rituais são feitos em família, por favor se esforce um pouco! — Hades fala autoritário.
O olhar amoroso de Hades em sua direção o fez amolecer, mas não deixando transparecer continuou com a cara fechada, mesmo parecendo ignorar seus irmãos passou o dia com eles, em longa celebração em família.
Com a aproximação da hora de se arrumar, dirigiu-se para seus aposentos, onde iniciaria o ritual de purificação. Em um cortejo, as mulheres transportavam água da fonte Calírroe, trazida em vasos de cerâmica com o corpo alongado, gargalo amplo e par de asas, próprios para uso em ritos, contemplou-se a calma do ambiente, olhando para sua enorme banheira. Seu banheiro estava já lotado de objetos femininos, os pertences de sua futura esposa estavam harmoniosamente espalhados pelo local, ela mandara Proteus transportar suas coisas para ali no dia anterior, sorriu minimamente olhando seus pertences, era como se eles sempre tivessem feito parte da decoração.
A seguir do ritual de purificação foi em direção de seu quarto onde viu seu traje colocado em sua cama, o terno era azul-marinho, com uma camisa branca e um gravata dourada, logo após arrumar-se, pegou o objeto ao centro de sua cama, uma concha em ouro puro onde se encontrava o anel que daria a sua esposa, colocou-o em seu bolso e dirigiu-se para Asgard.
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Ao chegar em Asgard, foi em direção ao jardim onde se realizaria o casamento, curiosamente seu olhar vagou pelo local, cadeiras rústicas se dividiam no lado do noivo e da noiva, um longo tapete de flores formando um corredor até o altar onde tinha um arco de flores enfeitando o local, uma longa mesa mesclando as comidas do povo nórdico e grego, o cuidado que Alissa teve para misturar as duas culturas, o fez sorrir, mesmo com ele se negado a participar, ela ainda fez questão de respeitar sua cultura, tudo estava perfeito, ela seria uma ótima imperatriz.
Uma grande pista de dança onde estava rodeada de árvores com pequenas velas penduradas em cristais em formato redondo dando um ar mágico para o local, contemplou a chegada dos demais deuses e valquírias, seus irmãos aproximaram-se prostrando-se ao seu lado no altar, decidira ignorá-los, já que eles pareciam tirar o dia para irritá-lo, não estava com o menor clima para brigas.
Ao lado da noiva, viu Thor e Loki chegarem lentamente com o semblante sério, os dois pararam em sua frente.
— Alissa é minha irmã, a mais importante para mim, fique sabendo que não me importa quem tu é, se a fizer sofrer, não vai ter ninguém que vai me impedir de matá-lo, acredite vou desmembrá-lo tanto que nunca encontraram as partes do seu corpo! — Thor fala seriamente.
A fala audaz de Thor estava longe de aborrecê-lo, a coragem que o Deus tinha de ameaçá-lo de morte em frente aos demais deuses, o animara e quando foi responder Loki falou rapidamente.
— O verdadeiro inferno te espera se fizer algo a ela, Alissa é o único assunto que eu jamais brincaria, bom ter isso em mente! — o deus trapaça estava anormalmente sério como Poseidon nunca vira.
— Respondo aos dois, a sua irmã é mais que capaz de se cuidar!
Apesar da fala arrogante para os dois deuses, ambos entenderam o que queria dizer com a frase e acenando em resposta, antes de se colocaram no lado da noiva.
Estava inquieto com a demora, sabia ser uma união entre deuses e humanos, mas Alissa não precisava imitar as mulheres humanas com a demora, era irritante ficar ali no altar, observando todos o olharem com curiosidade, o atraso estava o deixando cada instante mais carrancudo, sentia-se pronto para uma batalha, a tensão estava a mil que qualquer um era capaz de ver.
Ela não poderia ter desistido, ou poderia?
Aquilo fez sua raiva aumentar, iria buscá-la se fosse preciso, não permitiria que ela o fizesse de idiota em frente a todos!
Não poderia demonstrar estar ansioso para isso, Deus é um ser perfeito, não cabe ele ter sentimentos humanos, aflição, ansiedade, irritação, eram emoções humanas, ele não poderia sentir tal coisa, era muito irritante esses sentimentos!
— Arruma essa cara ou vai espantar todo mundo, parece que vai para batalha! — Hades sussurra maroto.
Observou pelo canto do olho os irmãos próximos, como se estivessem fazendo um casulo ao seu redor, sentia vontade de mandá-los para longe.
— Estou normal! — resmungou irritado.
— Estamos vendo, mais um pouco e você vai enfartar! — Adamanto retruca bem-humorado.
— Damas, normal ele estar nervoso — Zeus alfineta.
— Não estou nervoso, somente acredito que essa demora é demais, aquela semideusa não tem respeito algum pelos deuses! — resmungou emburrado, fazendo-os rirem.
— Irmão, ela está no horário, agora fique calmo, pois estamos sentindo sua aura se sobressaindo, isto vai chamar mais a atenção de todos! — Hades fala suavemente.
Quando foi retrucar, uma leve melodia tomou conta do local, os demais deuses olharam para o início do corredor, onde a noiva vinha acompanhada de seu pai.
Seu olhar fixou-se nela, sentiu como se um tsunami tivesse passado ali, seu coração estava estranhamente acelerado, o fazendo franzir a sobrancelhas, ficou irritado com esse fato, jamais ficou assim por mulher alguma, mas olhar em sua direção, o fez esquecer qualquer outra que tenha passado por sua vida, dizer que sua noiva estava bela era eufemismo, nunca vira uma mulher mais bela em toda a sua vida.
Ao olhar em direção ao seu rosto, pode ver o olhar brilhante em sua direção, tudo a sua volta sumiu, somente existia ela, estava tão perfeita, parecia estar olhando para a mais bela criação, mesmo que quisesse, não conseguia desviar o olhar dela, se sentia estranho, pois jamais se sentiu assim.
Tudo foi esquecido, o tempo parecia parado enquanto ela vagava em sua direção, ao chegar em sua frente, desviou o olhar brevemente ao sentir Odin chamando sua atenção, com muito custo olhou-o, observando o olhar sério dele, entendia seu receio, não era fácil para um pai entregar uma filha, o respeitava por isto.
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Próximo do momento da cerimônia, começou a se agitar, estava com um frio na barriga, não conseguia pensar em coisas boas, moraria com seu marido, pertenceria a ele e ninguém poderia ajudá-la, poderia enfrentá-lo numa luta, mas no campo sentimental era uma novata, não entendia nada sobre.
Como conseguiria viver com ele?
Sentia que ele não seria fácil, sonhava com um amor, mas não acreditava que ele fosse esse amor, por mais que suas almas estivessem entrelaçadas, Poseidon não era um romântico, pelo contrário, ele era frio e calculista, apesar que ele jamais agiu dessa forma consigo.
Ao menos, não o tempo todo, na maioria das vezes, ele era sarcástico e briguento, ficava constantemente nervoso.
Isso deveria ser um sinal, certo?!
— Esta linda minha filha, uma verdadeira rainha — Odin fala orgulhoso.
— Obrigada papai.
— Vamos, minha princesa — a fala foi séria, mas pode ver que ele fez um enorme esforço o que a fez rir.
— Papai, sempre serei sua filha, não vai perder-me — fala amorosa, abraçando-o calorosamente, fazendo-o abraçar-lhe mais apertado.
— É uma dor enorme entregá-la a ele, saiba que ninguém o salvara da minha fúria se ele a fizer sofrer, vou destroçá-lo, tanto que não sobrara nem o pó mostrando a prova de sua existência! — Odin disse seriamente, fazendo-a olhá-lo meigamente em resposta.
Ao se aproximar de seu jardim, pode observar o encanto que ele se encontrava, estava tudo do jeito que sempre sonhou, ao pisar no longo tapete de flores ao longo do corredor uma melodia suave foi ouvida e pode observar os demais deuses virando-se para olhá-la, enquanto caminhava viu de longe a cara fechada de Poseidon ao lado de Hades, apostava que o futuro cunhado estava o aborrecendo e isso a fez sorrir, ele estava carrancudo como sempre.
Ele pareceu ignorar o irmão quando escutou a leve melodia anunciando sua chegada, o olhar para no final do corredor onde se encontrava, o deus dos mares fixou-se em seus olhos, perdeu o fôlego com que viu, ele estava divino, seus olhos estavam em chamas apesar do rosto frio, pode observar ele admira-la, ficou feliz em estar a sua altura, quando seu pai colocou sua mão sobre a dele, sentiu uma corrente elétrica percorrer todo seu corpo, a reação não passou despercebida do deus que intensificou o seu olhar para si, a fazendo ferver.
Não compreendia como alguém que a irritava tanto, poderia causar sensações tão intensas em seu ser, ele apesar de aparentar ser frio como o gelo, dedicava um olhar ardente como lava em sua direção, era extasiante.
A cerimônia apesar de mesclar suas culturas se seguiria de acordo com a cultura nórdica, tal como Odin pediu, pois era pertencente ao panteão nórdico, então o casamento seria de acordo a suas leis. A ritualista se aproximou dos noivos, para a realização do ritual de purificação, onde tinha como símbolo iniciar suas vidas em comum, deixando para trás a vida de solteiros.
As mãos de ambos foi lavada com água, esta que simboliza a transparente conexão e sal, como catalisador de energias negativas.
Ele entrelaçou a mão na sua, fazendo-a pular levemente com o ato, não esperava que ele fosse gentil, sentiu o dedão dele fazendo um terno carinho em sua mão, enquanto a ritualista seguia os purificando, arriscou olhar para ele de relance, Poseidon tinha um olhar totalmente sério e frio, se não fosse o cuidado em que segurava suas mãos, poderia jurar que ele estava furioso, devido ao olhar que ele dava para a pobre ritualista.
Após os noivos prostraram-se ao lado da ritualista, para as oferendas, onde os padrinhos devem oferecer objetos especiais aos noivos, ao seu lado, Thor e Loki foram os escolhidos para serem seus padrinhos, sorrindo ambos oferecendo-lhes um pote ornamentado contendo sementes, simbolizando a prosperidade.
Ao lado de Poseidon, o escolhido foi Hades, que ofereceu uma mandala branca que simboliza a paz e ofereceu a seu irmão uma romã para dar a sua noiva, como símbolo da união entre ambos.
Após o ritual, beberam o Hidromel em um chifre de boi, devolvendo a natureza o que sobrou da bebida, após isso o rei dos mares tirou de seu bolso a concha em ouro puro que continha o anel, pegando colocou-o em seu dedo, ao observar o seu olhar surpreso, sorriu arrogante.
Admirou a beleza do anel, observando o enorme carinho que ele teve em dar-lhe um anel, as mãos de ambos foram levemente amarradas por uma fita em sinal de união, as vidas estavam entrelaçadas.
Tiara que Odin deu para Alissa
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