Capítulo 4- Akai Ito
Lenda de Akai Ito significa fio vermelho do destino, pois pode acontecer de passar anos, mesmo assim quando a pessoa é destinada a outra nada poderá separar as almas gêmeas.
O capitulo vai abordar sobre essa lenda e como ela influencia até mesmo os deuses dentro da minha história.
Esse capítulo possuí 3k de palavras.
Ofegou completamente surpresa, nunca soube de sua mãe, Odin evitava tocar no assunto, apesar de amar sua filha, tinha uma certa vergonha de ter se envolvido com uma humana, olhando o objeto, concluiu que seria uma longa noite, suspirando abriu o diário começando a leitura.
"Mais uma primavera estava iniciando, o despertar das flores é algo que sempre me encantou, tinha uma fascinação pela natureza, não era atoa que escolheu viver com o que ela lhe oferecia, continha uma relação de extremo respeito com a natureza, por este motivo poderia viver bem com que lhe era ofertado.
Em meus 18 anos, sempre observei as pessoas me tratando de maneira diferente, não esqueço da senhora que fez uma profecia sobre meu futuro, sobre o fato que eu daria à luz para paz no mundo, nunca entendi o que isto queria dizer, assim como meus pais, eles diziam que era apenas uma falácia daquela senhora, afinal eu não possuía nada especial, ainda mais para a situação.
Como uma simples camponesa que sobrevivia com vendas de plantas e medicamentos naturais, poderia trazer a paz para mundo?
A seu único propósito era prosperar para ajudar sua família, por isto teria que aguentar tudo que viria pela frente.
Hoje é o dia de meu noivado, pela minha aparência, chamei a atenção de um jovem, filho do dono das terras que comandam o vilarejo onde moro, não queria casar-me com ele, pois não o amo, mas apesar disso minha palavra pouco teve importância, meu pai ficou feliz com o acordo, envergonho-me, mas ele praticamente vendeu-me a meu noivo, este era meu dever, casar e prosperar, amor ficaria em segundo plano. Deveria ficar contente por isso, apesar da minha inicial infelicidade, este arranjo garantiu que meus pais viverem tranquilos pelo resto de suas vidas.
— Ella, minha querida a curandeira está aqui para lhe examinar — Minha mãe entrou feliz em meu quarto, acompanhada de uma senhora séria.
Eu já sabia que teria que submeter a exames de fertilidade, afinal apesar de o meu futuro sogro fazer tudo o que seu filho quer, ele apenas colocou este impedimento no casamento, ele só iria ocorrer se eu pudesse lhe dar herdeiros, fato que não fui contra, era a única coisa que me alegrava naquele enlace, pois sempre tive o sonho de ser mãe.
— Claro, mamãe.
Após os exames, percebi minha mãe ficando cada vez mais nervosa, não estava entendendo o que estava ocorrendo ali. Quando a curandeira falou que eu não poderia ter filhos, meu mundo caiu, meus sonhos foram derrubados como um sopro num castelo de cartas, os Rendall jamais aceitariam o acordo com uma mulher infértil, mas o que mais me preocupava era o fato de eu nunca poder gerar um filho carne de minha carne.
Não conseguia compreender o motivo dos deuses terem me castigado desta maneira, por conta disso fui afastada de casa, o boato que eu era infértil espalhou-se pela vila, ninguém queria ficar com alguém que não pudesse lhe dar uma família, os tempos que estamos infelizmente é mais pesado a mulher neste quesito.
Apesar da minha tristeza, não deixei de acreditar, eu sonhava com o dia que os deuses ouviriam meus pedidos, então me isolei na floresta, onde tantas vezes eu colhi as flores e ervas para poder vender no vilarejo, completamente abandonada, pois até mesmo meus pais me deram as costas, meu pai culpou a minha mãe por eu ser defeituosa, assim como ela colocou a culpa nele, por não querer mais filhos, ficando apenas comigo, não suportei aquela situação, então eles praticamente me colocaram para fora.
Quatro anos se passaram após isso, dia após dia, eu continuava a cuidar da floresta como minha casa, pois de fato era meu lar, a natureza era a única que sempre esteve comigo, por muito tempo, guardei rancor de todos, embora o tempo tivesse amenizado esses sentimentos, não deveria guardar sentimentos ruins, pois isto apenas fazia mal a si mesma.
Um belo dia, a floresta acordará mais linda que o normal, chamando sua atenção por completo, estava encantada olhando ao redor, quando viu uma bela mulher parada no meio da floresta, pele tão escura quanto à terra, translúcida e linda, reluzia uma beleza sem igual, os cabelos em um tom de marrom, extremamente lindos, aproximou-se totalmente encantada, pois não conseguia tirar os olhos daqueles estranhos olhos amarelos como ouro, ao chegar perto, percebeu a aura que a rodeava.
Não era uma pessoa comum, era uma divindade!
Percebendo isto, ajoelhou-se aos seus pés, totalmente devota, quando ouviu sua voz doce.
— Levante-se minha querida, ouvi seus lamentos, apesar do destino que os deuses lhe deram, nunca perdeu a esperança e o amor em seu coração, nasceste na primavera, sendo abençoada pela beleza das ninfas, pois não existe humana neste mundo com a beleza igual à sua, chamo-me Gaia, mãe-terra — Fiquei espantada com as palavras da deusa, nunca pensei que veria a deusa primordial em pessoa.
— É um prazer conhecê-la Gaia-sama, chamo-me Ella.
— Ella, tu foste amaldiçoada a ter o ventre infértil, apenas quando encontrar alguém que lhe olhe além de sua beleza é que terás a oportunidade de ser feliz, os deuses lhe concederam a beleza, em contrapartida, deixaram-lhe infértil.
As palavras da deusa me deixaram sem chão, a beleza que tanto desprezei era a culpada da minha infelicidade.
— Por favor, Gaia-sama, eu lhe imploro tome minha beleza e realize meu sonho de ser mãe.
Não perdeu tempo, pouco me importava com esta beleza amaldiçoada, porque os deuses lhe concederam a beleza das ninfas?
Era uma humana, não deveria possuir beleza de uma ninfa ou fada, deveria ser alguém comum, então por que manter esse privilégio?
Aquilo não trouxe nada além de dor, embora mostrasse que não importava o quão linda alguém era, o importante era o que poderia dar em troca, nem mesmo a sua beleza fora capaz de segurar alguém mesquinho, que se apaixonara pela sua aparência, então não havia motivos para ficar com ela.
— Impressionante como teu coração é ainda mais belo que sua aparência, eu vou conceder-lhe a bênção, terá o seu sonho de ser mãe, vais ter a filha da primavera, aquela que terá sintonia com a natureza, ela será minha seguidora.
Senti suas mãos em meu ventre e um enorme calor me inundar fazendo com que eu fechasse os olhos. Quando os abri, percebi estar sozinha no local, procurei pela divindade pelo local perguntando-me se estava a ficar louca, faziam anos que estava a sozinha naquele lugar, não seria tão anormal ficar doida.
Horas passaram-se, no auge pôr-do-sol, o som de passos ecoando pela floresta, primeiramente ficará intrigada, afinal ninguém se aventurava pelo local, muitos tinham medo da floresta e de seus animais, já perderá as contas de quantos foram feridos ao tentar entrar no local, fosse qualquer horário, principalmente aquele.
O principal era que nunca se aventuravam a ir perto de onde morava, pois, os boatos em seu nome eram ridículos, falavam que seduzia os homens para os matar, tudo para preservar sua beleza, pois não era comum um ser humano ser tão belo assim, então todos assumiam que era um pacto.
Então se manteve em alerta, quando percebeu ser o senhor Rendall e seus inúmeros empregados, ficara mais chocada, aquele homem após saber do veredito da curandeira, nunca mais designou a palavra a mim, quando seus olhos miraram os meus, ele percebeu que eu estava com medo, então mostrou que estava desarmado, fazendo-a relaxar de imediato.
— Senhor Rendall, o devo-lhe a honra?
— Ella é impressionante como o tempo faz sua beleza aumentar — sua fala causou-me um grande incômodo.
Percebendo o semblante irritado, ele deu um sorriso sem graça, fazendo-a suspirar exasperada.
— Ella, me desculpe se a ofendi, não foi minha intenção — ele fala um pouco mais sério.
— Não quero ser grossa, mas o que faz aqui? — o homem a sua frente ficou levemente ansioso, deixando-a mais curiosa.
— Você vive confinada nesta floresta a anos não sabe o que está ocorrendo com o vilarejo?
Desde que ele falara que não permitiria que seu filho se casasse consigo e seus pais lhe expulsaram de casa, nunca mais tivera a vontade de ir até o vilarejo, mesmo que fosse para visitar os pais, pois os mesmos disseram que não tinham filha, deixou o orgulho falar mais alto.
— O que está acontecendo? — não conteve a curiosidade, apesar de tudo que lhe fizeram, aquele era seu lar e seu povo, eles eram pobres de espírito, não entendiam nada.
— Desde o dia em que foi embora, o vilarejo esta em ruínas, ao observar a beleza deste local, posso supor que tenha algo com isto — olhei em curiosidade para Rendall.
— Não entendo, o que o senhor quer dizer?
— Ella, enquanto a floresta em que vive está cada dia mais saudável e bonita, o vilarejo está com as terras inférteis, nada do que plantamos podemos colher, pois, no momento em que pegamos as frutas, legumes e vegetais apodrecem, doenças espalharam-se pela vila, muitos dizem que foi você a jogar a praga ao local pelo que sofreu — olhei horrorizada para Rendall.
— Pelos deuses, senhor não sou nenhuma bruxa! Eu jamais faria tal coisa.
Já não bastava tudo que sofreu, agora eles queriam culpá-la e condená-la como bruxa?
— Eu sei Ella, conheço seu coração, deve saber que não permiti que casasse com meu filho anos atrás, pois sabia que meu filho iria fazê-la infeliz, seu sonho era ser pai, ele encantou-se pela sua beleza, quando o encanto passasse você sofreria, não merecia viver com alguém que amou apenas seu exterior — Sua fala surpreendeu-me afinal sempre julguei ele alguém sem coração.
— No entanto, Ella gostaria de pedir-lhe um favor, mesmo que não seja sua culpa, eu sei que é a única que pode resolver isso.
— Como?
— Iremos fazer uma oferenda a Odin, entregar a mais bela flor da cidade, deve saber que em todo o vilarejo é a mais bela — mais uma vez minha beleza definirá minha vida, no entanto, dessa vez o motivo será mais nobre, se minha beleza salvar as pessoas, agradeço aos deuses por ela.
— Senhor Rendall, eu aceito.
— Muito obrigada, Ella!
As mulheres do vilarejo passaram a noite cuidando de minha pele, queriam que eu ficasse perfeita, ao amanhecer fui para floresta clamando o nome de Odin, oferecendo-me como oferenda, passos estrondosos ecoavam pelo local, deixando-a levemente ansiosa, por breves segundos, segurou sua respiração, até a aura do deus ecoar pelo local, arrepiando-a por completo, quando mirou em seus olhos, notou-o olhando sua direção, no entanto, foi diferente dos que recebi durante toda sua vida, ele tinha uma curiosidade genuína, senti algo que nunca senti na vida, apaixonei-me pelo deus.
Suas visitas, tornaram-se constantes, apesar da distância que ele tinha, com o tempo aprendeu a lê-lo, se encantando cada vez mais por ele, assim como ele era genuinamente encantado consigo.
Todos no vilarejo estavam felizes pela abundância do local, após um tempo percebi que deveria estar com alguma doença, pois uma semana estava com enjoos constantes, algo que nunca sentira, notei que Odin aproximava-se de mim, quando ele dirigiu um olhar sério a mim.
— Ella, você está pálida! — apesar da fala seria de Odin, eu pude perceber sua preocupação, quando ele atentamente observou-me mais de perto seus olhos arregalaram-se.
— Você está grávida! — sua voz foi estrondosa, se ele não fosse um Deus pensaria que ele estava apavorado.
— Querido, você sabe que não posso ter filhos.
— Ella, eu sei o que digo, tu estás grávida — Ele disse aproximando-se de mim, colocando sua mão em meu ventre, fiquei em choque com esse fato, fazia dois meses da oferenda, Odin visitava-me diariamente, jamais pensei que poderia ficar grávida, afinal meu ventre era infértil, apesar do meu medo uma felicidade enorme preencheu meu coração, pulei nos braços de Odin fazendo com que ele se assustasse.
— Vamos! — Odin ordenou simplesmente.
— Vamos para onde?
— Asgard, está grávida de um deus, não será uma gravidez tranquila — após sua fala fomos para Asgard.
Eu observava tudo encantada, Odin levou-me a um enorme aposento, dizendo para aguardá-lo ali, fui até a janela observando o local tocando em meu ventre, quando me lembrei da visita de Gaia, ela abençoou meu ventre um dia antes de conhecer Odin, com tudo que aconteceu, esqueci-me desse fato, fiquei com medo de informar Odin, ele poderia pensar que eu o enganei, estava mais que apaixonada, amava o deus com todo seu coração, saber que o ser que carregava era metade dele, a união entre ambos, fez seu coração preencher de alegria.
Um barulho chamou sua atenção, ao olhar em direção a porta, observou duas mulheres em companhia de Odin.
— Ella está é Brunilde e a curandeira que lhe fará os exames, precisamos cuidar bem de você — a fala do deus a fez sorrir genuína em sua direção.
As duas fizeram uma reverência em minha direção, sorrindo respondi.
— Prazer em conhecê-las — durante os exames os receios de Odin estavam certos, o feto era incompatível com meu corpo, era forte demais, apesar disso, ele ficou ao meu lado, pensei que ele iria sugerir que eu tirasse a criança, mas observei um brilho incomum em seus olhos ao ouvir o coração da criança, ele também já amava aquele ser, tanto quanto ela.
— Brunilde, traga Thor e Loki aqui e lembre-se que ninguém deve saber sobre Ella.
Minutos passaram-se, quando dois homens grandes adentraram no recinto, curiosos observaram o local com surpresa ao encontrar uma humana ali, surpresa maior foi de saber que a humana em questão estava grávida de seu pai, a situação era um tanto engraçada para si, Odin parecia quase com vergonha de admitir isto.
Os meses foram passando e cada vez mais estava difícil seguir com a gravidez, surpreendentemente Loki e Thor sempre lhe faziam companhia quando Odin estava ocupado, Loki passava horas contando as suas brincadeiras para com os outros deuses, quanto a Thor preferia contar as histórias de suas batalhas, observando-os viu que sua criança teria os melhores irmãos, apesar de estar gerando um semideus, eles não pareciam ligar, pareciam amar a criança, ao ouvir suas vozes a criança fazia festa em sua barriga, ela parecia saber quando estes estavam próximos, festa maior esta fazia quando percebia a presença de Odin, ele passava horas falando com sua pequena, ele esperava que fosse uma menina.
Apesar da alegria que sentia por estar gerando uma vida eu sabia que não iria poder aproveitá-la, irônico este fato, sempre quis ser mãe, mas sabia que não iria viver para ver meu filho crescer, com o chegar da primavera também chegou o sétimo mês de gravidez.
Desde a noite anterior, se sentia incomodada, mas não sabia ao certo o que era.
— Está com uma cara, está sentindo algo? — Thor perguntou ao chegar no quarto.
— Estou me sentindo estranha — a fala assustou o Deus que imediatamente chamou por seu pai, um furacão invadiu o quarto, quando Odin chegou imediatamente com Loki.
— O que aconteceu? — Os dois perguntaram ao mesmo tempo, quando fui falar que não precisavam de todo esse alvoroço, minha bolsa estoura, fazendo com que os deuses ficassem ainda mais apavorados.
— Ella, ainda não é hora, você completou sete meses hoje! — Odin falou assustado.
Thor saiu imediatamente com Loki a procura da curandeira, quando ela chegou disse que não teria o que fazer, pois, eu já estava em trabalho de parto, horas passaram-se, Odin não saiu do meu lado, com o amanhecer um choro preencheu o local e pela primeira vez eu vi Odin chorar ao pegar sua menina, como ele desejou era uma menina.
— A mais bela semideusa, nascida ao amanhecer da primavera, a semideusa da natureza — a fala de Odin saiu orgulhosa e emocionada, sorriu diante a cena, vendo em lágrimas ao olhar para a pequena em seus braços.
Sua voz chamou a atenção dos filhos, fazendo Thor e Loki invadirem o local, observando o pequeno ser no colo de seu pai, a pequena chorou e Odin deu-me para eu poder lhe amamentar, senti como se tivesse segurando o mundo em meus braços.
Os cabelos tão negros quanto de Odin, a pele clara, apesar do leve tom em bronze, ela parecia reluzir, não era parecida consigo, tirando os olhos, tão ametistas como os seus.
— Odin, obrigada pela felicidade que me concedeu ao me fazer mãe, ela é linda, nossa pequena Alissa.
— Alissa? — Odin perguntou com interesse.
— Sim, significa majestosa e nobre — eu disse passando a mão em seus cabelos escuros.
— É um belo nome — Odin disse concordando olhando-as com tanta emoção que fizera seus olhos marejados.
Após amamentá-la, pedi para Odin pegar meu diário, ele não se opôs, decidi contar toda história para que quando tivesse idade suficiente entendesse.
Minha pequena princesa, hoje entendo a profecia que foi designada a mim, não podemos escapar do destino que nos é imposto, estava destinada a ter você, saiba que foi muito amada por mim, pois antes mesmo de lhe conceber, lhe desejava, hoje entendo também a visita de Gaia a mim, fui seu receptáculo, ao abençoar meu ventre ela fez mais que passar seus poderes, por esse motivo não tem quase nada de mim, pois é filha dela, eu gerei você, amei você, mas a semente foi dela, espero que entenda que isso não muda o fato de quem és, sei que está destinada a grandes coisas, pois Gaia também sabia disso.
O destino que é para acontecer, sempre encontra um jeito, quando você nasceu sua alma estava entrelaçada a outra, Gaia lhe guiará, mas não tenha medo, pois eu sempre estarei com você, amo você minha princesa, sei que está lendo este diário, adulta, tenho certeza que Odin e seus irmãos cuidaram bem de você, está na hora de seguir seu destino.
Com amor sua mãe, Ella."
Estava atordoada com o conteúdo do diário, então o que pensou que fosse a vida toda era mentira, não era uma semideusa, era uma deusa afinal, sua mãe humana foi quem lhe gerou, mas a semente foi de Gaia, era filha de Gaia e Odin, sua mente estava explodindo, quando parou e releu novamente focando no final "sua alma estava entrelaçada a outra", não podia crer nisso, então de fato Poseidon ser o escolhido não era o acaso, ele era sua alma gêmea afinal, este fato era extremamente assustador.
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