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Capítulo 27- Guerra entre a natureza

Esse capítulo possuí 3760 palavras.

Boa leitura ❤️

Os sentimentos transbordavam em seu interior, nunca sentira tanta intensidade assim, a vulnerabilidade que sentia era algo irritante, mas naquele momento tinha algo mais importante para se preocupar, sua filha corria perigo, o que ele precisava era ser forte como sempre fora.

— Vamos, precisamos descobrir como enfrentá-lo — falou rente ao ouvido da esposa, ela suspirou exasperada.

— Poseidon, não pode trancar seus sentimentos assim — ela falou fazendo um terno carinho em seu rosto.

— Não estou, apenas não é hora para falar sobre isso, Aurora é mais importante — respondeu beijando sua testa com suavidade.

Ela sorriu em resposta, entrelaçou a mão na sua, era hora de deixar a arrogância de lado, sua filha era mais importante que sua mágoa.

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Os demais deuses mantinham-se alterados no salão, percebeu uma briga calorosa entre a sua família, não podia os condenar, entendia a irritação de seus irmãos.

ESPERO QUE ESTEJA FALANDO A VERDADE E NÃO TENHA NADA A VER COM O FATO DE AURORA TER SUMIDO, NÃO IMPORTA QUE SEJA MINHA MÃE, VOU MATÁ-LA SE ENCOSTOU EM AURORA! — Adamas falou com raiva apontando o dedo para sua mãe.

— Damas... acalme-se — falou colocando a mão no ombro do irmão, ele olhou-o em choque.

Manteve o olhar firme em seus olhos, Adamas assentiu entendendo-o, por mais raiva que tivessem, naquele momento precisavam engolir o orgulho para poder saber mais sobre o paradeiro da filha, virou-se para a Reia que se mantinha espantada olhando-os.

— Como vamos enfrentá-lo? — perguntou friamente a Reia que suspirou fundo.

— Não pode enfrentá-lo, seus poderes não serão páreos, apenas uma pessoa pode derrotá-lo agora — Reia falou olhando para sua esposa.

— Não! — rosnou com fúria ao entender, só por cima de seu cadáver que ela iria arriscar-se dessa maneira.

— Como faço para controlar meus poderes e enfrentá-lo? — Alissa pergunta para Reia olhando-a seriamente.

Olhou indignado para a esposa, será que alguma vez ela consideraria escutá-lo?

— Não enfrentará Cronos diretamente, ele só sairá do submundo se liberar o caos, no entanto, irá enfrentar Kendra com poder total, ela também terá os poderes de Gaia, ninguém além de você conseguirá — Reia explica deixando-o aflito.

— Eu enfrentei Kendra! — falou entredentes.

— Não pode enfrentá-la, os seus poderes não serão suficientes para derrotá-la — Reia respondeu para seu desespero.

Não conseguia acreditar nisso, ele não era o suficiente para proteger as pessoas que ama?!

— Como eu faço para controlar meus poderes? — Alissa perguntou novamente para Reia com raiva explícita no olhar, a deusa olhou-a com malícia.

— Você é bem fácil de se irritar, o que é um problema, tem que ter sintonia completa com a natureza, não deixando a raiva a dominar, para isso Poseidon pode ajudá-la — Reia fala deixando-o confuso.

— Como? — perguntou olhando-a intrigado.

— Vocês são um só, veja vocês já conseguem sentir os sentimentos um do outro, você já sabe o que ela pensa, sendo assim vai conseguir guiar seus sentimentos, assim como ela os seus, cada vez que ela ficar com raiva você terá que aliviar a raiva dela, se ela liberar o caos o Cronos irá reinar, ela não lutará sozinha, você estará ao seu lado! — Reia fala fazendo-o olhar para a esposa.

Ele era o único que conseguia acalmá-la quando a raiva emergia, era o único que conseguia aproximar-se, não precisava falar nada para conseguir apaziguar sua ira, assim como ela conseguia o acalmar, eram duas metades de um ser, observou o sorriso vitorioso dela em sua direção, não pode deixar de retribuir, eles juntos iriam resgatar sua pequena.

— Vamos começar! — Alissa fala determinada fazendo Reia assentir.

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Horas passaram desde que começaram com o treinamento, era mais algo voltado para o entendimento de ambos, principalmente para o controle de suas emoções, sentimentos e paciência, ambos eram uma bomba relógio, isso fora um desafio enorme para os dois controlar.

Com o passar das horas, conseguia entender melhor os sentimentos da esposa, o motivo pelo qual ela não conseguia controlar seus poderes, suspirando pediu um tempo no treinamento, a esposa o seguiu silenciosamente.

— Alissa? — a chamou suavemente ao vê-la área, os seus olhos estavam marejados.

Circulou os braços em sua cintura, puxando-a contra seu corpo, ela abraçou-o de volta, conseguia sentir toda a sua angústia, como se fosse a dele.

— Vai conseguir salvá-la! — sussurrou firme em seu ouvido, sentiu ela apertar o abraço.

— Sinto tanto medo de perdê-la! — ela confessa chorando em seu peitoral, enterrou a cabeça em seus cabelos suspirando.

— Não vai perdê-la, tenho certeza disso, sabe porquê? — pergunta puxando-lhe o rosto para que ela olhasse bem em seus olhos.

— Você é a mais forte, irá vencer aquela maldita e trazer nossa filha, eu confio totalmente em você, então confia em mim! — falou fazendo-a sorrir em meio as lágrimas.

— Eu te amo — ela fala beijando-lhe docemente nos lábios.

— Assim como eu amo você, agora vamos resgatar nossa pequena! — fala sentindo a confiança dela crescer, sabia que ela conseguia e que logo estariam com Aurora.

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Os deuses estavam preparando-se para guerra que estava por vir, estava observando a esposa a longos minutos, curioso sobre que ela estava fazendo, a viu cortar a palma da mão fazendo com que jorrasse uma pequena quantidade de sangue, que se tornou em uma joia vermelha viva feita de cristal, utilizando a manipulação da terra ela fez uma serpente de ouro em formato de tiara, repartiu a joia carmesim em duas, colocando-as nos olhos do animal, quando estava pronta, colocou sobre a cabeça, olhava-a com admiração, não conseguia conter o olhar de orgulho em sua direção.

— Não sabia que podia manipular os cristais — fala aproximando-se dela.

— Manipulação de cristais é uma das variações da manipulação da terra, sei todos os usos de manipulação de terra, entre todos os elementos, eu sou melhor com à terra, apesar de conseguir dominar todos os elementos completamente — Alissa explica mostrando-lhe a tiara.

— O que ela faz? — perguntou examinando a tiara com curiosidade.

— Serve como uma prisão de cristal para quem olhar nos olhos da serpente, com isso posso manter a alma do alvo preso por um determinado tempo — A explicação fez ele sorrir arrogante para si.

— Interessante... você é impressionante — fala com a voz orgulhosa deixando-a envergonhada.

— Não sei se funcionará na Kendra, ela está dominando todos os elementos também e terá os poderes de Gaia — ela fala apreensiva, segurou firme suas mãos.

— Só precisa de uma oportunidade para usar vai dar certo, aliás tem arma divina? — perguntou fazendo-a sorrir.

— Sim, minha arma divina é um cetro, forjada com uma pedra rubi, a pedra mais bruta e valiosa encontrada, ela é o próprio sangue da terra, aliás ela foi forjada pelos mesmos que forjaram o Mjolnir de Thor — Alissa deu um sorriso malicioso ao vê-lo olhá-la surpreso.

— Eu falei para você que não era qualquer semideusa, tirano — ela fala marota fazendo-o rir.

— Parece que a semideusa é realmente forte — retruca divertido olhando-a com intensidade.

Ela sorri circulando o braço em seu pescoço, abraçou-a pela cintura, suspirou sentindo o doce cheiro que vinha de seus cabelos.

— Está pronta? — pergunta em seu ouvido fazendo-a assentir.

Determinado entrelaçou a mão na dela, seguiu-a em direção a floresta onde seria o embate, Alissa conseguirá localizar o movimento de Kendra naquele local, mas estavam cientes de quando estivessem perto, a ninfa sentiria suas presenças.

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O local era cercado por árvores, mais ao longe pode ver uma parede de cristais, fazendo-a perguntar se a manipulação de terra de Kendra estava tão perfeita a ponto dela conseguir manipular os cristais também ou se era uma manipulação de Gaia, sentiu sua raiva crescer ao pensar na última, não esqueceu o que ela lhe fez, sentia vontade de esmagar todo seu corpo para fazê-la pagar, a raiva começou a aumentar, deixando-a mais irritada. Lentamente, começou a sentir como se estivesse mergulhando em um mar calmo, sorriu quando percebeu ser o marido suavizando sua ira, com a confiança crescendo deixou sua alma guiá-la pela natureza, onde pisava nascia várias flores, provando que seu coração estava em conexão total com o ambiente.

— Confesso que estou surpresa de ver que conseguiu chegar até aqui, no entanto, esperava encontrá-la com humor diferente — Kendra fala olhando maliciosamente para o casal, apenas suspirou ignorando-a, não podia deixá-la manipulá-la.

Analisou cuidadosamente o local, não conseguia sentir ninguém além da ninfa, assim como percebera que o deus também não sentiu ninguém, isso deixou-a aflita.

— Sei que tem um exército com vocês, onde estão os belos deuses? — A ninfa perguntou tentando perceber a presença dos outros.

Sorriu em malícia ao perceber que seus poderes não estavam deixando-a conectar-se com o lugar onde os deuses ficariam escondidos, a maldita seria pega de surpresa, os poderes emprestados dela não eram como os seus!

— Cadê Aurora? — Poseidon pronúncia com a voz gélida.

— A princesa dos oceanos é muito temperamental, aliás, ela lembra-me muito a Poseidon, não apenas na aparência, mas seu gênio é totalmente igual a você, sabia disso? — a ninfa pergunta sorrindo ao vê-la olhá-la com fúria.

— Assim como o pai, minha filha não gosta de qualquer uma! — responde entredentes, fazendo-a ninfa rir.

— E mesmo Poseidon? — Kendra pergunta olhando-o com desejo puro nos olhos, fazendo-o bufar com fúria.

A maldita ninfa queria pegá-la pelo ciúme?

Era ridículo!

Confiava de olhos fechados em Poseidon, ainda mais em relação a maldita que ousou encostar em sua filha, seria preciso Kendra ser outra pessoa, mesmo que morresse, Poseidon jamais ficaria com alguém como ela.

— Estou sem paciência para você, cadê a Aurora? — ele ruge a pergunta furiosamente.

— Não sei, talvez ela esteja morta, assim como vocês logo estarão — Kendra fala rindo de forma sarcástica.

Não valeria a pena tentar arrancar algo dela, cercando-se dos quatro elementos, deu o sinal para que Poseidon atacasse, quando a ninfa os viu indo em sua direção, desfez as paredes de cristais, revelando os titãs que estavam escondidos ali, os demais deuses apareceram ao perceber seu poder, partiram para a batalha, Kendra sorriu distanciando, fazendo-a ficar com raiva.

— Você é minha, não vai fugir! — fala friamente cercando-as com um círculo de fogo.

— Interessante escolher o meu elemento para nos cercar — a ninfa fala tentando chegar perto das chamas para controlá-las e sendo repelida por elas.

— Esse fogo só obedece a mim, vamos querida, vou fazê-la sangrar — sua fala saiu totalmente cruel e impiedosa, ocasionando em um olhar divertido da ninfa ao vê-la controlada apesar da fúria evidente.

Os olhos fecharam-se deixando os sentimentos fluírem, uma capa de chamas negras cobriu-a por todo seu corpo, respondendo seus sentimentos, as chamas foram lançadas em direção da ninfa que levantou um escudo d'água ao redor de si, sorriu em malícia mudando para o elemento terra criando cristais atrás da ninfa e lançando em sua direção.

Fechou os olhos, deixando seus sentimentos fluírem e uma capa de chamas negras a cobriu por todo o corpo, respondendo seus sentimentos lançou chamas em direção a ninfa que levantou um escudo de água ao redor de si, mudando o elemento para terra, criou cristais atrás da ninfa e lançou em sua direção, Kendra ficou sem reação ao forjar rapidamente uma parede de pedra para protegê-la.

— Isso é tudo que tem? — fala projetando uma rajada de água, aumentando cada vez mais a pressão fazendo a parede desmoronar sobre a ninfa.

Os quatro elementos circularam envolta da ninfa, fazendo-a criar um vórtice de ataques utilizando todos em simultâneo, lançando-os em sua direção, surpresa fora atingida em cheio pelo ataque, fazendo-a cair, sorriu com malícia, lentamente levantou-se com as mãos erguidas criando lâminas de ar ao seu redor, diminuindo-as até o tamanho microscópio, lançando-o em direção da ninfa, cortando-a em diferentes partes do corpo.

— Ficou mais forte, tudo para proteger sua bastardinha? — Kendra perguntou em deboche — Amor de mãe é realmente muito lindo.

— ONDE ESTÁ A MINHA FILHA, MALDITA? — berra em fúria perdendo a paciência.

A ninfa sorri segurando seu braço cortado, usando os poderes de Gaia, mostrou a caverna onde o corpo da pequena Aurora jazia no chão, imóvel e completamente fria.

— Eu disse que ela estava morta — Kendra fala sorrindo ao ver o choque em seu rosto — Infelizmente a princesa acabou me irritando, não pude conter meus poderes, mas não se preocupe que não a fiz sofrer... muito — a ninfa termina a fala alegre ao ver que conseguira alcançar o seu objetivo de levá-la à loucura.

Uma raiva descomunal cresceu em seu peito, fazendo-a não conseguir controlar a onda de fúria que surgiu ao seu redor, liberando o fogo cobriu completamente seu corpo com ele fazendo-a sua carne derreter no processo, as chamas saiam por sua pele, seu sangue fluía continuamente no chão sendo cristalizados no processo, levantando-os lançou em direção da ninfa com toda a sua raiva perfurando-a por completo, Kendra gritou em agonia ao perceber que não era simples cristais, forjados com seu próprio sangue, eles tinham um veneno letal, quando viu que a ninfa pretendia utilizar seus poderes, aumentou e diminuiu drasticamente o ar em sua volta, ocasionando em um estado de letargia na ninfa que não conseguia respirar corretamente.

Um sorriso em pura malícia surgiu em seu rosto a medida que diminuía os cristais microscopicamente, utilizando a corrente sanguínea os fez circular no corpo da ninfa, espalhando-os por completo, quando viu que ela ficara carregada pelos cristais, aumentou seu tamanho, fazendo o corpo dela explodir no processo.

— AURORA! — berrou em agonia sentindo seu corpo cada vez mais tomado pela ira, a natureza a seu redor sentindo sua onda fúria transformou-se em uma floresta em chamas.

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O deus dos mares estava com um controle absoluto sobre a luta, não sobravam titãs em seu caminho, pois, os aniquilava completamente, quanto mais titãs matava, mais deles surgia.

Seus ataques estavam sendo certeiros, mesmo com a quantidade que lidava, ao contrário dos demais deuses, tinha cerca de vinte titãs ao seu redor. Sem opções, saltou por cima deles, com o tridente em sua direção, desencadeando em intermináveis golpes semelhantes a relâmpagos de tempestade, os titãs caíram com os membros decepados.

Virou-se para a esposa, quando observou o tremor da terra, mais vinte titãs corriam em sua direção.

Medusa Alope Deméter — a voz do deus ressoa a um grupo de titãs criando uma cúpula de imagens residuais, desencadeando uma torrente de ataque inundando a área.

Aquela batalha estava o irritando, era para estar ao lado da esposa, mas nem ao menos conseguia se mover, pois os titãs estavam todos ao seu redor.

Perséfone Kallicharon  — escuta Hades gritar atrás de si, emitindo um ataque em direção aos titãs que acabará de derrotar.

— Cronos está manipulando o tempo, os titãs não estão voltando a vida, ele está fazendo o tempo voltar a cada vez que eles morrem criando assim uma linha de tempo infinita — Hades fala ao chegar perto, fazendo-o franzir as sobrancelhas com raiva, quando foi responder ao irmão, sentiu o descontrole da esposa.

Correu aflito em sua direção, observando o caos em sua volta, quando foi chegar perto de si, foi impedido pelo irmão.

— Me solta Hades! — grita tentando soltar-se do irmão que segura-o com mais força.

— Não pode chegar perto dela assim, ela está descontrolada e vai acabar matando você! — Hades fala tentando mostra-lhe a razão.

Seu coração sangrava ao ver o sangue escorrer pelo corpo da esposa, em desespero debatia-se contra seu irmão.

— Poseidon, precisa acalmá-la, Cronos vai controlá-la desse jeito! — Hades fala fazendo-o assentir angustiado, fechou os olhos tentando se acalmar.

Tentava chegar aos sentimentos da esposa, mas só conseguia ver as trevas em seu coração, ficou desnorteado ao ver o motivo de seu descontrole, ela vira Aurora morta.

— Hades... Aurora está... morta! — fala num fio de voz sentindo seu coração, em desespero cai aos pés do irmão, as lágrimas saiam como uma cachoeira de seus olhos.

Hades sentiu-se aflito ao ver a agonia no rosto do irmão, jamais o vira daquela maneira, precisava agir com a razão no momento e ser seu alicerce, precisava ser a sua força.

— Poseidon... ela não pode estar morta, nós saberíamos, se ela estivesse morta sua alma iria para o submundo e eu saberia imediatamente, irmão pense com a razão! — Hades fala segurando o rosto do irmão, Poseidon dirigiu-lhe um olhar morto, ocasionando em grande pesar em seu coração ao ver seu pequeno irmão sofrer daquela maneira.

— Kendra usou os poderes de Gaia para enganar Alissa, só pode ter sido isso, lembre-se que Cronos quer que ela fique descontrolada para acabar com o mundo, assim o liberando no processo, precisamos acreditar que Aurora está viva — falou tentando fazê-lo pensar com a razão, sentia-o em desespero.

— Não posso perdê-las! Elas são tudo para mim, Hades! — a voz de Poseidon sai agoniada, suspirou assumindo uma face seria, puxou seu rosto em sua direção para olhar-lhe nos olhos.

— Não vai perdê-las, elas precisam de você agora! — Hades fala puxando o irmão para a razão.

Fechou os olhos, focando no amor que sente pela filha e esposa, cobriu seu corpo inteiro com um manto d'água, indo em direção a Alissa.

Isso minha querida, destrua todos aqueles que fizeram mal a sua pequena, libere o caos no mundo — Alissa escuta uma voz em sua mente, fazendo-a sentir cada vez mais seu corpo fora de controle, caminhou em direção a voz que a chamava, seus passos estavam ocasionando no apodrecimento da terra, quando sentiu seu coração explodir em agonia, percebeu braços fortes abraçando-a suavemente, ao longe em sua mente sentia conhecimento daquele contato, mas não conseguia raciocinar corretamente.

— Alissa, το φως μου, por favor para! — a semideusa escuta a voz de Poseidon ao longe.

— Esse mundo merece sofrer, irei reduzi-lo a nada junto a todos que nele vive — a voz dela saiu vazia, como se ela não estivesse mais naquele corpo.

— Alissa, me escuta, Aurora está viva! — Poseidon fala segurando o rosto banhado em lágrimas da esposa.

Não o escute, ele quer enganá-la, você mesmo viu o corpo da sua pequena frio como a morte, não o deixe enrolar, mate a todos — a voz tornou a falar suavemente em sua mente a fazendo gritar em agonia

— Está mentindo! — fala com raiva usando o fogo em seu corpo para queimar o deus dos mares que grita em aflição sentindo o fogo queimar sua pele, mas não a soltou, segurou-a contra si com mais firmeza.

— Pode me matar depois se quiser, mas nunca menti para você, jamais mentiria sobre isso — ele fala em desespero.

Ela abaixa a cabeça em sofrimento, Poseidon vê o reflexo de seu rosto nos olhos da serpente que a esposa fizera antes e lembrou-se do que ela falara sobre o objeto.

"Serve como uma prisão de cristal para quem olhar nos olhos da serpente, com isso posso manter a alma do alvo presa por um determinado tempo"

Pegou a tiara, vendo a serpente enrolar-se em sua mão e a colocou na frente da esposa, ela ficou petrificada ao olhar para a serpente, observando ela paralisada, aproveitou para acalmá-la com seus sentimentos, quando a sentiu mais serena, quebrou o contato visual dela com o animal.

— Alissa? — pergunta baixo vendo-a olhá-lo com tristeza.

— Aurora! — Alissa fala em sofrimento jogando-se em seus braços, fazendo-o abraça-la com força.

— Ela está viva το φως μου, precisamos achar a Gaia, assim iremos achá-la — fala segurando seu rosto com carinho.

— Eu sei onde Gaia está — Alissa fala determinada pegando a mão do deus os teleportando para a caverna que a ninfa mostrara na ilusão


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Era uma caverna levemente clara, mas o que a impressionou não fora ver ela toda equipada para Aurora, mas notar o quão perto estava do campo de batalha.

Sentiu uma tremenda raiva, principalmente ao ver Gaia com Aurora nos braços.

— Como esperado da minha filha — Gaia fala embalando suavemente Aurora que parecia estar dormindo profundamente.

— Por que nos traiu? — a voz de Poseidon sai atroz, Gaia que até então estava olhando para pequena em seu colo ergueu os olhos para o casal.

— Não se pode desfazer um trato com os titãs, eu o fiz antes de Alissa nascer, de fato desisti de tudo quando a vi pela primeira vez, mas não podia retroceder — Gaia fala olhando fixamente para Alissa.

— Então decidiu acabar com tudo? — pergunta com raiva.

— Não, eu apenas segui o fluxo, esperando que fosse incapaz de ser controlada — Gaia fala simplesmente.

— Como ele conseguiria controlá-la? — Poseidon perguntou fazendo a deusa virar-se para si.

— Antes de abençoar o ventre de Ella, eu dei plenos poderes para Cronos controlar o ser que iria formar-se em seu ventre — Gaia respondeu deixando-os furiosos.

— Tem ideia do que fez? — sua voz saiu feroz.

— Se está aqui significa que conseguiu resistir ao controle de Cronos — Gaia fala a olhando entediada.

— Porque pegou Aurora? — pergunta com raiva.

— Ele a queria completamente fora de controle e eu dei a ideia de pegar a pequena, esperando que assim você ficasse descontrolada iria conseguir manter-se sob controle perante a Cronos, veja não poderia impedir a persuasão dele se não soubesse como ela é, agora que sabe criou resistência a ele — Gaia diz marota.

— Isso poderia ter saído do controle! — Poseidon fala olhando-a com raiva ocasionando em um revirar de olhos da deusa.

— Me da minha filha! — fala com irritação aproximando-se das duas.

— Não tenho intenção de fazer mal a ela — Gaia diz colocando a pequena nos braços da mãe.

Ao sentir seu calor chorou de alegria, Aurora abriu os olhos resmungando, fazendo os pais rirem, ao ouvir a voz de ambos sorriu.

— το μικρό μου — Poseidon fala segurando sua mão vendo a filha abrir um sorriso banguela para si.

— O que pretende fazer? — Poseidon pergunta a Gaia que suspira entediada.

— Creio que terei que responder aos deuses, não? — Gaia responde como se fosse nada.

— Quanto a Cronos? — pergunta olhando desconfiada para deusa.

— Ele terá um ataque de fúria, mas não sairá do submundo, Hades pode aumentar sua prisão — Gaia fala saindo da caverna.

— Eu cuidarei do Cronos — Poseidon finalizou friamente a questão.

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