Capítulo 19 - Deixe-me conquistá-la
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Boa leitura 💙
O caminho fora silencioso, apesar do que falara a seu pai sentia um misto de emoções para com Poseidon, não tinha a certeza se conseguiria manter-se firme no que dissera a seu pai, queria ficar, aquela era sua casa afinal, mas sentia medo, não conseguia esquecer do que ele falara antes.
Agora não era apenas com ela que deveria se preocupar, existia uma nova vida, um ser crescendo em seu ventre, ele precisaria unicamente deles, seria assim até ele aprender a se defender, então não poderia viver em pé de guerra com seu marido, muito menos queria viver separada dele, mas nem sabia o que ele queria.
Poseidon deixará claro o que sentia, não a amava, então não iria forçá-lo a nada, claro que não iria separá-lo do próprio filho, poderiam muito bem viver em paz, talvez sendo amigos.
Ao entrar em casa sentiu de imediato o prazer do pertencimento, aquele era seu lar, era ali que queria ficar, timidamente o deus segurou suas mãos com extremo carinho, não conseguiu conter o arrepio que percorreu seu corpo ao entrar em contato com a pele do Deus, parecia tão certa, tão encaixada sua mão ali, percebeu que a palma dele estava trêmula e suada, ele estava visivelmente nervoso, manteve-se quieta durante caminho até o quarto, estacou na porta, o nervosismo voltou com força total.
Quantas teriam entrado ali?
Quantas foram importantes para ele?
Queria saber, mas tinha medo da resposta, não saberia se conseguiria perdoá-lo, a fala dele dizendo que não a amava estava gravada em seu coração, este que estava machucado por ele e não sabia o que fazer, não queria viver em pé de guerra, a verdade é que desejava voltar a ser como era antes.
Mas o que eles eram?
Achava terem algo especial, mas agora nem isso tinha certeza, o deus era uma confusão, nunca sabia o que ele estava sentindo, era como uma montanha-russa, os sentimentos intensos que ele demonstrava dera tanta esperança para ela antes, mas agora isso não era mais o suficiente, queria ser retribuída na mesma intensidade, não apenas por estar a espera de seu filho, mas queria que ele a amasse como sua mulher.
— Não vai entrar? — ele perguntou tirando-a de seu torpor, percebeu que estava a longos minutos encarando a porta do quarto, acenou sem falar nada.
Entrou no quarto separando-se do deus, não queria acostumar com esse carinho, não quando sabia que não era para ele.
Seria certo dormirem no mesmo quarto?
Não conseguiria conviver com ele, como antes, dormir em seus braços, sentir seu carinho e saber que para ele não significava nada, aliás ele deveria tratar a todas da mesma forma, não deveria sentir-se especial.
Era nítido que as ex-amantes que conhecera, eram apaixonadas pelo deus, não poderia ser apenas carnal, teria outro motivo, apesar da frieza dele para com todos, ele deveria ser diferente com elas.
— Poseidon, acho melhor ir para outro quarto — falou num fio de voz, fazendo-o arregalar os olhos.
— O quê? Porquê?! — ele perguntou atônito.
— Eu mantenho o que disse antes, nosso casamento é um mero contrato, no entanto, quero que sejamos amigos, vamos ter um filho e não quero que ele nasça no meio de uma briga! — respondeu sem olhar em seu rosto.
— Alissa, nosso casamento nunca foi um contrato, não podemos ser apenas amigos! — ele falou levemente desesperado.
Ao virar o rosto em sua direção, ficou surpresa ao vê-lo transparecer todas suas emoções, nunca pensou em ver o medo estampado em seu rosto, ele parecia tão frágil que por um instante ficara confusa com o ato.
Por que ele estava daquela maneira?
Ele não sentia nada verdadeiro por ela!
— Poseidon, não quero me machucar mais, deixou bem claro o que sentia, então, por favor, aceita minha decisão! — falou firme, virando as costas para o deus.
— Por favor, me escuta! — ele pediu num fio de voz.
— Hoje não! — falou saindo do quarto.
Aquela talvez fosse a decisão mais difícil que tomara na sua vida, mas era o que precisava, era a hora de se priorizar, não poderia colocar seus sentimentos a frente de tudo, sabia bem que eles precisavam resolver tudo, mas com a mágoa tão recente, não conseguiria ser objetiva, precisava se acalmar, agora não era apenas consigo que deveria se preocupar, o ser em seu ventre não poderia sofrer com a inconsequência dos pais.
ꕥ🔱
Sentiu as pernas fraquejarem levando-o ao chão, jamais pensou que sentiria algo assim, vê-la partir e saber que não era culpa de ninguém além dele, era uma dor insuportável, aquele era para ser o melhor momento de suas vidas. Estava alegre em saber que seria pai, eles seriam uma família e tudo ficaria bem.
Seria assim se ele como sempre, não tivesse deixado o orgulho tomar a frente do que sentia, a magoou profundamente e não sabia o que fazer, não poderia ser apenas seu amigo, não quando sabia o que era tê-la em seus braços, o calor do seu corpo, seus resmungos dormindo, a alegria que ela acordava todas as manhãs.
Não poderia perder nada disso!
Saiu do quarto disposto a trazê-la de volta, sabia bem onde ela estaria, ao chegar na porta seu coração quebrou por completo, sentia-se o pior ser existente ao escutar seu choro, tudo por culpa dele!
As mãos foram para a porta como uma maneira de senti-la, mas não podia, não quando não provasse que seus sentimentos eram verdadeiros, resignado voltou para o quarto, este que parecia tão vazio e sem vida, tudo pela ausência dela.
Antes dela em sua vida, nunca dormira com ninguém, detestava ter seu espaço pessoal invadido, quando Proteus chegou com os pertences dela, ficou surpreso com sua ordem de colocar em seu quarto, nenhuma mulher além dela estivera ali, sabia bem que todos seus servos ficaram igualmente surpresos, acreditavam que ele designaria outro quarto para ela.
Mas como ficar longe dela?
Sentiu essa necessidade desde que a viu pela primeira vez, nunca ninguém tivera a audácia de enfrentá-lo daquela maneira, sua força e sua presença, foram as primeiras coisas que chamaram sua atenção, ela era uma verdadeira força da natureza.
Então o reboliço que seu coração fez quando seu nome pareceu como seu noivo, o olhar raivoso e de nojo em sua direção, fora apenas porque não entendia o que sentia, eram sentimentos tão intensos que não o deixavam pensar, isso para ele era inadmissível, era um ser frio e calculista, nunca dando a menor importância nem mesmo para seus irmãos, mas ela o tirou completamente de sua órbita.
Saber que foram almas destinadas a estarem juntas, explicou tudo o que sentia, não poderia ser contra isso, não quando sentia uma força inexplicável puxando-o para ela, estar ao seu lado tornou-se fácil, mesmo com seu gênio difícil, ele não poderia falar nada já que o seu próprio era insuportável, mas precisou estar a ponto de perdê-la para se dar conta o quanto ela era importante.
Não queria ficar naquela cama imensa, sozinho, a queria consigo, enroscada em seus braços, escutar seus resmungos durante o sono, ficar irritado com sua animação logo pela manhã, o principal, desejava ver novamente a felicidade naquele rosto esculpido, a dor que virá nela, sua tristeza, era como a morte para si.
Não ficara chocado ao notar o rosto molhado, mas sabia que não adiantaria nada chorar, precisava dela novamente, com isso em mente fora novamente para o quarto em que ela estava, com coragem abriu a porta, a cena que viu partiu por completo seu coração, ela estava deitada sobre a cama com o rosto inchado de tanto chorar, a pegou no colo mesmo sob seus protestos, levou-a novamente para o lugar onde pertencia.
— Me solta! — ela resmungou fungando.
— Nunca mais vou soltá-la, não me peça isso! — falou num fio de voz.
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Escutá-lo dizer isso fez com que seu coração disparasse, era uma tola por conta disso, amava-o com todo seu coração, por esse motivo que doía tanto!
— Por favor, eu só quero... me escuta? — ele pediu num sussurro.
Ao olhar para sua face ficara chocada ao notar uma tristeza igual à sua, ele estava sofrendo também.
— Não traí você, jamais faria isso por que não existe nenhuma mulher que eu queira além de você! — ele fala firme, fazendo-a encará-lo com seriedade.
— Eu sei que não me traiu — sussurra de volta virando o rosto na direção oposta ao deus.
Não queria olhar no azul intenso de seus olhos, não quando sentia a intensidade dos sentimentos que exalavam por ele, não conseguia compreender o motivo dele estar daquela maneira, sentiu-o pegar com delicadeza seu queixo para que olhasse em seus olhos.
— Eu só quero uma oportunidade, por favor! — ele falou com a voz trêmula.
— Oportunidade? — perguntou intrigada.
— Quero falar algo que escondo a tempos — ele confessou fazendo-a arregalar os olhos.
Ele confessaria que a traia afinal?!
O ar a sua volta ficará preso, não conseguia acreditar nessa possibilidade, ele não poderia estar a tempos com outra.
Mas claro que poderia!
Afinal ele mesmo pontuou que não prometeu ser fiel a ela, sentia-se tola, sempre soube que seria a primeira a cair, mesmo que doesse admitir isso, não imaginava que seria tão doloroso, era uma novata no terreno do amor, tão inexperiente igual no terreno da sedução, ele estava a anos-luz dela, sabia bem disso e mesmo assim deixou-se saltar sem saber como chegaria ao chão, o erro fora seu e não dele, ela quem deveria ter resguardado seu coração.
— Você tem outra? — perguntou num fio de voz fazendo-o arregalar os olhos.
— O quê?! — ele perguntou aturdido.
— Claro, agora entendo, por isso não sente nada por mim — falou chorando.
— Não é nada disso! — ele respondeu levemente desesperado.
— Eu sou apenas o acordo para que os deuses continuem a reinar, acordo para que você continue vivo, nada, além disso! — falou nervosa.
— Mas que porra! Para de tirar conclusões precipitadas! — ele resmungou fazendo-a olhar em sua direção.
— Conclusões precipitadas? — perguntou incrédula.
— Quer me deixar falar?! — ele perguntou num rosnado.
— VOCÊ TROUXE SUAS EX-AMANTES PARA TREINAR MEUS PODERES, EU SUA ESPOSA, TIVE QUE AGUENTAR OS OLHARES DE DESEJOS DELAS PARA VOCÊ E AGORA TEM A AUDÁCIA DE DIZER QUE SÃO CONCLUSÕES PRECIPITADAS?! NÃO, VOCÊ NÃO SABE O QUANTO EU FIQUEI HUMILHADA COM A SITUAÇÃO, O QUANTO ME DEIXOU IRADA POR VER OS OLHARES DELAS PARA VOCÊ E AINDA POR CIMA, VOCÊ NÃO FEZ NADA PARA IMPEDIR ISSO! — falou tudo que estava engasgado em sua garganta, o deus a olhou em choque.
— Eu... eu apenas queria que desenvolvesse seus poderes, para mantê-la em segurança! — ele retrucou aturdido.
— E PRECISAVA SER JUSTAMENTE COM AS NINFAS QUE FODEU? — perguntou furiosa.
— Alissa-
— Sabe o que eu senti? Pude ver seus gostos Lorde Poseidon, vi uma das suas ninfas se insinuar para você em MINHA CASA! — o interrompeu furiosa agora, era bom finalmente colocar para fora todos seus sentimentos reprimidos.
— Eu-
— Por muito menos você já matou, então me diga o que faz Kendra tão especial? — perguntou deixando-o sem ação.
— Ela não é especial, para de pensar besteira! — ele respondeu nervoso.
— Poseidon, você não se digna olhar nem nos olhos de seus próprios irmãos, chegou a matar um deles, Adamanto fora salvo por Hades, então diga-me o motivo de se dignar olhar para a ninfa, ou melhor, o motivo dela continuar viva depois do que ela fez aqui?! — perguntou irada.
— Alissa, eu juro que Kendra era apenas mais uma que eu fodia, não era nem a única! — ele falou rapidamente, fazendo-a arregalar os olhos.
— Quero dizer, ela era apenas uma foda, não tem nada de especial nisso! — ele emendou rapidamente.
Não tinha nada de especial?!
Sua cabeça doía com o pensamento, o maldito idiota era tão arrogante que evitava olhar nos olhos dos outros, pois julgava que eram inferiores a ele, nem mesmo seus irmãos escapavam disso, a única exceção disso era Hades, mas fora poucas vezes.
Por que ele fazia isso com a ninfa?!
Dizer que ela não era especial e fazer algo que ele não fazia nem com seu sangue, era incompreensível!
— Porque a olhou nos olhos? — perguntou com teimosia fazendo-o suspirar.
— Eu iria matá-la, quando percebi a presença de Proteus atrás da porta, isso só me fez lembrar a dor de cabeça que teria por matar alguém que é importante no reino das ninfas, apenas por isso ordenei que ele a levasse embora! — Poseidon explicou com calma.
— E você se importa com a opinião dos outros? — perguntou incrédula.
— Não sei, diga-me você, gostaria que o reino das ninfas me caçassem ou levassem esse caso para os deuses, sendo que todos saberiam da minha ligação com Kendra? — ele perguntou sem paciência, arregalou os olhos em choque com a fala dele.
Todos saberiam que a ninfa fora uma de suas amantes, muitos deuses arrogantes pensariam que ou Poseidon matou por sua ordem, ou que o deus estava acobertando-a.
— Você-
— Kendra não significa nada para mim, não era nem antes quando a fodia, agora muito menos! — ele falou interrompendo-a.
— Poseidon...
— Me escuta, nunca nenhuma mulher entrou neste quarto, nunca nenhuma dormiu comigo, nunca fui carinhoso com nenhuma, eu nunca permiti ter intimidade com nenhuma mulher — sussurra olhando-a com paixão.
— O que quer dizer? — perguntou confusa.
— Eu te amo, é assustador dizer isso em voz alta por que eu nunca senti isso na minha vida, mas eu te amo! — ele pontua nervoso, fazendo-a arregalar os olhos.
Não conseguia acreditar no que ele dizia, só poderia estar em algum sonho!
— Descobriu isso quando soube da gravidez? — perguntou ácida observando-o dar um sorriso doce em sua direção.
— Não, descobri quando a vi pela primeira vez, tive a certeza quando quis agradar você com o anel, não era para mostrar que é minha, foi para ver seus olhos brilhando principalmente ao saber do significado da pedra, representa a energia feminina, considerada o símbolo de família abençoada, pois é usada para trazer fertilidade, paciência e amor, já o diamante a fidelidade, compromisso e amor eterno, amor o que eu sinto por você — o discurso a deixou sem fala.
— Poseidon-
— Eu me interessei por você assim que a vi pela primeira vez, confesso que pensei que fosse orgulho ferido, me senti humilhado por você, ninguém nunca me tratou daquela forma, nem mesmo meus irmãos e isto me assustou, tanto quanto me deixou furioso, mas quando soube que sua alma fora ligada a minha, eu entendi o que sentia... — ele falou num sussurro.
— E o que era? — perguntou num fio de voz.
— Eu a quis repleta de joias, pois eu sabia o quanto isso ressaltaria sua beleza, quando vi esse anel, soube de imediato que ficaria perfeito em você, me peguei pensando em como lhe daria, na reação que teria, naquele momento, eu já sabia estar rendido por você — ele confessou levemente corado.
— O quê? — perguntou atônita.
— Eu nunca senti tanto nervosismo em minha vida, em nosso casamento eu estava uma pilha de nervos, estava a ponto de buscá-la — ele falou envergonhado, fazendo-a rir.
Conseguia imaginar a cena, o deus a buscando com uma enorme carranca e ela sendo carregada para o altar, não conteve o riso sendo acompanhada por ele, era incrível vê-lo sorrir daquela maneira, ficava tão belo e tão atraente, o deus a olhou de maneira intensa, sentia todo o ar a sua volta ficar pesado, era como se ele tirasse completamente seu oxigênio.
— Quando a vi entrando vestida de noiva, senti como se um tsunami tivesse passado ali, meu coração acelerou como nunca, jamais vi mulher mais bela que você! — ele declarou segurando com carinho suas mãos, não aguentou segurar o choro, as lágrimas escorriam por seu rosto sem permissão, o deus sorriu antes de secá-las com cuidado.
— Na nossa primeira dança, você não incendiou apenas o local, mas incendiou meu coração também — ele falou maroto, fazendo-a sorrir.
— Idiota! — resmungou dando-lhe um pequeno tapa no braço, o deus sorriu de volta com os olhos brilhando.
— Mas quando a vi nua pela primeira vez, foi como ver a perfeição na minha frente, nenhuma mulher me completou como você — ele fala tomando seu rosto entre suas mãos.
— Poseidon... o que fez você falar tudo isso? — pergunta chorando o vendo olhando-o com os olhos brilhando.
— Sou arrogante, foi uma ofensa admitir o que eu sentia quando perguntou se eu estava com ciúmes, senti-me fraco por insinuar isso, mas quando a vi caindo na minha frente senti-me impotente, nunca tive medo na minha vida, mas hoje tive medo de perder você — ele confessou chorando.
Arregalou os olhos, assustada com a atitude do deus, nunca pensou em vê-lo daquela maneira, tão aberto, tão intenso.
— Eu não consigo mais imaginar como seria minha vida sem você, minha luz, você é a luz que ilumina minha vida, eu vivia em trevas antes de você, por favor me perdoa! — ele pediu num sussurro, fazendo-a soluçar.
— Você é um idiota! — fala chorando sendo pega em seus braços com carinho, retribuiu o abraço fazendo-o suspirar contente.
Era tão bom estar assim em seus braços, sem amarras, sem segredos e sem esconder o que sentia.
— Eu sei, não precisa me perdoar agora, me deixa conquistar você de novo — ele falou ansioso, fazendo-a arfar.
Separou-se dele com os olhos arregalados, ele não poderia saber, ou poderia?
Nunca admitira em voz alta seus sentimentos, embora estivesse bem explicito o que sentia, mas não conseguia acreditar que o deus entenderia os sinais, ele era um completo analfabeto quando se tratava de sentimentos, então não entendia o que ela queria dizer.
Claro que não era discreta, não fazia nenhuma questão disso, se ela sentia demonstrava, era assim que era, sem máscaras.
Embora ela mesma tenha percebido que o amava a pouco tempo, sempre soube, mas era difícil admitir em voz alta, era orgulhosa também, admitir seus sentimentos, era aceitar a derrota, afirmar que ele estava certo e que ela cairia primeiro.
Não deveria ser assim, não deveria colocar seu orgulho na frente, mas também tinha o medo. O deus não era claro em seus sentimentos, o que ela faria se admitisse que o amava e ele falasse o mesmo que falara na festa?
Isso iria destruí-la completamente!
— Seu ego é estratosférico, de novo? — pergunta divertida o vendo rir.
— Minha esposa fala dormindo às vezes, sabia? — ele pergunta a provocando vendo-a ficar vermelha.
Mas que droga!
Não conseguia acreditar que seu subconsciente a traíra dessa maneira!
A quanto tempo fazia declarações quando dormia?!
Espera... o deus já sabia a tempos, ele sabia de seus sentimentos e mesmo assim decidira ser idiota?!
— Eu não acredito que-
— Eu sei, sou um idiota completo, não deveria ter falado aquilo na festa, estava nervoso, irritado, me sentindo inferior e com... com... ciúme! — ele admitiu com uma leve careta.
— Você está admitindo que estava com ciúme? — perguntou provocativa fazendo-o bufar.
— Quer parar de me irritar?! — ele resmungou ocasionando em uma gargalhada em resposta, mesmo demonstrando seus sentimentos, a arrogância sempre sobressaia, era incrível.
Olhou-o por alguns instantes, antes de suspirar ao ver a intensidade contida naqueles incríveis olhos azuis, embora a personalidade dele fosse irritante, ele era assim, era verdadeiro para seus ideais e não era influenciável, era assim que era, se fosse honesta, admitia que não queria que ele mudasse, pois, fora por ele assim que se apaixonou, embora ficasse alegre se ele deixasse o orgulho, ego e arrogância de lado.
— O que eu te falei enquanto dormia? — perguntou levemente corada, fazendo-o sorrir abertamente.
— Sabe muito bem o que disse, não vou falar, quero que me fale acordada, sonho com o dia que eu possa ouvi-la dizer novamente essas três palavras — ele fala apaixonadamente.
— Idiota! — resmunga o fazendo rir mais.
Ao observou o sorriso em seu rosto, jamais tinha o visto daquela maneira, seus olhos brilhavam em sua direção, era tão certo, estava segura de seus sentimentos e dos sentimentos dele para consigo, não poderia deixar o medo a guiar naquele momento, era ela quem precisava falar abertamente, era a sua vez de deixar o medo e orgulho de lado, tal qual ele fizera.
— Poseidon? — chamou baixo o nome do deus, ele a olhou com tanta intensidade que não pode conter o suspiro.
— Eu amo você — falou ocasionando em um olhar arregalado em seu rosto, sorrindo abertamente o deus pega sua mão guiando-a para seu peito, o coração dele estava tão acelerado que se assustou momentaneamente com isso.
— Eu amo você, sou fiel a você e não existe mais ninguém para mim, exceto você e nosso filho — ele fala colocando a mão em sua barriga olhando com amor que ela jamais viu.
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