Capítulo 15 - Festa no Olimpo
Algumas frases estão em grego, mas é explicada ao longo do capítulo, assim como no final tem a tradução.
Capítulo com 3340 palavras.
Os olhos se abriram lentamente, fazendo-a se dar conta que estava por completo por cima do deus, ele mantinha a face serena, mostrando estar acostumado com o enrosco sobre seu corpo. Vários minutos se passaram, ficou admirando sua beleza sem igual, os meses passaram rapidamente, desde seu casamento que não prestava tanto a atenção no tempo, mas cerca de três meses tinham passado.
O deus continuava da mesma maneira, frio como um gelo, extremamente arrogante e vivia se irritando com sua personalidade, mas tinha vários momentos que demonstravam o quão doce ele poderia ser, pois ele a tratava de uma maneira totalmente única, deixando-a confusa.
Seu passatempo durante a manhã, era observá-lo sem sua habitual carranca, durante o sono, ele ficava com um semblante tão tranquilo, poderia admirá-lo sem que ele notasse. Não conteve a tentação de fazer um terno carinho em seu rosto, era tão lindo, não somente sua beleza exterior, mas estava aprendendo a conhecê-lo, suspirou olhando-o com amor.
O fato assustou-a por completo, não era apenas um encantamento, era amor, estava amando o deus!
Todos os momentos que passaram juntos, cruzaram em sua mente, fazendo-a se dar conta do óbvio, já o amava a tempos!
Seu coração acelerou pelo medo, o que seria se ele descobrisse?
Parou de imediato o carinho, fazendo-o abrir os olhos, ele estava acordado!
A surpresa a preencheu, ao perceber que ele estava aproveitando o momento, não era do seu feitio ser assim, mas a cada dia ele estava demonstrando mais seu lado, mas aquela fora a primeira vez que o viu daquela maneira.
O deus era como um oceano, quanto mais profundo ia ao abismo, mais descobria sobre ele, era incrível isso, quando pensava que teria chegado ao fim, ele a surpreendia.
— Volta! — ele resmungou, puxando a sua mão para que voltasse com o carinho.
O ato a surpreendeu, o costume era ele acordar sempre mal-humorado, mas ao que parece não seria naquela manhã.
— Bom dia, marido! — falou brincalhona, para aplacar o solavanco que seu coração deu ao vê-lo daquela maneira.
Aproximou-se para dar um simples selinho, mas fora correspondia com paixão, pois ele aprofundara o beijo, sentia como se ele estivesse roubando toda sua energia, ao se separar, notou o olhar intenso em sua direção, deixando-a completamente fora de órbita.
Ele sempre a olhava de forma intensa, mas aquela vez parecia diferente, pois seus olhos brilhavam de uma forma que fez seu coração dar cambalhotas, assustada com seus sentimentos, pulou da cama, fazendo-o olhá-la confuso, sempre fora agitada, mas naquele instante, deveria estar estranha para ele.
Não era o momento para pensar em seus sentimentos, principalmente em sua frente, Poseidon não era do tipo sentimental, então ele não teria a menor paciência para vê-la divagar, ainda mais por esse motivo.
— Hoje será um grande dia, espero que meu vestido corresponda minhas expectativas, estou ansiosa! — falou alegre, fazendo-o resmungar com uma careta.
O ato a fez revirar os olhos, ele passara dias tentando fazê-la desistir da festa, somente por que não gostava da companhia dos demais deuses, entendia que ele era antissocial, mas isto não a impedia de querer ir à festa, já falara que poderia ir sozinha, afinal sabia que sua família estaria lá.
— Não é obrigado a ir comigo! — falou em provocação.
— Um monte de baboseira, todos aqueles inúteis reunidos num local para beber e comemorar não sei o quê! — ele reclamou revirando os olhos.
— Poseidon, nunca fui nesses bailes e estou curiosa! — resmungou, o fazendo suspirar contrariado.
Apesar de já ter dito inúmeras vezes que poderia ir sozinha, em seu íntimo, queria estar ao seu lado, dançar consigo e talvez ter uma noite normal entre casal, afinal, nunca tiveram nem ao menos um encontro, não que imaginasse ele fazendo isto.
Aquilo era apenas um desejo tolo de seu lado sonhador.
— Ótimo, vou sozinha! — replicou irritada, indo em direção ao banheiro.
Não pode conter o sorriso debochado em sua face ao vê-lo segui-la como um touro.
— Nem fodendo que vai sozinha, vou com você! — ele pontou segurando com firmeza seu braço, deu um largo sorriso fazendo-o revirar os olhos.
Sabia que no final ele cederia, não tinha intenção de ir sozinha ao baile, queria estar junto a ele.
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O brilho em seu olhar anunciou o que esperava, estava deslumbrante naquele vestido azul-claro, o corte dele era delicado, feito sob encomenda para seu corpo, leve como uma pluma, o decote generoso desenhava por completo seus seios sem ser vulgar, uma fenda deixava completamente amostra sua coxa direita indo até os pés, o sapato especial feito especialmente para ela, cristais azuis, feito também sob encomenda, os longos cabelos estavam soltos como adorava, em seu pescoço jazia um delicado colar de diamantes azuis, estes que deram um toque especial, sentia-se uma verdadeira rainha.
— Está perfeita! — Poseidon falou com suavidade em suas costas, ao virar-se de frente ao deus ofegou diante ao seu olhar.
— Também está lindo! — falou num sussurro.
Ele estava trajado em um conjunto azul-marinho com detalhes em dourado, ele estava divino, o traje desenhava seu corpo, evidenciando seus músculos, não pode conter o suspiro ao vê-lo daquela maneira, o deus sorriu arrogante ao ver o efeito que ocasionara, revirou os olhos diante o ato.
— Pedi a Proteus que averiguasse a cor de seu vestido, queria que usasse isso esta noite — ele falou com suavidade aproximando-se com uma pequena caixa em mãos.
Não conteve olhar surpreso, na caixa jazia uma tiara delicada a cor prata, ornamentada em formato de pequenas flores com inúmeros diamantes claros, mesclados com diamantes azuis.
— É linda, obrigada! — falou encantada, passando a mão sobre tiara.
Ele não respondeu, somente pegou a joia, sinalizando que colocaria sobre seus cabelos, sorriu meiga diante sua face, retirando um pequeno sorriso ladino.
— A imperatriz dos mares tem que estar repleta de joias, mesmo que elas não façam jus a sua beleza! — ele falou simplesmente, arrancando todo o ar em sua volta.
Aquela era uma pseudo-declaração?
— Poseidon! — suspirou o nome do deus.
— Λατρεύω τον τρόπο που το όνομά μου βγαίνει από τα χείλη σου — ele falou roucamente segurando seu queixo, suavemente o deus roçou os lábios nos seus num beijo doce.
Suspirou alto em meio ao beijo, não conseguiria esquecer essa declaração tão cedo, então ele amava a maneira como ela pronunciava seu nome?!
Ele não poderia dizer tais coisas, acabaria enfartando qualquer dia!
— Uva! — ele resmungou passando a língua pelos lábios, não conteve o riso diante disso, ninguém mandou ele a beijar!
Pegou um lenço limpando os lábios cor de vinho do deus, sob seu olhar quente retocou o batom.
— Então vamos, marido? — sussurrou estendendo a mão para ele.
— Vamos! — ele respondeu entrelaçando-as carinhosamente.
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O som da festa podia ser ouvido de longe, o que de certa maneira o irritava, nunca se deu ao trabalho de ir nas festas organizadas pelos seus irmãos, mas não queria desapontá-la, só de pensar nela feliz ao dançar, seu coração acelerava, então era somente por aquele motivo que estava ali. Claro que chamaram a atenção assim que foram vistos, pois ninguém estava acostumado a vê-lo ali.
Estavam de mãos dadas, quando entraram pela recepção, os empregados ofegaram olhando em direção a Alissa, sabia muito bem da beleza de sua esposa, não existia ninguém que se igualaria a ela, mas se eles quisessem continuar com vida, era bom ignorar sua presença!
Olhou com seriedade os servos assustando-os, sorriu arrogante com o ato, ela era sua afinal, não queria ninguém a olhando como se ela fosse qualquer uma, nem ao menos a olhando com aquele desejo.
A chegada deles, parou o Olimpo, observou os demais deuses olharem com espanto para a beleza de Alissa, não pode conter o olhar arrogante em sua face, sua esposa era a mais bela, uma verdadeira imperatriz que tinha mais presença que todos aqueles deuses juntos, ela era perfeita!
Logo na entrada pode ver a família dela os esperando, guardou o suspiro irritado ao ver a felicidade estampada em sua face, por ela era capaz de aturar Loki, mesmo que o levasse a querer matar o cunhado, pelo visto treinaria algo que desconhecia, a paciência.
— Que saudade que estava de vocês! — ela falou animada, dando um abraço em cada um.
— Está deslumbrante, melhor é ver esse rosto alegre! — Thor falou amoroso, pegando-a pela mão a fazendo girar.
Ao ver sua família ali, não conteve o ímpeto de abraçá-los, sentia tanta saudade!
— Você está um gato também! — fala marota, fazendo o irmão rir.
— De fato, nenhuma deusa aqui está páreo para você maninha! — Loki falou piscando para si.
— Nem para você, pelo visto querem desencalhar essa noite — falou em provocação fazendo Loki rir.
— Para que ter apenas uma, o mais interessante é ter todas elas aos meus pés! — Loki falou piscando cafajeste para uma serva que fora servi-lo de hidromel, a moça corou violentamente.
— Toma jeito! — resmungou dando-lhe um suave tampa em seu ombro.
— Alissa, a única mulher da minha vida é você, acostume-se com isso! — ele retrucou abraçando-a carinhosamente.
Revirou os olhos, aceitando o carinho, até mesmo daquele humor sentira falta!
— Isso seria lindo se não fosse o fato de não conseguir manter nenhum relacionamento! — Thor falou em deboche.
— O que quer dizer? — Loki perguntou confuso.
— Você é insuportável e elas fogem de você! — Thor falou maldoso.
Não pode conter o riso que saiu pelos seus lábios, pois por um lado era verdade, ele jamais conseguira manter os relacionamentos, embora ele dissesse que era por não querer se amarras, mas o mais engraçado fora sentir o balançar do peito de Poseidon, o deus estava tentando conter o riso também!
— Isso é uma calúnia! — Loki resmungou ofendido.
— A julgar pelo seu comportamento, creio que Thor esteja certo — Poseidon falou assustando-o.
— Cunhado, estou sonhando ou está rindo da minha cara? — Loki perguntou incrédulo, fazendo-o revirar os olhos, ignorando-o.
Olhou aquela estranha interação com um sorriso no rosto, apesar de sua face fechada, o marido estava mesmo rindo de Loki.
Virou-se para o irmão, para zombar dele, quando seu campo de visão fora tomado pelo seu pai, olhando-a com um extremo carinho.
— Minha filha, que alegria vê-la tão contente, mas diga-me como está? — Odin pergunta ignorando, a tentativa de Loki de fazer Poseidon lhe responder.
Seu olhar era um amor puro, ao ver sua família reunida, pode perceber a falta que eles faziam, não conteve os olhos marejados, sem se segurar pulou nos braços de seu pai o abraçando com força. Sentira tanta falta daquele carinho, da presença constante deles em sua vida, apesar de estar feliz, como nunca imaginara com o casamento, sentia falta da sua família.
— Estou bem, apenas com saudades! — falou chorosa.
Os braços de seu pai apertaram-na com carinho, fazendo-a fungar contra seu peitoral, era dessa maneira que ele a tratava quando era garotinha, se sentia tão menina ao seu lado, jamais deixaria de ser seu bebê, apesar de estar grande.
— Alissa, está se sentindo mal? — Poseidon pergunta preocupado.
— Não, fiquei emocionada de vê-los, não se preocupa — respondeu se soltando de seu pai.
Os olhos do marido se demoraram por alguns segundos nos seus, como se estivesse verificando que falara a verdade, sorriu fazendo-o suspirar.
— Você é um mal-educado, não sei como Alissa te aguenta! — Loki resmungou cruzando os braços.
— Para de gritar em meus ouvidos ou vou esquecer que é irmão da minha esposa! — Poseidon falou friamente, fazendo Loki rir com malícia.
— Cunhadinho, eu não tenho medo de você — Loki falou sorrindo abertamente.
Conhecia muito bem seu irmão, para saber que ele encheria o saco do marido até ele explodir, não queria ficar entre ambos.
— Por favor, parem com isso! — retrucou ganhando olhar de ambos.
Poseidon suspirou colocando com suavidade a mão sobre sua cintura.
— Ok! — Loki resmungou contrariado.
— Hoje é uma festa, se comporte, parece uma criança! — Odin falou bravo o assustando, sabia bem que o irmão não contrariava o pai, era até engraçado.
— Pelo visto está tratando minha irmã muito bem! — Thor falou olhando para a mão do marido em si, era engraçado ver o olhar ciumento dele.
— É minha esposa! — Poseidon respondeu simplesmente, fazendo o irmão suspirar resignado.
Os minutos passaram com os irmãos implicando consigo, o pai tentando apaziguar tudo e seu marido os ignorando, era novamente como estar em casa, apenas com o acréscimo de Poseidon, se sentia feliz daquela forma, como se sua família estivesse finalmente completa.
Outros deuses ousaram se aproximar deles com curiosidade, pelo que via, eram o grupo mais alegre do recinto, não era à toa que chamavam a atenção.
— A sua beleza ofusca todas as outras, cada instante está mais bela! — Afrodite falou alegre, beijando com suavidade sua bochecha.
— Obrigada Afrodite, mas é um sacrilégio um elogio desse com você no recinto! — respondeu fazendo a deusa sorrir animada.
— Mas ela está certa, está linda, não falo apenas das roupas e joias, mas a felicidade estampada em sua face é deslumbrante! — Gaia falou ao aproximar-se do grupo.
— Gaia! — Odin a cumprimentou entredentes.
Pelo visto eles ainda não estavam nas boas, não poderia julgar seu pai, pois ainda não conseguira esquecer toda a história.
— Não sabia que fora convidada! — Loki falou maldoso.
— Ela não foi, está de penetra! — Hades retrucou nas costas da deusa, que sorriu revirando os olhos.
— Hades, pensa que eu perderia a oportunidade de ver a minha filha? — Gaia retrucou acida.
Sentiu o corpo tenso com a fala da deusa, não queria pensar nisso, era estranho o fato de ser filha de uma humana, uma deusa e um deus, se sentia uma criatura diferente, como se fosse uma aberração. A filha de dois seres, aquela que nasceu destinada a destruir, pois, foi com esse intuito que Gaia fez o que fez, queria poder, por isso ajudou a sua mãe, não gostava de lembrar-se disso.
— Quer dançar? — Poseidon sussurrou com suavidade em seu ouvido, apenas assentiu levemente, não queria ficar perto deles.
O deus a puxou para a pista, sem dar demais explicações a ninguém, todos os olhares estavam voltados para eles, mas não conseguia desviar os olhos dos dele. A mão foi com firmeza para sua cintura, trazendo-a de encontro a seu corpo, vibrou com o contato, o fazendo sorrir minimamente.
— É assim que quero vê-la, esperou por esse baile muito tempo para se sentir mal por conta de uma maldita! — Poseidon sussurrou a surpreendendo.
Não notou que fora tão cristalina assim para ele, muito menos esperava que ele agisse daquela forma, priorizando seu bem-estar.
— Como sabia que eu estava incomodada? — perguntou curiosa.
— Conheço cada detalhe seu — ele falou simplesmente.
Um largo sorriso se desenhou em seu rosto, o deus respondeu puxando-a para mais perto, a música suave tocou de fundo, fazendo-o iniciar os passos da dança, o corpo movia-se em completa sincronia com o dele, ofegou alto quando ele a rodopiou pela pista.
— Λατρεύω το άρωμά σου — ele falou em grego aproximando-se com suavidade de seu pescoço, não conseguia entender o motivo dele sempre falar em grego quando queria a elogiar, mas gostou de saber que o cheiro de seu perfume o encantava, passou horas massageando o corpo com um óleo especial feito das rosas mais raras, era bom saber que ele apreciava seu trabalho.
— Ξέρω να μιλάω ελληνικά — respondeu marota, o surpreendendo.
— Então sempre entendeu? — ele perguntou levemente constrangido.
— Sim, por que usa grego para falar comigo? — perguntou curiosa.
— Perguntas demais, não queria dançar? — ele desconversou continuando a dança, concordou com um aceno, o fazendo piscar maroto para si.
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O marido se mantinha com uma carranca ao ficar perto da família, era engraçado vê-lo emburrado, arriscava-se dizer que ele queria ficar a sós consigo. Por outro lado, ficava alegre em ficar com sua família, nunca passara tanto tempo longe deles, era estranho agora que só os veria assim, em festas ou visitas, não teria mais aquela cumplicidade do dia a dia, sentia falta disso.
Sentia falta de estar em casa, de estar perto deles, mas, não teria a companhia de Poseidon, estava feliz ao seu lado, não pensou que seu casamento fosse ser assim, imaginou um cenário totalmente diferente, onde ela sofreria com inúmeras traições e eles provavelmente acabariam se matando.
No entanto, não foi o que aconteceu, apesar do jeito frio, o marido a todo instante fazia questão de provar que ela era a única em sua vida, assim como ele era na dela. Com esses pensamentos segurou discretamente a sua mão por baixo da mesa, ficou surpresa ao senti-lo entrelaçá-las, o rosto não demonstrava nada do carinho que ocorria, sorriu alegre ganhando um olhar questionador dos cunhados.
— Então, como vai o casamento? — Zeus perguntou curioso, fazendo Poseidon bufar.
— Não é da sua conta! — ele resmungou azedo.
— Deixa de ser mal-humorado! — Adamanto o repreendeu, fazendo-o revirar os olhos.
— Tudo bem Adamas, talvez ele não esteja transando! — Zeus falou debochado.
Seu rosto corou na hora, principalmente ao ver todos olhando em direção a ambos, não conseguira acreditar na audácia que Zeus tivera ao falar aquilo, ainda mais em público, que ele quisesse zombar de seu irmão, até entenderia, mas não precisava colocá-la no meio disso, ele era um maldito depravado!
— Cala essa maldita boca! Nossa vida sexual não te diz respeito! — Poseidon respondeu irado.
A fala fez com que Thor engasgasse com o hidromel que tomava, o deus começou a ficar roxo, todos olharam em choque em direção a ele, seu corpo deu um salto, tomado pela adrenalina, parando ao seu lado.
— Thor! — o chamou preocupada, dando-lhe um sonoro tapa nas costas, o deus a olhou indignado.
— Você estava engasgado! — explicou nervosa.
— Não estou bravo por isso! — ele resmungou.
— Pensa que ela está há três meses fazendo o que lá? Jogando cartas? — Loki perguntou incrédulo ao irmão.
— Eu sei disso! Apenas não preciso ouvir sobre! — Thor falou contrariado, fazendo-a rir.
No fim seria sempre assim, para ele, seria sua eterna garotinha. O deus era extremamente protetor consigo, quem visse aquele homem corpulento, não imaginaria o quão amoroso ele é, várias vezes quando teve pesadelos era ele quem segurava sua mão, espantava os monstros que a assustava, mesmo quando queria brincar de bonecas, era ele quem ficava sentado lá brincando consigo.
— Thor, sabe que não precisa se sentir assim, não? — perguntou suavemente ao deus.
— É difícil, mas eu sei! — ele resmungou.
Não conteve o sorriso em sua face, pulou em seus braços, sentiu os dele rodearem por completo, amava seu irmão, era tremendamente sortuda por tê-lo em sua vida.
— Parem com isso! — Loki resmungou irritado.
— Está resmungando por que está sentindo que o preferido sou eu, está com ciúme? — Thor perguntou debochado.
— Preferido apenas em seus sonhos! — Loki falou debochado.
Eles iriam começar aquela disputa novamente, embora fosse irritante, sentiu falta até disso!
— Parem com isso! — falou brava.
— Seus irmãos são barulhentos! — Poseidon resmungou contrariado.
— Pelo menos isso o deixa mais aberto! — Hades falou olhando com carinho para o irmão.
— Não sei do que está falando! — Poseidon retrucou ocasionando em um sorriso sincero no deus.
— É irritante isso, por que sempre responde direito a Hades? — Adamanto perguntou indignado.
— Ele é o mais velho — Poseidon respondeu deixando o irmão exasperado.
— Eu sou mais velho também, a ordem é Hades, eu, você e Zeus, então pela sua lógica onde está o respeito para comigo? — Adamanto perguntou frustrado.
— Sim, é mais velho, mas é igualmente irritante! — Poseidon respondeu deixando o irmão incrédulo.
Conseguia sentir a satisfação de Poseidon ao provocar o irmão, apesar dele estar um tanto bravo para ver isto.
— Como se você não fosse! — Adamanto respondeu irônico, fazendo o irmão bufar.
— Obrigado! — escutou Hades sussurrar suavemente em sua direção.
— Nunca vimos Poseidon assim, ele está mais aberto e até está zoando os irmãos! — o cunhado explicou diante do olhar questionador.
Observando o marido brigando com o irmão sorriu leve, era a maneira dele de se comunicar, ele amava os irmãos, apenas não sabia demonstrar, era um fato que não via ele conversando com eles abertamente, mas vendo ele assim, zoando com a cara do irmão apenas deu uma certeza, não era apenas ela que estava crescendo, ele também.
Tradução das frases em grego:
Λατρεύω τον τρόπο που το όνομά μου βγαίνει από τα χείλη σου - Eu amo o jeito que meu nome sai dos seus lábios.
Λατρεύω το άρωμά σου - Adoro seu perfume.
Ξέρω να μιλάω ελληνικά - eu sei falar grego.
Tiara que Poseidon deu para Alissa
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