Capítulo 13- Energia do Ar
🚨Existe uma cena de morte, apenas a menção, nada muito detalhado🚨
Esse capítulo possuí 3746 palavras.
Os braços fortes circulavam a sua cintura com firmeza, achou graça da força que ela tentava fazer para se soltar dele, nunca gostou de contato físico dessa maneira, era a primeira mulher que dormia no sentido literal da palavra, apesar dela ser barulhenta, era reconfortante tê-la em seus braços. Continuou de olhos fechados fingindo estar dormindo, gostava de vê-la irritada, era divertido.
— Tirano, acorde! — ela resmungou, o fazendo bufar ao abrir os olhos.
O olhar dela brilhava em sua direção, quase o fazendo esquecer seus resmungos.
— Estou faminta, vamos! — ela falou alegre.
Não entendia como ela poderia ser tão alegre assim pela manhã, revirou os olhos, descontente, pelo visto teria que se acostumar com a sua constante alegria, que era oposto de seus sentimentos, principalmente na parte da manhã.
— Precisamos de um banho antes, estamos grudentos! — resmungou fazendo-a sorrir alegre.
Aquele maldito doce humano era melequento!
Só em pensar que ela o fez comer tal doce, sentia vontade de esganá-la, aquele truque fora muito baixo, comer o doce e fazê-lo beijá-la, somente para provar a comida humana, embora ficasse inicialmente bravo, não negaria que foi excitante se deliciar com seu corpo.
— Bem que gostou do doce! — ela retrucou atrevida.
— Não, eu gostei de me deliciar com seu corpo, de fodê-la com força, não sabia que gostava de sexo rude, esposa! — falou com arrogância, fazendo-a suspirar irritada.
— Cala essa boca! — ela resmungou brava, indo para o banheiro.
Seus pensamentos foram povoados pelos momentos juntos, jamais imaginou que houvesse uma mulher que o completasse daquela forma, embora tivesse sexo rude inúmeras vezes, nunca ficou tão entregue como ficara com ela, somente em pensar no momento entre ambos, seu corpo reagia. Um largo suspiro escapou pelos seus lábios, ela era perfeita, não era para menos, afinal, sua alma fora feita exclusivamente para ele, não era surpresa ela completá-lo de tal forma que nenhuma o fez antes.
Apesar de ser tão disposta ao prazer, ainda se sentia envergonhada, o que o fazia admirá-la mais, era impossível conter esse ato, mas sua perfeição era tão bela que era impossível não notar.
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A mesa farta chamou a atenção dela, observava ela comer com gosto, era um contraste interessante, não deixava de admirá-la, levemente divertido. Estava tranquilo na sua presença do desjejum, até ver um criado servi-la, os olhos dele para ela era pura luxúria, isso o deixou irritado.
— Obrigada! — ela respondeu animada para o servo.
Não o conhecia, parecia ser um rapaz novo, apenas isso era explicação suficiente para ele, não sabia o perigo que percorria ao desejar sua esposa daquela forma.
— De nada, minha Lady! — o servo respondeu sorrindo malicioso para ela.
Sua cara fechou-se na hora, a raiva percorria por seus poros, estava a ponto de matar o maldito!
Como ele ousava tratá-la daquela maneira?
Era sua esposa, não uma vagabunda qualquer, merecia respeito!
— O que aconteceu? — ela perguntou intrigada olhando-o.
Somente naquele instante percebera que estava sendo um pouco transparente demais, assumiu um semblante neutro, não queria preocupá-la, sobretudo, não queria brigar com ela por conta de um idiota qualquer.
— Apenas me lembrei que preciso dar algumas ordens para os servos, volto já — falou simplesmente saindo da sala.
Ocultou sua aura seguindo o maldito até a cozinha, estava completamente furioso com a audácia dele, a raiva era tanta que mal conseguia se conter, sua vontade era reduzi-lo a cinzas!
Ao aproximar-se da cozinha, seu semblante fechou mais ao escutá-lo falar animadamente da sua esposa, como se tivesse algum direito de olhá-la!
— Não existe ninguém mais linda que ela! — escutou o servo comentar com malícia.
— Guarde suas opiniões para você, se Lorde Poseidon o escutar, vai matá-lo! — a cozinheira o alertou.
— Vai nada, ele vai logo continuar com suas inúmeras amantes, a Lady vai precisar de alguém que a console — o servo falou atrevido.
— Como se ela fosse querer você! — a cozinheira retrucou debochada.
— Ela é muito linda para que eu consiga me segurar, vou dar a ela um prazer sem igual, ela nunca vai querer olhar para ninguém além de mim! — o servo falou com confiança.
Aquilo foi o estopim para sua raiva, abriu a porta sem fazer nenhum alarde, queria pegá-lo desprevenido, o semblante dele apavorado somente aumentou sua ira, aquele merda nem ao menos possuía a coragem de assumir seus desejos!
— O prazer maior não vai ser que eu vou ter ao matá-lo! — falou com frieza, fazendo-o pular.
— Lo-lorde Posei-poseidon! — ele gaguejou tremendo de medo.
— Imagino que tenha muito tempo livre para poder cobiçar a minha esposa, não? — perguntou irado.
— Si-si-sinto mu-muito, não quis ser desrespeitoso! — ele respondeu em desespero.
Olhou-o nos olhos, o fazendo tremer por completo, nunca olhara nos olhos de um simples servo, sem esforço o jogou contra a parede com toda força, esmagando sua cabeça no processo, o som dos ossos ecoou pelo recinto, aquilo apenas aumentou sua ira, era um maldito pedaço de merda que se achava!
— Poseidon! — escutou a voz alarmada de Alissa em suas costas.
— Espero que sirva de lição, não vou tolerar esse tipo de comportamento novamente! — rosnou com raiva para os demais empregados.
— Não voltará a acontecer! — a cozinheira falou com a voz trêmula.
Deu as costas saindo rapidamente, sentia ela o seguindo, no momento estava furioso, não queria descontar nela.
— O que aconteceu para matar o coitado? — Alissa perguntou incrédula.
— Não te interessa! — falou com raiva, deixando-a brava.
— Quem pensa que é para falar assim comigo?! — ela perguntou irada.
Não respondeu, estava furioso demais para conversar com ela naquele momento, acabaria descontando sua raiva na pessoa errada. Seguiu em direção para o seu escritório, quando sentiu o chão tremer sob seus pés, a água o circulou antes de uma rocha acertá-lo nas costas.
— Quer lutar? — perguntou com arrogância.
Observou seus punhos cobertos por rochas, como se fizesse parte da sua pele, não pode conter a satisfação em vê-la assim, pelo visto ela dominara por completo o elemento terra, fora impossível não ficar orgulhoso de sua capacidade, sempre soube que sua imperatriz era a melhor. Com rapidez ela partiu para o corpo a corpo, embora seu corpo estivesse cercado pela água, apenas parecia fortalecer seus punhos.
— Argh! — gemeu ao sentir um soco nas suas costelas.
Apesar de tudo, não queria machucá-la, estava por completo na defensiva, ela era uma exímia lutadora, percebeu ali a mão de Thor, ele dissera que a ensinou a lutar, não tinha ideia que ela seria perfeita nisso. Continuou a se esquivar de seus golpes, levando-a acelerar seus movimentos, era o mais rápido entre os deuses gregos, quase era instigante vê-la seguindo-o cada vez mais, ficando tão rápida quanto ele, mas uma hora se irritaria e acabaria machucando-a e não queria isto.
— Chega! — falou jogando-a contra a parede.
— VOCÊ É UM IMBECIL, POR QUE AGE ASSIM COMIGO?! — ela rosnou com raiva.
— Não tem nada a ver com meus assuntos! — retrucou ofendido.
— A CASA TAMBÉM É MINHA, QUERO SABER O MOTIVO DE TER MATADO O COITADO! — ela replicou com raiva.
Sentiu-se furioso, colocou ambas mãos ao lado de sua cabeça, pressionando o corpo contra o dela, prendendo-o contra a parede.
— O motivo foi que aquele verme, estava planejando seduzi-la, está bem com isso? — perguntou com raiva.
— O quê? — ela perguntou incrédula.
— Ele queria fodê-la, pois, pensou que você era uma vadia qualquer, continua com pena do coitadinho? — perguntou em deboche.
Os olhos dela estavam arregalados em sua direção, lentamente o entendimento se fez em sua mente, fazendo-a assumir um semblante de culpa.
— Oh! Desculpa! — ela falou abraçando-o com carinho.
Circulou os braços ao seu redor, puxando-a mais contra seu corpo, adora tê-la daquela maneira, tão perto e tão rendida, o seu perfume preencheu o ambiente, fazendo-o suspirar em deleite, era tal qual uma rosa, de tão cheirosa que era.
— Se não tivesse que treinar, iria fodê-la agora, deixou-me fervendo, esposa — falou rouco rente ao seu ouvido.
Observou contente os pelos de seu corpo eriçarem com o contato, um sorriso arrogante desenhou-se em seu rosto, gostava do efeito que ocasionava nela, principalmente, gostava de ver o desejo estampado em sua face.
— Podemos arrumar um tempo! — ela respondeu marota.
— Não, eu quero fodê-la por horas, minutos apenas não bastam! — retrucou roucamente.
— Poseidon! — ela gemeu em abandono, os lábios passaram a percorrer seu pescoço com sensualidade.
Estava pronto para tomá-la naquele corredor mesmo, mas uma sombra se fez presente, Proteus estava ao longe com os olhos baixos em servidão, evitando olhar em direção a ambos, pelo visto o ocorrido entre os servos se espalhou entre todos, aquilo era bom, não permitiria que a tratassem daquela maneira novamente.
— Proteus.
— Perdoe-me pela interrupção, mas a ninfa aguarda a Lady nos jardins — Proteus falou ainda sem o olhar, assentiu em concordância, o fazendo sair do local.
Olhou-a com carinho, por mais que quisesse ficar horas com Alissa, sabia que ela tinha que aprender a dominar seus poderes, queria que ela ficasse forte, para sua própria proteção.
— Precisa ir, vou encontrá-la mais tarde! — falou beijando com suavidade sua testa.
— Obrigada por me defender! — ela falou emocionada, beijando-o com suavidade seus lábios.
— É minha esposa — respondeu como se esse fato explicasse o motivo.
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O sentimento que estava por todo seu corpo era de êxtase, a maneira como ele a estava tratando, era apenas mais uma amostra de quão profundo era seu abismo, desde o início soube que ele era muito mais do que aparentava, ele defender sua honra de maneira tão brutal a fez questionar várias coisas. Estavam cada dia mais próximos, embora fosse difícil a convivência com ele, afinal, ele ainda era arrogante, frio, prepotente e a irritava a maior parte do tempo, mas quando se empenhava, podiam conviver em paz.
Seus pensamentos foram interrompidos ao observar a ninfa no centro do jardim, a pele negra era um contraste tão lindo com as tatuagens brancas espalhadas pelo corpo, que ficou admirada por sua beleza, ela parecia brilhar diante de seu olhar.
— Prazer em conhecê-la Lady Alissa, sou Samira — a voz angelical da ninfa preencheu o ambiente.
— Digo o mesmo, pode me chamar apenas por Alissa — falou gentilmente.
— Não posso, es a imperatriz dos mares, esposa de Lorde Poseidon, devo ser respeitosa — a ninfa negou fazendo-a arregalar os olhos.
Samira fora a primeira que indicou seu novo título como impedimento de ser tratada como antes, era estranho o fato, somente naquele instante percebera a dimensão de sua nova vida, agora era a imperatriz dos mares, não era mais apenas uma semideusa, aquilo era um tanto diferente, precisaria se acostumar com sua nova vida.
— Tudo bem.
— Manipulação do ar, nada mais é controlar a vontade o ar e os ventos, eu separei algumas funções derivadas do elemento, ataque de ar, velocidade melhorada, criação de tornados, defesa de ar e mimetismo de ar — Samira explicou com seriedade.
Talvez fosse o acontecido de mais cedo, mas se sentia mais animada em treinar, saber que era um dos elementos, após a terra, que possuía afinidade, dava uma empolgação extra.
— Sou capaz de criar rajadas de ar e manipular o vento ao meu redor — falou animada, fazendo a ninfa assentir.
— Assim será bem mais fácil na criação de tornados — Samira fala sorrindo minimamente.
— Então, como vamos começar? — perguntou ansiosa.
— O elemento ar é indomável, entrar em harmonia com ele, é deixá-lo a vontade sob seu controle, quanto mais tenta se esforçar, mais fraca é a dominação — Samira respondeu séria.
Assentiu fechando os olhos, sentia o vento ao seu redor, ele girava para todos os lados, era como uma carroça desgovernada, embora tentasse, era impossível manter o controle para conduzi-la, pois ela diminuiria o ritmo, assim ocasionando ao contrário do que queria. Não era sobre controle, mas sim, sobre entrar em harmonia com ele, se deixar tocar pelo ar, senti-lo em cada parte de seu corpo, como se fizesse parte dele, deixá-lo dominá-la por completo.
Quanto mais relaxava, mais conseguia sentir o elemento em sua volta, inicialmente como uma fina camada, como um leve tecido cobrindo-a, lentamente ele for ficando mais evidente, até cobri-la por inteiro, ao chegar nesse estágio, já estava completamente harmonizada com o elemento.
— Agora vamos começar com o ataque, já fez isso antes, lançar rajadas são formas de ataques com ar, tenta moldar o peso do ar lançado, aumentando seu peso, o ataque será maior — a ninfa falou séria, fazendo-a assentir.
Sentia o ar circular pelo seu corpo, indomável, quanto mais o deixava livre, mais pesado ele ficava, até que o soltou por completo, o estrondo fora enorme, arregalou os olhos ao ver o quão longe era seu alcance.
— Aumente a intensidade dos ventos e os direcione para aquela região — a ninfa falou apontando para o oeste onde tinha um gazebo, arregalou os olhos com medo de ferir alguém.
— Falei com Proteus, não se preocupe! — Samira falou a tranquilizando.
Deixou novamente o ar circulando ao seu redor, cada instante aumentava a intensidade, quando o sentiu pesado o suficiente o lançou na direção ao gazebo, o tornado devastou a área ao redor do gazebo, restando nada além de destruição.
— Quanto mais intensidade colocar nos ventos, mais fortes eles ficam, assim pode criar tornados, furacões, redemoinhos e ciclones, eles são suficientes para devastar regiões enormes, tudo depende do que cria — Samira explicou gentilmente.
— Entendi.
— Agora eu vou atacá-la, agora precisa criar um escudo de ar, essa é a será sua defesa — Samira falou calmamente, pegando várias adagas da pequena bolsa presa a sua cintura.
Cobriu o corpo por completo pelo ar, a ninfa atirou várias adagas utilizando o ar para mudar suas rotações, não pode conter o gemido de dor ao percebê-las arranhar sua pele levemente, aquilo era mais difícil que pensara, o medo a fazia perder o foco, deixando o elemento instável e o escudo fraco.
— O ar não pode ficar parado, assim ele só vai proteger na superfície! — Samira resmungou fazendo-a bufar.
O corpo fora novamente coberto por uma fina camada de ar, o fez circular em todas as direções, a ninfa ao observá-la fez as adagas ficarem mais rápidas em sua direção, elas batiam contra a barreira indo ao chão.
— Sabia que conseguiria! — Samira falou com orgulho.
— E agora? — perguntou ofegante.
— Agora é seu descanso, já é tarde! — escutou a voz de Poseidon nas suas costas, estava tão concentrada no exercício que nem o notara.
O olhar dele estava totalmente nela, apesar do semblante sério, percebera seus olhos amenos, fazendo-a sorrir minimamente.
— Está aí há muito tempo? — perguntou marota.
— Sim, queria ver seu avanço — ele respondeu simplesmente.
Olhou-o ansiosa, se ele estava ali há tempos, então vira todo o treinamento, gostaria de saber o que ele achara, já que era um guerreiro formidável. Observando um leve sorriso ladino, seus olhos brilhavam em orgulho em sua direção, deixando suas bochechas rosadas.
— Lady Alissa é brilhante, creio que em uma semana dominará por completo o elemento, Lorde Poseidon — Samira falou sorridente.
Apesar da maneira respeitosa da qual ela agira consigo, não conseguiu conter o olhar de desejo para seu marido, aquilo a enfureceu, não estava acreditando na sua audácia. Sorriu em direção à ninfa, detestava aquele olhar de luxúria, principalmente sabendo que agora ele era casado, nem ao menos ela tivera o respeito por ela, a esposa dele!
Aproximou-se dele por instinto, as mãos circularam sua cintura o trazendo para ela. O deus a olhou intrigado, estranhando o comportamento, afinal, apesar de demonstrarem carinho na frente dos criados, jamais fizeram isto em frente a terceiros, principalmente durante uma conversa, apesar de sua confusão, ele não disse nada.
— Pode ir Samira, amanhã no mesmo horário — ele falou sem tirar os olhos dos seus.
— Claro! — a ninfa falou antes de os deixar sozinhos.
O olhar em sua direção era sério, percebia que ele estava irritado consigo, mas não sabia o motivo disso.
— Demonstrar ciúme é uma fraqueza mundana, isso é nojento! — ele resmungou irritado, fazendo-a arregalar os olhos.
— O quê? — perguntou incrédula.
— Me abraçou na frente de Samira para demonstrar sua posse sobre mim, isso é uma fraqueza inútil, nos deuses somos seres perfeitos, não podemos demonstrar uma falha dessa! — ele rosnou bravo.
Não conseguira acreditar que ele estava brigando consigo, ainda mais por aquele motivo.
— Acontece senhor perfeição, eu sou uma SEMIDEUSA, uma mistura da raça que mais despreza com os deuses, deveria deixá-la continuar olhar para você daquela forma? — perguntou irada.
— Alissa-
— Já entendi, gosta tanto de demonstrar sua perfeição, mas sente seu ego massageado por ser observado por outras! — falou irada dando-lhe as costas.
— Espera aí! — ele resmungou segurando-a pelo braço.
Não pode conter a fúria do ar em sua volta, jogou um pequeno redemoinho contra o deus o lançando para longe, aproveitou a oportunidade para fugir dele, acabaria matando-o!
Os passos nos corredores eram apressados, não sabia para aonde ir, até que pensou na ala dos empregados, ele era arrogante demais para pisar ali, seguiu esgueirando-se pelos cantos, até que achou um quarto vazio, entrou lá sentindo a fúria a dominar por completo
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O choque de seu corpo contra uma árvore não fora doído, estava era surpreso pela ousadia dela em atacá-lo daquela forma, era estúpido ela ter ciúmes da ninfa, ele nem ao menos olhou para ela!
Isso apenas demonstrava a imperfeição da sua raça, às vezes se esquecia que ela era, na verdade, uma semideusa, seus poderes eram tão intensos que não tinha diferença nenhuma com os deuses existentes.
Suspirou irritado procurando-a, não estava em lugar algum do castelo!
Era irritante ficar vagando a sua procura, principalmente por algo que nem ao menos era sua culpa, mas ela nem o deixara se explicar, seria assim sempre que ficasse com raiva de alguma mulher?
— Lorde Poseidon, Lady Alissa encontra-se na ala dos empregados — Proteus falou o fazendo rosnar com fúria.
Não deu uma resposta para o servo, apenas seguiu feito um touro atrás dela, como ela se sujeitara a ir para um local totalmente indigno?!
Estava completamente irado com seu comportamento, sentia que brigariam de vez, pois não a perdoaria pela afronta!
A raiva fora totalmente derrubada ao vê-la encolhida sob a cama, ao chegar perto, observou os olhos inchados devido ao choro, o ar em sua volta ficou tão pesado que era difícil segurar, seu peito doeu ao vê-la daquela maneira.
O que era aquilo que estava sentindo?
Sem acordá-la, a segurou com delicadeza nos braços levando-a para o quarto, tomou cuidado para não balançar muito no caminho, não queria brigar novamente com ela, principalmente ao vê-la daquela maneira, seu peito doía com a visão. Com cuidado deixou-a sob a cama, enquanto foi em direção do banheiro, seus pensamentos estavam confusos, somente conseguia pensar no rosto inchado dela e seu semblante triste.
A água estava na temperatura ideal, a despiu colocando-a na banheira, o cansaço devido ao treinamento era tão intenso que ela não acordou em nenhum momento, cuidou com cuidado de cada parte de seu corpo, quando estava limpa a secou, colocando-a deitada na cama a cobrindo com um cobertor.
Aproveitou para tomar banho enquanto esperava o jantar na cama, sabia que ela não almoçara, devia estar faminta, ao sair do banheiro percebeu a bandeja de comida sobre a mesa perto da porta. Sem conter seus atos fez um terno carinho em seus cabelos a fazendo resmungar, não pode deixar de sorrir com o ato, até mesmo dormindo ela conseguia ser linda.
— Poseidon... amo — ela murmurou dormindo, o fazendo arregalar os olhos.
Estava atônito, era iria mesmo dizer que o amava?
Não, era ridículo pensar nisso, deveria ser outra coisa!
Se tinha certeza disso, por que seu coração estava disparado daquela maneira?
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Seus olhos arregalaram-se ao notar que não estava mais na ala dos empregados, estava nua na cama que dividia com o deus que também estava nu!
— MAS O QUE ESTOU FAZENDO AQUI, AINDA POR CIMA NUA? — perguntou com fúria.
— Fui buscá-la na ala dos empregados, estava dormindo e eu a trouxe para cá, dei-lhe um banho, mas qual o problema em estar nua? — ele perguntou com tédio.
Por um instante esqueceu a raiva, se concentrando apenas na parte que ele disse, ele realmente cuidou-a daquela maneira?
— Você me deu banho? — perguntou incrédula, ignorando sua pergunta.
— Claro, afinal é minha esposa, seu corpo apenas eu posso ver! — ele resmungou fazendo-a rir irônica.
— O corpo é meu, então apenas eu decido quem pode vê-lo! — retrucou com ousadia.
Jamais imaginou ver tanta raiva em seus olhos, quase riu ao ver que conseguira atingi-lo tal qual ele fizera.
— Está insinuando que pode me trair? — ele perguntou bravo.
— Qual o problema? Afinal, pelo que vi, isso não é problema para você, ou apenas você tem esse direito? — perguntou com deboche.
Seu olhar ficou gelado, sentiu a sua mão pegando com força seu queixo, sentia a ira emanando dele, tinha o empurrado além do limite.
— Está interessada em alguém? — ele perguntou com a voz perigosamente fria.
— Não, apenas estou dizendo que posso ter os mesmos privilégios que você! — falou com ousadia.
— Eu não traio você, desde que foi anunciado nosso noivado que eu não encosto em nenhuma mulher, não vou admitir isso de você, pois, eu a mato com seu amante! — ele respondeu com fúria.
— Mas fica alegrinho com suas ex amantes excitadas com você! — resmungou o fazendo bufar.
— Pouco me importa o que elas sentem, minha esposa é você, não preciso deixar claro que sou fiel! — ele respondeu bravo a surpreendendo.
— O quê? — perguntou aturdida.
— Você é irritante! Me diz agora o nome do maldito que está fazendo-a se encantar! — ele ordenou a ignorando.
— Não tem ninguém! — replicou indignada.
— Você não diria algo assim por nada! — ele resmungou.
— Que droga, eu... eu fiquei com ciúmes, ela estava o devorando com os olhos, pareceu não se importar com isso! — admitiu o fazendo bufar.
— Não me importo mesmo, minha esposa é você! — ele falou simplesmente, beijando-a com fome, entendeu o que ele quis dizer, não pode deixar de responder com entusiasmo.
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O treino estava mais intenso, tinha que manipular o ar para poder aumentar a velocidade de sua corrida, era difícil fazer as suas coisas em simultâneo, demorou três longos dias até conseguir mover-se em alta velocidade. O restante da semana fora usado para aprender o mimetismo de ar, fora complicado transformar seu corpo em ar, era uma transição do material solido para o gasoso, no último dia conseguirá para a alegria da ninfa, estava completamente adaptada ao ar, era intangível e não precisava de oxigênio para respirar, apesar de ser demorado, percebeu o motivo pelo qual a ninfa pegou em seu pé, era um poder bem útil.
Ninfa Samira
Samira: Significa "vigorosa"
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