𝐐uando os olhos de Lee passearam pelo local, eles pararam exatamente nos chocolate dos olhos de Han, que teve um semblante surpreso quando foi o primeiro a ver tudo se clarear, se colorir e a iluminar o preto e branco de sua visão, ele quis chorar, tinha encontrado sua metade.

Minho não tinha forças para desviar daquele rosto encantador que o de cabelos avelã tinha. Aquela boca alinhada e desenhada, com o beiço de cima bem feito quase num coração, as grandes bochechas rosadas, os olhinhos dominados por um pequeno esfumado marrom.

Lee Minho finalmente pode ver as cores, e desfrutando do mesmo sentimento do moreno, ele quis chorar, apenas cair ao chão e não ter mais controle de seu corpo, mas óbvio que não cairia.

Ele finalmente podia ver as cores, de como o mundo era lindo, era realmente lindo, porém não tão lindo quanto o menino que sorriu gengival com pequenas lágrimas nos olhos.

As pupilas ditadas de ambos entregaram o quanto ansiavam por aquele momento, tanto Lee, quanto Han, que aproveitavam o olhar calmo e cheio de paz, felicidade e principalmente... Amor.

O dedo mindinho de Minho puxou com certa força, lhe guiando para o bochechudo, parando ao lado da mesa dele.

Han sentiu igualmente seu dedinho puxar e foi necessário levantar para que ele parasse quieto.

Neste momento muitos já olhavam para o casal que recém podiam ver cores, alguns com sorrisos enormes e outros chorando.

━━ Oi... – Ao ouvir a voz doce do que aparentava, e era, ser mais novo, deixou as lágrimas que segurava rolarem por seu rosto.

━━ Oi – Sorriu, mesmo com a voz embargada, e abraçou o corpo que não demorou a retribuir o sentimento de afeto e finalmente afundar a cabeça na curvatura do pescoço alheio, sentindo o cheiro doce que aquele homem tinha ━━ Qual... O seu nome? – Ainda no abraço, com o queixo apoiado no ombro do mais baixo, ele perguntou.

━━ Han Jisung – Sussurrou choroso, pois também se derramava em lágrimas ━━ E o seu? – Aquela voz doce poderia com certeza ser melhor que milkshake de morango.

━━ Lee Minho – Calmamente saiu do abraço, segurou o rosto bochechudo do menor, olhando para aqueles olhos vibrantes e lindos, em seguida selando os lábios do outro.

As pessoas que assistiam a cena estavam felizes pelo casal, sabiam a sensação de encontrar um alguém, encontrar um amor, e ela era acolhedora e linda.

Enquanto selavam os lábios, as lágrimas, agora de felicidade, escorriam por ambos os rostos, a bochecha grossinha se encontrou com a do outro e dividiram não só o mesmo beijo mas as mesmas gotas salgadas.

Quando afastaram aquele selinho, ouviram aplausos, foi um susto para os dois que lembraram onde estavam, na verdade agora que se deram conta do mundo a volta deles, pois antes estavam focados apenas um ao outro.

Tímido, Han sorriu sem olhar muito para as pessoas e acariciou o cabelo de Minho, que sorriu com o gesto, fechando os olhos.

Do lado de fora o sol pairava, mas mal sabiam que a noite choveria.

━━ Seu cabelo é lindo – Han se perdeu naquelas madeixas roxas.

━━ Suas bochechas são fofas – Acariciou-as com o dedão ainda no rostinho.

Olharam apaixonadamente por mais alguns segundos e então se sentaram, um do lado do outro da mesa quadradinha.

━━ Para vocês, hoje é por conta da casa – Um cara alto, porém de voz calma, surgiu com um narciso florido ━━ Este floresceu ainda hoje.

━━ Eu amo essa flor – O casal disse juntamente, também como levaram a mão em direção a flor.

━━ Oh... – Han riu sem graça ━━ Pode pegar – Escondeu a mão e o mais velho assim fez.

Cheirou a flor e a levou até a orelha de Han, apoiando-a ali e pousando a amarelada naquele local.

━━ Você ficou adorável – Sorriu para aquele que ficou tímido então abaixou a cabeça e deixou-se sentir o vermelho de duas bochechas ━━ Um milkshake de morango, e para Hanji...

━━ Cheesecake de chocolate – O próprio atendente estava preso naquele afeto em sua frente que quase não notou os pedidos.

━━ Aah, sim, claro, mais alguma coisa? – Recusaram e o atendente saiu.

Lee olhava para o seu amor de forma apaixonada, agora sentia as vibrações da paixão seladas em seu coração, estava feliz por encontrar sua razão.

Aquele que não era uma menina, da qual sua mãe tanto dizia. Na verdade era um garoto, um lindo garoto.