We can't be excluded
Rose PDV
Eu e o Al ficámos chocados a olhar para o Scorp como se estivéssemos a testemunhar algo surreal... Mas esperem... Isto é algo surreal. O Draco amou a mãe durante todos estes anos!
- Scorp... Tu achas que é por isso que...?
- Eles nunca se largam? Não... Se a tua mãe o tivesse recebido teria ficado com ele... Por isso... eu creio que algo tenha acontecido para que a tua mãe não tenha este presente na sua posse... Mas o quê? Não consigo pensar em nada...
Nesse momento a realidade bateu-me com tanta força que achei que ia cair do meu lugar. Eu própria sentia-me mal por tudo isto, o pai do Scorp e possivelmente a minha mãe sofreram porque nunca puderam ficar juntos e quando finalmente algo corre a favor do coração tudo descarrila para um dos lados...
- Eu consigo... Esse aniversário da mãe foi o que o pai lhe pediu em casamento durante um piquenique à hora de almoço nos terrenos de Hogwarts...
- Agora sim eu posso dizer que é mesmo ódio que eles sentem um pelo outro, e com tudo o que tem acontecido só piorou... - Comentou o Al meio ensonado. - Mas vamos ver o lado positivo, a tua mãe não nega a entrada ao Draco e ao Scorp, então ela também deve de sentir algo... Vocês lembram-se daquele jantar que eles tiveram só os dois sozinhos?
- É claro, no WW disseram que aquele era O restaurante para declarações e pedidos de casamentos da comunidade bruxa do Reino Unido! - Exclamou o Scorp.
- Se isso é verdade vamos ter um grande problema lá em casa... - Relembrei tristemente o que nos esperava em Londres.
- Ninguém da família está a favor do tio, Rose...
- Não estou a falar do meu pai, mas sim do Hugo... Ele é muito apegado ao nosso pai, mesmo que ele nunca esteja em casa... Ele deixa-se levar um pouco demais pelos presentes que recebe sem propósito nenhum...
- Nós vamos estar lá para ajudar. - Assegurou o Scorp, tocando no meu ombro delicadamente.
- Vocês já repararam que, se o que estamos a especular é verdade, vocês em pouco tempo estão a adquirir o estatuto de IRMÃOS, certo? - Questionou o meu primo, carregando na palavra "irmãos", com o olhar virado para o loiro.
- Ainda não tinha pensado nisso... - Murmurei, sentindo-me um pouco desiludida, o porquê mais do que estranho para mim. - Mas, com o tempo havemos de nos habituar, não é?
- Claro que sim, Ro. - Confirmou com um sorriso não muito verdadeiro.
Hermione PDV
Acordei sem sentir o corpo do Hugo ao lado do meu e logo me levantei para encontrá-lo, sem nem sequer me preocupar com o facto de estar de pijama ou não, e abri a porta do quarto para sentir um cheiro delicioso e seguir o mesmo até à cozinha, onde estavam o Draco e o Hugo. Ambos estavam de costas para mim a tratar do pequeno almoço e o Hugo parecia mais calmo e confortável em cá estar, o que me deixou um pouco mais relaxada.
- Bom dia, meninos. - Disse com um sorriso no rosto e tanto o loiro como o ruivo viraram-se para mim.
- Bom dia, mãe. - Cumprimentou o Hugo com um pequeno sorriso que não lhe atingia os olhos, fazendo com que eu suspirasse, ele estava melhor mas não recuperado... Tantas coisas deveriam estar a passar-lhe na cabeça...
- Bom dia, Mi. Queres ajudar ou ficas só a apreciar? - Questionou o Draco com o seu sorriso típico de tirar o fôlego.
- Por uma vez eu vou limitar-me a pôr a mesa e sentar-me para apreciar ter dois homens a cozinhar para mim. - Respondi correspondendo o seu sorriso e mostrando-lhe a língua.
Ele riu e voltou a concentrar-se no que fazia com a comida, ajudando o Hugo em tudo o que precisava, enquanto eu punha a mesa para os três.
- Eu vou hoje convosco buscar a Rose e o Scorpius, só tenho o plantão à noite. - Anunciou o loiro enquanto virava uma paqueca.
- Vais ficar a noite toda? - Questionei receosa ao pensar que irei estar numa mansão que nem sequer conheço muito bem, apenas com as crianças. - Eu vou perder-me neste sítio com a quantidade de portas e corredores que existem...
- Então como é que te habituaste ao castelo?
- Eu passei os primeiros fins de semana a explorar todos os caminhos permitidos para todos os lugares, mas o meu conhecimento só melhorou com o mapa.
- Mãe, o mapa que estás a falar, é o do tio Harry? - Perguntou o Hugo, virando o rosto para mim.
- Sim, querido, esse mesmo.
- Vais ver que depressa vais habituar-te. Vocês podem ficar aqui o tempo que quiserem, esta casa é demasiado grande para mim e para o Scorpius, a companhia só faz bem.
---------------- Já na estação à espera do comboio----------------------
O Draco, o Hugo e eu já estávamos com a Fleur, Ginny e Sra. Weasley, a Angelina e a Aubrey estavam a trabalhar e não podiam vir. Conversávamos sobre o grande almoço de Páscoa na Toca, quando o comboio chegou à estação e vimos o grande grupo de Weasleys, Potters e o Scorpius saírem na nossa direção. O Hugo correu para abraçar a Rose e o Scorpius correu para os braços do Draco que o apertou com força.
- Mãe! - Exclamou a Rose abraçando-me.
- Venham, meninos, têm 20 minutos para pousarem as coisas e virem para a Toca para almoçar! - Avisou a Sra. Weasley com os seus braços à volta da Lucy e da Molly II. Todos assentimos e seguimos os nossos caminhos separados, sendo que a Lucy, a Molly II, o Fred e a Roxanne foram com a Sra. Weasley.
Como eu deixei o meu carro com o Ron tivemos de num beco perto da estação encolher as malas do Scorp e da Rose para caberem na minha mala de contas e podermos aparatar para a mansão do Draco.
- Então meninos, correu tudo bem na viagem? - Questionei assim que entrei, e sendo a última fechei a porta.
- Sim mãe, foi o mesmo de sempre, tirando que o Albus dormiu praticamente a viagem toda até cá... - Respondeu a Rose com uma expressão risonha.
- Mas porquê ele está adoentado? - Questionou o Draco. O loiro ganhou a confiança de todos que ele tem conhecimento do histórico de saúde completo de cada um dos miúdos, caso seja algum dia necessário.
- Não, o Al e eu ficámos de "castigo" pelo avô dele... - Informou o Scorp.
- Como assim de castigo? - Inquiri chocada, afinal de contas estamos a falar do James Potter...
- Houve um Gryffindor que começou a tentar humilhar-nos, ao Al e a mim, e nós os dois pensámos em jinxs diferentes, o que não correu bem, então o avô do Al teve de nos castigar também...
- Ai meu Merlin... Até fico com medo de saber o que o James preparou para o rapaz... - Comentei receosa, o James enfrentou o próprio Voldemort sem varinha quando morreu, quem sabe o que ele era capaz de fazer a um pobre rapaz de 11 anos que é influenciado pelos mais velhos?
- Não foi grave mãe. - Manifestou-se a Rose com indiferença. - Ele apenas teve de limpar as vassouras usadas na aula...
- Nem foi assim muito mau... - Comentou o Draco. - E vocês? O que é que tiveram de fazer?
- Tivemos de escrever linhas.
- Escreveram o quê? - Questionei desconfiada.
- " Não podemos ceder à mediocridade dos outros".
Eu e o Draco começámos a rir. Isso era mesmo do James...
- Okay, meninos, vão pousar as vossas coisas. Rose o teu quarto é o em frente do Scorp. - Anunciou o Draco com um sorriso simpático para a minha pequena ruiva.
O Hugo subiu com eles e eu e o loiro olhámos um para o outro.
- Tentaram humilhá-los em plena aula... Com o James... Isso prova que não têm grandes preocupações em apanharem castigos...
- Calma, Mi, é até ao dia em que os castigos comecem a ser mesmo severos... Aí eles vão parar.
- Tu alguma vez paraste? - Questionei descrente.
- Isso era um pedido de socorro mudo, Mi, tu sabes disso, além de que eu sempre fui mais inteligente que esses miúdos e nunca fiz nada à frente de professores.
- O Hagrid, o Lupin, o Snape...
- Okay, okay, retiro o que disse, não fui assim tão inteligente...
- Pois, também me pareceu... - Disse com um sorriso vencedor.
- Sabichona...
- Com orgulho. - Respondi, pondo a língua de fora.
- Wow, Draco, aquele quarto é enorme! - Exclamou a Rose enquanto descia as escadas. - Muito obrigada!
- Ainda bem que gostaste pequena. Aquele é o teu quarto pelo tempo que aqui estiveres.
- É perfeito... - Disse e abraçou-o com força, deixando-me completamente derretida e ao Draco sem reação, apenas retribuiu o abraço.
Nisto o Scorp e o Hugo descem as escadas e presenciam a cena que se passa na entrada da casa.
- Hey! - Exclamou o Hugo. - Também quero!
E logo correu para os braços do loiro. Então o Scorp veio até mim com um sorriso digno do seu pai e de braços abertos.
- Não vamos ficar nós sozinhos! - Disse confiante e abraçou-me. Eu rodeei o seu pequeno corpo com os meus braços de forma protectora, e senti-o sorrir no meio do abraço. O pequeno loiro nunca deve de ter sido abraçado pela mãe sequer... Ele deve de precisar de um exemplo maternal decente... Aí, nesse momento eu tomei uma decisão: Enquanto não arranjar um sítio para ficar com a Rose e o Hugo eu vou tentar ser a figura maternal que o pequeno Scorp merece.
Hey!!!!!!!!!!!!!!!!! Eu sei, não mereço perdão por esta ausência enorme, mas muita coisa aconteceu que me fez ficar afastada da escrita... Contudo eu percebi que realmente o que eu tenho escrito para vocês nestes capítulos deu-me mais força para continuar assim como todos os comentários que já deixaram nesta fic. Andei a relê-los e cada um deles deu-me a força e a motivação para "afastar os dementores" que têm andado mais perto... aos novos leitores muito brigada por adicionarem esta fic às vossas listas de leitura e bibliotecas, aos que já cá andavam e estavam à espera de mais capítulos, muito brigada por não desistirem!!!!!!!!!!!!!
Vocês são sem dúvida os melhores leitores que podia pedir!!!!!!!!!!!!!!
Bjs, vemos-nos no próximo capítulo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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