The judgment day
PDV Hermione
Hoje é o dia em que tudo vai ser decidido... A audiência para a decisão da custódia dos meus pequenos. Eu consegui convencer o Hugo a dormir comigo a noite passada e então eu estava deitada do seu lado a olhar para a sua cara cheia de sardas que lhe davam um ar mais de menino ainda...
Bateram à porta e eu levantei-me para ir abri-la, revelando o loiro que tanto me tem ajudado, com uma bandeja nas mãos.
- Bom dia, Mi. Eu sei que hoje é um dia mais que importante para ti, e que podes estar um pouco nervosa, então pensei que talvez gostasses de ter o pequeno-almoço servido aqui. - Explicou ele, com aquele pequeno sorriso nervoso que sempre dava quando tinha ambas as mãos ocupadas para passá-las nos cabelos. Apesar de eu querer muito ficar colada ao meu pequeno tesouro, eu tinha a necessidade de me mexer sem parar, mas de qualquer maneira sorri-lhe em agradecimento e enquanto tirava a bandeja das suas mãos, convidando-o a entrar.
Voltei para a cama onde o pequeno Hugo já estava a acordar.
- Panquecas! - Exclamou feliz, o que fez com que o loiro risse. - Obrigado Draco!
- De nada campeão. Come quantas quiseres, desde que deixes a tua mãe comer mais algumas.
Eu sorri enquanto via os dois interagirem tão bem juntos. Isso deixava-me calma porque na verdade... Sempre houve alguma coisa que me puxou para ele, mesmo em pequena... Então de alguma forma há já algum tempo que deixei de procurar casa por... me sentir tão em casa com o loiro que... bem lá no fundo sempre foi o meu abrigo. Sempre que me distanciava do Harry e do Ronald escrevia-lhe a contar e ele sempre tinha palavras reconfortantes para me dizer.
- Vocês fiquem aí, eu vou arranjar-me. - Disse-lhes e os dois acenaram e continuaram a comer e a brincar como se nada fosse. Eu tenho imenso a agradecer-lhe.
PDV Rose
Acordei, como sempre, mais cedo que as minhas colegas de quarto e fui arranjar-me para mais um dia de aulas e olhares de toda a escola. Sou sempre a primeira de toda a equipa a acordar, então achei, no mínimo estranho, estar um rapaz do segundo ano sentado na sala a ler, como se estivéssemos a meio da manhã e não no nascer do sol.
Mantive a minha varinha firme, assim como a minha mochila e saí, dando de caras com a Lily à porta.
- Bom dia querida. Pronta para começar o dia?
- Bom dia Lily. Sim, e mais pronta ainda para ter o mapa nas mãos. - Respondi desconfiada.
Logo a ruiva, que de ruiva não se nota nada pela transparência, endireitou-se ainda mais e disse-me para segui-la até à entrada da torre dos Gryffindor, onde estava o James Sr.
- Bom dia Rose. Ques se passa Lil? - Questionou o James percebendo a preocupação na cara da esposa.
- Precisamos do mapa James.
Logo ele compreendeu e foi acordar o neto mais velho, voltando os dois James 5 minutos depois.
- Precisamos de chamar o Al e o Scorp? - Perguntou o meu primo ainda meio a dormir com a mochila e o mapa na mão.
- Sim. Algum de vocês pode ir chamá-los, por favor? Precisamos de todos os neurónios que conseguirmos arranjar.
O James assentiu e começou a atravessar paredes.
- Bom, e nós vamos para o salão nobre. Vocês precisam de se alimentar. - Disse a Lily.
- Pareces a avó. Quem ouvir acha que não comemos nada todos os dias...
- Eu sou a tua avó, meu menino, toca a andar.
Rimos e seguimos para as escadas para encontrarmos os outros no salão nobre.
PDV Hermione
O Draco pediu folga para o dia de hoje e foi comigo deixar o Hugo à Toca, onde o Sr e a Sra Weasley garantiram apoiar-nos mesmo depois de hoje. A Ginny e o Harry estavam lá à nossa espera para chegarmos os 4 ao ministério.
No ministério estavam jornalistas de praticamente toda a media bruxa... Liderada pela única e desprezível Rita Skeeter...
- Hermione, Draco, só umas palavrinhas antes de saberem a decisão final. - Pediu ela com a sua voz, que julga ela ser uma voz querida e solidária.
- Claro! - Respondi com um pequeno sorriso. - Se publicar mais alguma mentira, ou distorcer de qualquer modo as palavras dita pelos seus entrevistados, o seu segredo vai voar por aí como bem costumava fazer em Hogwarts. Bom dia.
Todos os presentes ficaram divididos entre rodear-me com perguntas ou virarem-se para a barata verde, que hoje vestia rosa choque.
- Isso foi de génio, finalmente aquela barata vai deixar de nos incomodar. - Comentou o Harry.
- Não foi só por isso, foi também para termos tempo de chegar aos elevadores sem sermos esmagados por jornalistas. - Respondi de forma simples.
- Mas fizeste bem Mione, o dono do Profeta Diário já a quer pôr de lá para fora há alguns anos, mas ela sabe como se manter... - Informou a Ginny sorrindo na direção da loira que mantinha um olhar fulminante na nossa direção.
Quando as portas fecharam parecia que também o ar tinha sido cortado naquele cubículo. Apertei a mão do Draco como se a minha vida dependesse disso, e no momento, sim dependia.
Tem sido o Draco uma das maiores fontes de força nestes últimos tempos, ele sacrificou recomeçar a sua vida para me ajudar, dar-me casa e comida sem pedir nada em troca... se isso fez reaparecer com mais intensidade o que eu sempre senti por ele? Sim, sem sombra de dúvidas que sim. Mas pergunto-me se ele sente exatamente o mesmo que eu... Isso vai ser algo para eu me preocupar depois desta situação.
Chegámos ao andar, não desejado, mas sim preciso para resolver isto de uma vez por todas.
Lá estava já o Ron com o seu ar de superioridade que ele foi adquirindo com os anos de fama por fazer parte do "trio dourado"... Francamente ele desapareceu durante imenso tempo e esteve escondido com o irmão mais velho. Quem realmente esteve em perigo fomos nós...
Logo o ministro da magia pediu-nos para nos sentarmos e deu início à sessão:
- Muito bom dia minhas senhoras e meus senhores, vamos dar início a esta sessão. Comecemos pelo Sr Weasley que é quem está ser culpado de negligência. Normalmente não temos este tipo de medidas, mas como foi a pedido de ambas as partes todos os testemunhos serão dados sobre o efeito de veritassirum. - Informou o Kingsley com uma expressão confusa, mas ao mesmo tempo curiosa. Eu sei o porquê de eu querer usar o veritassirum, mas também tenho quase a certeza do porquê de ele também querer a poção da verdade. Eu fugi com o nosso filho mais novo, isso é motivo para não me deixarem ficar com ele. Ainda assim... não lhe dá vantagem suficiente contra a negligência dele.
O Ron sorriu, achando-se superior a todos os outros presentes na sala e bebeu o frasco sem hesitar. Logo Susan Bones, aproximou-se com uma lista de perguntas para o Ron. Escusado será dizer que ele estava a sentir-se confortável com as provas que tinha contra mim, mas ao contrário dele, eu tenho todo um grupo de testemunhas que estavam presentes em todos os momentos, incluindo o médico que atendeu a Rose quando esta sofreu uma reação alérgica por negligência dele.
- Ronald Weasley, para comprovar o efeito da poção, qual era a sua equipa em Hogwarts e qual o nome do seu segundo professor de Defesa Contra as Artes Negras na dita escola?
- Eu sou um Gryffindor e o professor do meu segundo ano era Gilderoy Lockhart uma fraude que enfeitiçou vários feiticeiros e bruxas para dizer que foi ele a realizar todos os feitos que ele escreveu. - Respondeu convicto.
- Muito bem, Senhor Weasley, vamos rever o caso por ordem cronológica, começando, pela data do seu casamento com Hermione Granger, quando foi e quantos anos de casamento têm?
- Casámos a 12 de Julho de 2004, logo estamos casados vai fazer este ano 8 anos.
- A Sra. Hermione Granger reportou que o Sr. Weasley admitiu um caso de adultério que dura há já dois anos, confirma?
- Sim. - Respondeu seco, ele queria que lhe arrancassem as respostas específicas que lhe dessem vantagem, o que só me deixou mais enervada, sem contar com o olhar de superioridade que ele dava a todos na sala.
- Com quem manteve esse caso Sr. Weasley, e com que frequência se encontraram durante estes dois anos?
- Cho Chang, nos primeiros 6 meses apenas nos encontrámos durante as pausas de almoço e de vez em quando durante umas horas depois da minha hora de saída aos sábados. Dizia à Hermione que ia ficar a fazer horas extras a tratar de relatórios. Após esses primeiros 6 meses decidimos arranjar casa, onde passei sempre todos os dias da semana excetuando o domingo para ir aos almoços de família.
- Senhor Weasley... - Começou a Bones meio chocada, mas logo se recompôs para continuar com as perguntas. - Mas até há algum tempo ainda era casado com a Sra. Granger, então a Sra. Granger não sabia dessa sua decisão de construir um relacionamento com outra pessoa e negligenciar os seus filhos?
- Eu nunca negligenciei os meus filhos, passava sempre a semana a comprar presentes para lhes dar no domingo por isso não negligenciei os meus filhos... Mas sim, a Hermione nunca soube do meu relacionamento com a Cho.
- Então afirma não negligenciar os seus filhos pelo simples facto de lhes comprar presentes para compensar a sua ausência em casa, mas ainda assim tinha contacto todos os dias?
- Não, como eu disse, eu só os vias ao domingo, por isso não os conseguia contactar durante a semana.
- Mas no caso de uma situação de saúde acompanhava os filhos?
- Não, eu procurava não levantar suspeitas da minha outra vida.
Todos na sala estavam perplexos pelas suas respostas, ninguém conseguia perceber a sua linha de pensamento, inclusive eu... Era uma lógica inexistente... e esse era o meu trunfo. O Ron sempre se achou muito superior aos outros, mas na realidade não passa do pequenino e inconsequente menino de 11 anos.
- Muito bem. - Afirmou a Bones assim que encontrou a sua voz depois do choque. - Vamos avançar um pouco no tempo. Sr. Weasley, na noite de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro do presente ano, o Sr passou a data na casa dos seus pais com vários convidados, e membros de família, incluindo Astória Greengrass que ofereceu alguns biscoitos que causaram uma reação alérgica à sua filha mais velha Rose Weasley, e o Sr, segundo os vários testemunhos de familiares seus, autorizou que a Rose comesse os ditos biscoitos sem questionar se continham algum ingrediente que causasse de facto uma reação alérgica, correto?
- Sim, os Malfoy foram convidados pela minha mãe para lá passar o ano novo e já lá tinham passado o natal, então nunca questionei se não saberiam de alergias, visto que ambas as famílias se dedicaram a uma amizade bastante especial. - Lançou ele de forma indiferente, mas podia ver-se o veneno nos seus olhos sem piedade. Todos na sala estavam chocados, o pior era ver a desilusão na cara do Sr. Weasley e na do Percy. A Skeeter tinha a sua pena a escrever furiosamente no bloco de notas e olhava com um brilho ambicioso de quem tinha conseguido o furo do Século...
- Bem, mas segundo foi reportado, mais uma vez por vários familiares, Astória Greengrass apenas teria confraternizado com a família numa outra ocasião, para além dessa noite, que foi exatamente como referiu no natal. Contudo o outro ponto a destacar quer pelos curandeiros do St Mungos, quer pelos seus familiares, é que o Sr não acompanhou a filha e não se dirigiu em altura nenhuma para o local onde a mesma estava a ser tratada.
- Porque eu tinha de ficar com o Hugo, o meu filho mais novo, ele estava preocupado com a irmã e eu queria confortá-lo. - Afirmou, mostrando um controlo exagerado na escolha das palavras. A Susan Bones pode até ser Hufflepuff, mas como a grande maioria mostra vezes sem conta eles são justos e leais, neste caso a Susan é leal à verdade e à lei, e se há alguém que conhece a lei tão bem como eu neste ministério é a Susan Bones.
- Mais uma vez Sr Weasley, e recorrendo aos testemunhos dados por familiares seus, que estavam presentes na noite em questão, o Sr apenas esperou que a sua esposa saísse com a sua filha e o curandeiro da mesma, perguntou ao seu filho se ele queria ir dormir, e ao receber uma resposta negativa da parte do mesmo decidiu então retirar-se para o seu quarto na casa da família. - Informou a Susan verificando as suas notas, deixando, se mais possível ainda, toda a sala em choque. - Nega qualquer parte deste testemunho?
Podia ver-se a força que ele fazia para não responder de forma nenhuma, mas o bom do veritassirum é que o seu efeito é muito mais forte que a força de vontade.
- Não, eu não nego esse testemunho.
- Para terminar Sr. Weasley... Conte a todos os presentes desta sala o que aconteceu naquela noite de março, por favor. - Pediu a Susan Bones resignada. Este era o momento pelo qual o Ron esperou, as perguntas iam dar àquela noite, fosse como fosse, eu sabia que não tinha como escapar a isso, eu cometi esse erro, mas durante este percurso de separação... esse foi o meu único erro.
- Com certeza. Eu já andava há vários dias a tentar entrar em casa, sendo que a passagem sempre me foi barrada pelo Harry e Ginevra Potter, pelo Draco Malfoy e pela Hermione Granger, na noite em que consegui entrar tive o meu filho a sair dos meus braços, pela mãe dele, apenas tempo suficiente para ela me congelar no local para guardar todos os pertences da casa e pegar no meu filho para fugir com ele sabe-se lá para onde.
Todos na sala murmuravam uns com os outros sobre o que tinham acabado de ouvir, a pobre Susan e o ministro da magia estavam sem palavras para o que ouviram e nesse momento senti que talvez com essa ação tenha deitado tudo a perder...
A minha mão estava por baixo da do Draco no meu colo e logo senti o seu aperto na tentativa de me passar confiança, algo que eu não pensei ser possível, até o Harry e a Ginny terem ido dar o seu testemunho sobre o caso, pois com a confirmação do Ron eles agora estavam implicados na situação.
Quando chegou a vez do Draco falar encostei-me à Ginny na esperança de sentir alguma segurança. O loiro para referir todos os factos olhou sempre nos olhos do Ron para lhe garantir que se conseguisse forma de me dar a custódia ele fazia-o e quando lhe foi perguntado sobre a situação com os miúdos ele nunca tirou os olhos de mim para referir o quão eu era perfeita como mãe e cuidadora.
PDV Scorpius
Isto sim é de preocupar ninguém, nem mesmo um Ravenclaw estudioso acordava tão cedo para ficar na sala comum a ler... Ficava na sua cama mais quente, não importa o quão acesa estivesse a lareira... Isto é mais que preocupante, o Al e eu corríamos atrás do James pelas masmorras para chegarmos depressa ao salão nobre.
- Meninos, vocês correram até aqui? - Questionou a Lily preocupada. - Isso não vos faz nada bem, comam para não terem uma fraqueza.
- Estamos bem, avó! - Garantiu o Al recuperando o fôlego. - Nós estamos mais interessados em saber quem é que era o miúdo na torre dos Ravenclaw.
O James II aproximou o mapa de nós e vimos que na torre dos Ravenclaw já não estava deserta, mas sim com vários alunos a prepararem-se para tomar o pequeno almoço.
- Bolas... E antes não mostrava ninguém? - Perguntei na esperança de termos uma pista, enquanto enchia o prato de ovos mexidos.
- Não, quando vimos o mapa já lá não estava ninguém... - Quem respondeu foi a Rose servindo-se do sumo de laranja.
~- Então podia muito bem ser a Gaunt sob o efeito de uma poção polissuco, certo? - Inquiriu o Al com a boca cheia de bacon, desculpando-se ao ver o olhar de reprimenda da avó.
- Pode como não pode... A verdade é que simplesmente podia ser um aluno qualquer. Não há garantias de que fosse ela, a Rose disse que quando desceu ele mal notou a sua presença, por mais preocupante que isso seja, pode ser o nosso medo e pânico a falarem mais alto, afinal, eu sou só um fantasma, se fosse ela, tinha uma oportunidade limpa contra uma das crianças do trio dourado... - Disse a ruiva mais velha com uma expressão preocupada e temerosa.
- A não ser... - Começou a Rose.
- O quê? - Questionámos em uníssono.
- A não ser que fosse ela, e ela sabia que vocês, os fantasmas, acompanham-nos para todo o lado e são os últimos à porta das nossas salas comuns de noite e os primeiros de manhã... Mas se não for ela, podia ser muito bem um miúdo que simplesmente queria aproveitar uma das cadeiras melhores da sala comum...
- Bem, vamos ter de abrir mais os olhos e estar ainda mais atentos a tudo. Enquanto isso, nenhum de vocês podem andar sozinhos em altura nenhuma, pela vossa segurança.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Voltei meus amores!!!!!!
Tenho várias razões para ter estado tanto tempo off, vão desde a faculdade, outras responsabilidades até ao covid, nosso maior inimigo no momento, por isso em primeiro lugar quero pedir que todos aqui tenham todos os cuidados necessários e desnecessários também, por vocês e pelos vossos.
Uma razão especial para também ter andado ausente tem a ver com o facto de ter andado a ler esta fic do início e aperceber-me de que vou ter de revê-la toda, quer por erros ortográficos (eu sou picuinhas a esse ponto sim), quer por alterações mínimas que quero fazer na história, nada que realmente afete a linha da história em si.
Noutras notícias, lembram-se da bomba do último capítulo???? Bem já está disponível para começarem a ler e perceber melhor de onde esta minha ideia vem!!!!!
Agradeço a todxs que até agora têm adicionado esta história às suas listas de leitura e lido e votado e comentado, foi muito importante vir até aqui e reparar que tinha sempre pelo menos uma ou duas notificações referente às minhas fics!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Esperem pelo o próximo capítulo que já vai começar ser preparado para vocês, continuem por aqui que eu também continuo!!!!!!!!!
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