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33.

Esse jogo do Flamengo era contra o Palmeiras. Então eu nem preciso falar que rolou alguns desentendimentos.

Nos primeiros minutos de jogo, o Palmeiras abriu o placar, mas no finalzinho da primeira etapa o Flamengo conseguiu empatar com um gol da Ludmilla, que antes de fazer a sua típica comemoração olhou para o camarote, me procurando, quando encontrou fez um coração e mandou um beijo. A Hanna e a Júlia me encararam surpresas, a Juliana ria, e eu sorria igual a uma boba.

O segundo tempo começou, o Palmeiras pressionou e quase marcava o gol da virada, mas em um contra-ataque puxado pelo Bruno Henrique, que passou para a Ludmilla, que marcou de novo, e os outros jogadores foram comemorar com ela. O time paulista não tinha se entregado ainda e atacava, mas como tudo parecia estar a favor do maior rubro-negro do Brasil, o Arrascaeta desarmou um jogador e tocou para a Ludmilla que marcou de novo.

Hat-trick da Ludmilla!

Ela fez um coração de novo e eu mandei um beijo dessa vez. O Flamengo criou ótimas oportunidades para ampliar mais ainda o placar, mas o jogo acabou com aquele resultado mesmo. 3 x 1 Flamengo.

O Thuler resolveu descer para falar com os meninos, e as meninas também resolveram, e eu como uma boa maria-vai-com-as-outras acompanhei elas.

Me distrair observando as meninas parabenizando os seus respectivos maridos e mulheres, que só percebi que estava sendo chamando quando senti alguém tocando no meu ombro.

Brunna: Oi? — olho e vejo o Pedro.

Pedro: Bru! Eu estou tão feliz que você está aqui. — ele sorri e me abraça. — E você veio com o manto. — diz olhando para a blusa.

Brunna: Eu tinha colocado ela na minha mala e só lembrei hoje. — minto. — Foi uma pena você não ter entrado no jogo de hoje.

Pedro: Teria sido muito bom. Estava nos meus planos marcar um gol para você. — sorrio. — Você vai para casa da Dayane?

Brunna: Pra casa da Dayane? — pergunto. — Acho que não, ninguém tocou nesse assunto comigo.

Pedro: Se quiser... Você pode ir comigo. — abro a boca para dizer algo, mas sorrio sem mostrar os dentes.

Brunna: Pedro...— eu já estava pronta para dizer a ele, que não tinha vontade de me envolver com ele, quando sinto uma mão na minha cintura.

E era ela - a Ludmilla - e a sua linda forma de marca território. E com essa ação dela o nosso casinho acaba de ser assumido.

Sorrio sem humor para o Pedro, que tinha uma expressão séria no rosto.

Ludmilla: Tá tudo bem por aqui? — ela encara o Pedro.

Brunna: Tá tudo ótimo. — digo me afastando um pouco e me virando para ela. — Ludmilla... Eu vou parabenizar os outros, depois a gente se fala? — ela assente, mas antes que saia ela me puxa e deixa um selinho demorado em meus lábios.

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