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26 ⌘ 𝖕𝖗𝖔𝖒𝖊𝖘𝖘𝖆 ⌘

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"Nunca ria de dragões vivos." – J.R.R. Tolkien

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Conway se arrastou ainda encurvado até a tenda. Adele não merecia esse ciúme idiota, Adele não merecia essa possessividade que ele sentia e ele estava disposto a segurar esse instinto nele. Ele se jogou em um canto qualquer enquanto seguia com o corpo completamente encolhido pela dor intensa.

— Adele me contou que vocês resolveram se dar uma chance, mas sem consumarem a união até terem certeza de que ela pode ficar — Archie falou ao entrar na tenda e se abaixar próximo de Conway — mas por que será que eu acho que você não falou o que aconteceria com você?

Conway respirava de maneira pesada e sentia o suor escorrer por sua testa, mas escutava com perfeição o que Archie falava.

— Você deveria ter falado tudo para ela — Archie se sentou. Como um bom amigo, Archie só sairia dali quando Conway estivesse melhor.

— Para quê? — Conway falou tentando controlar a voz tremida — para que, além da escolha difícil que ela teve que fazer entre ficar e ir, ainda se sinta pressionada a consumar a união comigo apenas para que eu não sinta dor?

— Para que ela saiba a verdade, Conway — Archie falou — Adele, mais do que ninguém, sabe o que é ter dores constantes, ela mais do que ninguém aqui, sabe o que é ter uma dor tão gritante a ponto de te fazer encolher o corpo inteiro.

— Eu não vou falar isso para ela — Conway foi tentando aos poucos esticar o corpo.

— Eu não quero que vocês se unam sem que ela tenha certeza de que vai poder ficar — Archie falou sinceramente — você é meu amigo e não quero que sofra com essa separação depois. Eu não sou um elfo, não faço ideia de que instinto ou dor terrível é essa que vocês sentem, mas eu lembro de maneira clara todo o sofrimento do Declan... além dele, você sabe que eu já perdi amigos assim... sabe que já tive amigos que escolheram morrer após uma separação dessa. Então não pense que é isso que eu quero, mas eu confio na Adie e acho que ela precisa saber.

Archie olho para o lado, Conway tinha a respiração mais regular, e parecia sentir menos dor, mesmo assim ele se manteve deitado, abraçando o próprio corpo na tentativa de fazer com que a dor sumisse por completo.

— Se você não falar para ela — Archie se levantou para sair — eu vou contar. Te dou uma semana, se você não fizer isso, mesmo que você fique bravo comigo, eu irei contar todos os estágios de uma união, para que ela saiba tudo o que você está sofrendo.

Conway não olhou para Archie quando ele saiu da tenda, ele só manteve o olhar fixo em um canto qualquer, ele não queria falar para Adele, mas ele também não imaginava que seria tão doloroso conter seu instinto.

Ele esperou um tempo e somente quando se sentiu preparado, ele saiu novamente da tenda.

— Isso aqui é uma loucura — Adele falou baixo quando Conway se aproximou dela. Ela estava com medo de olhar para ele, ela não estava arrependida de ter salvado a vida do elfo daquela maneira, mas tinha medo do que Conway pudesse pensar. Era imaturo, mas ela tinha medo.

— Quantos feridos já tivemos essa semana? — ele perguntou baixo — além de cuidar dos doentes, você está fazendo o possível para cuidar dos feridos também, isso é incrível, mas você precisa descansar.

Ela fechou os olhos ao sentir os olhos se encherem de lágrimas, tentando evitar que ele visse aquilo, mas Conway percebeu, como sempre havia feito.

— O que aconteceu? — ele perguntou — por que está triste?

Ela não respondeu, mas assim que ele fez essa pergunta, ela simplesmente não conseguiu mais segurar as lágrimas. Ele se aproximou e segurou seu rosto com as mãos.

— Por favor, me conte o que aconteceu — ele secou uma das lágrimas que rolaram, esperando uma resposta.

— Eu pensei que não fosse conseguir — ela falou ainda chorando — achei que não conseguiria salvá-lo. Eu estou aliviada, mas estou com medo... e se aparecer alguém que eu não posso salvar? E se eu falhar?

— Adie — ele acariciou seu rosto molhado — durante a minha vida eu perdi seres queridos e perdi outros seres. Durante esse tempo, aprendi que quando perdemos alguém para a morte, não significa que nós falhamos. Eu entendo que a sua função seja tentar salvar vidas, mas o que você faria se aparecesse alguém que você não pudesse salvar? Você desistiria dele?

— Não — ela falou arregalando os olhos — nunca.

— Exatamente — ele sorriu — a sua tentativa é a que conta. E se de repente você não o salvar, talvez você consiga dar pelo menos uma passagem melhor para ele. Percebi esse tempo, que sempre que você atende alguém, você o atende bem, com um sorriso no rosto, porque o seu equilíbrio muitas vezes determina o sentimento do paciente. Muitos seres morrem, muitos seres são feridos fatalmente e ultimamente muitos doentes perdem a vida, muitos doentes vão perder a vida do mesmo jeito que muitos soldados seguirão perdendo também, e a sua função não acaba no momento em que você se convence que aquela pessoa não será mais salva, ela acaba no momento em que aquela pessoa der o último suspiro. Até ali você tem a função de tentar fazer com que essa passagem seja a mais cômoda possível, você tem que evitar o sofrimento, que essa é a função da medicina, pelo menos a daqui. Nós estamos aqui para evitar o sofrimento ou para reduzir o sofrimento. Como é a medicina lá, Adie? Vocês conseguem salvar a todos?

— Não... — ela falou mais tranquila — você está certo.

— Você não teria falhado se não tivesse salvado aquele elfo, você teria falhado se não tivesse tentado — ele fala dando um beijo em sua testa — Agora pode falar a segunda parte.

— Falar o que? — ela perguntou olhando para ele, mas no fundo ela sabia do que ele estava falando, e vontade de falar alguma coisa não faltava.

— Pode falar tudo o que você está querendo me dizer — ele falou baixo — pode gritar se quiser, eu sei que eu mereço.

Ele olhou para ela, o que a fez sentir um aperto no peito.

— Gritar, ou brigar com você não vai resolver — ela falou com um pequeno sorriso — mas você foi mesmo um tolo. Gostaria que confiasse mais em mim.

— Eu sei — ele falou baixo, com o semblante triste — e eu sinto muito por isso, quero que saiba que confio em você... isso que acontece... isso é... é outra coisa — ele perdeu completamente a coragem de falar naquele momento e respirou fundo.

Ele a abraçou e ficaram assim um tempo.

— Quando o Centro de Infectados foi formado, nós tivemos dificuldades para recrutar voluntários, ninguém queria deixar a segurança das cidades e vir para o meio do nada lidar com isso, fora alguns soldados e alguns curandeiros, ninguém mais quis vir para cá e o lorde Gawain dificultava muito as coisas. A raiva pelos humanos foi aumentando pouco a pouco, porque eles mesmos não se impunham perante a vontade do líder deles e com isso não tínhamos gente suficiente para lidar com tudo isso. Deixei que essa raiva me dominasse pouco a pouco também, os seres humanos que encontrei, nos abandonaram, muitos diziam que não tinham nada a ver com isso, diziam que eles já tinham que lidar com as próprias doenças e mesmo assim mandavam seus infectados até aqui — Adele assentiu, encorajando-o a continuar — um acampamento desse tamanho precisa de muitos para se manter. Você sabe, o local precisa ser limpo regularmente, refeições precisam ser feitas, tendas precisam ser erguidas, não tínhamos nem metade das pessoas que precisávamos e eu não poderia ficar aqui e no laboratório ao mesmo tempo. Com o tempo, seres comuns que tinham perdido toda a família para a doença vieram ajudar..., mas os seres humanos que perderam alguém, apenas nos culpou por não fazermos o trabalho direito... mesmo com tudo isso, eu não imaginei que as coisas ficariam tão ruins. Depois de tudo isso, imagina a minha surpresa ou a surpresa de todos ao ver uma humana tão focada em ajudar, tão sobrecarregada de tudo para conseguir salvar os outros... eu já sabia que você era incrível mesmo ainda estando no laboratório e sempre soube que você estava certa todas as vezes em que você ficou brava comigo... e mesmo com tudo isso, ainda fui um maldito idiota ciumento ao ver sua boca encostando na dele. Eu já era um idiota por deixar as coisas chegarem a esse ponto... agora eu me sinto ainda pior... Você não merece esse tipo de sentimento negativo vindo de mim, eu sinto muito, muito mesmo.

Adele se soltou dos braços de Conway e se virou para ele, ele evitou seu olhar, parecia triste e abalado, ela pacientemente colocou a mão no ombro dele.

— Você não tem culpa de nada disso e sei que estava fazendo o melhor para garantir a sobrevivência de todos. A situação não está boa e não sei se vamos conseguir continuar dessa forma. Os doentes estão cada vez em menor número, mas os feridos de guerra estão aumentando. Você pode ser culpado pelo seu ciúme, mas não pelo resto.

— Desde que Declan se virou contra o lorde Gawain, as coisas têm ficado complicadas, mas não acho que isso vá demorar para ser resolvido. Soube que os humanos estão perdendo forças e muita gente que teve algum ente salvo, está se virando contra o lorde... mesmo assim... — ele a abraçou novamente, aquilo surpreendeu Adele e ela ficou sem reação por um momento. Não pelo abraço em si, mas porque ele parecia quebrado e era a primeira vez que ela o via daquela maneira — Nunca achei que algo assim aconteceria — ele voltou a falar de maneira sussurrada — todos sabiam dos riscos, mas eu não quis acreditar que chegaria a esse ponto, ao ponto de realmente termos de matar tantos outros e perdermos seres queridos. Na verdade, eu nunca imaginei que ficaríamos por tanto tempo só para encontrar uma cura para uma doença assim. Você tem razão, não sei por quanto tempo vamos aguentar se continuar assim...

Ele abraçava Adele com força, como se fosse desabar se a soltasse.

— Achei que eu estava fazendo as escolhas certas, mas já não tenho mais certeza — o corpo dele ficou um pouco mais tenso — De qualquer forma, eu prometo que vou fazer tudo o que eu puder para manter todos aqui em segurança, não importa o que isso me custe — ele se afastou um pouco e sorriu para Adie — Eu sei que tudo isso não tem sido fácil, mas eu agradeço muito por tudo o que você tem feito por nós. E agradeço por você estar aqui para me ouvir, mesmo sabendo que você que deveria ser consolada e não eu. Esse foi um dia bem ruim e já está tarde, você deveria ir descansar um pouco.

Adele não conseguiu nem negar o fato de estar exausta, mas ela não sentia que ele havia sido egoísta como ele dava a entender. Apesar de ela estar se sentindo sobrecarregada, ela sabia que ele também estava e que por mais que ele quisesse ser sempre o porto seguro para ela, ele também precisava disso as vezes.

Enquanto eu puder, eu vou estar aqui para te ouvir. E se me for permitido, eu seguirei aqui até mesmo depois que não precisem mais de mim. Eu prometo. Prometo cuidar de você todos os dias e todas as noites, e te amar sempre, mesmo sabendo de tudo que terei que renunciar, eu prometo que enquanto me for permitido, eu vou estar ao seu lado — Adie falou baixo para ele em sua própria língua e ele sorriu de maneira fraca.

— O que você disse? — ele perguntou encostando sua testa na dela.

— Apenas te fiz uma promessa — ela acariciou o rosto dele — algum dia eu te conto.

— Não pode me contar agora?

— Não. Na hora certa você vai saber — ela o beijou com carinho e aproveitou sua companhia.

A hora seguinte passou de maneira pacífica e teriam ficado daquela maneira, se não fosse o bocejar frequente de Adie.

— Eu preciso cuidar de algumas coisas agora — ele falou sem querer se soltar dela e como ele tinha essa dificuldade, ela mesma o soltou com delicadeza — Você precisa descansar.

— Eu irei — ela sorriu de maneira fraca.

Ele se despediu novamente com a cabeça e seguiu para dentro de alguma tenda.

Apesar de Adele quase não ter falado, ela se sentiu bem por poder ser o porto de Conway, de saber que ele havia confiado nela para desabafar aquilo que sentia e pensava, era só uma pena que aquilo não melhorasse sua exaustão física e emocional. Ela foi para sua tenda tentar dormir um pouco, mas parecia que seu cérebro não parava. Ela não conseguia relaxar e levou muito tempo para pegar no sono.

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Adele passava muito mais tempo dentro das tendas que serviam de hospital do que em qualquer outro lugar. Ajudava a carregar os doentes, fazia curativos, limpava as feridas, administrava os remédios. Instruía a todos e ajudava a todos.

— Obrigado, Adele — Archie entrou em uma das tendas — não sei o que faríamos se você não estivesse ajudando. Soube que em pouco tempo o número de melhoras aumentou muito.

— Não há realmente nenhum segredo nisso, essa doença não tem cura, mas nem por isso precisa ser fatal. O que estava matando eram as complicações e as complicações muitas vezes aparecem por falta dos cuidados necessários. Mesmo assim, tudo o que vocês fizeram sem saber disso tudo foi incrível — Adele deu uma pequena infusão para uma jovem que parecia extremamente mais animada do que poucos dias atrás — precisa de alguma coisa?

— Desculpa interromper o seu trabalho — ele olhou para o lado.

— Está tudo bem — ela sorriu sem tirar a atenção da sua paciente — eu vou precisar de mais gaze para poder limpar o olho dela, você pode pegar mais para mim?

— Não temos mais...

Adele parou e respirou fundo, ela sabia que desde a ida dela para o centro de infectados, eles estavam enfrentando grandes problemas, mas sem dúvidas tudo havia acabado rápido demais.

— Nossos suprimentos estão acabando — ele continuou na tentativa de continuar se desculpando — estamos tentando controlar até os remédios para durarem até que tragam o que sobrou do laboratório. Declan enviou uma mensagem dizendo que já estão usando do estoque privado dos moradores da capital e mesmo assim pode ser que demorem para entregar e que não sejam o suficiente.

— Onde estão os outros? — Adele perguntou tentando pensar no que fazer. Talvez houvesse alguma coisa que eles pudessem usar no bosque ali perto, mas sair sem uma escolta era arriscado e ela sabia.

— Estão patrulhando as áreas ao redor — Archie respondeu novamente — parece que houve muitos ataques ultimamente... para ser sincero, estou preocupado... Adele, eu iria preferir que você voltasse para o laboratório. Ali estaria mais segura. Já sabemos como cuidar das coisas aqui... talvez você devesse voltar para a capital.

— Não se preocupe — Adele tentou consolá-lo já se dirigindo para a saída da tenda.

Desde que ela chegara ali, o lugar parecia mais limpo, ela fazia questão de que todos soubessem que manter a higiene era o mínimo para que a doença freasse.

— Estão fazendo o possível para garantir a sua segurança... — Archie suspirou, mas quando viu que ela não o ouviria, preferiu mudar de assunto — parece que estão trazendo mais dois doentes. Eles parecem muito mal.

Do mesmo modo que Adele saiu da tenda, ela entrou em outra, na que estava destinada para os recém-chegados. Ela precisava identificar o estágio da doença antes de transportá-los para o local mais adequado. Ela passou os olhos pelo lugar e instruiu a maneira adequada para deixá-los cômodos.

— Ah, isso não é nada bom — Maeline chegou olhando para os dois.

— Maeline, coloque a máscara agora — Adele suspirou cansada ao dar uma bronca na amiga que como sempre, parecia não entender a gravidade da situação de uma epidemia viral.

— Algum dia irão parar de chegar?

— Não saberia te responder — Adele respondeu já começando a examinar um dos recém-chegados — o ideal será abrir um hospital de verdade, e não manter essas tendas como se isso fosse o suficiente para manter seres doentes.

— Eu só queria que isso acabasse — Maeline choramingou ao seu lado.

— Se desesperar agora não irá ajudar, Line — Adele falou calmamente — não posso fazer milagres e acho que ninguém aqui pode, mas vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance. Erradicar uma doença não é uma tarefa simples, principalmente em um lugar onde nunca precisarem de tratamentos para elas.

— Os humanos possuem hospitais — Maeline esbravejou.

— Então talvez seja hora de outras medidas — Adele respondeu cansada — não importa se o reino humano possui hospitais, vocês não são humanos, se estão em guerra contra os humanos, então precisam dessas coisas para vocês mesmos. Os humanos têm hospitais, mas e vocês? Agora que você está de máscara e bem equipada, respire fundo e se acalme. Vou precisar da sua ajuda.

Assim como Adele previu, aquele dia também seguiu tumultuado, ela fazia o que podia com a falta de materiais, mas não deixaria ninguém sofrer com algo que podia ser controlado e apenas tarde da noite ela conseguiu parar de trabalhar.

Diferente do caos que foi durante o dia, a noite estava tranquila e silenciosa e ela aproveitou a caminhada sentindo o ar frio no rosto.

Não fazia muito tempo que ela estava no Centro de Infectados, mas já se sentia esgotada, mesmo assim não se daria por vencida. Olhou para cima distraidamente e se surpreendeu com a luz das estrelas, era incrível como era possível ver tantas estrelas juntas brilhando ali para ela. Um sentimento aconchegante se apoderou dela, era assustador como ela se sentia em casa ali, muito mais a vontade do que jamais estivera antes, mesmo no seu próprio mundo.

Ainda olhando para aquele brilho intenso de cada estrela, ela se lembrou de Conway. Eles quase não tinham tempo de se verem e mesmo contra a própria vontade, ela admitiu que sentia falta do elfo ali, do lado dela o tempo todo. Apesar de eles estarem juntos, ela nunca tinha se sentido tão separada dele.

Adie passou grande parte de sua vida morando em cidades com iluminação constante e era realmente muito difícil ver as estrelas, mas ali, naquele universo tão distinto ao dela, era possível ver uma infinidade de pontos brilhando no céu, pontos que lembravam o brilho dos olhos de Conway.

Ela não sabia quanto tempo tinha ficado parada, admirando o céu estrelado, mas provavelmente teria ficado por muito mais tempo se não tivesse ouvido passos se aproximando.

— São lindas, não são? — Conway disse ao se aproximar, fazendo Adie sorrir abertamente — As estrelas, digo.

— Com certeza são — ela nem conseguia disfarçar a alegria que era vê-lo ali — de onde eu venho não é possível enxergá-las.

— Acho que eu não me adaptaria a um lugar como esse — ele admitiu — a melhor parte da noite, é poder ver o céu estrelado.

Adie enfim olhou para ele e o viu perdido em pensamentos, observando o céu noturno.

— Eu me adaptaria — Kieran chegou, sabendo que estaria atrapalhando os dois, mas para ele, ver mais uma humana se derretendo por um elfo dava uma raiva impossível de descrever — eu estaria em qualquer lugar com uma garota bonita.

Ele piscou para Adie e ela acabou revirando os olhos. Ela rapidamente esqueceu toda a tranquilidade que estava sentindo, voltando sua consciência e sua cabeça para a realidade que a cercava.

— Precisa de alguma coisa? — Conway perguntou forçando o maxilar.

— Preciso de uma bela mulher na minha cama — Kieran respondeu mexendo em uma mecha do cabelo de Adele.

— Espero que você encontre — Adele respondeu se afastando dele. Kieran, no entanto, parecia determinado a provocá-la um pouco mais e tentou segurar sua mão. Ele só não continuou porque Conway interveio, puxando Adele para perto de si.

— Adele, venha — Conway a tirou dali — deixe-o.

— Isso, vai lá com o seu elfinho de estimação — Kieran cuspiu as palavras — mas ainda te mostro como é um homem de verdade.

— Idiota... — ela resmungou, mas parou ao notar Conway a olhando de novo.

— Ele é o filho do Lorde Gawain, ele era noivo, sua noiva fugiu com um elfo — Conway falou fazendo Adele arregalar os olhos — quero que fique longe dele. Eu sei que estou parecendo patético agora, mas por favor, fique longe dele. Ninguém sabe qual a intenção dele ficando aqui. As tropas dele foram embora, só ele ficou, mesmo sabendo que estamos guerreando contra o seu pai. Ele está tramando alguma coisa e eu estou com um mau pressentimento.

— Está falando como se eu quisesse ficar perto daquele idiota — ela emburrou em um canto e ele sorriu ao vê-la daquela maneira. Ela ficava linda, até mesmo quando estava brava.

E só após ele sorrir, que ela reparou no estado lastimável que Conway estava. Sujo de sangue dos pés à cabeça e com alguns cortes perto do pescoço.

— O que aconteceu? — ela perguntou em um pulo.

— Não se preocupe comigo. A luta foi um pouco complicada hoje, mas tudo deu certo — ele se sentou perto de uma árvore e a puxou para que ela se sentasse junto — venha, daqui ainda temos uma linda visão.

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