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2 ⌘ 𝕸𝖆𝖌𝖎𝖈 𝕰𝖑𝖋 ⌘

PERSONAGENS INSERIDOS NESSE CAPÍTULO:

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⌘Professor Yakumo: Youkee⌘

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⌘Neil: Elfo do fogo⌘

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⌘Conn: Elfo do ar⌘

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⌘Maeline: Feérica⌘

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⌘Archie: Feérico druida⌘

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⌘Fear Gorta⌘

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"Mas no final é só uma coisa passageira, essa sombra. Mesmo a escuridão deve passar." – Samwise Gamgee (O Senhor dos Aneis – J.R.R. Tolkien)

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Adele olhou ao redor do laboratório enfim se deixando chorar e como uma criança pequena quis que seu pai estivesse ali. Se sentou no chão mesmo, ainda perto da porta e chorou alto, deixou que tudo saísse. Ela estava exausta, sentia uma pressão gigante por conta da sua defesa no doutorado. As dores fantasmas estavam voltando cada vez com mais frequência para assombrá-la, seu corpo reclamava cada vez mais por conta de uma doença neurológica incurável e isso era visível até mesmo em sua aparência. Sentia saudades do seu pai e agora, para piorar, sentia o coração doer por uma traição tremendamente previsível.

Assim que seu corpo relaxou, ela pegou sua mala com as coisas da sua pesquisa e antes de sair, passou os olhos pelos livros de novo. O mesmo livro que havia chamado a sua atenção antes, voltava a fazê-lo naquele momento: "A história da Terra Média– J.R.R. Tolkien", um escritor que para Adie era sem dúvidas um gênio literário. Adele se perguntou onde foi parar sua imaginação fértil e suas fantasias infantis. Ela amava aquele livro, o livro que o pai dela lera uma e outra vez antes de ela pegar no sono enquanto era criança.

Adele suspirou e tirou o box da prateleira, mas algo na caixa não estava certo, havia uma pequena abertura na parte de trás, como se o box tivesse sido alongado.

Ela abaixou a mala com cuidado no chão, a encostou na prateleira e se encostou na própria mala. Com cuidado ela deixou os dedos passarem por aquele compartimento secreto e tirou cinco pequenas pedras brilhantes dali. Tentou definir que tipo de pedras eram aquelas, mas não se parecia a nenhuma que ela havia conhecido, não que ela fosse especialista em gemologia, claro estava.

— Adie? — sua irmã bateu de leve na porta antes de entrar e sem entender bem o motivo, Adie escondeu rapidamente as cinco pedras em sua mão — Trouxe um pouco de lanche e suco.

— Obrigada — Adie se surpreendeu com a sua voz apagada.

— Como você está? — Aisha se sentou ao seu lado e olhou o livro nas mãos da sua irmã e sorriu de maneira triste — Também tenho saudades dele, mas tenho certeza de que logo ele estará de volta.

— Eu mereci isso, não foi? — Adie falou tristemente — foi minha culpa o que aconteceu...

— Não foi — sua irmã a cortou — Ele poderia ter falado com você, ou terminado antes...

— Não isso — Adie deixou mais uma lágrima cair — se eu não tivesse insistido para que subíssemos, se eu não tivesse corrido atrás dela... talvez...

— Não — Aisha a abraçou — já passou da época de você se culpar por isso. Aquilo foi um acidente e não tinha como saber que aquilo iria acontecer. Vamos, pare de chorar — Aisha secou o rosto da irmã — vamos descer um pouco. Eu vou mandar todo mundo embora e podemos assistir um filme, o que você acha?

— Tudo bem — Adie sorriu — Acha que eu deveria perdoá-lo? Pelo menos tentar conversar com ele?

— Talvez — Aisha sorriu — lembra quando colocávamos uma condição uma para outra? Vamos fazer isso de novo... acho que você deve conversar com ele e o perdoar depois de tomar chá com uma fada igual a sininho... ou quem sabe com um gnomo? Talvez o chapeleiro maluco te convide algum dia e aí você pode pensar na conversa que terá com o Dário. O que você acha?

Dessa vez, Adie riu alto e a sensação foi maravilhosa. Ela tinha muita sorte de ter Aisha sempre perto.

— Obrigada — ela abraçou a sua irmã — daqui a pouco eu desço. Me deu vontade de ler pelo menos o começo do livro de novo...

Ela mostrou o livro em suas mãos e Aisha apenas acenou.

— Não esquece de comer, daqui a pouco eu subo de novo para saber como você está.

Assim que a sua irmã saiu, ela pegou no canto as pedras que ela havia ocultado e voltou a admirá-las. Eram lindas e extremamente diferentes, tinha desenhos tão perfeitos que era difícil dizer se eram realmente simples obras da natureza ou se havia algum trabalho humano por trás de toda aquela beleza. Curiosamente ela encontrou um pequeno papel com uma língua estranha nele e abaixo uma descrição cuidadosamente colocada ao lado dos desenhos de cada uma.


"Citrino", ela leu "o crepúsculo nos guiando através da sabedoria. Pedra que representa o ar." Conn.

"Malaquita: a nossa terra protegida pela natureza. Pedra que representa a terra." Deimos.

"Jaspe: que a empatia e o amor sejam a base do nosso universo. Pedra que representa o fogo." Neil.

"Sodalita: Pelo equilíbrio da saúde física e mental. Pedra que representa a água." Conwey.

"Colar protetor da deusa Danu, a deusa da Natureza. Pela propagação da paz e da harmonia de espírito. Use-o e proteja os filhos de Danu."


Adele olhou para o pingente em forma de moeda com a imagem da deusa Danu gravada nele e deu de ombros. "Que besteira. Como se simples pedras fossem capazes de proporcionar realmente alguma coisa assim", ela pensou e resolveu guardar tudo de volta no lugar, mas antes de fazer isso de fato, algo no colar chamou sua atenção, não que ele fosse mágico, mas ela sentia um impulso estranho de prová-lo. Não faria mal, ela nunca havia sido dada a colares ou outras bijuterias, seria só por um momento e logo ela devolveria para o lugar e seu pai não precisava saber que ela havia visto tudo aquilo. Óbvio que ela não entendia o motivo de estar tudo escondido, mas se ele havia escondido, era porque sem dúvidas eram muito preciosos.

Quando ela fechou o pingente no pescoço, o laboratório pareceu se encher com uma névoa densa e sua cabeça começou a girar. Ela se encostou na prateleira de livros, mas mesmo isso ficou difícil, e de repente ela se viu lembrando de um pequeno acontecimento da sua infância...


— Papai, papai — Adele chegou animada em um dos quartos do hospital da faculdade. Seu pai estava trabalhando muito naqueles dias a pedido da própria faculdade, e apesar de ser apenas um historiador, ele também entendia muito de medicina natural — Papai, eu consegui! — a criança falou animada quase deixando seu pai surdo — Eu consegui fazer um xarope para tosse. Peguei a receita no caderno da mamãe.

Yakumo sorriu para a filha animada.

— Olha só — ele bagunçou o cabelo da menina fazendo-a bufar um pouco — vamos ver então se funciona mesmo.

Ele se levantou e foi para o laboratório deixando a garota ansiosa na frente da senhora deitada.

— Tenho certeza de que deve estar perfeito — a senhora tentou acalmar os ânimos dela.

— Ele não é meu pai de verdade — a menina de repente pareceu aflita — tenho medo de ele não gostar mais de mim e me deixar, mas se eu o deixar feliz e mostrar que sou inteligente como ele, ele não vai embora, não é?

— O Professor Yakumo jamais faria isso, independentemente de você ser ou não inteligente. Independente do que você fizer, ele nunca irá te deixar — ela se sentou na cama — ele está com vocês desde que você e sua irmã tinham um ano. Ele ama as duas e ama muito. Não duvide dele dessa maneira, ele ficaria muito triste se soubesse que uma das suas amadas filhas pensa nessas coisas.

A menina engoliu em seco, ela tinha medo, era verdade, mas pensar em deixar seu pai triste a deixou agoniada também. Ela queria que ele estivesse sempre sorrindo. Adele era simplesmente louca por seu pai e imaginar que ele pudesse ir embora a machucava muito.

— Mas a mamãe não está mais aqui — a menina se afundou um pouco mais na cadeira — e ele está sempre viajando... e se algum dia ele não voltar?

A pergunta de Adele saiu abafada, mas a senhora não teve tempo para responder, pois Yakumo apareceu com um sorriso imenso no rosto.

— Eu acho que eu tenho a melhor filha do mundo — ele falou animado  a mistura está perfeita Adie! Aqui — ele entregou um pouco para a senhora que estava olhando atentamente o semblante de Adele se iluminar com o elogio do pai — Acho que ela fez o remédio ideal para a sua tosse. Depois eu e minha ajudante pessoal aqui voltaremos para ver como a senhora está — ele afagou o cabelo da filha ainda sorrindo  Vamos Adele, vamos deixá-la descansar agora.

Yakumo ofereceu a mão para a filha, mas antes de Adele sair, ela se virou para trás e podia jurar que viu os olhos da senhora brilhando de maneira intensa.

— Adele... eu encontrei o que procurava — a senhora falou, mas o que passou depois, parecia haver se apagado da memória da pequena.


"Droga, o que foi isso", Adie piscou várias vezes sentindo o coração palpitar forte. Ela olhou para as pedras ainda na sua mão. Elas brilhavam de maneira misteriosa na sua palma. Seu primeiro pensamento foi soltá-las, mas repentinamente ela teve medo de fazê-lo. Nada daquilo fazia sentido.

"Calma Adie, você só deve estar delirando, sua febre deve ter voltado, só isso", ela repetiu tentando se convencer também, "vamos, vá para o quarto e mande uma mensagem para a sua irmã dizendo que você não está bem, não tem necessidade de sentir pânico."

Ela segurou com força a alça da mala com as suas coisas, e mal percebeu que seguia apertando as pedras. Seus passos foram lentos, ela sentia a fraqueza percorrer seu corpo e até sua perna mecânica parecia querer falhar. Ela sentiu o suor escorrer pela sua testa e sua visão periférica captou uma luz brilhando intensamente na sua mão.

— O que está acontecendo? — ela perguntou em voz alta, tentando fazer com que a sua própria voz a acalmasse, mas antes que de fato ela conseguisse, ela sentiu seu corpo voando pelos ares. Não era a mesma sensação que estar ao ar livre em algum esporte radical, não parecia que ela estava voando de fato, a sensação é que apenas sua alma flutuava. Um céu azul claro praticamente cegou a sua visão e ela estremeceu, aquilo não estava acontecendo, era noite e aquilo tudo era impossível. Ela deveria estar pior do que imaginava.

Abaixo dela, ela viu uma estrutura que parecia ter sido tirada diretamente das terras de Tolkien. Casas ao estilo Celta se estendiam abaixo dela e no centro um castelo completamente branco, com suas duas torres altas. Ao redor havia um lago cristalino e atrás de sua paisagem, havia uma imensa cachoeira.

"Acorda, Adele" ela fechou os olhos com força tentando se concentrar em tentar acordar — "Você não está sobrevoando uma paisagem de contos fantásticos, isso é apenas delírios da sua cabeça, então pare de tremer desse jeito".

De repente seu corpo pesou e ela caiu em um lugar que ela julgava ser o pátio do suposto castelo. Era um grande jardim verde, com pequenos bancos brancos. Curiosamente ela não sentiu dor alguma ao cair, o que só provava que aquilo tudo era apenas um sonho estranho oriundo de uma febre alta.

Ela olhou de longe algumas pessoas conversando e quase teve um ataque de risos. Seu nervosismo parecia acentuar aquela cena completamente estranha e aleatória na sua mente. Talvez ela só estivesse com saudades das histórias do seu pai realmente, histórias que ela passou a detestar com o tempo. Ela sabia que seu ódio pelas histórias se devia apenas pela ausência constante do seu pai, apesar de sempre usar a desculpa de que "esse tipo de história simplesmente não tem sentido."

Ela mal teve tempo de se adaptar a terra firme antes de ser lançada de novo para o alto. Talvez os seres do seu sonho não pudessem vê-la. Ela fechou os olhos com força ao notar que seu corpo voava com rapidez até uma das paredes do castelo e se viu parada no meio de um laboratório rudimentar. Por aquilo ela realmente não esperava... elfos e laboratórios de ciências, sem dúvidas aquele era o sonho mais desconexo que ela já havia tido em anos. Havia mais seres de orelhas pontudas ali também, mas antes que ela realmente reparasse melhor nos outros seres, ela sentiu seu corpo sendo puxado novamente para o meio de diversas árvores.

Ela observou uma criança de orelhas pontiagudas brincando com uma fada de asas azuis, cujas orelhas apontavam para os lados e que tinha uma coroa de flores na cabeça.

Adele começou a se sentir desesperada ao sentir o corpo ser puxado de novo, e de novo, e de novo. Um lago, uma floresta, um campo aberto, quartos. Um enjoo forte tomou seu estômago fazendo-a entrar em pânico.

— Pare, por favor — se aquilo não parasse, certamente ela deixaria todo o suco gástrico do seu estômago sair — acorda, acorda, acorda!

Tentando se acalmar, ela começou a cantarolar uma música chamada Magical Elf de um desenho animado que ela gostava muito quando era criança. A letra era boba, mas lembrava do pai fazendo caras e bocas enquanto ela ria. Ele sempre terminava dando um beijo em sua testa para que ela finalmente pudesse dormir. A música foi acalmando Adele e ela sentiu como o corpo finalmente parava de ser puxado de um lado para o outro, mas ela seguiu cantando, sem ter coragem de abrir os olhos.

There once was a Magical Elf. Who lived in a Rainbow tree... There once was a Magical Elf. Who lived in a Rainbow tree... – ela repetiu uma e outra vez, com as mãos na cabeça, rezando internamente para que o vento que ela seguia sentindo viesse de sua janela e que o sol que parecia queimar a sua pele fosse apenas a sua febre.

Ela escutou alguém próximo, mas não levantou a cabeça, apenas começou a cantar ainda mais alto, tentando dissipar o pânico do seu interior.

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— Conn, vamos logo — Neil apressou seu irmão — eu de verdade quero voltar antes do crepúsculo.

— Conway está te apressando de novo, não está? — Conn olhou para o irmão e suspirou — sei que você não gosta de vê-lo daquela maneira, mas não há nada que possamos fazer, a decisão de seguir assim é dele.

— Eu o entendo. É terrivelmente frustrante ver seres da nossa terra e a própria terra definhando desse jeito — Neil falou baixo apertando os punhos — vamos, não iremos demorar muito.

— Já vejo o quanto está ansioso para caçar — Conn revirou os olhos e pegou seu arco.

Não era incomum para eles saírem para caçar de última hora, o que era incomum, era saberem que Conway havia prometido se juntar a eles para o jantar. Conn entendia a ansiedade de Neil, já que desde a partida de Deimos, Conway se recusava a fazer parte de qualquer tipo de confraternização.

Deimos, um dos elfos pilares daquele lugar e irmão deles, havia desaparecido, causando uma grande confusão no reino de Tuatha. A terra padecia e a vida ia se acabando pouco a pouco desde o incidente com Deimos. Diversas doenças oriundas da raça humana estavam chegando até eles rapidamente e apesar dos elfos não contraírem tais doenças, eles também eram responsáveis pela situação em que estavam. Conway era um dos que mais se sentia responsável pela situação, pois diferente dos seus irmãos, ele sabia o que havia acontecido com Deimos e aquilo o frustrava, queria ajudar seu irmão, mas não podia deixar as doenças devastarem suas terras também.

Assim que Conn saiu ao lado de Neil, ele sentiu algo estranho no ar. Um barulho agitado rompia o céu. Até mesmo as aves pareciam agitadas.

— Você consegue sentir isso? — Neil perguntou, olhando para o horizonte onde, um pouco mais à frente, a agitação parecia ainda mais intensa.

— Vamos — Conn falou olhando para a mesma direção — vamos pegar os cavalos e ver o que é.

Enquanto se apressavam com os cavalos, puderam ver uma luz que pendia para o vermelho e outra parte para o azul escuro, formando momentaneamente a imagem de uma silhueta feminina.

— Danu — Maeline, uma feérica que estava sempre com Conway apareceu rapidamente ao lado deles em um cavalo inteiro branco — é a deusa mãe.

Maeline era uma feérica loira, de uma linhagem importante que havia ido até ali na intenção de ajudar na cura da terra. Tinha asas com detalhes dourados assim como seus dois pequenos chifres que estavam sempre complementando com sua pequena coroa. E apesar de ser claramente importante, era também um dos seres mais humildes e prestativos que aquelas terras já haviam visto.

Sua voz saiu com tanta emoção, que os dois elfos automaticamente olharam para ela.

— Tem certeza? — Conn perguntou sentindo o coração agitado — Como seria possível que Danu aparecesse nos céus assim, de repente?

— Tenho certeza — foi a única resposta dela antes de apressar ainda mais o seu cavalo.

Maeline foi a primeira a chegar e ver um ser encolhido, cantando em uma língua completamente estranha. O ser estava agarrado às próprias pernas, mas uma das pernas tinha um brilho estranho, como se fosse feita de metal e isso fez a feérica encolher instintivamente de medo.

There once was a Magical Elf. Who lived in a Rainbow tree... There once was a Magical Elf. Who lived in a Rainbow tree... Maeline a escutou repetir.

Em pouquíssimo tempo, vários seres já estavam ao redor dela, mas ninguém chegava de fato perto. Havia uma mala estranha ao seu lado e em sua mão havia algo brilhando.

— O que é isso? — Neil perguntou.

— Pela voz e pela expressão, ela parece ser uma mulher humana — Archie, outro feérico que frequentemente ajudava Conway, respondeu ao chegar.

Archie era um aprendiz de druida e havia ido até ali sendo indicado pelo próprio rei feérico e uma das suas maiores preocupações, era o buraco em que seu atual mestre Conway estava se enfiando.

— Mas humanos não possuem pernas assim — Conn seguiu olhando com curiosidade.

A moça tremia de um jeito visível, e seguia cantando a mesma frase.... "There once was a Magical Elf..."

— Se for uma humana, devemos apenas matá-la — uma Daoine Maithe falou de canto.

Sem dúvida, era uma boa decisão, pois os humanos eram, de fato, os principais responsáveis pela maioria dos infortúnios daquelas terras.

Todos sabiam, melhor eliminar o mal do que deixá-lo propagar. Neil, que não era realmente fã de nenhum humano e já estava saturado das exigências do reino deles, apontou sua flecha e atirou. Conn, assim como Maeline e Archie, seguraram a respiração ao verem a flecha seguir seu curso rumo a moça que seguia encolhida, mas a flecha não a alcançou.

Quando a flecha estava tecnicamente perto, raízes saíram de maneira veloz da terra protegendo-a, um claro sinal de que a terra a protegeria de qualquer ataque.

Não era de se admirar que todos se espantassem, porque do mesmo jeito que as raízes apareceram para proteger a jovem, elas também desapareceram, mas longe de deixar a jovem desamparada, dois grandes lobos apareceram e se colocaram na frente dela, mostrando suas presas de maneira ameaçadora e desafiadora.

— Fome... dor... — todos olharam para trás, para o som da nova voz e se afastaram ainda tentando entender todo o cenário que os cercava.

Um fear gorta se aproximava de maneira lenta e frágil da mulher. Para o Fear Gorta, não havia mais ninguém além de ele e ela ali. 

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OBSERVAÇÕES:

⌘ Daoine Maithe: é um termo que, na mitologia irlandesa, se refere aos "seres feéricos" ou "povo das colinas" que habitam as colinas e montanhas da Irlanda, muitas vezes associados ao folclore e à magia. Normalmente mais parecida a pequenas fadas.

⌘ Fear Gorta: é uma expressão irlandesa que significa "homem da fome" e refere-se a um espírito faminto ou mendigo do folclore irlandês, muitas vezes retratado como um viajante necessitado que pede comida e ajuda. É um ser que causa repulsa e que muitos querem manter distância.

⌘ Feéricos: são seres míticos frequentemente associados à mitologia e ao folclore europeus, que vivem em reinos mágicos subterrâneos ou em locais escondidos e são conhecidos por seu aspecto mágico e muitas vezes travesso. Em sua aparência pode ter partes naturais e também partes animais, mas geralmente são mais parecidos aos humanos apesar dessas pequenas particularidades.

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