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14 ⌘ 𝖕𝖊𝖘𝖆𝖉𝖊𝖑𝖔 ⌘

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"Geralmente o hóspede que não foi convidado acaba sendo a melhor companhia." – J.R.R. Tolkien

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Naquela noite, Adele sonhou de novo. No sonho de Adele, ela estava em um bosque iluminado por vagalumes e as estrelas brilhavam de maneira intensa. Enquanto ela caminhava, árvores sussurravam histórias antigas e as flores pareciam cantar canções suaves.

Ao longe, ela avistou Conway. O coração acelerou e o frio na sua barriga se intensificou. Ele estava parado próximo a uma cachoeira de águas cristalinas. Ele sorria para ela com seus olhos brilhantes que pareciam capturar a luz das estrelas.

"Droga, isso só pode ser um sonho, de novo"  ela pensou, mas a visão dele era terrivelmente deslumbrante para que ela se fixasse somente na ideia de estar sonhando.

Conway a pegou pela mão até a beira da cachoeira, onde pequenas luzes cintilantes dançavam sobre a água. Eles se sentaram juntos em silêncio. No horizonte, a lua se elevava lentamente, pintando o céu com tons suaves de azul e roxo.

Aquilo era um sonho... sem mesmo perceber como havia começado, ela sentiu o rosto molhado pelas lágrimas. Conway as enxugou com gentileza e sussurrou palavras de conforto, a lembrou de que tudo daria certo e que logo ela estaria ao lado dos seus novamente.

Quando ele tentou se soltar dela, ela pareceu relutante, mas ele segurou sua mão uma última vez, olhando profundamente em seus olhos e com um beijo suave na testa, ele desvaneceu lentamente.

— Não! — ela tentou abraçá-lo de novo, mas ele se desfez em seus braços.

A paisagem ao seu redor começou a se alterar. As árvores, antes convidativas, começaram a escurecer, o canto que preenchia o ar, de repente se transformou em sussurros dolorosos e pedidos de socorro.

— Adele... me ajude — ela escutou alguém chamando-a.

— Quem é? — ela perguntou em pânico. Aquilo pareceu um pedido da própria terra, mas aquilo só a deixou mais nervosa.

Não houve respostas, o pânico começou a dominá-la, mas antes que ela pudesse tentar se acalmar, outra voz chamou sua atenção.

— Adie! — ela viu sua irmã correndo em sua direção — Adie!

— Ash — ela tentou correr em direção a sua irmã, mas algo prendeu em suas pernas — Ash!

Adele lutava para se mover, suas pernas pareciam presas por raízes invisíveis. Ela estendeu a mão na direção de sua irmã, desesperada para alcançá-la enquanto Ash continuava a chamá-la com urgência.

As vozes de sussurros dolorosos ao redor dela se intensificaram, como se o bosque inteiro estivesse ecoando angústia. A paisagem começou a distorcer, as cores vibrantes desbotaram e deram lugar a tons sombrios de cinza e preto. As estrelas, que antes brilhavam intensamente, agora pareciam se apagar lentamente.

Adele tinha uma sensação opressiva, como se estivesse lutando contra as forças do próprio sonho. Ela continuou se esforçando para chegar até Ash, ignorando as vozes e a atmosfera aterrorizante que a cercava. Finalmente, com um esforço supremo, conseguiu se libertar das raízes que a prendiam e correu em direção a sua irmã.

Ao se aproximarem uma da outra, Ash parecia desesperada e alarmada. Ela agarrou Adele com força, como se estivesse tentando protegê-la de algo.

— Ash, eu quero ir para casa — ela falou chorando — por favor, me leva para casa.

A paisagem continuava a distorcer, as árvores se transformavam em sombras grotescas, o céu escurecia cada vez mais e os sussurros dolorosos se tornavam ensurdecedores. Adele e Ash correram juntas, buscando uma saída desesperadamente.

De repente, um clarão de luz cortou a escuridão, como um farol em meio à tempestade. Uma figura imponente e brilhante apareceu diante delas. Era Conway, seus olhos ainda brilhantes, mas agora emitindo uma luz reconfortante.

— Venham comigo! — ele disse, estendendo a mão para Adele e Ash. Agarrando suas mãos, eles foram envolvidos pela luz de Conway e tudo ao seu redor começou a se desvanecer.

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Quando Adele abriu os olhos, suando e ofegante, ela estava deitada em sua cama, o sol da manhã entrando pelas cortinas fez seu coração se acalmar um pouco. Uma mistura de alívio e tristeza a invadiu enquanto ela processava o que acabara de vivenciar. Ela sabia que tudo aquilo era produtos de sua mente, mas as emoções eram reais.

— Fique deitada — Zilda voava de um lado para o outro — você teve febre durante a noite inteira.

A pequena fada parecia apressada enquanto fazia algum tipo de infusão.

— De novo? — ela suspirou. Seu corpo estava dolorido, mas não parecia incapacitá-la de nada — Está tudo bem, Zilda — ela falou tentando parecer simpática — Eu estou bem.

— Anna, Declan e Conway me fizeram prometer que só a deixaria se levantar se estivesse bem — Zilda falou alarmada — por favor, senhorita!

— Eu estou bem, de verdade — Adele sorriu para parecer mais convincente. Não é que ela quisesse se esforçar, mas ficar deitada faria apenas suas dores aumentarem, o que ela precisava era realmente esticar um pouco o corpo.

— Adele? — Declan bateu na porta e esperou — está acordada?

— Estou — ela respondeu — pode entrar.

Ele entrou devagar e a olhou parecendo extremamente aliviado.

— Você está bem? — ele perguntou.

— Estou bem, não se preocupe — ela falou podendo enfim se sentar — eu sinto muito ter dado tanto trabalho novamente.

— Você nos assustou essa noite — ele admitiu.

— O que aconteceu? — ela perguntou olhando a cara preocupada de Declan.

— Você teve febre alta, chegou aos 42 graus, o que não é comum para um ser humano — ele falou baixo — você gritava e se contorcia. O que aconteceu, Adele? Você gritou pela sua irmã e gritou por Conway... o que aconteceu?

— Eu não sei. Costumo ter pesadelos, não precisa se preocupar com isso — ela mentiu. Ela lembrava bem do sonho, mas ela realmente não sabia o porquê tinha tido uma crise tão forte e tão repentina, apesar de lembrar bem da sensação de dor e do aperto no peito.

— Estou preocupado... — ele sussurrou.

— Eu estou bem — Adele o garantiu — essas coisas acontecem.

Ela se levantou e olhou pela janela, sentindo uma sensação estranha. Independentemente de ser um sonho ou não, a experiência parecia real demais.

— Adele — Declan falou quase em um sussurro — Conway é muito importante para mim. Todos eles são.... eu sei que você não entende o que está acontecendo, mas tenho medo de que vocês se machuquem e me preocupo especialmente por ele... por favor, Adele... não o machuque...

— Nunca tive a intenção de machucá-lo — ela respondeu também em um sussurro. A voz de Declan pareceu tão quebrada, que Adele não teve nem mesmo força para questionar aquilo. Tudo o que ela sentiu, foi pena.

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Aquela manhã não começou bem para Adele. Ela não culpava Declan, mas também não pôde evitar se sentir frustrada e irritada após ele ter saído do quarto e por conta disso, ao invés de se dirigir para o laboratório, ela foi novamente até o jardim da casa do seu pai.

— Vamos plantar flores, muitas flores — Adie falou irritada chegando no jardim.

Ela precisava se acalmar, o seu humor sombrio estava começando a dominá-la pouco a pouco e ela não queria aquilo

— Sorria, Adie — ela tinha lembranças de sua mãe falando isso para ela e fez questão de repetir cada palavra em voz alta — seu sorriso é lindo e é o maior presente que você pode oferecer para aqueles que precisam de ajuda.

Adele caminhou pelo jardim, respirando profundamente enquanto absorvia a beleza das flores coloridas que enchiam o espaço. Ela sabia que tinha que se acalmar e liberar a frustração que estava sentindo. Conforme ela se concentrou nas flores, sua mente gradualmente começou a se acalmar, permitindo que a serenidade da natureza a envolvesse.

Ela pegou uma pá e começou a cavar pequenos buracos no solo macio, escolhendo as flores mais vibrantes para plantar. Cada movimento era deliberado e cuidadoso, uma maneira de canalizar suas emoções turbulentas em algo produtivo e bonito.

Enquanto suas mãos tocavam a terra, Adele sentia uma conexão com a natureza que a tranquilizava. Ela pensou nas palavras de sua mãe sobre o poder do sorriso e como isso poderia ser uma maneira de compartilhar bondade e esperança com os outros e tentou sorrir novamente, mesmo que ninguém a estivesse vendo.

Conforme ela plantava as flores, seu mau humor começou a se dissipar lentamente. Ela se permitiu sorrir, apreciando a sensação reconfortante que se espalhava por dentro. Cada flor que ela colocava no solo era como um pequeno gesto de amor e gratidão.

— Seja o sorriso que ilumina o mundo — sussurrou Adele para si mesma. Ela devia isso à sua mãe. Ela se sentia mais leve, como se uma carga tivesse sido retirada de seus ombros.

Quando finalmente terminou de plantar as flores, Adele se afastou um pouco para admirar seu trabalho. O jardim estava cheio de cores vivas e vibrantes, um reflexo do seu estado de espírito transformado. Ela se sentiu grata por ter um lugar como aquele onde pudesse encontrar conforto e clareza.

— Obrigada, pai — ela sussurrou novamente — por ser o meu abrigo mesmo quando está longe.

Ao se afastar da casa, ela viu que havia um buraco no teto e fez uma careta, mas depois riu.

— Acho que não tem como concertar isso sozinha — ela deu de ombros.

— Adie? — Maeline a chamou dando um susto em Adele — Ah, desculpa, não queria te assustar.

— Ah, oi, Line — ela falou tentando se recuperar do susto — pensei que estava no laboratório. Acho que um dia desses vou morrer do coração, vocês todos são tão sorrateiros.

— Conway disse para eu tomar um ar — ela suspirou — então é aqui que você vive se escondendo?

— Sim — Adie olhou com orgulho para a casa do pai, uma casa que já tinha muito mais vida do que no dia que ela havia chegado — mas parece que tem um buraco no teto da casa.

— Olha só — Maeline tirou os olhos do buraco do teto e olhou para um arco de flores — isso está lindo, Adie.

— Quando eu era criança — Adie falou rindo ao ver o rosto iluminado da amiga — sempre que eu olhava esses arcos, eu imaginava que eram portais para um estranho mundo de flores — ela riu — acho que eu não estava tão enganada, pelo menos na parte do mundo florido.

— Então você quis restaurar os portais? — ela riu — e então, aventureira, qual o próximo passo?

— Eu bem que queria ser aventureira — Adie riu — mas fui feita para manter o nariz nos livros e a mente trabalhando em pesquisas.

— Não é o que parece vendo o trabalho incrível que fez aqui em tão pouco tempo. Além do mais, acho que você já está passando por sua própria aventura — Maeline a olhava com um olhar curioso e mesmo Adele vendo de canto de olho, ela podia jurar que a feérica estava sorrindo — Nós temos sorte de ter alguém como você aqui nos ajudando, obrigada, Adele.

Adele a encarou um pouco surpresa. Durante toda a sua vida, ela ouvia poucas vezes agradecimentos sinceros, ali, ela o ouvia com tanta frequência que parecia surreal, parecia que ela jamais se acostumaria com aquilo.

— Agora venha — Maeline a puxou novamente — não há por que arriscar mais danos por infiltração no telhado dessa casa e depois vamos construir uma sacada!

— O quê? — Adie arregalou os olhos — eu não sei construir coisas como sacadas!

— Deixa comigo, eu faço isso rapidinho! — Maeline parecia animada.

— Por que eu tenho a sensação de que conseguimos fazer milhares de coisas em uma única manhã por aqui? — Adie suspirou. Isso a estava intrigando já fazia um tempo.

— Ué, isso não é normal? — Maeline perguntou curiosa.

— Não, claro que não — Adie falou impressionada — construir uma sacada levaria dias, dependendo da sacada, até semanas.

— Sério? — ela fez uma careta — que tédio deve ser isso. Aqui eu necessito apenas de uma horinha e por sinal, é uma horinha que eu tenho livre.

— Você não deveria descansar nessa horinha? — Adele suspirou.

— E é o que vou fazer, descansar enquanto construo uma sacada para que você e seu amor possam admirar as estrelas. Eu vou pegar as minhas ferramentas.

Adele mal teve tempo para respirar, mas não podia negar que era bom ver Maeline animada para variar.

Em pouco tempo, Maeline já estava no telhado da casa arrumando o pequeno estrago.

— Como está aí em cima? — ela perguntou tentando encontrar a amiga.

— Tudo ótimo — ela apareceu com um sorriso gigante — Deve estar pronto logo logo, junto com a sacada.

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— Nossa, isso está maravilhoso — Adele falou realmente surpresa com a sacada que Maeline havia feito — você fez isso tão rápido!

— Isso foi fácil – Maeline sorriu vendo que Adie havia realmente gostado do lugar.

— Agora eu posso vir aqui a noite, e... — Adele começou, mas não terminou.

— E?

— Eu não sei na verdade — Adele deu um sorriso sem graça — o que vocês costumam fazer em uma sacada como essa?

— Estava pensando no seu ex? — Adele olhou surpresa para Maeline — Qual é? Não precisa ser nenhum gênio para perceber isso, mas sabe, as vezes tem alguém melhor bem na sua frente.

— Não é que eu queira voltar com ele ou algo assim — Adele admitiu — mas a traição dele me mostrou que talvez essas coisas não sejam para mim. Quando eu apareci aqui, eu tive a mais remota esperança de que eu não precisaria nem mais pensar nele, pelo menos enquanto tentávamos uma solução para o meu problema.

— Sabe, eu odeio ver gente legal se entristecendo por causa de... — ela parou e colocou a mão no queixo — como é o nome do idiota mesmo?

— Dário — Adie riu.

— Isso, eu odeio ver gente legal se entristecendo por causa de Dários — ela fez uma careta digna de gargalhadas.

— Realmente, ele está distante e ainda assim consegue me irritar — Adie riu — Ele sempre foi meu companheiro, sempre foi ele ou minha irmã, e agora, pela primeira vez, parece que estou por minha própria conta... Seria ótimo se as coisas fossem simples como antes. No fim, acho que realmente sou bastante dependente dos outros.

— O fácil é chato. Você consegue fazer melhor do que "fácil". Vem, hora de decorar a sacada — Maeline falou sorrindo — Quem sabe você encontra a sua alma gêmea aqui.

— Alma gêmea? — Adie riu — tenho até medo de dizer que não acredito nessas coisas.

— Pois deveria... — Maeline sorriu — mas os únicos que conseguem ter certeza do que se sente quando isso acontece são os elfos.

— Os elfos? — Adele perguntou curiosa.

— Sim, eles chamam de compatibilidade de alma. Quem sabe algum dia eu te explique isso — Maeline riu — agora vamos colocar a mão na massa.

Adele e Maeline passaram a hora seguinte decorando a sacada. Adele notava a velocidade vertiginosa que a feérica fazia o trabalho, mas não se sentiu intimidada por isso, apenas impressionada. Elas espalharam pequenas luzes que emitiriam um brilho suave durante a noite. Juntas, elas penduraram cortinas leves que tremulavam suavemente com a brisa, criando um espaço íntimo e aconchegante.

Enquanto trabalhavam, conversavam sobre diversos assuntos, desde sonhos e aspirações até histórias engraçadas do passado. A companhia de Maeline era revigorante, e Adele se sentiu grata por ter encontrado uma amiga tão especial.

— Eu nunca pensei que estaria fazendo isso — Adele confessou, olhando ao redor da sacada recém-decorada — Mas estou gostando de cada detalhe.

Não era mentira, Adele jamais se imaginou decorando uma sacada ao invés de estar de fato dentro de um laboratório ou biblioteca estudando. Maeline sorriu ao ver a jovem humana satisfeita.

— Às vezes, as coisas mais inesperadas nos trazem alegria. E quem sabe, talvez essa sacada se torne um lugar onde você possa encontrar paz e conforto, independentemente das circunstâncias.

— Sim... quem sabe... — Adele sorriu — Acho que agora sim, é hora de irmos ao laboratório.

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