12 ⌘ 𝕹𝖊𝖗𝖛𝖔𝖘𝖎𝖘𝖒𝖔 ⌘
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"Não é a força do corpo que conta mas a força do espírito." – J.R.R. Tolkien
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Nos dias que se passaram, Adele não sabia bem como lidar com tudo. A demora começou fazer ela sentir algo além da frustração. Pouco a pouco ela começou a sentir culpa. Ela não estava ajudando em nada. Começou a passar a maior parte do seu tempo no jardim ao invés de estar no laboratório. Conway a evitava a todo custo e sua companhia passou a se resumir a Archie e Maeline. Dois seres que rapidamente se tornaram seus amigos.
Mas a culpa começou a ficar esmagadora dentro dela, ela sentia culpa pelos seres que estavam sofrendo por causa daquela situação horrível e ela não conseguia encontrar uma forma de resolver o problema além de mandar instruções e mais instruções que ela torcia internamente que desse certo e por conta dessa frustração, todas as noites ela passava com um livro aberto na biblioteca, levando novamente seu corpo ao limite. Ela precisava deixar o jardim da casa do seu pai, quanto mais ela soubesse sobre todos os seres, mais ela seria capaz de ajudar.
— Princípios da fisiologia élfica — ela leu em voz alta — acho que eu não preciso desse.
Ela se forçou a devolver aquele para o lugar, por mais curiosa que ela tivesse e se centrou em todos os outros. E durante a noite que se seguiu, ela não dormiu, apenas se forçou a seguir estudando.
Seu pequeno descanso no jardim do seu pai havia acabado, e ela se enfiou de tal maneira no trabalho que sua rotina passou a ocupar todo o seu tempo. Para Adele parecia ser oito ou oitenta. Ou ela relaxava muito, ou esquecia que tinha vida e a culpa a fez entrar em uma rotina horrível de trabalhar o tempo todo, evitando até mesmo parar para comer ou dormir mais do que três horas por noite. Isso fez com que sua saúde mental piorasse muito. Ela sabia que a forma como ela estava trabalhando estava lhe fazendo mal, mas sua frustração era incrivelmente grande.
Por que ela fazia aquilo? Havia sido daquele jeito a vida inteira... ou ela tentava se desligar por completo, tentando ficar alheia a situação ao redor, ou ela se metia em uma rotina que a levaria ao colapso. Se ela continuasse daquela maneira, sem dúvidas em pouco tempo ela teria outra crise, ou até mesmo prejudicaria sua saúde de outras maneiras.
— Que droga — ela falou alto para si mesma — que diferença faz eu ficar aqui, não consigo ajudar ninguém de qualquer maneira.
Enquanto ela olhava para o teto da biblioteca, frustrada com a sua situação, ela percebeu que algo estava acontecendo ali perto. Alguém parecia gritar por ajuda. Archie?
Adele se levantou de um pulo.
— Alguém ajude, por favor — ele falou de novo — eu preciso de ajuda aqui!
Quando ela correu para ver o que estava acontecendo, ela encontrou Maeline caída no chão e Archie em pânico ao lado dela.
— Maeline! — Adele praticamente se jogou de joelho ao lado da jovem, já verificando seus sinais vitais e sua pressão.
— Ela disse que não estava se sentindo bem e desmaiou — Archie tentou justificar Maeline ali caída — Ela parecia bastante cansada nesses últimos dias, acho que estava exausta demais com todo o trabalho que vinha fazendo.
Adie não precisou de fato fazer nada para que Maeline acordasse, em pouco tempo ela abriu os olhos. Uma queda de pressão por exaustão.
— Adie? O que aconteceu?
— Calma — Adie a segurou para que ela não levantasse — não se levante tão rápido, você desmaiou.
— Você pode cuidar dela? — Archie perguntou com a feição extremamente preocupada — Eu vou avisar mestre Conway.
— O que ela precisa é descansar e comer melhor — Adele falou já pensando que era muito mais fácil falar do que fazer, ela mesma precisava seguir os próprios conselhos e sabia bem disso.
— Eu desmaiei? — ela perguntou com cara de preocupada — isso é ruim?
— Desmaiar não é um bom sinal — Adie falou para a feérica — mas no seu caso, um bom descanso e uma boa alimentação vai resolver.
— Droga, eu não tenho tempo para isso! — ela praticamente pulou ao se levantar, mas foi tomada por uma tontura repentina — tem tanto trabalho para ser feito.
— Foi justamente por causa disso que você desmaiou — Adie suspirou ao segurar a feérica — Você está sobrecarregada, precisa descansar um pouco.
— Nós não podemos descansar — ela falou agitada — precisamos encontrar uma cura.
— Me escuta Maeline — Adie acabou por falar — se for o que eu penso, encontrar uma cura vai ser bem difícil. Mantenham apenas os sintomas controlados, isso irá bastar por enquanto.
— Vidas dependem do nosso trabalho — Maeline falou ainda mais agitava — como eu posso parar sabendo disso?
— Eu entendo — Adie falou baixo — é uma encruzilhada e tanto, né? Eu sei como se sente, mas como vamos poder ajudar alguém se todos nós cairmos de exaustão. Sei que não estão acostumados com isso, e pela primeira vez parece que estão exigindo por completo do corpo de vocês. Tenho notado isso, mas saiba que exigir mais do que seu corpo aguenta, não irá te ajudar e se você não estiver bem, também não poderá ajudar os outros.
Adie novamente se lembrou da irmã. Como ela sentia falta de Aisha dando aquele mesmo sermão nela.
Mesmo a contragosto, Adele fez com que Maeline se sentasse e em poucos minutos, Conway chegou na biblioteca.
— Maeline, você está bem? — ele chegou tão agitado e tão preocupado que aquela cena pareceu novidade para Adie — Archie acabou de me contar o que aconteceu!
— Eu sinto muito por isso, Mestre Conway — Maeline falou fracamente.
— Não se levante — Adie voltou a sentar ela assim que ela tentou se levantar novamente — sua pressão vai cair de novo desse jeito.
— Eu não preciso disso — ela se irritou — só me dê alguns minutos e eu voltarei ao trabalho.
Ela tentou se levantar novamente, mas estava tão pálida e fraca que tombou novamente na cadeira. Conway a olhava muito preocupado.
— Você não pode continuar assim, Maeline — a voz dele saiu baixa, como se pedisse desculpas para ela.
— Mas eu sou responsável por muitas coisas aqui — ela choramingou — o laboratório não pode parar só porque eu não estou bem.
— Eu vou encontrar alguém para te ajudar com as suas tarefas — Conway falou compreensivo — mas agora tente descansar um pouco.
— Mas temos coisas urgentes para resolver — a teimosia dela chegava a ser pior que a de Adie e finalmente Adie conseguia se ver no lugar da sua irmã. A vontade de só amarrar Maeline na cama para ela descansar era enlouquecedora.
— Você não vai conseguir resolver nada nesse estado — Conway falou com a voz um pouco mais dura — Se preocupe apenas em se recuperar primeiro, nós vamos dar um jeito de cuidar das coisas enquanto isso.
— Eu posso ajudar com algumas das suas tarefas — Adele se voluntariou — é só me dizer o que precisa ser feito. Sem dúvidas vai ser melhor do que ler livros que eu já memorizei até onde estão manchados... — ela resmungou a última frase.
— Eu não posso pedir para você fazer o meu trabalho — ela arregalou os olhos — não é justo. Precisamos de você nas pesquisas.
— O que não é justo é que você siga se matando — Adele suspirou — eu estou de mãos atadas. Tenho quase certeza do que é, só preciso de mais uma coisa para ter certeza disso e não vou ter enquanto não ver os pacientes — Adele olhou de maneira inquisitiva para Conway, mas ele não respondeu nada — O mais importante agora é que você tenha tempo para se recuperar.
— Archie — Conway o chamou — Leve Maeline para descansar.
— Ok — ele prontamente ajudou Maeline a se levantar e começaram a sair rumo a saída.
— Eu sei que está frustrada — Conway falou baixo — eu também estou. Eu já nem sei mais o que estamos fazendo aqui.
— Eu não quero me meter na política de vocês — Adie olhou para o outro lado, evitando propositalmente os olhos do elfo — meu trabalho é salvar vidas, mas estou presa em uma situação que eu não tenho o controle. Acho que a palavra frustrada chega a ser fraca perto do que eu estou sentindo.
— Eu sinto muito — ele olhou para o outro lado também, antes de voltar seus olhos para ela — Você tem certeza de que consegue cuidar de algumas tarefas da Maeline? Não é como se você seguisse o seu próprio conselho também.
— Eu posso dar conta de algumas coisas, sim — Adele respondeu mal-humorada.
— Ótimo — ele suspirou e tomou coragem — venha comigo.
Conway sabia que tê-la por perto seria uma provação muito grande. Ele a havia evitado, e mesmo estando longe, seu corpo parecia gritar por ela. Era uma situação desagradável e complicada, mas ele não podia manter Maeline sobrecarregada, a saúde da sua amiga era sem dúvidas importante.
Adele o seguiu em silêncio, parecia segurar a respiração assim como ele e ele precisou se controlar para que ela não percebesse o nervosismo que o havia tomado.
O escritório dele ficava no fim de um dos corredores da Biblioteca. Ela olhou ao redor, o escritório dele era um espaço pequeno e organizado, com móveis simples de madeira escura. As prateleiras estavam repletas de livros empilhados e alguns objetos de decoração discretos. A mesa de trabalho dele estava impecavelmente organizada, com algumas poucas folhas sobre ela e uma caneca de alguma infusão em um dos cantos. A luz suave que entrava pelas cortinas semiabertas criava uma atmosfera acolhedora, destacando um quadro na parede com uma paisagem serena. No canto havia uma poltrona que parecia gritar para o corpo de Adie o quanto ela estava cansada. O ambiente combinava bem com a personalidade séria, mas acolhedora de Conway.
Ela entrou hesitante no escritório, seu coração disparou quando o aroma único dele atingiu suas narinas de forma sutil, quase imperceptivelmente no início. Conforme ela entrou mais, o perfume dele pareceu envolvê-la, deixando um desejo quase enlouquecedor de se aproximar ainda mais dele. A tensão preencheu o ar, deixando uma mistura de emoções não ditas separando-os ainda mais. Ela limpou a garganta suavemente, chamando a atenção de Conway que parecia haver se perdido em seus próprios pensamentos e um sorriso fugaz surgiu no canto de seus lábios, traindo o nervosismo que ela tentava mascarar.
Ele olhou para ela, abriu a boca momentaneamente e depois respirou fundo. Aquilo seria complicado.
— Você já deve saber que o laboratório é financiado pelo Lorde Gawain.
— Sim — ela falou tentando se manter calma também.
— São as coisas que ele manda e o dinheiro dele que mantem esse lugar funcionando — ele seguiu — não teríamos como manter isso sem a ajuda do reino humano. Em troca dos recursos, ele quer exclusividade em tudo o que for descoberto ou produzido aqui. Então precisamos enviar relatórios semanais de toda a nossa pesquisa e do progresso que estamos fazendo. Isso consome muito do nosso tempo, é uma burocracia desnecessária, mas será por pouco tempo. Até que tenhamos a permissão de Declan, devemos seguir as regras do Lorde Gawain — ele pegou alguns papeis na mesa e manteve seus olhos fixos ali antes de seguir — Maeline organizava e analisava o trabalho de cada grupo de pesquisadores para que eu pudesse resumir tudo e escrever o relatório da semana, incluindo os seus. Você acha que pode fazer isso no lugar dela?
— Poderíamos estar usando esse tempo para coisas mais produtivas — ela deu de ombros — mas como eu disse, não irei me meter nos assuntos políticos daqui. Eu posso fazer isso.
— Essas coisas não fazem o menor sentido, não é? — o ombro de Conway caiu um pouco — Já tentamos conversar com o Lorde Gawain várias vezes, mas é difícil argumentar com alguém que só espera que você obedeça a tudo o que ele quer sem questionar.
— Posso até estar parecendo paranoica — Adie ressoprou — mas eu já disse a minha opinião sobre isso. Para mim é bastante óbvio o motivo dele inventar todas essas formas de manter o controle sobre o que vocês fazem aqui, com relatórios e pedidos absurdos. Vocês estão caindo no conceito pouco a pouco e ele está ganhando fama, até eu que estou aqui há pouco tempo consigo ver isso.
— De qualquer forma, reclamar sobre isso não vai adiantar nada agora — ele seguiu — Não é uma situação muito boa, mas precisamos continuar trabalhando da melhor forma que pudermos. Você pode cuidar dessa tarefa?
— Sim — ela respondeu — já tinha dito isso. Pode deixar comigo.
— Você pode usar meu escritório para trabalhar. Algumas das coisas que a Maeline fez estão naquela mesa.
Ele apontou para uma mesa de canto perto da janela não muito distante da mesa dele.
— Conway — Archie entrou voando pela janela e rapidamente se transformou novamente no Feérico que Adie já conhecia. Apesar de já ter visto outras vezes, não deixava de ser impressionante para ela — Desculpe interromper, mas tem um problema com um dos grupos de pesquisa no laboratório. Eles estão tendo dificuldades em encontrar alguns materiais. Você sabe me dizer onde Maeline guardava os registros das coisas do laboratório?
— Mais isso agora — ele fechou a cara, com seu humor acabando por completo repentinamente — Eu vou até lá cuidar disso.
— Não precisa ir — Archie o segurou — é só me dizer onde ficam os registros e eu aviso os pesquisadores.
— Maeline mantém essas coisas bem organizadas — praguejou Conway — Eu não vou deixar que eles mexam em tudo e façam uma bagunça — Archie olhou para ele com reprovação e um pouco de pena, fazendo Conway bufar — Não olhe para mim assim, Archie. É minha responsabilidade manter tudo aqui funcionando.
— Se você insiste... — Archie deu de ombros, mas não mudou sua cara de desagrado.
Adie viu os dois saindo do escritório, deixando-a sozinha. Ela encarou a pilha de papéis que precisava analisar e organizar. Era triste saber que grande parte do trabalho estava ligado a uma burocracia sem sentido.
— Fica calma, Adele — ela falou alto — se estressar não vai resolver a situação.
Ela olhou em volta do escritório novamente enquanto criava coragem para começar a trabalhar, mas antes que de fato o fizesse, ela olhou para um outro canto, que havia passado desapercebido por ela. Havia várias canecas empilhadas. Movida pela curiosidade, ela foi até ali, pegou uma das canecas e cheirou para saber o que era.
"Tônico de guaraná?" — ela voltou a olhar para aquela pilha preocupada — "Quanto tempo faz que ele realmente não descansa? Se eu fosse analisar friamente isso, eu poderia jurar que ele está há noites sem dormir".
É claro que trabalho e esforço eram mais do que necessários em situações como aquelas, mas a forma como cada um estava levando não parecia nada certo. A maioria dos seres ali já haviam chegado no seu limite e logo eles teriam mais um problema em mãos além da epidemia. Estresse, ansiedade, síndrome de Burnout... problemas psicológicos eram muitas vezes mais difíceis de combater e doía em Adele imaginar que alguém mais além dos humanos poderia passar por isso.
Ela respirou fundo. Ela tinha decidido que iria fazer o melhor para ajudar e naquele momento, o que ela precisava fazer era se centrar nos relatórios.
Adie trabalhou durante o dia todo, mas quando a noite chegou, ela começou a ter bastante dificuldade em se manter acordada e acabou pegando no sono, ali em cima da mesa.
Ela não sabia quanto tempo havia ficado daquele jeito, mas acordou assustada quando ouviu o som da porta se fechando.
— Desculpa, não quis assustar você — Conway falou ainda perto da porta.
— Ah, droga — ela reclamou — acho que acabei dormindo.
— Está tudo bem, já é bastante tarde e você deveria ir descansar um pouco.
— Não — Adie tentou manter os olhos abertos — eu ainda não terminei.
— Você fez o suficiente — ele respondeu — eu vou corrigir o seu trabalho e cuidar do que estiver faltando.
— Corrigir? — Adele riu de maneira desprovida de humor.
— Eu sempre reviso todo o trabalho antes de enviar e reescrevo o que acho que não está bom.
— Como você é confiante, senhor perfeição — ela falou de maneira cínica — obviamente você é melhor do que os outros.
— Não é isso — ele parecia cansado — eu só preciso garantir que tudo foi feito do jeito certo.
Adie sabia, isso não era diferente do lugar que ela era, mas a perda de tempo a enlouquecia.
— Claro — ela se levantou — e o único jeito certo é o seu. Parabéns por aumentar a perda de tempo.
— E discutir isso também não é perder tempo? — ele alterou a voz assim como ela já havia feito — Eu disse que você fez o suficiente, pare de ser teimosa e vá dormir, eu posso terminar sozinho.
— Nossa, que estranho — ela retrucou — pensei que perder tempo fosse a especialidade de vocês! Além do mais, olha só quem fala sobre dormir — ela olhou em direção as pilhas de caneca de tônico — Pela pilha de canecas com tônicos de guaraná, sem dúvidas está sem dormir há dias.
— Você veio aqui para ajudar com o relatório ou para controlar o que eu tomo? Pare de se preocupar com isso e apenas siga as minhas ordens.
E então ela parou, a desagradável surpresa brilhou em seus olhos. "Eu mandei você esperar", foi o que Dário havia dito para ela logo após sua traição.
"Isso é uma ordem", "Você precisa obedecer", "siga as regras", "manda só aqueles que podem", "para você ser alguém precisa seguir as regras" ... alienados, era o que os seres humanos eram, alienados. "Mas é difícil argumentar com alguém que só espera que você obedeça a tudo o que ele quer sem questionar", Conway havia dito sobre o lorde Gawain, mas ele estava fazendo o mesmo. Aquilo apertou dentro de Adie de maneira intensa.
Conway parecia bastante cansado e irritado e ela sabia que discutir com ele não iria ajudar em nada e julgá-lo daquela maneira também parecia injusto em vista de tudo o que ele estava passando, mas aquelas palavras embrulharam seu estômago.
— E eu que pensei que vocês fossem diferentes dos seres humanos — a voz dela saiu dolorida, e a tristeza foi tão transparente que ele abriu um pouco mais os olhos — vou seguir as suas "ordens" e te deixar trabalhar em paz então.
— O quê? — o ar sumiu dos pulmões de Conway, ele estava irritado, era verdade, mas vê-la daquela maneira foi tão doloroso que ele podia jurar que a dor chegava a ser física. Uma palavra dita jamais poderia ser retirada — Espera, Adele... eu não queria...
Ele tentou alcançá-la, mas ela não deixou tempo para ele fazer isso.
— Boa noite — ela saiu sem olhar para trás.
Ela tinha oferecido ajuda, mas ele havia decidido agir como um arrogante idiota e fazer tudo sozinho. Ela primeiro pensou em ir para seu quarto dormir, mas a raiva corroía seu corpo.
Ela gritou pela frustração. Tudo o que ela queria era ir para casa.
Conway a ouviu e sentiu como seu corpo encolhia. A culpa era dele, a culpa dela estar daquela maneira era dele e aquilo doía muito mais do que gostaria de admitir.
Adele sabia que ela não seria capaz de dormir daquele jeito e acabou indo para a biblioteca novamente. Ela pegou os livros e começou a revisar suas anotações. Enquanto ela fazia isso, a raiva pouco a pouco foi se dissipando e o cansaço foi tomando conta dela até que ela caiu no sono novamente.
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