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Capítulo 24 - Palco mortal.

"Problemas surgem quando menos se espera.
Basta uma rachadura para tudo vir abaixo"

¤¤¤HEITOR¤¤¤

— Por que acho que isso pode ser um problema — Vincent falava enquanto estávamos parados na frente do palco vendo um corpo pendurado tendo marcas estranhas pela pele e uma substância negra escorrendo de sua boca caindo no chão queimando a madeira.

— Não é natural de um místico soltar essa coisa — Eloise segurava um bloco de notas.

— Ele era nosso ator principal — O diretor falava ajeitando os óculos, o mesmo tinha cabelos brancos e um bigode aparado abaixo de seu nariz usando um avental e luvas tendo olhos castanho avermelhados e presas marcando seus lábios um pouco sendo bem pálido.

   A policia cercava o local com aquelas fitas amarelas ao redor e sopro uma fumaça levemente pela boca e sentia uma aura sombria ao redor do corpo e Eloise parou do meu lado descendo do palco:

— Aconteceu durante um ensaio? — Leandro pergunta.

— Ele começou a gritar e berrar dizendo que o demônio estava o seguindo que o teatro foi amaldiçoado, achamos que era alguma cena improvisada, mas depois ele atacou algumas pessoas e subiu até lá quando fomos chamar a segurança, ele se jogou e....Isso aconteceu — O diretor colocava mãos na cintura.

— Ele brigou com alguém, teve desentendimento com outro ator ou alguma substância...? — Um policial perguntava ajeitando a máscara. 

— Ele era um bom rapaz, nunca fez nada de errado, não sei oque causou isso, mas ninguém aqui faria nada contra ele e quando ele começou a expelir essa coisa quando tentaram tirar o corpo a situação ficou pior, essa coisa que está soltando...Infectou os atores, a maioria não místicos ficou doentes e outros estão no hospital pela intoxicação no ar — Ele falou preocupado.

— Se afetou só pessoas normais, sem duvida é algo haver com magia que humanos não estão acostumados — Leandro pegava um frascos de dentro do casaco recolhendo algumas gotas daquela substancia.

— O cheiro está forte, caramba, está consumindo o corpo de dentro para fora — Vincent responde.

"O que causaria um estado tão terrível?"

— Podemos ver o camarim dele? — Morgan perguntou.

— Claro, só me seguir — O diretor vai na frente.

    O seguimos indo para trás do palco e olhava para o corpo nervoso vendo os olhos começarem a escorrer aquela substância e tremi um pouco enquanto passávamos pelas cortinas sentindo uma presença pesada atrás do palco:

— É eu senti — Eloise segurou minha mão enquanto íamos até uma porta.

— Bem é aqui, vou conversar com a policia e ver como vamos remover o corpo e trocar tudo que aquela substância tocou — Ele sai andando suspirando enquanto entrávamos.

   O camarim tinha um piso cinza claro e paredes de madeira com armários, baús e uma mesa com um grande espelho e uma portinha para o banheiro:

--Pinga--

— Oque acha Leandro? — Pergunto vendo Leandro olhar as garrafas pela mesa cheirando e pingando algumas coisas na língua.

— Tá maluco! — Morgan dá um tapa na nuca dele fazendo a bebida cair no chão.

— Não iria morrer — Leandro fala resmungando esfregando a nuca.

--Pinga--

— Nem sabe oque é e vai colocando na sua boca, sua mãe nunca te ensinou a não beber coisas estranhas?

— É só vinho, eu sei reconhecer o cheiro ou consistência, se não fosse acha que seria maluco de por na boca? — Ele deixa o dedo na testa dela.

--Pinga--

— Okay casal, se acalma — Vincent se colocou no meio.

    Começo a olhar pelo armario vendo figurino e sapatos, tudo parecendo normal, Eloise olhava baús e os outros se espalhavam olhando ao redor e me abaixo jogando algumas coisas pro lado tirando do caminho e ouvia toda hora o barulho de algo pingar no chão e vou até a porta do banheiro não aguentando.

   Abro a porta vendo a banheira cheia e o chuveiro pingando e congelei no lugar:

--Pinga--

— Gente..

— Achou algo? — Eloise coloca mãos em meus ombros olhando e senti ela ficar um pouco tensa também — Oh...

    Na agua da banheira havia algo se movendo e aquela substância negra escorria misturado a agua e piso no chão criando uma barreira de gelo impedindo que aquilo espalhasse e Eloise ajeitou os óculos:

— Mas que droga é essa? — Morgan pergunta.

— Melhor chamar a policia e os agentes de contenção mística, sem duvida é algum tipo de peixe ou.....Obscuro, parece agitado — Eloise fala.

— Eu aviso — Vincent sai depressa.

— Será que ele trouxe, ou colocaram aqui? — Morgan questiona limpando o nariz fungando — Que cheiro forte.

      Senti uma aura pesada pelo banheiro e Eloise tentava olhar melhor aquela coisa e me mantinha atento, seja lá oque era poderia realmente causar um estrago:

"O que algo assim estaria fazendo dentro de um banheiro de um teatro na cidade de vampiros?"

   A água se agitou de repente e subiu e corro puxando Eloise para fora e escorrego um pouco naquela substância no chão caindo vendo aquela coisa pular em minha direção e bato o punho no chão criando uma parede de gelo na porta:

— HEITOR! — Eloise estende a mão em minha direção.

   Senti aquela coisa me acertar e coloco a mão na frente do meu rosto vendo aquela coisa escorrer entre meus dedos e fechava minha boca e nariz com a outra mão sentindo uma fraqueza enorme vendo aquela coisa em meu braço.

  A mesma  parece me encarar abrindo um sorriso macabro e tremi um pouco vendo ela avançar direto em meu rosto.

¤¤¤ELOISE¤¤¤

— HEITOR! HEITOR! — Batia contra o gelo ouvindo ele gritar e me afasto criando minha foice pronta para quebrar o gelo.

— Não seja maluca! Nem sabemos oque era essa coisa! Se ela sair daqui vai saber oque pode fazer! — Morgan segurou meu braço junto com Leandro.

— Mas ele não pode ficar lá dentro com essa coisa! — Grito desesperada.

— O que aconteceu? Ouvimos gritos pelo corredor! — Vincent chegou correndo na porta e não estava sozinho, logo atrás dele vejo o representante dos humanos, Senhor James, usando luvas e um óculos de proteção.

— Heitor, ele ficou preso com aquela coisa! — Falo e ouço som de algo quebrar.

     Viramos vendo o gelo começar a rachar com marcas negras escurecendo o gelo e uma mão bate contra o gelo escorregando devagar e uma silhueta aparece com um brilho estranho se formando e começamos a recuar sentindo uma presença estranha; Logo sombras se espalham pelas paredes de todo lugar com a presença pesada nos fazendo fechar os olhos:

"O que...?"

— CORRAM! — Vincent e Leandro nos puxavam enquanto via tudo escurecer e paredes desbotarem enquanto era arrastada em choque vendo todo o teatro ser afetado e tremi.

"Tem um pedaço aqui....."



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Ferrou....Ferrou e muito!

Parece que nossos guardiões estão com problemas.

Eclipse precisa ser avisado imediatamente...A situação complicou.

Mais um pedaço e resta saber...oque vai rolar.

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