
[53] O Descontrole de Lara
Capítulo 53
O Descontrole de Lara parte 2
Abri meus olhos, estava tudo turvo, novamente estava dentro de um leito de hospital, sentia tontura, olhei para o teto, um límpido branco que enebriou meus olhos, abri-os e vi, a Lorena, que chorava mas desta vez eu sabia que o local que estava não era aquele habitual de psicologia onde antes havia estado internada, tentava alcançar o botão para chamar alguém, mas não conseguia, a Lorena andava de um lado para o outro, uma imensa janela de vidro nos separava, estava começando a me apavorar, sabia exatamente onde estava era uma ala que não desejava estar mesmo. Comecei a me contorcer, queria que o efeito do remédio passasse, mas não passava, abria e fechava os olhos, estava me entregando aquela sensação de impotência, comecei a clamar e orar em espirito, não queria estar ali não conseguia abrir minha boca, não sentia as minhas pernas estava totalmente entregue aquela cama. torcia para Lorena me observar era a minha esperança, mas ela não me via só chorava andando de um lado para o outro. Minha mão dormente não conseguia tocar a campainha, Lo-o-o... Entreguei-me ao efeito do remédio.
**
-Doutor, é realmente grave o caso dela.
-Sim infelizmente os exames acusaram o que tanto temíamos, e precisamos de uma autorização... Tentavam ligar, mas não conseguiam, queriam ligar para os pais da Lara, era realmente importante atenderem aquela ligação, no entanto, o telefone tocava uma ligação internacional não atendida.
***
Meu Deus ela esta grávida, de um filho meu? Dizia Tomás na sala de espera com o André, que não entendiam o que estava ocorrendo. Veio uma enfermeira e aconselhava eles voltarem para casa, era o segundo dia que insistiam em visitarem a Lara que encontrava-se sedada.
-Essa moça esta passando por uma gravidez complicada, conhecemos a história dela, uma coitada, primeiramente ela foi largada pelo namorado grávida. Olhava a enfermeira para os formulários. E depois quase teve um aborto, mas estes últimos exames, esses sim: -Óh coitada da moça, orem por ela, vocês são parentes? Perguntava com desconhecimento dos dois, nunca imaginara que o algoz de Lara, quem lhe fez sofrer tanto estava na sua frente. Ela esta numa ala do hospital que não é um bom sinal.
Tomás num impulso segurou os braços da enfermeira, e disse: -E a criança? E a criança. André segurava o amigo dizendo-lhe: -Calma Tomás, a moça esta desempenhando suas funções, A enfermeira, disse: -A criança esta bem. E saia, ajuntando os formulários em uma plancheta. - Oh Deus tenha misericórdia desta moça, saindo sem maiores explicações. somente disse assim: -Estão tentando entrar em contato com os familiares dela que parecem morar nos Estados Unidos...
***
Chegamos em casa, cansados, tudo aqui é longe, eu não me habituo com a língua, mas estou aqui companheira do meu esposo, é necessário a ele esta experiencia. E estarei sempre com ele. O telefone toca, atendo: -É do hospital, é sobre a Lara, meu Deus, ela esta internada de novo, dizem que houve uma grave alteração nos exames dela, algo que eles tanto temiam infelizmente aconteceu, exigiram um representante da família para tomarem uma dura decisão. Meu mundo caiu, contei ao meu esposo, ele orou e chorou, disse que precisava cumprir seus compromissos e nossas reservas não permitiam dois retornarem ao Brasil.
Tomei uma dura decisão, pela primeira vez dês do nosso casamento, tive que deixar meu esposo só e em um lugar distante desembarcando novamente no Brasil.
No hospital, disseram-me que ela estava sendo controlada por medicamentos, o estado dela era bastante grave, e o que tanto me aterrorizou escutei da boca daquele médico.
Vi a Lorena, sua melhor amiga, vi também Iasmim, por surpresa também observei aqueles dois rapazes que aguardavam minha chegada. Não queria lhes dizer o que acabara de ouvir da equipe médica. Lorena já desconfiava, pois conhecia bem aquele hospital e sabia que o local onde a Lara estava internada remetia ao que é assustador até mesmo mencionar.
Lembro-me bem das duras palavras do doutor:
-Sua filha foi acompanhada pela nossa instituição, com uma crise nervosa, uma doença psicossomática no inicio pela nossa Psicologa especializada no quadro dela: Estava o doutor e essa psicologa.
-Dona Neide, escute bem o que o médico tem a lhe dizer, eu ajudarei repassar a noticia para a sua filha, disse a gentil psicologa.
Então Dona Neide, foi constatado quando ela internou-se aqui uma pequena alteração nos seus exames, estávamos acompanhando, pois como bem sabe, os hormônios e o físico de uma mulher grávida pode oscilar retornar e voltar , outro exemplo, taxas de glicose podem alterar-se, é normal, e nestes estágios é efetuado um tratamento, taxas de ferro também podem oscilar e também é acrescentado vitaminas para efetuar uma eventual reposição.
-Sei doutor:
-Mas no caso da sua filha uma patologia nos deixou apreensivo e ela teve a três dias atrás uma queda de pressão repetimos os exames.
-E?
Vou ler para você a definição da doença da sua filha lembrando que ela já adentrou no sexto mês de gravidez É definida como o cancro do sangue, e é uma proliferação cancerosa da medula óssea, isto é, crescimento anormal do número de glóbulos brancos. Essas células passam para a corrente sanguínea e superam os normais e saudáveis glóbulos brancos, plaquetas e glóbulos vermelhos. Devido à quantidade em excesso de glóbulos brancos cancerosos, a resistência do corpo a infecções e outros ataques torna-se fraca. Estas células cancerosas também se acumulam em outros órgãos do corpo e perturbam o funcionamento normal. Observa-se que a leucemia durante a gravidez é extremamente rara. Quase 1 em 100.000 mulheres têm a possibilidade obter a doença. Um teste de rotina do sangue irá revelar se há qualquer anormalidade no sangue.
Ela está com que doutor? Não entendo essas palavras complicadas.
Acomete bem raramente uma mulher grávida, mas infelizmente a Lara esta com Leucemia.
Meu mundo, meu chão tudo dentro de mim desapareceu naquele momento, tive que engolir a saliva que corria na minha garganta.
-Sinto muito, vou deixar você avisar os familiares, logo após vamos conversar sobre o tratamento e as possibilidades de cura...
Sai daquela porta, meus pés estavam pesados, não queria falar para Iasmim nem para a Lorena o que acabara de ouvir, elas olhavam chorando, os dois rapazes assustados, um era sim aquele Tomás agora me lembro, também vieram ao meu encontro.
Dona Neide, diz que ela não tem o que eu estou desconfiada de ter, essa é a ala de oncologia, eu sei, quando a Lara estava internada, dava-me arrepios passar por aqui, sempre que precisava vir com ela evitávamos passar por aqui. Olhei para aquela menina, via a minha filha em seus olhos, sua idade era parecida, cresceram juntas, era difícil olhar para Lorena e não lembrar da Lara, Iasmim me abraçou e disse no meu ouvido: -Sejamos fortes tudo que ela tem neste momento são os seus familiares.
A psicologa voltou, e disse assim: -Vamos, o que tem de ser dito, o melhor é que seja pela mãe da Lara, andava pelos corredores brancos daquele hospital, iria ver a Lara, não sabia o que dizer nem o que fazer, a psicologa andava atrás silenciosa, sabia que meus pensamentos estavam em fervilhões.
Comecei a pensar na criança e disse a ela deste modo: -E o Davizinho como esta meu neto. Ela fria disse-me assim: -Por enquanto esta tudo bem. O doutor não lhe disse nada? Não entendi mais nada.
Bom vamos dar essa notícia para sua filha, vamos tentar ser o mais serenos possíveis, pois ela possui traumas que a fazem vulnerável no entanto, infelizmente precisamos passar essa noticia a ela.
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