Capítulo 51

O Descontrole da Lara [parte 1]

Não sei explicar mas estava sentindo um calor estranho, coisa de grávida, parecia que estava sufocada, o lugar onde estava sentada era agradável, e a ventilação era boa, não sei se era o excesso de perfume que a Lorena passara, nem sei porque tanto perfume, só sei que estava um pouco desconfortável, não me importei muito para as outras pessoas, envolta, retirei o sapato, precisava ficar descalça e assim o fiz. A Lorena finalmente se aquietou, esta em silêncio ao meu lado.

Agora é o momento da apresentação, igreja cheia, nem sabia mas hoje é dia de festa nesta igreja, parece-me o aniversário do templo, lembro-me bem o quanto era esperado pelo meu pai este aniversário, a festa do ano. Agora era uma simples membra ali, já estava idealizando participar dos grupos, iria ter que começar no grupo de mulheres o único que tinha, mas seria um recomeço. Acho que hoje não vão pedir para nós ficarmos de pé, pois já viemos varias vezes, já não somos visitas.

Meu pai sempre me ensinou que não é de bom tom ficar olhando para trás, mas quem não aguenta ver os visitantes, eu sempre acabo olhando. E começaram a falar o nome dos visitantes. A Lorena, começou a ficar olhando parecia que procurava alguém. Logo ela falou: -Amiga, não sei se fiz certo mas convidei o André, para vir no culto, sei que fui fraca, mas foi mais forte do que eu. -Você fez o certo, você não o Ama? Aí amiga você sempre vai direto ao ponto. -Sim eu amo aquele feioso...

E o apresentador dos convidados que era o pastor falava, o nome do cantor do pregador, e vieram a ele com um papelzinho ele abaixou e leu: Ficou em silêncio por um período, para falar bem certo o nome creio eu, e disse os dois nomes que fiquei atônica de ouvir: 

-Estamos com dois jovens convidados o irmão André e o irmão Tomás que são da Capital.

Olhei para Lorena, ela sorria descontrolada, olhei para o apresentador. Ele disse: -Tomás? Como assim Tomás? -Lorena ele falou Tomás? -Sim ele falou Tomás. O suor corria no meu pescoço já não entendia mais nada, seria o Tomás? Aquele que me expulsou da caminhonete, aquele que corri desesperada atrás dele, ligava e até esses dias escutei poucas e boas da até então namorada. A Lorena desconcertada que só olhou para trás, ela voltou me olhar e disse assim: -Olhe, olhe Lara!

Eu não tive coragem o suor descia cada vez mais forte não sei se estava sentindo meus pés, começou formigar tudo, seria mesmo o Tomás? A Lorena insistia, Olhe, amiga olhe...