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Capítulo 5.

Kyara sentiu a cabeça rodar, e se afastou de Welt.

— Como assim de Felcia? — Ela franziu as sobrancelhas — Do que você está falando?

— Eu preciso que você confie em mim, não podemos continuar aqui! — Welt avançou um passo, a jovem recuou — Kyara, estou fazendo isso pelo seu bem, não vou te machucar!

— Como vou ter certeza?! Você quer me levar para fora de Felcia, e nem explica o motivo! — Ela recuou mais um passo — Uri, mas eu não vou com você!

Welt mordeu os lábios, levando a mão ao bolso da calça e tirando um punhado de pó prateado de lá, Kyara franziu as sobrancelhas, e antes que falasse algo o rapaz soprou o pó em seu rosto.

— O quê...

A jovem sentiu as pernas fraquejarem e o mundo girou sob seus pés, antes que ela perdesse os sentindos, e Welt a pegasse no colo.

— Eu que peço desculpas. — Ele sussurrou.

Kyara acordou num susto e se sentou depressa, as coisas ao redor giraram e ela fechou os olhos, tentando lembrar de tudo que havia acontecido.

A jovem abriu os olhos depressa ao lembrar da confusão com os prateados na praça, e então lembrou do braço machucado e de Welt. Ela estava numa cama, era macia e o quarto era muito bem arrumado, embora pequeno.

Não haviam janelas.

— Oh, você acordou!

Kyara teve um sobressalto e bateu contra a cabeceira da cama com violência, sua cabeça latejou. Era uma voz feminina e a jovem quase gritou quando uma mulher loira apareceu aos pés da cama.

— Não precisa ficar com medo! Não vou machucar você. — A loira levantou as mãos, com um sorriso — Sou Seraia.

Kyara a olhou atentamente. Os cabelos loiros eram longos e ondulados, os olhos castanhos claros como mel, e embaixo do olho esquerdo ela tinha uma pinta preta e redonda, bem pequena.

— Que lugar é esse? — Perguntou a adolescente, olhando em volta, as paredes eram de pedra escura — Por que eu estou aqui?

— Olha só, você é boa com perguntas, gostei! — A loira sorriu — Eu vou responder todas elas, pode ter certeza disso, mas antes quero que coma alguma coisa, e descanse mais um pouco antes de ver o Conselho.

— Conselho? — Kyara franziu as sobrancelhas, pondo os pés para fora da cama, ainda estava com o vestido azul que colocara pela manhã — Como assim? Que Conselho?

— O Conselho da Ordem. — Respondeu a outra, indo buscar uma bandeja na escrivaninha, do outro lado do quarto.

— Ordem de quê? — A jovem passou a mão pelo braço, estava tratado e com um curativo limpo, não era o mesmo feito com o colete de Welt — Que lugar é esse?

A loira, que devia ser ao menos dez centímetros mais alta que Kyara se aproximou com a bandeja nas mãos. Vestia uma túnica vermelha de mangas soltas, e o cinto de couro escuro marcava bem sua cintura.

— Você está na base principal da Ordem dos Três, e pode ser nossa única esperança contra o regime opressor de Úmbra. — Ela pois a bandeja na cama — Somos a resistência, Kyara.

— Como sabe meu nome? — A jovem encarou o mingau na bandeja e depois a loira — Onde está Welt? Ele foi a última pessoa que eu vi, onde ele está?

— Ah, naturalmente, você ia querer vê-lo. — Seraia cruzou os braços — Ele está no corredor, e foi ele quem nos disse seu nome, mas sou uma das poucas na montanha que sabem!

— Montanha? — Repetiu Kyara, abismada — Estamos numa montanha? E quanto a Felcia?!

A jovem olhou em volta, a porta estava fechada e ela não conseguia identificar se ainda era dia, ou noite.

— Ora, bem, Felcia está...hm, longe? — Seraia franziu as sobrancelhas, e depois balançou a cabeça — Olhe, suponho que quer ver o Welt, certo? Venha comigo.

— Espere! — Pediu a jovem quando a outra se afastou — Por que eu posso ser a última esperança dessa tal Ordem dos Três?

— É difícil explicar, ainda mais quando você sabe tão pouco, mas posso resumir o importante. Se importa se eu sentar? — Kyara negou — Vamos lá. A Ordem dos Três é um movimento rebelde contra Úmbra, que existe há dezenove nos.

— Nunca ouvi falar de vocês antes. — Kyara olhou desconfiada para a loira sentada na cama, uma bandeja de distância — Nunca ouvi falar de nenhuma resistência.

— Sabemos como atuar nas sombras.— Seraia sorriu, brincando com a manga da túnica — Enfim, detalhes aparte, você carrega dentro de si um espírito, o de alguém muito importante para a Ordem, que morreu há muitos anos. Por isso você é nossa esperança.

— Es... espírito? Que raio de conversa é essa? — Kyara ficou de pé — Ninguém pode ter um espírito dentro do corpo, pare de brincadeiras! Não tem graça!

— Eu não estou brincand...

— Quero ver o Welt! — Kyara a interrompeu — Por favor, me leve até ele.

A loira a encarou por um tempo, seus olhos eram lindos e Kyara viu bondade neles, então ela sorriu e assentiu, indo em direção a porta de madeira escura.

— Não quer comer o mingau antes? — Perguntou, se virando com a mão na maçaneta.

— Não, jevir. — Kyara sentiu o estômago reclamar, mas não podia simplesmente comer tudo que lhe ofereciam — Quero mesmo é falar com o Welt.

— Então, vamos falar com ele! — Seraia abriu a porta.

Ela saiu do quarto primeiro, e Kyara se viu com medo do que encontraria do outro lado daquela porta.

Welt quem havia a levado para aquele lugar, ele a tinha tirado de Felcia, e sem dúvidas, escondera muitas coisas dela, mas era a única pessoa que conhecia ali.

— Não precisa ficar com medo, ninguém vai te fazer mal aqui. — Seraia disse quando a jovem parou no batente — Acredite em mim, Kyara.

Kyara olhou nos olhos da loira e então saiu do quarto, agora estava num corredor, não era largo e as paredes eram feitas de pedra escura e brilhante, não haviam janelas, mas muitas portas, haviam guardas fortes guardando a maioria delas.

— Bem vinda à Ordem dos Três. — Sussurrou Seraia, fechando a porta do quarto.

Kyara olhou em volta, e notou que haviam dois rapazes no final do corredor, o de cabelos pretos cutucou o de cabelos castanhos, e Welt encarou a jovem parada no corredor por alguns segundos, e então foi em direção a ela, com o outro logo atrás.

As roupas de Welt não eram as mesmas de quando Kyara o tinha visto da última vez, as roupas surradas haviam sido substituídas por novas, calças escuras e um casaco preto, ele parou numa distância segura da dupla e parecia nervoso. Muito nervoso.

— Quer explicar quem é você de verdade? — Kyara levantou as sobrancelhas — Sabia que as pessoas aqui são loucas? Ela disse que eu tenho um espírito dentro de mim! Um espírito!

Seraia franziu as sobrancelhas, e ignorou o olhar de aviso que o rapaz de cabelos pretos havia lhe lançado.

— Ora, não sou louca coisa nenhuma, e você tem um espírito aí, sim! — Ela cutucou o peito da jovem e então caminhou até o rapaz parado atrás de Welt — Se não acredita, paciência!

Ela cruzou os braços. O rapaz ao seu lado era alto, suas vestes eram azuis escuras, e o colete de couro estava bem fechado sobre os músculos, seus olhos pareceram cinzentos para Kyara, mas a atenção da jovem se voltou para Welt.

— Por que me trouxe pra cá? — Insistiu a adolescente — O quê está acontecendo? E o tumulto? E Thomas?

A impressão de Kyara era de que o sangue corria rápido demais por suas veias, e ela ouvia as batidas do próprio coração aceleradas, sua pele estava quente.

— Calma, as coisas se estabilizaram em Felcia, a confusão foi momentânea, não tanto, mas após algumas horas tudo se resolve, não é? — Ele pois as mãos nos bolsos, tentando parecer tranquilo — Kyara, eu disse que tinha muita coisa da qual você não sabia...

— E você estava se referindo ao espírito? Desde quando sabe? — A adolescente ergueu o queixo, irritada — O quê mais você sabe que não me contou, porra?!

— Muita coisa. — Admitiu o outro, franzindo os lábios — Mas foi para o seu bem, eu não tinha permissão para contar nada a você, não queria ter te enganado.

— Não parece! E permissão? De quem? A minha vida está sendo controlada desde quando?! — Kyara exclamou, avançando um passo — Você mentiu, e eu confiava em você!

Os olhos dela se enxeram de lágrimas, algo se agitou dentro de seu peito, como se tentasse falar com ela, mas a jovem ignorou seja lá o que fosse.

— Não deixe de confiar, por favor, não quero seu ódio, quero sua amizade, como sempre foi! — Pediu o rapaz, a dupla atrás dele observava em silêncio — Me perdoa.

— Você mentiu para mim esse tempo todo! — Exclamou Kyara, com os olhos marejados — Como posso perdoar isso?!

— Eu estava te protegendo! Minha missão era proteger você, e foi o que eu fiz! — Argumentou Welt, tentando se aproximar — Eu te protegi, Kyara!

— Bom, considere sua missão finalizada, então. — A outra limpou as lágrimas dos cantos dos olhos — Não precisa mais se preocupar comigo.

Ela o olhou nos olhos, e então saiu, de volta para o quarto, com a cabeça erguida.

— Kyara! Espere, Kyara! --- Ele chamou vendo ela se afastar, mas a jovem não voltou, não parou de andar, e bateu a porta com força — Inferno! — Welt socou a parede.

— Se danificar a parede, vai pagar o conserto. — O rapaz de cabelos escuros avisou, cruzando os braços — E eu não estou brincando.

— Você nunca está. — Welt encarou os dedos avermelhados, e então franziu as sobrancelhas, levantando os olhos para encarar o outro — Ela não confia mais em mim. E agora?

— Agora, Seraia e eu assumimos.

— Que jeito de falar, Leon! — A loira deu um tapinha no ombro do amigo — Vamos falar com ela, e você vai se resolver com o Conselho, Welt.

— E eu tenho escolha? — Welt levantou uma sobrancelha, se afastando com as mãos nos bolsos.

— Não, não tem! — A loira puxou Leon pelo braço — Boa sorte, você vai precisar! Vem, soldadinho.

— Eu posso andar sozinho. — O de cabelos pretos se afastou da loira, que o puxava pelo corredor — Não acredito que virei babá de um receptáculo.

— Não a chame de receptáculo! Que nome horroroso. — Seraia o repreendeu, parando em frente a porta do quarto onde a jovem havia entrado — Tenho pena dela. — Sussurrou.

— Eu tenho pena é de mim. — Leon bateu duas vezes na madeira — Se não abrir, eu arrombo. — Alertou em voz alta.

Seraia lhe deu um tapa na nuca, ele franziu as sobrancelhas, mas Kyara abriu a porta, e logo a dupla estava dentro do quarto.

— Eu entendo que esteja brava com o Welt... — Começou a loira, assim que Leon fechou a porta — Mas tudo que ele fez foi para a sua segurança, acredite nisso.

— Ele só o fez pois eu era uma missão, não fez por amizade ou preocupação, fez por dever! — Kyara cruzou os braços, ao lado da cabeceira da cama — Eu quero ir embora, pouco me importa essa Ordem, quero voltra para Felcia.

— Isso não é uma opção para você. — Declarou o de cabelos escuros, indiferente.

— Pare de falar como a porcaria de um soldado um pouco! — A loira reclamou, pondo as mãos nos quadris — Ignore a falta de educação de Leon, por favor.

— E ele está mentindo? Eu posso ou não voltar para casa? — Havia medo na voz da adolescente, e ela se sentiu tonta por um momento — Estou presa aqui?

— Eu não diria presa. — Seraia se aproximou alguns passos — A Ordem quer lhe proteger, acredite quando digo que corre perigo, e aqui é o lugar mais seguro para você.

— Mas, eu corro perigo, por que? De que? — A jovem franziu as sobrancelhas, sentando na cama — O quê eu fiz?

— Nada, bem, nada ainda. — A loira suspirou — Mas o espírito em você fez, e se as pessoas erradas o descobrirem teremos problemas graves, e você pode morrer. Por isso precisa ficar aqui.

Kyara fechou os olhos.

Como tantas coisas podiam mudar em poucas horas? Como podia estar em Felcia pela manhã, e agora vivendo esse inferno numa montanha? Eram muitas coisas ao mesmo tempo, e ela se sentiu sufocada.

— Você não vai desmaiar, não é? — Leon levantou uma sobrancelha, cruzando os braços — Ou vai?

— Quê? Eu não... — Kyara respirou fundo — Não vou, é só que... como é possível? Que eu tenha um... um espírito dentro de mim?

Ela olhou atentamente para a dupla, antes de continuar:

— Acho... acho que vocês precisam me explicar algumas coisas! — Kyara ergueu o queixo, reunindo toda coragem que tinha — Tenho o direto de saber o que está acontecendo.

— Seraia, explica pra ela. — O rapaz perto da porta, Leon, disse ao descruzar os braços — Melhor você do que eu.

— Muito bem! — A loira bateu palmas, com um sorriso nos lábios pintados de vermelho — Sente-se, querida, vou explicar tudo que você precisa saber, e depois o Conselho lhe explica o resto.

Kyara olhou desconfiada para a dupla, mas por fim encarou a moça, que a fitava com intensos olhos castanhos claros.

— Bom, por onde eu começo? Ah, sim, é. — A loira respirou fundo e continuou — Para começar, você tem mesmo um espírito dentro do seu corpo, e ele está aí para que você dê continuidade a um plano da Ordem para salvar Vência.

— Plano? — Repitiu Kyara, movendo os dedos cor de avelã para a clavícula — Que espírito é esse? Como, como pode ele estar dentro de mim e eu não saber?

— Você deve saber que antes da ditadura tínhamos um presidente, certo? — A outra assentiu, a loira continuou, brincando com as mangas da túnica — Nosso presidente foi morto por Úmbra duas décadas atrás, mas ele não foi o único a ser assassinado naquela noite em que a Capital foi tomada.

— Muitas pessoas morreram naquele dia, a família do presidente, seus apoiadores... — Kyara cruzou os braços, vendo que a loira encarava sua mão na clavícula e decidindo parar — Inocentes, e muitos outros, disso eu sei.

— Têm razão, tem razão! — Seraia levantou as mãos de dedos longos — Mas você não conhece a história de Úmbra, conhece?

Kyara piscou surpresa, e negou. A loira sorriu de leve, juntando as mãos e assumindo uma postura séria antes de continuar:

— Úmbra consegue controlar a água, e a chuva negra também, mas isso você já sabe, obviamente. Ela foi treinada por uma feiticeira, Morgana, que Deer a guarde.

— Feiticeira? — Kyara riu — Que tipo de história é essa?

— Se eu fosse você, esperaria pelo fim da história em silêncio. — Leon avisou, levantando uma sobrancelha para a jovem.

Kyara encolheu os ombros, envergonhada.

— Não precisa falar assim com ela. — Seraia se virou para encarar o soldado — É normal que duvide, não podemos julgar.

Leon revirou os olhos acinzentados, e cruzou os braços em frente ao peito largo. Ele era alto, apesar de Seraia ganhar por alguns bons centímetros, também era forte, mas não de modo exagerado como os guardas nas entradas das portas no corredor, seu porte era elegante, embora levemente arrogante.

— Só continue a falar de uma vez, não temos o dia inteiro. — Disse ele, por fim. Foi a vez da loira revirar os olhos.

— Certo, a feiticeira que treinou Úmbra tinha outros três alunos, a quem ela passou todo seu conhecimento e concedeu um elemento. Ela era a principal conselheira do nosso presidente, e seus alunos assumiriam seu lugar quando ela se aposentasse.

— E onde estão esses outros alunos? E a feiticeira? — Kyara perguntou, se esforçando para entender os fatos.

— Estão mortos.












Rayanne Morais como Seraia:


Daniel Sharman como Leon:

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