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O reencontro

Polônia Ocidental- Maio de 1941

-Base militar nazista

HARRY

''Harry, confie em mim, tudo depende do referencial."

" Não vem com essa conversa de físico para cima de mim não Steven. Estamos fodidos e você sabe disso.'' Falo bravo para o meu amigo, que colocou a gente nessa emboscada.

"Não sei porque você está tão bravo. Esses nazistas não vão matar a gente.'' Diz ele, recebendo um olhar feio meu, fazendo com que ele complete seu raciocínio:

''Se fossem matar a gente, já teriam feito. Não é como se eles tivessem dó da gente ou coisa do tipo.'' Concluiu Steven com um falso tom de tranquilidade.

''Não sei não, vai fazer mais de dois meses que estamos aqui. Parece até que eles estão esperando alguém, ou alguma ordem.'' Falo um pouco aflito, até porque essa situação está bem tensa. A sensação de espera de algo ruim se aproximando, é aterrorizante.

''Seja lá o que for, espero que seu sogro nos salve logo...Opa! Calma aí, pai de amante é sogro? Fiquei confuso agora.'' Diz Steven, com mais uma de suas ironias. Desde que contei a ele que estou apaixonado por Elena, suas gracinhas se ampliaram.

''Vai tomar no seu cu Steven, já te falei que a Elena não é minha amante.'' Digo a ele perdendo o pouco da minha paciência.

''Não será isso que vai ser noticiado quando você voltar para Londres." Diz ele tragando seu cigarro.

''Acho que os jornais ingleses possuirão notícias mais relevantes do que a minha vida amorosa, não acha?'' Pergunto a ele em tom carregado de sarcasmo.

''Sei não. Você é um burguês safado de boa aparência, que vai ser tratado como um herói de guerra quando voltar, então sei lá, acho que vão estar interessados na sua vida amorosa sim.''  Responde meu amigo, como se fosse óbvio.

''Foda-se, nem sei se vamos sair daqui.'' Digo meio que ignorando Steven, pois no momento temos problemas bem maiores.

Quando conheci o pai de Elena, ele estava armando uma guerrilha para capturar dois membros do partido nazistas, os quais estavam sendo protegidos pelos agentes da SS, mas com o impacto da notícia que sua filha estava viva, ele adiou a operação. Sendo assim, eu e Steven fomos convocados para participar da tática de guerra que fora adiada para algumas semanas, na verdade, Steven meio que nos convidou, ele ficou horas falando no ouvido de Mark, que já havíamos participado de operações desse nível -o que era mentira-, até que Mark colocou a gente de frente do pelotão. Não sabemos se foi por superioridade alemã, burrice nossa, ou algum espião, mas nosso plano foi um fiasco, muitos homens deram baixas, e outros capturados, e é óbvio que dentre os últimos, eu e Steven fomos sorteados.

Estamos a uns bons dias aqui nessa base inimiga da Polônia, e não há escapatória. O local apesar de ser um prédio a ruínas, está bem equipado, notei que os agentes e até mesmos soldados, todos da SS, são bem servidos, não por empregados contratados, e sim por prisioneiros. De início me recusei a acreditar, não seria possível ser ali todos judeus obrigados, a realidade não poderia ser assim tão escrota.

Steven tentou conversar com uma das mulheres judias, que trazia sempre nossa refeição, percebi que ela entendia inglês, pelo modo que prestava atenção nas minhas discussões com Steven e parecia achar graça , mas o medo de ser pega falando com a gente com certeza era grande, então não tentamos mais contato. Aqui preso com a gente, tem mais um camarada de guerrilha de Mark, ele parece odiar isso tanto quanto a gente, mas mantém-se calado. O outro prisioneiro é um polonês, que ainda não abriu a boca para nada, mas pelo seu olhar, vejo que carrega marcas profundas de dor. Não sei qual o objetivo desses filhos da puta, mas Steven estava certo, se fosse matar a gente, já teriam feito.

́ ́Você, levanta.́ ́ Diz um soldado se aproximando da nossa cela, e apontando em minha direção, dou um olhar desconfiado para os meus companheiros, mas levanto e sigo o soldado por fim.

́ ́O capitão Schneider quer conversar com você.''  Apenas assinto com a cabeça para o soldado que não deve ter mais de 19 anos, e possui um olhar perdido, como se não soubesse como foi parar ali.

''Uma dica, responda a tudo que ele perguntar, vai ser melhor.'' Diz o soldado parando e me encarando, quando nos aproximamos da sala do seu superior.

́ ́Por que da dica?'' Pergunto desconfiado.

''Também sou soldado, assim como você, não tive escolha. Fui obrigado a servir pelo meu país.'' Diz o menino encolhendo os ombros. Apenas concordo com ele, e continuamos nosso caminho, chegando a uma porta grande, a qual o soldado manda eu entrar, adentrando logo em seguida.

''Por favor, sente-se.'' Diz um homem de meia idade, com mais medalhas penduradas no informe, do que eu possa contar.

́ ́Soldado, pode amarrar o prisioneiro na cadeira e se retirar. Esse é um dos britânicos confere?'' Pergunta o homem, e o soldado só confirma com a cabeça, obedecendo suas ordens, e logo saindo da sala.

́ ́Londres, bela cidade, passei minhas férias lá com minha família, no verão de 1930. Aceita?́ ́ Pergunta ele me oferecendo um charuto, o qual eu recuso.

''Os campeonatos ingleses são os melhores, você acompanha?'' Questiona o homem, como se estivesse me estudando. Que porra de assunto é esse afinal?

''Costumava, mas tem uma guerra nos atrapalhando.'' Respondo cinicamente.

́ ́Verdade. Mas você como descendente de imperialistas, deveria saber que guerras sempre fizeram parte do nosso mundo, é um processo natural, alguns são só melhores que outros, ou como nós dizemos, mais puros que outros, e convenhamos, alguns não deviam nem ter o direito a vida, e as guerras são para resolver isso. Não concorda?́ ́ Divaga o homem, de forma nojenta.

''Infelizmente concordo, só que com uma perspectiva distinta. Acredito que vocês nazistas fazem parte desses, que não deveriam ter direito a vida.'' Respondo de forma automática, já esperando o pior, e não uma risada.

''Vocês ingleses são engraçados, muito engraçados. Nos julgam por dizer abertamente o que pensamos, e fazem da mesma forma com as suas colônias na Índia e na África, não são tão diferentes de nós, só mudam os alvos.'' Diz ele me encarando com um olhar debochado.

''Não acho que me chamou aqui para questionar minhas opiniões de geopolítica, não é mesmo?'' Questiono um pouco irritado.

''Certamente que não. Então vamos direto ao ponto, vou fazer apenas duas perguntas simples para você, e depois estará liberado.'' Diz ele acedendo agora a um cigarro.

''Quais são elas?'' Pergunto um pouco receoso.

''Onde será o próximo ataque de guerrilha do seu bando? E quem é o líder?'' Pergunta ele de modo ameaçador. Sei a resposta de ambas perguntas, mas nem que o inferno congele direi a ele, então permaneço em silêncio.

''Imaginei que não falaria facilmente.'' Diz ele suspirando, e logo em seguida se levantando, indo rumo a um armário da sala, e pega um objeto que eu logo identifico.

́ Geralmente meus companheiros de guerra não utilizam armamentos tão antigos como esse...'' Diz ele, encaixando o soco inglês em uma das mãos.

''Mas confesso que eu sou um pouco tradicional. E por estar na presença de um britânico, nada mais justo, que utilizar um objeto criado por vocês mesmos.'' Diz ele enquanto aperta os nós das minhas mãos rentes a cadeira, feita pelo soldado que estava aqui de início.

''Devo refrescar sua memória, ou já sabe as respostas das minhas perguntas?́ ́ - Indaga ele, recebendo novamente meu silêncio, o que me provocou consequências.

"Muito bem, você quem não quis colaborar." E então sinto o primeiro soco, direto no lado esquerdo do meu rosto.

"Pronto para falar?" Questiona ele novamente após acertar mais alguns socos no meu rosto, já consigo sentir o cheiro de sangue no cômodo.

Com força tirada de algum lugar, permaneço quieto, o que irrita ainda mais o capitão nazista, o qual não esconde sua frustração, assim me dando mais socos, incluindo no meu ombro, e essa merda dói pra cacete.

Nos primeiros socos consegui manter a pose de soldado destemido, com cabeça erguida. Nos que sucederam a uma contagem acima de dez, com meu sangue jorrando do meu rosto, confesso que o soldado destemido já tinha ido para a merda, mas eu não podia dar esse gostinho a esse verme nazista, o qual se enfurecia perante ao meu silêncio, e me torturava mais e mais, mas meu silencio permanecia.

́ ́Senhor, com licença, o major Miller está de partida, e solicitou sua presença na sala dele imediatamente.'' Entra um soldado na sala, ignorando por total a sessão tortura. Tento forçar a visão para enxergar, mas não consigo, por conta do inchaço causado dos socos sucessivos que recebi.

''Só um minuto soldado.'' Diz o capitão, limpando o meu sangue do soco inglês com uma toalha.

''Infelizmente não temos senhor, ele solicitou sua presença agora. Ele está em reunião, com alguém importante do exército vermelho, e parece-me que sua presença é de extrema importância.'' Diz o soldado parecendo um robô programado para obedecer.

O meu torturador parece pensar um pouco, e começa a conversar com o soldado em alemão, ele não parece muito contente em ouvir as coordenadas do rapaz, mas acaba por fim concordando, e se vira para mim novamente, que já estou quase desmaiando.

''Nesse caso, deixa eu acabar logo com isso... já que você não quer falar...'' E antes que eu possa ouvir o final da frase, sinto minha pressão cair, e o som arrebatador do osso do meu nariz quebrando, logo provocando um excessivo derramamento de sangue, seguido do meu desmaio, o qual eu não sei quanto dura.

E então sou despertado, ao sentir alguém mexendo no meu nariz, o qual pude escutar o osso de movimentando.

''Calma, não se levante por favor.'' Escuto uma voz calma conversando comigo, tento abrir os olhos, mas a claridade que ameaça, me dá mais dor de cabeça, então mantenho os olhos fechados.

''Você está com alguns ferimentos sérios no rosto, mas como atendi você rápido, não ficará cicatrizes. Provavelmente você acordou quando coloquei seu nariz no lugar, sinto muito pela dor, mas só consegui linha e agulha para lhe ajudar.'' Continua falando o homem da voz calma.

́ ́Onde eu estou?'' Pergunto, abrindo meus olhos calmamente, enxergando algumas pessoas na sala.

́ ́EI, STEVEN, ELE ACORDOU.'' Escuto o grito do nosso companheiro de cela.

''Obrigado senhor. Cara, não faça mais isso.'' Diz Steven, que se aproximou rapidamente de mim, me puxando para um abraço.

''Cuidado mano, meu braço tá doendo pra caralho.'' Resmungo de dor.

́ ́Vai doer por alguns dias, mas agorinha conseguirei uns medicamentos para aliviar a dor.'' Diz o mesmo homem que me acordou, que agora que estou lúcido reconheço como nosso calado companheiro de cela polonês.

''Obrigado.'' Falo fechando novamente meus olhos, sendo vencido pelo cansaço.

''Como sabe tanto de cura? Digo, você não se desesperou quando Harry chegou aqui todo fodido, e literalmente costurou a cara dele com uma agulha.'' Comenta Steven com meu salvador do dia.

''Sou médico, ou ao menos era um.'' Diz o homem suspirando.

''E como veio parar aqui?'' Pergunta meu amigo inocentemente.

''Quando as leis de proibição começaram, não achei que iriam piorar mais, achei que iriam parar por ali. Que seria apenas durante o mandato daquele governo, que logo iria tudo voltar ao normal. Mas como vocês sabem, as coisas só pioraram.'' Diz ele suspirando,

''Você faz parte da resistência?'' Questiona Steven a ele.

''Agora eu não pertenço a nada. Antes também não, fui omisso. Primeiro proibiram-me de atender arianos puros no consultório, depois fecharam o local. E então, levaram minhas filhas para as fazendas, e eu, não faço ideia porque me trouxeram para cá, provavelmente acharam que eu estava fugindo, mas só fui ajudar uma amiga do lado oriental, e assim estou aqui desde então, não sei porque não me matam logo, acho que é essa minha tortura no final, me deixar vivo, com as mãos atadas.''

́ ́Deve ser porque você é médico, provavelmente eles devem ter algum interesse nas suas habilidades, afinal eles estão em guerra." Comento baixinho.

''Você acha mesmo que eles deixariam um judeu socorrer um deles?" Pergunta ele com os olhos focados nas grades.

Não respondo, pois não há o que falar. Só sei que não seremos soltos, e não tem como fugir, não sem ajuda.

Na hora do jantar, percebo que a moça que Steven já tentou contato antes, conversa com o nosso colega médico, o qual se chama Joel, eles conversam no que imagino ser polonês.

''Parece que não iremos passar a noite aqui senhores.'' Diz Joel, assim que a mulher se afasta.

''Não, não diga que iremos para alguma daquelas fazendas de nazistas.'' Fala Steven com certo desespero.

''Na verdade não, parece que um tal de tenente Joseph Kerensk está lá fora negociando com um dos alemães que manda aqui nossas cabeças, pelo o que parece, somos prisioneiros deles, já que todos aqui presentes fomos pegos no lado oriental, eu fugindo, e vocês lutando. Conhecem esse soviético?'' Questiona o médico para nós, enquanto me entrega um copo com água e mais alguma erva dentro, que a moça trouxe anteriormente. Imagino que seja algum anestésico para dor.

''Não, não somos amigos do exército vermelho. Merda, sair das mãos dos nazistas e cair nas dos soviéticos, não sei se devo ficar contente com isso não.'' Lamenta Steven.

''Pelo menos não serei perseguido por conta da minha religião.'' Comenta Joel suspirando.

́ ́Mas eu não entendo. Esse tal tenente, está interessado em todos nós? Por que?'' Pergunto desconfiado. Será se o avô da Elena está por trás disso? Porque se estiver, prefiro morrer pelas mãos alemãs.

''Não faço ideia meu amigo, mas acho melhor nos prepararmos.'' Comenta Steven com medo do olhar.

Passaram-se horas, até que um grupo de seis soldados aparecem na nossa cela, nos levando para o lado de fora do prédio. Ao sairmos, percebo que o local está rodeado de soldados nazistas, mas avisto apenas quatro do exército vermelho, um oficial, e três soldados, o que eu estranho.

''Bom, infelizmente demorei para chegar aqui na Polônia, e não poderei concluir a minha missão com vocês, mas imagino que o coronel Kerensk vai, afinal, vocês são nossos inimigos em comum. De qualquer modo, não quero levantar guerra com a União Soviética, agora. E parece-me que vocês são prisioneiros deles mesmo.'' Explica o comandante nazista que me torturou mais cedo, de forma bem contrariada.

Vejo os comandantes dos dois exércitos se cumprimentando, o que deve ser mera formalidade, já que esses bostas também se odeiam. E em seguida, os soldados nos levam rumo aos veículos soviéticos aqui presentes. Eu e Joel vamos amarrados no porta mala de um dos carros, e Steven e o outro camarada vão no outro carro. Não sei que merda está acontecendo, mas essa situação está muito estranha, pois no dia que tentaram me capturar com a Elena, havia muito mais soldado soviético que agora, algo está errado.

A viagem de carro durou a noite inteira, não ocorreu nenhuma parada. Joel estima que já passaram-se umas oito horas de viagem, e ele está preocupado com meus ferimentos no braço, que voltou a sangrar. No que passou-se em torno de duas a três horas, sentimos o carro parar. não tenho noção de onde estamos, se ainda é noite ou dia, já que os vidros são tapados por um pano preto.

Os homens que estavam no carro, abre o porta mala rapidamente, colocando um saco escuro nas nossas caras, e nos guiando pelo caminho. Quando andamos pela neve escorregadia, consigo ouvir vozes e risadas, até que o barulho é abafado por um fechamento de porta. Penso que assim que tirarem esse saco da minha cara, verei o avô psicopata da Elena, mas sou completamente surpreendido quando o saco é retirado, e vejo um rosto amigo.

''Você me deu trabalho hoje em seu filho da puta miserável.'' Diz Mark rindo, com seu típico cigarro pendurado na boca. Nunca pensei que sentiria isso, mas porra, que alívio que é meu sogro.

''Seu verme, tinha que fazer todo esse suspense? Quase caguei nas calças.'' Falo rindo para ele, suspirando a liberdade.

''Mas é claro, esse seria a melhor forma de agradecimento. Deixe-me soltar vocês.'' Fala Mark rindo, e logo nos soltando.

''Os caras pegaram pesado com você em, sua cara está uma merda.'' Diz Mark com o cenho franzido, enquanto encara meus ferimentos.

''Poderia ter sido pior, mas por sorte, Joel estava lá com a gente e nos ajudou.'' Respondo apontando para Joel, que está calado até agora.

''É um prazer Doutor. Seja bem vindo a resistência.'' Fala Mark, oferecendo uma das mãos como cumprimento.

''O prazer é meu, obrigado por me tirarem de lá, no que eu puder ajudar aqui, estou a disposição.'' Responde Joel gentilmente.

''Iremos precisar, estamos com uma grávida aqui no acampamento, diria que pela barriga, deve estar para dar a luz. O camarada Alexander, irá levá-lo o senhor até ela, mas primeiro vá nos dormitórios, temos banheiro, roupas, e tudo que precisar, está em casa companheiro.''

''Muito obrigado, senhor.'' Diz Joel, e logo se retira.

''Você pode ir também Harry, parece que você não vê um chuveiro a meses.'' Diz Mark tirando uma com a minha cara.

''A, no hotel de luxo que os alemães me deixaram não tinha água quente, então evitei banho.'' Respondo cinicamente, arrancando risadas de Mark.

''Da um abraço aqui filho, senti a sua falta esses dias.'' Fala Mark, logo me puxando para um abraço.

''Considerando o tempo do resgate, sei que não.'' Respondo rindo, enquanto me afasto do abraço.

''Tinha alguém mais importante para resgatar. Agora vá para o dormitório, e limpe esse sangue seco, que você está fedendo, e depois volte aqui imediatamente, temos algo importante para discutir. ́ ́ Ordena Mark ainda tirando uma com a minha cara, mas ficando sério logo em seguida.

Assim que saio da sala dele, um soldado me acompanha até meu dormitório, devo estar com moral com Mark, afinal ganhei um quarto só para mim. Tomo banho, escovo os meus dentes, e coloco as vestimentas soviéticas da resistência, me sinto um homem novo, e brocado, decido comer algo antes de ver a cara de Mark de novo. Caminho em direção a mesa comunitária, e reparo em volta, o local aqui é bem maior que o antigo acampamento. Continuo andando, e vejo uma mulher, com estrutura corporal igual a da Elena, fico olhando-a por segundos, ela está acompanhada por um homem, que pelo olhar dele, parece estar encantado pela moça.

''Caralho mano, Mark deu um puta susto na gente. Confesso que achei que eram membros reais do exército stalinista, se foder em.'' Fala Steven, surgindo do nada ao meu lado, mas meu foco não está nele, e sim nessa linda morena, que eu tenho certeza que é a Elena.

''Olha Harry, eu sei que você não tem muita noção, mas disfarça aí, eu sei que a moça é gostosa, tem uma puta de uma bunda, mas ela está acompanhada.'' Diz Steven após perceber o que tanto prende meu olhar.

''Não mano, eu acho...Não tenho certeza, aquela é a Elena.'' Respondo meio confuso, ainda mantendo meus olhos nela, que ainda não meu viu.

Estou com os pés grudados no chão, como essa mulher se parece com Elena, até os cabelos, mas minha esperança de que ela se vire para mim, logo é evaporada, pois ela e o rapaz vão rindo para o cômodo na frente deles, sem que eu possa ver o seu rosto. Devo estar meio chapado de tanto remédio que até perco a noção dos limites, e sigo em direção ao local que a moça semelhante a Elena foi.

Assim que adentro no grande cômodo, meu coração para. É ela. Lena está aqui, e está bem, conversando alegremente com uma moça grávida, e com os braços de um soldado pendurados nos ombros dela. Quem é esse filho da puta?

Não sei se caminho motivado pela saudade dela, ou alívio de que ela esteja bem, ou puro ciúmes, ou talvez as três coisas, mas só sei que corro em sua direção. Ela não me viu ainda. Está distraída passando a mão na barriga gigante de sua amiga.

Antes que eu possa chegar até ela, Mark surge com o semblante sério, e entra na minha frente.

́ ́Era sobre isso que eu queria conversar com você antes, te preparar para esse momento'' Diz Mark com tom receoso.

''Me preparar para que? Licença Mark, mas eu preciso falar com ela, e agora.'' Tento passar por ele determinado.

''Eu preciso saber suas intenções reais com a minha filha antes, ela quase morreu de tanta preocupação quando soube que você estava preso na Polônia, chegou a adoecer, e eu tive que mentir para ela Harry, não estava com muita esperança de que teria sucesso no seu resgate. Ela chorou por meses, só agora finalmente saiu do seu luto.'' Divaga ele, me deixando confuso, que merda que ele está falando?

''Do que caralho você está falando?'' Pergunto com um tom assassino para Mark.

''Passou-se vários meses Harry. Não sabia que conseguiria te resgatar, eu me aproximei muito de Elena durante esse tempo, e ela logo juntou os pontos, e descobriu que somos amigos. Ela ficava triste toda vez que algum grupo que saía a sua procura, voltava sem você. Então eu tinha perdido as esperanças, iria parar as buscas, e o sofrimento de minha filha. Disse a ela, que você estava morto, só assim para ela conseguir seguir em frente, ela não pararia nunca de te procurar.'' Diz Mark baixinho, para que só eu escute, seu tom de voz é carregado de ressentimento.

''E por que continuou me procurando?'' Pergunto por fim, tentando manter as lágrimas presas.

''Eu tinha parado. Até que um dos meus espiões do lado ocidental, foi a base militar que vocês estavam, e soube do paradeiro de dois ingleses. Assim, minhas esperanças voltaram, mas só iria dizer a Lena, quando fosse certeza, e acabou que foi certeiro. Você precisa me entender Harry, agi por instinto paterno de proteção.'' Diz Mark com a voz tremula já.

''Eu entendo Mark. Mas não concordo nenhum um pouco, agora me da licença que já passei tempo demais sem a minha Elena.'' Respondo seriamente, tentando ir em direção a ela, mas sou novamente interrompido.

''Era isso que eu queria conversar antes. Preciso saber se ela não é só uma diversão sua em tempos de guerra. Por que se por acaso for, e não estou de julgando rapaz, deixe as coisas como estão, consigo mandar você e seu amigo para alguma tropa dos Aliados, e esquecemos esse assunto. Só não faça minha filha sofrer mais.'' Diz Mark em tom ameaçador, o que me tira do sério, e acabo aumentando o tom da minha voz.

''Você precisa cuidar da porra da sua vida, você não sabe de merda nenhuma. Eu gosto de verdade da sua filha, ela nunca foi uma diversão para mim. Agora se você já terminou com seu papinho de pai protetor hipócrita, me da licença.'' Respondo em tom ameaçador também, não percebendo que estávamos chamando a atenção de todos, inclusive a dela, a qual está me encarando com seus olhos azuis que eu tanto gosto.

Mas que no momento não sei decifrar o que eles dizem, e muito menos o tom de sua voz, quando ela fala meu nome como se fosse uma pergunta, como se eu fosse um fantasma:

''Harry?''


Oii gente, como você estão?

Primeiramente, peço desculpas pela demora, mas esses dias estão sendo difíceis para mim, estou com covid-19 (tive vários sintomas), e perdi minha vozinha querida, que eu tanto amo.

Confesso que nesse tempo pensei em desistir de tudo, não conseguia fazer nada, nem sei dizer o que me motivou a continuar com essa história, acredito que foi a distração.

Mas de qualquer forma, obrigada pelas leituras e votos, e se puderem comentar o que estão achando, sintam-se à vontade. O livro entrou agora em uma nova parte, que explicarei melhor no próximo capitulo.

obs: Elena e Harry finalmente se encontraram 🥰

Beijos, se cuidem, e até a próxima.

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