004.
FIGHT CLUB.
No fim daquela noite, Jin-ah sentiu-se aliviada por Hyeon-ju finalmente ceder e começar a confiar em Woo-jin e Geon-woo. Quando saiu, encontrou Jae-hyun a esperando.
Eles acabaram voltando para casa e Jin-ah estava cansada demais para fazer qualquer coisa além de dormir.
── Vem jantar ── Jae-hyun ainda estava com o cabelo molhado do banho, Jin-ah nem ao menos havia trocado suas roupas, mas, se jogou para fora do sofá e sentou-se na mesa.
── Obrigada pela comida ── Jin-ah agradeceu antes de comer e, em seguida, Jae-hyun também começou a comer.
── Seria bom se você arrumasse um namorado ── Jae-hyun falou casualmente e Jin-ah engasgou ── Me passa o kimchi, por favor.
── Jae-hyun! Por que está falando isso? ── Jin-ah apontou ── Desde quando se importa com a minha vida amoroso?
── Não me importo ── Jae-hyun acabou tendo que pegar o kimchi sozinho.
── Certo ── Jin-ah riu ── Chega desse assunto.
Jae-hyun resmungou algo, mas Jin-ah apenas o deixou em paz.
O jantar acabou minutos depois, Jin-ah esqueceu a conversa constrangedora que haviam tido e deixou que Jae-hyun assistisse ao filme que passava na televisão antes de dormir.
Enquanto limpava a mesa, Jin-ah deu uma espiada em direção à sala e notou que Jae-hyun não estava prestando atenção no filme, mas, sim, no livro que estava lendo.
Sempre que conseguida, Jin-ah acabava fazendo alguma piada sobre o quão nerd seu irmão parecia. Antes que parasse de lutar boxe, estudar era a coisa que mais gostava de fazer. Agora, Jae-hyun se concentrava apenas nisso e havia deixado os treinos de lado.
Jae-hyun tinha dezoito anos e já tinha idade o suficiente para saber o que queria fazer. Jin-ah deixava ele livre para escolher, sabendo que a dívida de seu pai preocupava a irmã, participar de campeonatos futuros provavelmente a mataria de preocupação.
Jin-ah o jogou os restos de comida fora quando a campainha tocou. Já era tarde da noite e eles não esperavam ninguém.
── Jae-hyun, espera! ── Jin-ah tentou o impedir de abrir a porta, esperando pelo pior. Alguém aparecer naquele horário não parecia ser algo bom, Jin-ah chegou na hora que Jae-hyun encarava o convidado inesperado.
── Oi, eu sou Kim Geon-woo ── Ele sorriu e Jae-hyun o encarou ── Desculpa pelo horário. É aqui que mora a Jin-ah?
Jae-hyun encarou Geon-woo o suficiente para fazê-lo ficar desconfortável e, então, abriu a porta o suficiente para que ele visse a sua irmã atrás dele.
── Eu gosto desse ── Jae-hyun sussurrou enquanto passava por Jin-ah e voltava a ler seu livro na sala de estar.
── Geon-woo, está tudo bem? ── Jin-ah se aproximou da entrada ── Aconteceu alguma coisa? Vamos, entre.
── Ah, não. Não precisa ── Geon-woo negou educadamente ── Serei rápido.
Jin-ah encostou no batente da porta e olhou para Geon-woo com calma. Ele sorria sempre que estava empolgado com alguma coisa, mas lutava com força de vontade e buscando sempre vencer.
Era admirável e, por isso, Woo-jin tornou-se seu amigo. Ambos queriam justiça e vitória, mas Jin-ah sabia que aquilo podia ser perigoso para todos ao redor deles.
── Eu queria agradecer ── Geon-woo sorriu ── Por ajudar a convencer a Hyeon-ju. Sei que não foi uma tarefa fácil, já que agora provavelmente estragamos o plano dela.
── Não se preocupe, Hyeon-ju vai superar isso ── Jin-ah explicou ── Só cheguem no horário, não façam nada impulsivo e tudo ficara bem.
Geon-woo agradeceu fazendo uma breve reverência, Jin-ah acenou indicando que não precisava fazer aquilo.
── Você...também tem alguma dívida com a Smile Capital? ── Geon-woo perguntou. Estava curioso, Jin-ah suspirou e fechou a porta atrás dela.
── Vamos dar uma volta ── Jin-ah falou e Geon-woo concordou e começou a segui-la.
O ar noturno era gelado, Jin-ah logo se arrependeu por não pegar um casaco mais quente. Geon-woo notou e relutou em entregá-la seu casaco.
Jin-ah não falava sobre a Smile Capital, a dívida de seu pai ou o medo que sentia para ninguém. Claro, Choi Tae-ho e Cha Hyeon-ju eram os únicos que sabiam, mas apenas as coisas superficiais e não o que sentia a todo momento.
Agora, ela apenas esperava que alguém da Smile Capital aparecesse e a matasse.
── O meu pai tinha um restaurante e, por conta da pandemia, acabamos fechando e ficando atolados de dívidas. Foi quando essas pessoas da Smile Capital apareceram e ofereceram dez milhões para ele ── Jin-ah explicou enquanto caminhavam pela rua. Geon-woo a ouvia atentamente ── A dívida aumentou e triplicou, são mais de duzentos milhões, agora. Ele...desapareceu há alguns meses e, então, eles vieram atrás da benfeitora.
── Seu pai colocou a dívida no seu nome? ── Jin-ah concordou ── Eu...sinto muito.
── Eles não foram embora antes de deixar marcado ── Geon-woo parou de andar e a encarou. Jin-ah se virou para olhá-lo ── O corte que você tem no rosto, eu também tenho.
Jin-ah afastou o cabelo e virou de costas, abaixando um pouco a jaqueta até os ombros. Ali, havia um corte mal cicatrizado do ombro até o pescoço. Na maior parte das vezes, por conta de seu cabelo, era imperceptível.
Geon-woo se aproximou o suficiente para vê-lo e quase o tocou, mas não o fez. Jin-ah o cobriu em seguida.
── Eles o fariam em Jae-hyun e eu jamais deixaria ── Aquela lembrança dolorosa a irritou ── Eu o provoquei e, por isso, fizeram isso.
── Não foi sua culpa ── Geon-woo falou ── Eles vão pagar. Não se preocupe, farei isso.
Acreditar que alguém a protegeria seria bom, mas Jin-ah não precisava daquilo.
── Cuide dos seus problemas, Geon-woo ── Jin-ah voltou a andar e Geon-woo a seguiu.
── Estamos lutando pela mesma coisa ── Geon-woo disse ── Podemos nos ajudar.
Durante o resto do trajeto, Jin-ah pensou a respeito daquilo. Afinal, havia dito a Hyeon-ju que fariam aquilo juntos, achar seu pai e pegar aqueles criminosos.
Quando chegaram no ponto de ônibus, Jin-ah ainda estava pensativa e Geon-woo deu a ela o espaço que precisava.
── O seu irmão me disse que costumava a lutar ── Geon-woo sorriu ── Conversamos um pouco mais cedo.
── Ah, sim. Woo-jin o treinava, mas ele parou ── Jin-ah disse ── Acho que Jae-hyun sente falta de lutar boxe.
── Se quiser, posso convencê-lo a voltar ── Geon-woo sugeriu ── Assim como me ajudou com a Hyeon-ju.
── E por que faria isso? ── Jin-ah perguntou o encarando ── Não me deve nada, Geon-woo. Não pense que deve me compensar de alguma forma.
── Não estou pensando isso ── Geon-woo falou ── Como disse antes, acho que podemos nos ajudar.
Geon-woo a olhava esperançoso e Jin-ah não gostou daquilo.
O olhar calmo e aquele sorriso brilhante que conseguia convencer qualquer um, até Jin-ah. E, por um instante, conseguiu.
Jin-ah havia confiado em pessoas antes e aquilo apenas lhe trouxe dor e sofrimento. Pensou em Jae-hyun e no esforço que fazia para aquilo não acontecer. A dor devia ser só sua, achava que merecia isso.
── Vamos ver como vai se sair ── Jin-ah virou as costas assim que viu o ônibus se aproximar, mas Geon-woo ficou ali, a olhando. Até que entrou no ônibus e o viu partir, Jin-ah sentia algo perto de Woo-jin e todas às vezes que ficava perto de Geon-woo, aquele sentimento novamente.
Segurança. Depois de tanto tempo, começou a sentir aquilo de novo.
Era uma sensação de alívio, mas perigosa. Jin-ah gostou disso, mesmo temendo que a levaria para aquele ponto desastroso no final, permitiu-se sentir.
☾⋆。AVISOS:
001.
Eu estava ansiosa para
escrever eles dois juntinhos
aaaaa amo meus pais :(
002.
Não esqueça de votar e
comentar suas teorias.
Até o próximo capítulo.
Bjos
saky¡megvmisz
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro