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FIGHT CLUB.
Seo Jin-ah esfregava o chão com força esperando limpar a vergonha que sentia.
Cinquenta mil wones. Foi o que conseguiu naquele dia. Duzentos bilhões, quatrocentos e noventa mil, era o que ainda devia.
A dívida não era sua, mas do seu pai. Seo Ryun-su. Ele foi embora há meses após pegar dinheiro emprestado e a deixar para trás para pagar a dívida. No começo, Ryun-su havia pegado aquele dinheiro para pagar a dívida do restaurante, mas logo a dívida aumentou e, em uma medida desesperada, ele desapareceu.
Jin-ah apenas chegou em casa um dia, após pegar Jae-hyun na escola, e encontrou a casa vazia. Os móveis continuavam lá, mas a presença de seu pai se foi por completo.
Dias depois, alguns homens apareceram em sua casa para cobrar o dinheiro. Embora não soubesse do que falavam, Jin-ah deveria quitar a dívida ou eles a matariam.
Claro, sua única opção era pagar. No entanto, eles não foram embora antes de deixar uma marca que faria com que se lembrasse daquilo sempre que se olhasse no espelho.
Agora, tinha uma dívida de milhões, dois empregos de meio período e um noturno. Havia deixado os estudos de lado para conseguir arrumar dinheiro e cuidar de Jae-hyun.
Estava cansada, exausta. Mal conseguir dormir a boate de tanta preocupação. Mas, pelo menos, Jae-hyun tinha onde dormir e comida na mesa. Então, estava tudo bem.
Suas mãos estavam dormentes, o período noturno lhe rendia algum dinheiro extra e deixar o restaurante limpo também. Porém, nenhum dinheiro valia a dor que sentia.
── Estamos fechados ── Jin-ah falou quando ouviu a porta do restaurante abrir.
── É assim que fala com os seus clientes? ── Jin-ah se virou quando ouviu aquela voz aguda. Cha Hyeon-ju a encarava com diversão.
── O quê faz aqui? ── Jin-ah perguntou.
── Temos um trabalho a fazer ── Hyeon-ju falou ── Preciso da sua ajuda e o vovô não me deixar ir sozinha.
── Então, esquece. Não faço mais isso ── Jin-ah empurrou o balde para longe ── Vá embora.
── Você me ajudava antes dessa merda acontecer ── Hyeon-ju aumentou o tom de voz, mas foi ignorada ── Deixo você em paz depois desse trabalho. Prometo.
Jin-ah riu, era uma risada falsa e exageradamente alta.
── Foi isso que disse da última vez ── Jin-ah a encarou ── Você só quer um guarda-costas ou alguém para levar uma surra por você. E eu preciso voltar para a casa inteira para ajudar o Jae-hyun com a lição de casa.
── Dois milhões ── Hyeon-ju anunciou ── É mais do que ganha aqui. E vai ajudar a pagar a mensalidade da escola do Jae-hyun.
── Sua pirralha! ── Jin-ah praguejou ── Já disse para parar de ficar atrás de mim.
── Por favor. Se conseguirmos pegar o Yang Jae-myeong, talvez conseguiremos achar o seu pai ── Hyeon-ju estava desesperada, Jin-ah conseguiu sentir isso. Embora quisesse achá-lo, era perigoso demais arriscar.
── Não! ── Jin-ah repetiu ── Agora sai. Preciso fechar.
Hyeon-ju não foi embora. Ela esperou Jin-ah trancar a porta do restaurante e a seguiu por alguns metros enquanto andava em direção ao ponto de ônibus.
── É dinheiro? Você quer mais? Posso falar com o vovó e...
── É sobre dinheiro, Hyeon-ju! ── Jin-ah virou rapidamente, a assustando ── É sobre o quão assustador foi quando aqueles homens da Smile Capital invadiram a minha casa e ameaçaram o meu irmão! Não posso correr riscos. Não posso deixar o Jae-hyun.
Hyeon-ju ficou em silêncio e Jin-ah pensou que ela havia entendido o recado, mas ela não a deixou em paz.
── Me desculpa. Eu... ── Hyeon-ju tentou falar, mas não conseguiu ── vou deixar você em paz.
Por meses, Hyeon-ju e Jin-ah trabalharam juntas. Correndo atrás dos devedores de seu avô que insistia em não cobrar juros. Quase sempre Jin-ah acaba com alguns hematomas e dores em partes de seu corpo, mas fazia aquilo para proteger Hyeon-ju que era fraca demais para se salvar.
Isso durou um tempo, até sua prioridade se tornar Jae-hyun. O dinheiro que ganhava era bom, mas o risco era maior e Jin-ah não queria correr novamente.
Ela andou, mas parou. Se lembrando da promessa que havia feito a algum tempo de não a deixar sozinha. Hyeon-ju havia lutado e vencido uma batalha sozinha, mas ainda precisava de ajuda.
Cha Hyeon-ju sempre estava se metendo em problemas, era inevitável. Sua sede por justiça era maior do que sua inteligência para ficar longe do perigo.
── Espera! ── Jin-ah caminhou em direção ao carro, abriu a porta do passageiro e entrou ── Três milhões.
Hyeon-ju não conteve a felicidade. Deu partida no carro e, juntas, foram em direção ao perigo eminente.
Jin-ah não sabia o que as esperavam, mas Hyeon-ju parecia animada demais para lhe explicar exatamente o que estava acontecendo. Sabia que o problema que ela e o senhor Choi enfrentavam era grande. Ele era um bom homem, emprestando dinheiro para as pessoas poderem pagar despesas médicas e seus tratamentos.
Hyeon-ju não concordava com a falta de juros, aquilo não os faziam ganhar nada e sempre que alguém deixava de pegar, ia atrás da pessoa.
Em uma dessas vezes, Jin-ah acabou tendo que intervir ou Hyeon-ju acabaria levando uma surra. Depois que seu pai desapareceu, Jin-ah ignorou suas ligações e mensagens. Não queria mais fazer parte daquilo. Era perigoso. Mas não podia deixar Hyeon-ju sozinha. Era ainda mais perigoso.
── É aqui ── Hyeon-ju estacionou o carro na entrada de um beco.
Minutos se passaram. E os minutos viraram uma hora. Não haviam mais pessoas na rua e Jin-ah começou a sentir-se agoniada por estar ali.
── Acha que o Yang Jae-myeong vai aparecer? ── Jin-ah perguntou.
── Um informante disse que ele estaria aqui ── respondeu ──, mas ele está demorando.
Jin-ah suspirou fundo. Então, abriu a porta do carro e saiu.
── Onde está indo? ── Hyeon-ju a seguiu, gritando ── Você disse que ia me ajudar.
── Eu disse. Antes de descobrir que você foi enganada por um estranho e que isso aqui provavelmente é uma armadilha ── Jin-ah falou ── Não seja ingênua, Hyeon-ju. Eles te enganaram.
── Jin-ah!
Jin-ah conseguiu evitar ser atingida na cabeça, mas foi derrubada no chão.
── Corre! ── Jin-an gritou para Hyeon-ju ── É uma armadilha. Corre!
O homem agarrou o pescoço de Jin-ah e começou a apertar, a força dele a fez perder o folego rapidamente.
Jia-ah colocou as mãos nos olhos dele e enfiou os dedos nas órbitas, as empurrando. A dor a fez soltá-la, Jin-an arrastou-se pelo chão e conseguiu se afastar dele.
Rapidamente, ele se recuperou e andou com passos pesados até Jin-ah, mas antes que pudesse acalçá-la, foi atingido com uma arma de choque e caiu estático no chão.
── Filho da puta ── Hyeon-ju praguejou ── Você está bem?
── Segura ele ── Jin-ah se levantou e o segurou, sentando em cima dele. O homem estava acordando, ainda desorientado ── Para quem você trabalha?
Ele não respondeu.
── Onde está o Yang Jae-myeong ── Hyeon-ju apontou a arma de choque para ele novamente.
── Ele está pegando identidades de moradores de rua ── Ele tremeu ── Para pegar empréstimos. É tudo que sei, eu juro.
Jin-ah e Hyeo-ju se olharam e resolveram acreditar no homem. Jin-ah se levantou, mas antes de ir, Hyeon-ju deu mais um choque nele.
── Me deixa em casa ── Jin-ah entrou no carro e Hyeon-ju deu partida.
── Esse filho da puta do Yang Jae-myeong ── Hyeon-ju bateu no volante ── Quando eu pegar ele...
── É melhor você se acalmar, Hyeon-ju. Antes que eu acabe dando uma surra em você ── Jin-ah esfregou o pescoço, ainda sentindo as mãos dele ali ── Se formos pegar ele, é melhor você se acalmar.
── Espera...nós? ── Hyeon-ju a olhou ── Vai me ajudar?
── Não se empolga muito. Só vou ficar de olho em você ── Jin-ah a encarou e Hyeon-ju concordou ── E não conte nada para o Jae-hyun.
De qualquer modo, Hyeon-ju ficou feliz. Juntas, eram uma boa dupla. Jin-ah tinha um instinto de proteção enorme e faria qualquer coisa para deixar as pessoas com quem se importa seguras. E Hyeon-ju a mantinha por perto não apenas por necessidade, mas por saber que ela era incapaz de abandoná-la.
Elas nunca conseguiam ficar separadas por muito tempo e isso era a sua maior fraqueza.
☾⋆。AVISOS:
001.
Aaaa tô ansiosa para
escrever essa história.
002.
Não esqueça de votar e
comentar suas teorias.
Até o próximo capítulo.
Bjos!
saky¡megvmisz
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