I. A man from another world
O fim de semana havia chegado, e Remus precisava relaxar e se divertir ou iria surtar.
Para alguém que trabalhava várias horas controlando uma sala cheia de adolescentes, corrigindo atividades e fazendo provas, ir para uma balada curtir a noite parecia uma ótima forma de se distrair e fugir um pouco da realidade, com possíveis encontros casuais, sem compromissos.
Se por um acaso encontrasse algum aluno por lá — algo que já ocorreu —, ele iria apenas fingir não ter visto ninguém e começar a flertar com o barman.
Parecia um ótimo plano para uma sexta-feira à noite, e ele estava pronto para colocá-lo em prática.
Depois de mais um dia exaustivo lecionando, claro.
Lupin amava ser professor, de fato. Adorava lecionar. Contudo, precisava admitir que não era fácil trabalhar com uma sala lotada de jovens ricos e mimados com os hormônios à flor da pele.
Ao menos, o salário compensava bastante.
— Depois de ouvir as coisas mais absurdas possíveis durante um debate em aula, eu preciso encher a cara essa noite — comentou Dorcas, sua amiga professora de História, sentada ao lado numa das mesas na sala dos professores. — Por que aceitei lecionar num colégio de elite, mesmo?
— Porque o salário paga nossas contas e ainda sobra — Remus respondeu com um copo de café em mãos. — Essa noite estou decidido a gastar o meu com bons drinks e depois sair com alguém.
— Enfim vai desencalhar?
— Duvido que irei encontrar meu futuro marido numa balada, mas não custa nada me divertir um pouco. — Bebeu um longo gole seu café. — E você está tão encalhada quanto eu. A única pessoa com uma vida amorosa resolvida entre nós é a Alice… E a Mary está quase.
— Eu sei — ela suspirou. — Mas pretendo mudar isso. Não vou sair daquela balada sem beijar pelo menos uma mulher. Levar para minha casa será lucro.
Remus riu, bebendo mais um gole de café.
— Vamos chamar mais alguém?
— Frank e eu vamos jantar hoje — Alice falou. — Neville vai sair dormir na casa de um amigo e faz muito tempo que não temos uma noite só nossa.
— Já tenho um encontro marcado — Mary disse em seguida.
— Snape com certeza não é uma opção — Dorcas comentou para Remus.
— Nunca sequer cogitaria ele como opção. — Remus fez uma careta de desgosto. — E Crouch também, nem pensar. Rosier?
— Acabei de ouvir ele na secretaria recebendo uma chamada para resolver algo sobre a filha na sede do Ensino Primário, então provavelmente não.
— Seremos apenas nós, então. Sairemos da minha casa ou da sua?
— Minha. Se essa noite vamos realmente curtir, eu vou te emprestar um belo cropped e fazer uma maquiagem maravilhosa para você deixar todos os homens daquele lugar babando aos seus pés.
— Dorcas!
— Essa noite será toda nossa, querido. — Ela sorriu travessa.
Remus não pôde deixar de sorrir para a amiga também e rir junto às outras. Os sorrisos de todos sumiram no exato momento que o professor de química, Severus Snape, adentrou a sala e seguiu diretamente até a máquina de café sem dizer uma única palavra.
— Foi só falar no diabo… — Mary sussurrou.
Não demorou para outros dois entrarem, todos citados por eles há pouco como se convocados pela menção de seus nomes. Remus apenas observou enquanto bebia seu café tranquilamente Rosier indo até o armário dos professores pegar suas coisas deixadas ali enquanto Crouch permanecia parado à porta de braços cruzados e saiu logo atrás do outro quando ele foi embora.
— Tenho apenas mais um horário, então nos vemos à noite? — Dorcas disse.
— Estarei lá às oito.
Com o fim do intervalo, Remus seguiu para suas próximas aulas.
Na última aula, com a turma do último ano do Ensino Médio, fez uma leitura de poesias de um livro e pediu que cada aluno escrevesse uma para entregá-lo. Como professor de literatura, ele gostava não só de incentivar um hábito literário em seus alunos, mas também a expressar-se sempre que encontrava oportunidade. Não era a primeira vez que pedia textos literários deles e já havia visto alguns muito bons e promissores naquela turma até dentre os mais improváveis.
Remus era adepto da ideia de que era muito mais produtivo e melhor para a compreensão dos alunos sobre o tema se eles aplicassem alguns conceitos práticos. Quando lecionava francês, fazia dinâmicas de diálogos no idioma; em literatura, nada melhor que textos voltados ao tipo de obra apresentado na aula além dos resumos óbvios de livros.
Quando os alunos começaram a entregar as atividades, ele leu algumas em sua mesa, bastante impressionado com alguns dos poemas e toda a emoção que transmitiam.
— Para a próxima aula, quero que vocês façam uma terza rima — Remus disse ao fim da aula e ouviu muitas exclamações e suspiros desgostosos. — Sei que é um estilo bastante arcaico e complexo, mas quero que se esforcem, sim? Sei que conseguem. É tema livre, podem falar sobre o que quiserem. Amor, solidão, liberdade, festa… A criatividade de vocês é o limite. Falaremos sobre esses textos e os que escreveram hoje semana que vem. Estão liberados.
Todos aprontaram-se para sair rapidamente. Enquanto Remus estava lendo as atividades com uma caneta em mãos, ela havia vazado tinta em sua mão, então ele arrumou tudo tão rápido quanto os alunos. Assim que deixou a sala, seguiu para o banheiro e abriu uma torneira.
Esfregava as mãos quando ouviu a voz de um dos alunos que acabara de sair junto consigo da sala. O garoto pálido e de cabelos loiros quase tão claros que beiravam ao branco parou em frente ao espelho não muito longe e ajeitou os fones nos ouvidos para atender uma ligação enquanto passava protetor solar no rosto.
Era um de seus alunos que Lupin sabia muito bem que a família possuía tanto dinheiro que o garoto nunca precisaria trabalhar na vida se quisesse. Ele tinha as melhores notas da turma, destoando bastante de seus amigos de famílias igualmente bem sucedidas que estavam muito mais interessados em falar sobre fins de semana viajando pela Europa, novidades de carros que apenas alguém como eles poderiam comprar e coisas assim — e quando estava junto deles, aquele garoto não parecia muito diferente as vezes. Também era quem produzia alguns dos textos que mais chamavam sua atenção.
Remus não gostava de se intrometer na vida de ninguém, muito menos de seus alunos, mas estando falando próximo a ele, seria impossível não ouvir a conversa. E aquela tinta estava determinada a não sair de sua pele.
— Tenho quase certeza que seu pai não sentiu minha falta na festa de aniversário dele — ouviu o garoto falar e fazer uma pausa, provavelmente para ouvir quem estivesse do outro lado da ligação, pois revirou os olhos em seguida. — Okay, mon étoile, vou comprar uma livraria inteira para você para compensar minha falta. — Ele falou com ironia, mas Remus tinha suas dúvidas considerando o meio em que o garoto convivia. Facilmente ele poderia realmente comprar uma livraria inteira.
Desconfiava que estivesse falando com a namorada. Sabia que ele tinha uma — que ele disse ter sido quem lhe presenteou com um livro que Lupin o viu lendo uma vez quando entrou na sala e perguntou onde havia comprado pois era uma edição muito rara.
Para Remus era um sonho distante ter um namorado que lhe comprasse edições raras de livros que gostava. O universo realmente tem seus favoritos.
— Eu pago o jantar hoje, mas você compra a sobremesa. — O garoto passou mais uma camada de protetor na pele que ganhou repentinamente uma coloração avermelhada. — Isso é um golpe muito baixo até para você… Vai usar francês agora? Okay… Oh! Est-ce que je te manque tant que ça? — Ele sorriu de um modo que raramente fazia. — Tudo bem, já vou para sua casa agora… Je t'aime.
Lupin teve certeza que era a namorada. A pronúncia perfeita do francês justificava o porquê de ele ter abdicado da disciplina na grade.
O garoto ajeitou os cabelos com as mãos antes de sair sem olhar para Lupin uma única vez sequer, como geralmente fazia. Além de reservado e talentoso, era igualmente arrogante e mimado como outros alunos de famílias da elite.
A grande maioria dos alunos eram. Nem sempre tão fáceis de lidar em sala de aula ou fora dela.
Remus respirou fundo. Quase todos os seus alunos estariam marcando planos para sair, e ele também tinha esse direito. Hoje ele teria uma grande noite!
***
A grande noite de Lupin realmente seria uma grande noite.
Ele chegou a casa de Dorcas no horário marcado, e ela cumpriu o que disse sobre arrumá-lo da forma mais deslumbrante possível.
Remus observou no espelho o pequeno pedaço de pele de seu abdômen que estava aparente além de seus braços pela ausência de mangas e a barra cortada pela amiga que transformou uma camiseta larga velha que ela achou em um brechó em um cropped que serviu como uma luva nele. Já fazia um tempo que vinha pensando em fazer tatuagens naquelas áreas para juntar-se à única que ele possuía em suas costelas que havia feito no seu aniversário de dezoito anos.
Seus cabelos loiro-escuros estavam bagunçados de um jeito que Dorcas dizia ficar charmoso, e ela havia feito sua maquiagem. Não era tão marcante quanto a dela, que possuía muito brilho e cor, mas destacava bem seus olhos castanhos-esverdeados com o lápis de olho e esfumado preto e o delineado e alguns pontos com o iluminador brilhante.
Ele sabia que estava bonito, realmente incrível. Não se parecia nem um pouco com o professor de literatura que adorava usar suéteres que ia trabalhar durante toda a semana pela manhã, e esse era o objetivo. Aquele era o momento de abandonar o Prof. Lupin e ser apenas Remus, um homem muito bem solteiro que queria se divertir numa sexta-feira à noite.
Remus e Dorcas foram de táxi, pois pretendiam beber muito e nenhum deles queria se arriscar a dirigir. Seguiram destino a uma balada voltada ao público da comunidade LGBTQIA+ que eles conheciam um dos donos da época de escola, além de outros funcionários.
Remus conhecia o barman e um dos seguranças bem até demais, na verdade.
Assim que chegaram ao local, já podiam ouvir a música do lado de fora. Quando entraram, não demorou para serem envolvidos pelo som e começarem a se movimentar no ritmo da melodia.
Lupin rapidamente chegou ao bar e escorou-se no balcão exibindo um sorriso ladino para o barman.
— Um gin tônica para começar a noite, por favor.
— Remus! Já faz um tempo, não é? — cumprimentou o homem sorrindo de canto.
— Estive muito ocupado, mas resolvi relaxar essa noite.
— Ótima decisão.
— Mal chegamos e já está flertando, Remmy? — Dorcas comentou e riu. — Eu vou querer uma boa e velha vodka.
— Apenas cumprimentando um velho amigo. — Deu de ombros, mas também riu em seguida.
Não demorou para seus copos estarem cheios sobre o balcão. Remus virou o seu de uma vez após brindar com Dorcas e pediu mais antes de seguir para a pista e dançar.
Remus deixou-se ser envolvido pela música alta e permitiu que sua mente vagasse para longe de todas as suas preocupações do dia a dia. O local escuro era iluminado por luzes de variadas cores que estavam sempre mudando, o que ajudava a criar um ambiente próprio para apenas festejar sem receios.
Ele e Dorcas pularam e dançaram até cansarem. Voltaram para o bar, onde dividiram uma garrafa de vodka ao balcão enquanto observavam outras pessoas ao redor, comentando sobre alguns que passavam por eles, coisas que reparavam e até mesmo possíveis candidatos para tentarem se aproximar.
— Aquele ali é o Barty? — Dorcas exclamou apontando talvez não muito discreta para um homem tatuado com um copo na mão em uma das mesas próximo a pista obviamente flertando descaradamente com um homem loiro. — Nem precisamos chamar.
— Com certeza é ele… Puta merda! É o Rosier com ele? — O queixo de Lupin caiu.
Dorcas olhou atentamente por um tempo antes de arregalar os olhos, igualmente em choque.
— Alice e Mary vão adorar ouvir sobre isso.
— Eu até diria que eles apenas vieram se divertir como nós se o Barty não estivesse devorando ele com os olhos. Eu sabia que o Barty é um vagabundo que flerta até com uma parede, agora o Evan… De santo só tem a cara.
— Não significa necessariamente que esteja sendo recíproco — Remus falou. E então, no mesmo instante, viu os dois colegas de trabalho começarem a se beijar de forma calorosa. — Esquece.
— Você e eu não vimos absolutamente nada. O que acontece na balada, fica na balada.
— Pelo menos ele já não está mais com a mãe da filha dele. — Olhou para a amiga ao lado bebendo sua bebida. — Ele não está… Né?
— Vão assinar o divórcio em breve... Eu acho. A parte da guarda é demorada.
— Seria trágico presenciar um adultério.
— Tenho certeza que estamos presenciando vários sem saber. Lembra daquele cara flertando contigo quando viemos na noite especial de Halloween que depois saiu da festa arrastado pela esposa que pegou ele agarrado com outra?
— Ainda bem que ele não fazia meu tipo. — Remus fez uma careta. Para sua sorte, naquela noite escapou de uma confusão e ganhou uma noite incrível com o barman.
— E que eu não gosto de homens. Dispensei em dois segundos.
— Ele tinha flertado com você também?!
— É difícil ser uma deusa nesse mundo.
Remus riu, e eles encheram seus copos mais uma vez.
— Vamos tentar terminar a noite sem confusões e bem acompanhados.
— E compartilhar tudo amanhã na sua casa com muita pipoca e chocolate. — Ela concordou, e eles brindaram, virando as bebidas direto na garganta e retornando para a pista.
Não demorou para Lupin ver a amiga flertar com uma mulher loira tatuada que bebia sozinha em uma mesa, logo começando a dançar juntas cada vez mais coladas. Remus apenas afastou-se mais para dar privacidade à amiga e continuou sozinho, permitindo que ela tivesse o seu momento.
Deixou-se ser completamente levado pelo som alto e o clima criado pelas luzes.
Foi quando avistou ele.
Em meio a multidão, um homem segurando uma garrafa de tequila na mão se destacou para Remus. Ele dançava com um grande sorriso no rosto, movimentando o corpo no ritmo da música como Lupin nunca viu. Os cabelos compridos caíam pelos ombros e a pele exposta pelo cropped muito menor que o seu próprio abaixo da jaqueta de couro era marcada por tatuagens.
Ele parecia brilhar, impossível de se desviar os olhos uma vez que notado.
E o seu olhar se encontrou com o de Lupin. Ele sorriu-lhe de canto e levou a garrafa à boca, bebendo o conteúdo com os olhos fixos nele. Remus sentiu seu corpo aquecer.
Quando Lupin percebeu, já havia se aproximado.
— Uma garrafa inteira para uma pessoa só é muito, não acha? — disse um pouco alto para sua voz sobrepor ao barulho.
Ele riu e aproximou-se de si, deixando seus corpos quase colados ao levar a boca para próximo de seu ouvido para dizer:
— E quem disse que estou bebendo sozinho? — Sua voz causou arrepios em Remus. Ele afastou-se minimamente com um sorriso travesso por entre os lábios, os olhos claros brilhando sob as luzes coloridas do local.
— Não vejo com quem estaria dividindo.
— Aceito dividir com você também, se quiser — disse sem desmanchar aquele sorriso, novamente arrepiando Lupin da cabeça aos pés.
— Já que insiste… — Sorriu de volta da mesma maneira.
Remus estendeu a mão para pegar a garrafa, mas o outro afastou-a de seu alcance. Arqueou a sobrancelha e encarou-o em desafio, observando o brilho divertido passando por seus olhos. Tentou mais uma vez, e ele escondeu a garrafa atrás de si, ao passo que seus corpos esbarraram-se de frente e nenhum dos dois ousou se afastar.
Permaneceu encarando-o, tentando descobrir seu jogo. Ele parecia estar realmente se divertindo com isso, um brilho alegre passando por seus olhos.
— Me diga seu nome — pediu ele, o hálito quente com um misto de mente e bebida batendo contra o rosto de Lupin. Se não estivessem tão próximos, talvez não tivesse ouvido.
— Por que saber agora? — indagou com um sorriso ladino.
— Não gosto de dividir minha bebida com estranhos. Me diga seu nome, e eu te dou.
Remus riu baixo, divertindo-se com aquilo. Os olhos dele pareciam azuis ou talvez cinza, talvez um pouco dos dois, a cor vibrante destacada pelo lápis de olho preto na linha d'água, a sombra esfumada e o delineado de um tom prateado brilhante com várias pequenas estrelinhas pintadas também brilhando ao redor.
Sentia como se aqueles olhos puessem ver através de sua alma, despindo-o por completo em todas as camadas mais profundas de seu ser.
— Remus.
Ele sorriu satisfeito e com a mão livre segurou o queixo de Lupin, sem nunca desviar os olhos dele. E então, levou a garrafa em direção à boca de Remus, que a abriu e deixou que despejasse a bebida ali, em seguida levando até a sua própria para beber o restante.
— E o seu? — Remus perguntou curioso.
— Por que quer saber? — perguntou de volta com aquele mesmo sorriso travesso.
Oh, céus! Remus sentia que estava condenado.
— Gosto de saber com quem estou flertando — respondeu e curvou-se levemente para falar mais próximo dele, que era mais baixo. — E eu te disse o meu.
— Justo — concordou enquanto levava uma mão até o ombro de Lupin. — Principalmente se eu for te beijar essa noite.
— Já está pensando em me beijar? — Remus perguntou, sentindo aquela mão seguir lentamente para seu pescoço. O ato o fez fechar os olhos.
— Talvez…— Remus ouviu a voz mais próxima de seu ouvido. — Você é bonito.
— Você é deslumbrante.
— Sirius.
Remus abriu os olhos novamente, franzindo o cenho, confuso.
— Sirius Black. É o meu nome.
— Como a estrela?
— Eu sou uma estrela. — Sirius sorriu malicioso. — E talvez você ainda fale muito o meu nome essa noite.
Remus ficou surpreso com o quão direta foi a última frase e o duplo sentido residindo ali, mas gostou disso.
— A estrela aqui fez aniversário ontem e a tequila acabou. Que tal me pagar um drink de presente e dançar comigo?
Remus buscou o drink, e ainda levou a garrafa vazia consigo.
Quando voltou-se para Sirius, ele dançava envolvido na música ao lado de uma mesa vazia próxima ao bar, fascinando Lupin com a forma como se movia. Ele exibiu mais um sorriso brilhante ao vê-lo aproximar-se com dois enormes copos de um dos maiores drinks da casa.
Seus dedos se tocaram quando ele pegou o copo e pareceu proposital a forma como o toque se prolongou até ele pegar a bebida.
— Fez uma ótima escolha.
— É um presente de aniversário atrasado, não podia escolher qualquer bebida. — Remus apoiou um dos braços na mesa alta e estendeu o próprio copo até o outro. — Um brinde a você e seu aniversário.
— Muito obrigada.
Eles brindaram e então beberam, os olhos fixos um no outro.
— Eu até poderia duvidar sobre isso, se você tivesse dito ser hoje.
— Eu não passo confiança? — Ele apoiou o copo sobre a mesa e então os braços nela, apoiando em seguida o queixo sobre uma das mãos.
— Dizer que é seu aniversário para ganhar um drink é uma tática milenar de golpe e flerte, mas você disse que foi ontem, então acho que acredito.
— Eu gosto de estender o meu aniversário durante toda a semana, então acho justo ainda usar para ganhar um drink mesmo um dia depois — comentou. — Mas ainda posso te mostrar a data de nascimento na minha carteira de motorista.
— Não precisa. Hoje é a sua festa, então?
— Uma festa com mais bebidas e que pode terminar de uma forma muito mais… Divertida. — Ele sorriu malicioso. — A festa sem a família.
— Entendo. Acho que irei comemorar o meu aqui também.
— Se nos encontrarmos, prometo te pagar uma bebida — garantiu e bebeu mais um gole de seu copo.
— Ainda faltam alguns meses. Acha que nos encontraremos de novo?
— Se você beijar bem, eu sei que amanhã ainda estarei te vendo na minha frente.
— Amanhã? — Remus sorriu ladino.
— Talvez até mais vezes.
Remus bebeu mais de sua bebida.
— Muito clichê perguntar se você já veio aqui antes?
— Com certeza, mas eu já li clichês o bastante para gostar.
— Gosta de ler?
— Na verdade, meu irmão e meus... Meus amigos gostam. Eles têm uma coleção enorme de livros. Eu já peguei alguns deles para ler no tédio — respondeu. — Mas respondendo a pergunta, sim, já estive aqui antes.
— Nunca te vi por aqui.
— Acho que tivemos muitos desencontros.
— Provavelmente.
— Se o destino decidiu nos unir hoje, não vamos contrariá-lo. — Sirius bebeu mais um gole da bebida e aproximou-se lentamente até estarem um de frente para o outro, colados novamente como na pista. — Você ainda me deve uma dança.
— Seria realmente uma pena decepcionar o universo.
Ao terminarem suas bebidas, Sirius agarrou a mão de Lupin e puxou-o para a pista. Ele apenas deixou-se ser levado até lá, e então começaram a dançar extremamente próximos.
— Eu amo essa música! — Sirius falou alto para que ele ouvisse, com grande alegria erguendo os braços e começando a mover o corpo no ritmo do som.
Remus seguiu-o na dança, os corpos próximos transmitindo o calor entre si, quase totalmente hipnotizado pelo homem a sua frente.
Sirius era realmente uma estrela. Brilhava com uma energia incalculável, atraindo Lupin para sua órbita. Sua energia emanava calor, quente e incontrolável.
Eles beberam ainda mais juntos e voltavam a dançar, juntos em completa sincronia. As mãos guiavam-se inconscientemente por seus corpos, conhecendo um pouco um do outro através do toque naquela dança apenas deles como se não houvesse mais ninguém ao redor. O mundo parecia insignificante.
Remus sentiu um grande arrepio subir por toda sua coluna quando a mão firme de Sirius agarrou sua cintura, impedindo-os de se afastar — não que Lupin estivesse tentando o fazer — e tornando a dança agitada muito mais lenta e sensual. Os olhos estavam presos aos seus, brilhando com desejo e luxúria, e a outra mão subiu lentamente por seu peito até seu queixo.
Ele não disse uma única palavra, apenas manteve-os daquela forma, desviando o olhar para sua boca e então de volta para seus olhos.
Um sorriso de canto surgiu por entre os lábios de Remus, o que foi retribuído prontamente pelo Black, e então, sem demora, segurou o rosto dele entre suas mãos e beijou-o com fervor.
O aperto na cintura de Lupin ficou ainda mais forte, e sua mão emaranhou-se por entre os escuros cabelos volumosos de Black, ao mesmo tempo que não conseguiu conter um pequeno gemido por entre o beijo que pareceu agradá-lo, pois apertou ainda mais forte e agarrou os cabelos de sua nuca. A música tornou-se a trilha sonora e as vozes e gritarias alegres pareceram inexistentes.
O calor explodiu no peito de Remus, um enorme incêndio que o consumiu por dentro.
— Que tal pegar mais uma bebida, hm? — Sirius falou contra sua boca enquanto quebrava o beijo mordendo os lábios de Remus. — Poderemos nos beijar muito mais fora dessa pista.
— Será um prazer.
— Literalmente? — Sirius brincou com um sorriso travesso, abraçando seus ombros.
— Veremos.
***
Oh, sim, foi literal.
E Sirius estava certo, Remus falaria muito seu nome naquela noite.
Não saberia dizer com exatidão como chegaram àquilo. Quando Remus menos esperava, ele já estava prensando Black contra uma parede do local, sem mais vontade de beber, apenas de explorar cada parte daquela estrela, sua boca descendo pelo pescoço dele e deixando marcas. Em seguida, eles já estavam no banheiro trancados em uma cabine, onde descobriram ainda mais o poder dos toques um do outro, e Lupin agradeceu aos céus por desistir da ideia de ir com a calça de rasgos no joelho que Dorcas sugeriu naquela noite.
A amiga, inclusive, já havia até ido embora com a mulher com quem Remus a viu antes de se afastar, enviando uma mensagem informando e com sua localização em tempo real ativada. Ela se divertiria bastante para encerrar a noite, e Remus também.
Já ali naquele banheiro, o nome do Black saiu tantas vezes de sua boca junto a variados xingamentos que já não conseguia raciocinar direito qual era o seu próprio, e suas mãos certamente arrancaram muitos fios de seus cabelos de tanto que os puxou enquanto o tinha ajoelhado à sua frente.
No fim, eles entraram no carro de Sirius e rumaram para sua casa.
Lupin não costumava levar homens para sua casa na primeira noite com frequência, por questões óbvias de segurança, mas como sempre quando o fazia, já havia informado a Dorcas assim como ela fez sobre ir a casa da mulher com quem saiu para saber quem procurar se ele não responder a nenhuma ligação e não aparecesse para trabalhar segunda-feira.
E assim eles que saíram do veículo e adentraram o prédio, caminharam aos beijos pelo corredor ao chegarem ao andar de Remus. Ele mal havia trancado a porta antes de ser jogado contra ela e ter as mãos de Sirius apertando sua cintura e as bocas se chocando uma contra a outra pela milésima vez.
Remus sentia-se totalmente inebriado por tudo em Black. Seu beijo, seu toque, seu perfume…. Absolutamente tudo. Não é que nunca se sentisse tão atraído pelos outros caras com quem já ficou, mas havia algo nele que tornava tudo muito mais intenso e caótico.
Guiou o Black até seu quarto quase às cegas, preso naqueles lábios viciantes e em seu toque caloroso. E foi lá que chegou ao paraíso sem tirar os pés da Terra.
Uma definição talvez um tanto brega, mas Remus era um amante de literatura que se dava a permissão de ser brega em seus pensamentos às vezes, porque não poderia encontrar forma melhor de descrever como se sentia cada vez que Sirius se empurrava contra si.
O cômodo foi tomado pelo mais completo e puro desejo, isso que motivou ambos por toda a noite. Quando Sirius era uma completa bagunça sobre si, os fios úmidos grudados pelo rosto, o corpo suado movendo-se sobre o seu, a visão que Remus tinha em seus olhos era da mais pura e bela luxúria, e ele não conseguiu conter sua voz tanto quanto gostaria.
Nesses casos, a melhor opção para não acordar com uma intimação por perturbação do sossego era ocupar sua boca, e ele fez isso com muito gosto, pois os lábios de Sirius eram inacreditavelmente viciantes, com um leve gosto de cereja por conta do gloss.
Enquanto uma de suas mãos cravava as unhas nas costas do Black, a outra agarrava os cabelos volumosos e o puxava para que pudesse calar a própria boca com a dele.
E eles não acabaram tão cedo.
Quando foi sua vez de estar sobre ele, os olhos ainda fixos um no outro, a vista caótica dos cabelos de Sirius espalhados pelos travesseiros era a mais perfeita de todas, e ouvir seu nome sair da boca dele era melhor que qualquer música. Remus queria guardar aquela imagem em sua mente, o som da voz dele, a sensação das unhas cravadas em suas costas, a forma lasciva que o encarava, a ousadia. Tudo.
Sirius Black era um homem de outro mundo.
— Acho que vou precisar de um bom tempo para me recuperar — Sirius comentou, risonho e ofegante, o corpo mole e relaxado sobre o colo de Lupin escorado a cabeceira, as pernas ainda ao redor de sua cintura.
Remus riu baixo, sentindo a respiração do Black bater em seu pescoço, onde ele enterrou o rosto.
— Se te consola, digo o mesmo.
Sirius riu e ergueu o rosto novamente para encarar Lupin, os braços ao redor de seus ombros. Eles se olharam em silêncio por alguns instantes, e então Black tomou a iniciativa de deixar alguns selares breves sobre os lábios de Remus.
— Eu realmente nunca sei o que dizer depois — Remus disse num tom baixo. — Outros já teriam se levantado e ido embora.
— Admiro a força deles.
— Pode ir se quiser.
— Você quer que eu vá agora? — Sirius perguntou num sussurro, guiando as mãos pelo rosto e cabelos de Lupin.
Remus encarou aqueles olhos brilhantes e sorriu fraco, negando com a cabeça antes de beijá-lo calmamente. Eles deitaram-se sobre o colchão um de frente para o outro, ainda próximos com as pernas entrelaçadas. Nenhum deles percebeu quando o sono chegou, apenas que já havia amanhecido quando acordaram.
Mesmo com o rosto sonolento, Sirius ainda parecia uma estrela, lindo e cativante. Ele sorriu fraco e pediu desculpas por não ter percebido quando dormiu antes de levantar-se e procurar por seu celular entre as roupas jogadas no chão.
— Está tudo bem. Você não me matou durante a noite, já saí no lucro — brincou Remus, arrancando uma risada leve de Sirius, que retornou para a cama.
— Posso dizer o mesmo sobre você — provocou de volta e voltou os olhos para o celular. — E terei que fazer minha prova de vida agora. — Ele deslizou o dedo sobre a tela e levou o telefone à orelha. — Bom dia, estou vivo e maravilhosamente bem. Espero que todas essas mensagens e ligações perdidas sejam preocupação comigo e não para me pedir o café da manhã.
Remus conteve uma risada e pegou o próprio celular, encontrando mensagens de Dorcas dizendo que estava completamente apaixonada. Respondeu dizendo que estava também vivo, bem e também tido uma ótima noite.
— Tive uma noite tão boa quanto sei que foi a sua, obrigado. Também poderá me agradecer mais tarde por deixar o apartamento livre para você a noite toda lavando a louça hoje — Sirius falou ao telefone. Ele então riu com uma expressão de descrença. — Nem se você lavasse o prédio inteiro eu deixaria o fim de semana todo. Logo estarei de volta, e é bom arrumar toda a bagunça que deve ter feito… Até mais tarde, te amo…
Sirius desligou e voltou os olhos para Remus.
— Antes que surte, esse "te amo" não foi para nenhuma namorada. Era só o… Meu irmão que ocupou o apartamento a noite inteira.
— Tudo bem — Remus riu pela justificativa.
— Isso já me deu um baita problema uma vez. Apenas me precavendo.
— Seria muita cara de pau da sua parte ligar para sua namorada ou esposa depois de dormir comigo.
— Estou muito bem solteiro e livre para repetir a noite sem culpa, se quiser. — Sorriu de canto e deixou um beijo no pescoço de Remus.
Ele mordeu o lábio inferior em meio a um pequeno sorriso enquanto mais beijos eram depositados em sua pele, subindo pela mandíbula até chegar ao canto de sua boca.
— É um convite bastante tentador — admitiu.
— Você ainda não me mandou embora, então fico igualmente tentado a agradecer por isso. — Ele aproximou o rosto ainda mais do de Lupin, a mão sorrateiramente descendo por seu corpo.
— Que tal um banho? — Remus sugeriu num tom baixo e rouco e sentiu o corpo do Black arrepiar-se, o que fez um sorriso de canto surgir entre seus lábios.
— Assim eu irei me apaixonar.
Ambos riram juntos antes de beijarem-se mais uma vez. Eles seguiram até o banheiro e adentraram juntos debaixo do chuveiro.
Foi um banho demasiadamente demorado.
Na noite anterior, apesar de ter reparado, Remus não pôde admirar propriamente todas as tatuagens que cobriam o corpo do Black como agora. Ele era como uma tela pintada por um artista; os braços e tronco o tronco cobertos por desenhos e frases que compunham uma arte caótica e ao mesmo tempo harmônica.
Haviam constelações pintadas em sua pele, runas, algo que pareciam pegadas de cachorro, frases que Remus reconheceu de músicas e várias outras coisas que tornavam Sirius Black uma verdadeira obra de arte.
— Suas tatuagens são bonitas — comentou já após o banho, enquanto Black vestia a calça justa.
— Eu quem fiz algumas — disse com orgulho.
— Você tatuou a si mesmo? — Remus indagou num tom de descrença.
— Eu sou tatuador — explicou. — Não fiz todas, claro, mas algumas no braço realmente fiz em mim mesmo. O restante a maioria foram meus amigos que trabalham comigo no meu estúdio.
— Eu estive pensando em fazer algumas.
— Posso fazer um ótimo preço para você — disse aproximando-se com um sorriso ladino e puxando-o pela cintura. — Uma oferta especial. Farei questão de ser eu o seu tatuador.
— Isso parece bom.
— O que gostaria de fazer?
— Ainda não sei exatamente. Estou pensando nas possibilidades.
— Pode pensar até a próxima vez que nos virmos, hm?
Remus gostou da ideia de ver Black mais uma vez.
Após se vestirem, ele acompanhou Sirius até o carro e apoiou-se na janela enquanto o via abrir o porta-luva e tirar de lá um cartão preto e entregá-lo.
— Se decidir fazer a tatuagem, ligue e peça para falar comigo — disse. — Quem sabe também não marcamos mais uma rodada.
— Ligarei — respondeu.
— Até algum dia, Remus.
Sirius lançou-lhe uma piscadela com aquele seu sorriso travesso antes de partir.
Remus observou o carro o qual também não parou para pensar no quão luxuoso era na noite anterior sumir de sua vista para então voltar para seu apartamento. Após fechar a porta, analisou o cartão preto com uma logo dourada do estúdio de tatuagem com um telefone e um endereço.
Mordeu o lábio inferior enquanto pensava seriamente em ligar em breve e marcar não apenas mais uma tatuagem, mas também mais uma noite incrível como aquela.
Ele não precisou ligar para que a noite se repetisse, na verdade. Uma semana depois, Remus retornou àquela balada num sábado à noite a chamado de Dorcas, que foi convidada por Marlene, a mulher com quem saiu na última vez. Ela iria com um amigo, então Dorcas achou uma ótima ideia chamá-lo também.
Quando chegaram, Marlene estava bebendo sozinha em uma mesa. Dorcas rapidamente cumprimentou-a com um beijo e abraçando sua cintura.
— Esse é o meu amigo — Dorcas apresentou.
— Muito prazer, Marlene McKinnon — apresentou-se a loira. — O meu amigo está… — Ela olhou ao redor. — Provavelmente dançando até cair ou flertando com alguém. Ele detesta ficar muito tempo parado quando saímos, logo deve estar de volta.
— Eu vou buscar uma bebida pra mim. Querem alguma coisa?
— Estou satisfeita com minha tequila, por enquanto.
— Eu divido bebo com ela — Dorcas falou.
Remus deixou-as sozinhas e foi até o bar e pediu um drink ao barman. Enquanto esperava ficar pronto, voltou seus olhos para a pista.
E mais uma vez, viu ele.
Sirius dançava animadamente, da mesma maneira que o encantou na última vez. Perdeu-se em sua própria mente admirando-o ali, perdendo a noção do tempo.
Quando se olhava para Sirius, era impossível desviar.
E então, ele afastou-se da pista e voltou-se para o bar. A surpresa também passou pelos olhos do Black rapidamente antes de ele exibir aquele belo sorriso que arrepiou Remus da cabeça aos pés.
— Que bela surpresa, Remus — disse ao se aproximar.
— Digo o mesmo, Sirius. — Remus sorriu ladino.
— Dois Manhattan — Sirius pediu ao barman. — E então… Veio curtir o fim de semana?
— Sim. Vim com minha amiga e… — Olhou na direção da mesa, onde Dorcas e Marlene estavam bastante ocupadas se beijando. — Ela já está bastante ocupada.
Sirius riu.
— A minha com certeza também está, então acho que podemos nos ocupar juntos. Foi uma pena você não ter ligado.
— Vai parecer uma desculpa brega, mas eu juro que estava pensando em ligar essa semana no estúdio para fazer um orçamento sobre minha tatuagem.
— Já que você acreditou sobre meu aniversário, irei acreditar que realmente iria ligar.
Quando os drinks que Black pediu chegaram, ele entregou um copo a Remus, que pegou-o sem discutir. E eles brindaram antes de beber, os olhos fixos um no outro.
E Lupin ignorou completamente que fosse muito provável que Dorcas quisesse que ele conhecesse o tal amigo de Marlene para ninguém ficar sozinho. Quem quer que fosse que o perdoe, pois ele certamente não estaria sozinho.
Logo estava deleitando-se com o sabor de cereja do gloss nos lábios de Sirius contra uma parede do local.
Avisou a Dorcas mais tarde rapidamente que já estava de saída, e então foi até o carro de Sirius, que já o aguardava escorado no veículo digitando no celular. Ele guardou o telefone no bolso, e eles seguiram mais uma vez para o apartamento de Remus.
Daquela vez, sequer esperaram chegar ao quarto. No sofá de sua sala de estar, Remus declamou o nome de Black para quem quisesse ouvir até o amanhecer.
De manhã, antes de ir, Sirius pegou seu celular e entregou a Remus, pedindo seu número. Ele digitou o número, e Black salvou o contato.
— Assim acho que não precisaremos aguardar uma coincidência ou você decidir ligar para o estúdio.
— Eu realmente pretendia ligar.
— Eu acredito — Sirius disse abraçando seu pescoço e dando-lhe um último beijo.
Pois bem, eles realmente marcaram mais um encontro antes que Remus ligasse, três dias depois. Sirius ligou após sair do trabalho e disse estar entediado pois estava sozinho em casa. Lupin chamou-o para seu apartamento, e eles pediram uma pizza que não foi comida nem pela metade antes que esquecessem completamente dela.
E no fim daquela semana, Remus pegou o cartão e ligou para aquele número e pediu para falar com Sirius.
— É o Remus.
— Oh, olá, Remus — Sirius disse do outro lado da linha, e Remus já podia imaginar aquele sorriso em seu rosto enquanto falava. — Em que posso ajudá-lo?
— Teria um horário disponível para mim essa semana?
— O dia que você quiser. O que acha de discutir melhor sobre o horário e o desenho que você quer hoje a noite?
Um sorriso surgiu por entre os lábios de Remus enquanto concordava e seu corpo fervia em ansiedade.
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Olá, meus amores!
Tudo bem?
Esse foi o primeiro capítulo e espero que tenham gostado! Daqui por diante Wolfstar terão vários encontros e nem vão perceber quando já estiverem caidinhos um pelo outro.
Próximo capítulo teremos Remus fazendo sua primeira de várias tattoos com o Sirius. Ideias do que será? Rsrsrs
Acompanharemos meses de encontros até um pedido de namoro oficial, com eles se aproximando e revelando coisas um sobre o outro a medida que ganham mais intimidade (mais do que já tem né rsrsrs)
Não esqueçam de comentar bastante, o feedback é muito importante pra mim. Espero que tenham gostado!
Semana que vem já teremos outro capítulo.
Até a próxima!
Beijinhos,
Bye bye 😘👋
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