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Capítulo 7 - Feridas De Amor

"Perseguição"

O nosso coração sempre foi nômade, a nossa alma sempre foi cigana, cada um vai foi pro seu lado e quando percebemos, descobrimos: Estamos perdidos.

Talvez nós achemos em olhos completamente diferente, ou quem sabe, nos achemos, no espelho de nossos próprios reflexos. Mas esse achar físico não nós contenta não nós satisfaz, nem nós encanta.

Quero com todo o gosto do mundo que nosso povo possa se perder e se encontrar sempre que precisarmos. Quero descobrir o infinito que habita em nossos inimigos não quero ser incógnito pra ninguém. Quero a equação simplificada. Se não entendo, deleto, se não gosto, apago, se precisar, multiplico.

Mas de qualquer forma: Descubro, me refaço e edito as poucas palavras que deixo nesse diário.

Publico o que me faz grande e o que me derruba também.

Não tenho medo de descobrir os segredos e muito menos os revelar a você.

Duran Tacha, líder dos filhos do vento

Christos leu a primeira página e ficou impressionado pela força da mensagem cigana. O que aquele diário de poucas palavras poderia lhe revelar afinal?

Em 1284...

O vento batia em meu rosto, soltei minha trança e abri meus braços, estiquei o quanto podia, queria abraçar o mundo. Do alto da montanha conseguia ver toda a vila Chester, os cavalos no pasto, as montanhas menores e a imensidão de árvores, o rio que levava para os grandes reinos. Sentei na grama e joguei meu tronco para trás, deitando. Foi quando a ouvi pela primeira vez.

— Caelia. — Levantei assustada, olhei para os lados procurando quem me chamou, um vento muito forte bagunçou meu cabelo e junto dele, parecia uma mão acariciando meu rosto. Estremeci, desci a montanha correndo, voltei para a Vila, amanhã seria o dia, não me sentia preparada, eu não queria, mas tradições não podem ser quebradas. Podem?

— Onde você estava? Seu vestido ficou pronto e precisamos experimentar. — Minha tia puxou meu braço para a tenda da costureira, eu não respondi nada, sabia que não precisava responder, apenas obedecer. Suspirei fundo enquanto faziam os últimos ajustes, ela bateu palmas quando ficou pronto. — Ficou perfeito! Você está linda! — Uma lágrima caiu de seus olhos.

— Obrigada, eu acho. — Eu disse me olhando no espelho, realmente, era um ótimo vestido.

— Me lembro quando foi o dia do casamento da sua mãe, ela estava divina, pena que não pode ver você vestida assim. — Ela enxugou mais algumas lágrimas, dei um sorriso leve de lado. — Bom, amanhã é o dia, parece ontem que vocês eram pequenos e brincavam pela floresta, esse casamento será bom, unirá as vilas vizinhas. Esperamos felizes por isso desde quando você foi escolhida como a prometida dele, mas como ele não te escolheria? Você é a romani mais linda de todas as vilas! Ninguém ousa discordar disso!

— Eu posso me trocar? Queria descansar um pouco, amanhã será um longo dia e eu quero me sentir preparada. — Disse descendo da cadeira e já me virando para me ajudarem com o vestido. Ele era vermelho brilhando com partes douradas, a família do noivo era muito rica, o dote pago podia bancar a vila por um bom tempo. Coloquei uma calça e uma blusa que estavam próximos, levei uma bronca.

— Você não pode sair de calça por ai, uma mulher! Pela força Soberana, tenha juízo.

— Meu pai nunca reclamou disso, todos estão acostumados a me ver assim. — Peguei um casaco e fui em direção a cabana da minha família, me joguei no meio dos panos da cama, adormeci. Durante aquela noite eu tive um sonho diferente, ela vinha em minha direção, me chamando, a mesma voz da montanha.

— Tem algo vindo, você precisa fugir, precisa ir embora antes que seja tarde. Ela disse.

— Quem é você? — Me aproximei.

— O que interessa é outra coisa agora, com o tempo saberá quem eu sou minha jovem criança. — Ela tocou meu rosto. — Agora acorde. — Ela disse sussurrou se cobrindo com seu manto azulado com diversos detalhes em dourado.

— ACORDE!! — Minha tia balançava meu pé. — Por Deus, são quase 9 horas, você precisa se preparar, ela estendeu o vestido, colocou todas as maquiagens em cima da mesa e começou a me arrumar. — Coma isso! — Colocou um pedaço de pão na minha mão.

— Vai demorar para você comer de novo, você deve estar nervosa, não é mesmo?

— Um pouco, eu tenho 15 anos... não poderíamos esperar mais um pouco?

— Já está na idade de casar, Cleto tem 17, agora as coisas precisam acontecer, não tem mais o que esperar, já está decidido há anos! Já está pago, uma fortuna! — Demorou um bom tempo, lavar, secar, arrumar o cabelo, em leves ondas, sabia que sairia logo, meu cabelo era extremamente liso, não duraria até o inicio da noite. Perda de tempo. Tudo estava preparado, todos bebiam, dançavam, as mesas coloridas, comida de uma semana em cima das mesas, o bom e velho vinho. Esperava na tenda da noiva, a família de Cleto chegou e veio me cumprimentar, meu pai apenas observava de longe, não veio falar comigo, ele sabia que eu estava chateada, mas se aproximou quando a família do noivo também veio.

— Caelia, você está ainda mais linda hoje. Você provavelmente vai fazer meu filho ficar aos seus pés todos os dias, vocês serão felizes. Tenho certeza! — A minha futura sogra disse, todos concordaram.

— Ele já está chegando? — Perguntei, procurando no meio dos convidados.

— Ele chegou há algumas horas na verdade, ele queria falar com você, não se encontraram? — Ela foi seguindo meus olhos pela multidão, apenas dei um sorriso e pedi licença, me afastei o máximo que consegui, me agachei e coloquei a mão no meu cabelo, as pulseiras era o único barulho além do murmúrio da festa longe dali.

— Olá. — Me assustei e cai de lado. — Me desculpe! — Ele deu risada e me ajudou a levantar. — Minha intenção não era te assustar.

— Tudo bem, eu estava distraída. — Olhei para o chão, um pouco envergonhada. — Há quanto tempo, não é mesmo? — Ele estava muito bonito, alto, forte, seu cabelo ruivo e olhos azuis ofuscavam pelas tochas espalhadas pelo caminho.

— Sim, não consigo entender porque não podíamos brincar depois que foi acordado o casamento, se torna até um pouco estranho.

— Um pouco? — Assim que disse ele deu um sorriso de lado. — Desculpe, fui grossa.

— Eu entendo você, no inicio eu também não queria.

— Agora quer?

— Vim algumas vezes na vila para te ver, mesmo sem permissão. Você continua a mesma menina que conheci há anos atrás na floresta, talvez tenha me apaixonado sem perceber. — Ele pausou e virou um pouco a cabeça envergonhado. — Eu te desejo. — Cleto se aproximou um pouco e dei um passo para trás.

— Desculpe. — Meu coração quase saltou para fora, mas não era um sentimento romântico para mim, era mais um sentimento de estranheza.

— CLETO! Vem para cá! — Chamaram ele de longe, ele virou para ver quem era.

— Quando tocarem os sinos você pode ir que será quase a hora dos votos.

— Tudo bem.— Ele se afastou sorrindo e correu em direção a festa, o vento ficou mais forte, o fogo das tochas apagaram, a voz falou novamente.

— Caelia, você precisa ir. — Ela disse. – Fuja! Eles estão vindo.

— Como assim? — Ouvi gritos, pessoas correndo, fogo espalhando pelas tendas, cavalos correndo. — Quem são eles?

— Fuja criança! — Ela disse na minha mente.

— Meu pai! — Corri em direção a festa, ao contrário das pessoas fugindo, alguém me pegou pelo braço.

— O que você está fazendo? Meu pai está lá! — Ouvi gritos.

— Ele não resistiu! Precisamos fugir. — Cleto continuou me puxando.

— Como assim? O que você esta dizendo? Me solta!

— Eu sinto muito Caelia, mas estão sendo massacrados, se você for, será também. — Ele me pegou e jogou no seu ombro, continuei me debatendo, mas ele era muito forte. O fogo dominou todo o local da cerimônia, ele me colocou em cima de um cavalo preto, alguns homens correram em nossa direção, Cleto subiu no cavalo e cavalgamos pelo máximo de tempo que foi possível, até achar seguro. Não parei de chorar o caminho todo, a sensação era que ainda éramos perseguidos, meu coração estava pesado, mas queria voltar. Assim que paramos, eu desci e comecei a seguir o rio para voltar para casa.

— O que você está fazendo? Está louca?

— Eu quero ver se meu pai está vivo, e minha tia? Todos da vila? — Ele pegou minha mão com um pouco de força. — Me solta!

— Se você for e te pegarem, pode acontecer ainda pior. Você precisa fugir, eles acham que você é diferente, com um dom fora do comum que poderá ajudar o herdeiro a desse reino a conquistar mais poder.

— É bobagem tudo isso! Nunca senti ou ouvi nada.

— Mentira. Cleto me disse me arrastando de volta aos nosso cavalo. — Quando éramos pequenos, você falava com plantas, animais, dizia que o vento falava com você, você falava e acontecia Caelia, você parou quando sua mãe faleceu. Éramos pequenos, mas eu me lembro disso. Eu nunca contei para ninguém, mas seus olhos... seu olhar, todos sabiam que você é a cigana abençoada por Sara Kali, da lenda, a cor dos seus olhos. Sua família te queria segura, mas meus pais insistiram em fazer você se casar comigo, eles queriam uma festa grande, eles queriam espalhar que nossa família teria mais influência se você se tornasse parte dela, isso se espalhou e eles vieram.

— Quem veio? — Ouvimos passos rápidos, senti uma pancada na cabeça, Cleto tentou me segurar, tudo ficou escuro.

1632 Palavras

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