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Capítulo 4 - Feridas De Amor

No entanto, para seu horror, Christos Karamanlís já estava lá, de pé olhando o enorme retrato da primeira Allegra Reviello, sobre a lareira. Allegra jamais gostara da história de como família adquirira a propriedade. Sempre se sentira um tanto constrangida pelo lugar de honra dado a uma mulher que traíra sem nenhuma vergonha o marido e se portara como uma prostituta. Odiava a tradição familiar de se levantar um brinde aquela mulher na Festa de Verão. Mas talvez, devido às circunstâncias, deixassem de lado tal ritual neste ano.

Hesitou diante da porta, pensando se teria tempo de escapulir antes que a visse, mas, como se ele adivinhasse, disse sem se voltasse.

-Entre, agapitós, e fala-me sobre sua antepassada. Allegra entrou, sentindo-se muito desconfortável. E não tente negar o parentesco. Os traços familiares estão presentes no retrato e também na cor dos cabelos.

Voltou-se olho-a sem pudor dos pés à cabeça.

- E também o fato de que as duas usam tão pouca roupa. - Acrescentou Christos, cínico.

Allegra enrubesceu violentamente. O modelo do vestido exigia que quase não usasse roupa íntima, mas o fato de que o estranho não só tivesse se dado conta mas ainda comentado deixava-a enfurecida.

Por outro lado, ela deveria confessar que ele tinha uma voz bonita, grave e ressonante, sem nenhum sotaque.

- Como o senhor é um estranho em nosso país, Sr. Karamanlís, devo previni-lo de que comentários machistas não são bem-vindos em nossa sociedade. - Replicou fria.

- Machista? - Repetiu ele, fingindo-se surpreso. - No entanto, nascemos homens ou mulheres, agapitós. Não existe neutralidade na raça humana, e se essa raça tem algum futuro em nosso planeta, é porque os homens ainda podem dizer a uma mulher que a acham atraente.

Allegra enrubesceu mais ainda. Será que ele estava querendo dizer... Não, claro que não. Só estava tentando se vingar dela.

- O senhor estava perguntando sobre o retrato, não? A foto é da mulher do primeiro Duque de Reviello e chamava-se Allegra.

- Como você, não?

- Sim.

- Ela era muito bonita! - Comentou ele, voltando-se para o quadro. - Possuir tal beleza seria um raro privilégio. Provavelmente ela vierá da Itália, um nome bastante comum naquela região.

- Sinto, mas o retrato não está a venda, Sr. Karamalís. O senhor está comprando uma casa e não a história da família.

- Não tenho interesse no passado, agapitós. - Disse ele em voz baixa. - Só no presente e no futuro. Além do mais, não está decidido ainda se vou comprar essa propriedade.

- Se o senhor está pensando em mudar de ideia por minhas palavras de hoje à tarde, então, sinto muito.

- Sente mesmo? O que eu duvido. - Disse Christos no mesmo tom.

Allegra sentiu um tom velado de ameaça na voz dele.

"Estou sendo ridícula." Pensou, descartando a ideia.

- Acho que deveríamos estabelecer uma trégua. O senhor gostaria de tomar algo?

- Gostaria sim, obrigado. Vocês tem bourbon?

- Claro, é a bebida preferida de meu pai.

Allegra serviu a bebida da mesa lateral, furiosa consigo mesma ao ver como as mãos estavam trêmulas.

Vamos, Allegra, controle-se. Ele é somente um homem e nada mais. Murmurou para si mesma. Tinha a sensação de que ele havia percebido seu nervosismo e estava se divertindo a sua custa.

- Você não me acompanha? - Perguntou-lhe, quando ela lhe entregou o copo.

- A noite será longa. - Desculpou-se ela.

- Neste caso, Ygeía. - Brindou ele. - Então, conte-me mais sobre sua antepassada. Ela também foi amante do príncipe de Gales, não é mesmo?

- O senhor parece estar muito bem informado.

- Há uma pequena livraria perto do hotel onde estou hospedado na cidade. Comprei um pequeno guia local e foi nele que li sobre o assunto.

- O que mais o senhor deseja saber?

- O marido dela, o duque Reviello. Que tipo de homem era ele?

- Frequentava o círculo do príncipe. - Contou Allegra, relutante. - Mas não era amigo muito intimo. Era um jogador.

- Ah, então e daí que vem a tendência. Ele tinha tão pouca sorte quanto seu pai?

Allegra indignou-se, aborrecida com o tom de crítica em sua voz.

- Penso que não é um assumo que gostaria de discutir com o senhor.

- E, no entanto, tem muita importância. Se seu pai tivesse mais sorte em suas especulações financeiras, então sua casa não estaria a venda e não estaríamos juntos nesta noite. você um imenso orgulho de seus antepassados não é mesmo, um jogador falido e uma meretriz.

- Não me recorde, por favor. - Cortou-o.

- Nossa trégua não durou muito, agapitós. Mas não importa. Meus instintos me dizem que será muito mais interessante fazer a guerra com você do que a paz. Pois posso ser um bastardo, mas jamais seria soberbo ao ponto de atacar uma pessoa sem motivo aparente.

- E, logicamente, seus instintos estão sempre corretos. - Ironizou Allegra.

- No que se refere a mulheres, sempre! - Comentou ele, sorrindo. - Outro comentário machista! É isso que vai me dizer?...

- Poderíamos mudar de assunto, por favor?

- Claro que sim. Pois poucos gostam de ouvir a verdade, não é mesmo? Então vamos falar sobre o tempo. Ou então sobre como você se vê linda neste vestido e quanto eu daria para vê-la sem ele?

Allegra sentiu raiva e vergonha; era como se ele a estivesse despindo com os olhos. Se ela tivesse um copo na mão, não hesitaria em atirar-lhe o conteúdo naquele rosto arrogante. Queria responder, agredi-lo. Era muito o que ele lhe estava cobrando por havê-lo chamado de bastardo.

- O senhor me daria Reviello, sr. Karamanlís? - Riu ela.

A pergunta, sem dúvida, havia-o tomado de surpresa.

- Não!... - Respondeu, o cenho franzido.

- Neste caso, não há acordo. - Disse ela, dando de ombros. - O senhor terá de se conformar.

O sorriso dele espalhou-se por todo o rosto.

- Não conte com isso, srta. Reviello.

Por longo tempo, os olhos dele se fixaram nos dela. Allegra sentiu-se subitamente aterrorizada, consciente de que não podia se mover e nem falar e que sua pulsação disparara.

Queria disser não para assegurar sua rejeição, o horror que ele lhe causava, mas sua garganta não lhe obedecia.

Foram vozes e ruídos de passos que finalmente quebraram o feitiço. Allegra sentia-se gelada.

Enquanto Christos Karamanlís se voltava para cumprimentar seus pais, ela atravessou a sala, olhando fixamente para a lareira, tentando se acalmar.

Emily Reviello foi afável com seu convidado indesejado, mas muito diferente da habitual gentileza com que tratava os amigos. Allegra percebeu que ela também estava sob as ordens do pai.

Sir Bergamo parecia o mesmo, exuberante e conversador, tratando christos como se fosse um velho e querido amigo, mas Allegra podia perceber as linhas de tensão em seu rosto.

Parecia um pesadelo.

Pensou que o ambiente se desanuviaria quando chegassem os outros convidados, mas entre os primeiros chegaram os Torloni, e Debora Torloni logo arrastou Allegra para a saleta.

- Allegra, tenho ouvido os mais disparatados comentários por ai. As pessoas estão dizendo que seu pai vendeu a propriedade para algum grego milionário. Não pode ser verdade, não?

- Nós certamente esperamos que o negócio se faça. - Disse Allegra, corajosa.

- Ah, não tente me enganar, Allegra Reviello. Nós nos conhecemos bem demais para isso. Eu sei que você preferiria perder o braço direito a essa casa.

O sorriso de Allegra desapareceu por completo.

- Oh, Deby, a casa será vendida de qualquer modo, mas sinceramente não sei se Christos Kramanlís ira ou não comprá-la. - Engoliu em seco. - O que sei é que preferiria ver a casa incendiada e destruída a estar nas mãos daquele homem. É o tipo mais odioso que encontrei durante toda minha vida!

- Allegra, querida, nenhum homem com todo esse dinheiro pode ser odioso. - Deby passou-lhe o braço pelos ombros. - Não há nada que eu possa dizer para fazer com que você se sinta melhor, mas quero previni-la. Minha madrasta está com o diabo no corpo, hoje. Durante todo o caminho para cá ela sorria e isso é sempre um mal sinal.

Allegra recebeu a notícia com uma careta de desanimo. A primeira mulher de Wagner Torloni fora uma pessoa encantadora e doce, muito popular, e sua morte, depois de longa enfermidade, causara grande consternação. Todos pensavam que Wagner, depois de haver cuidado dela durante tanto tempo com tanta devoção, deveria se casar outra vez; no entanto ninguém, muito menos Deby e seu irmão Théo, esperavam que ele se casasse tão depressa e com uma ex-atriz. No principio, Dináh encantara a todos com sua beleza, mas logo deram conta de sua perversidade e malevolência. Apesar disso, por ser a mulher de Wagner, não podiam deixar de convidá-la para todos os acontecimentos sociais da comunidade.

Dináh sempre elogiara a beleza da propriedade e sua história, mas não derramaria uma só lágrima pelo infortúnio dos Reviello. A ideia de aguentar seus comentários venenosos durante o jantar era insuportável.

O que mais poderia sair errado?

Como era possível que em poucas horas a vida de uma pessoa fosse tão radicalmente alterada?

- Anime-se... - Confortou-a Deby. - Talvez ela engasgue com uma espinha de peixe e morra antes de começar a destilar seu veneno.

- Não poderíamos conseguir duas espinhas? - Tentou gracejar Allegra.

- Jamais assassine um milionário, a menos que você esteja no seu testamento. - Aconselhou Deby, solene. - Como é ele? Velho, gordo, repulsivo?

- Não. É atraente, para quem gosta desse tipo de homem.

- Tenho certeza de que eu aprenderia a gostar. - Brincou Deby. - Vamos, leve-me até ele.

Assim que Allegra levou-a até a sala de estar, Deby deu um assobio.

- Atraente? Meu Deus, Allegra, ele é maravilhoso! Não tem um homem igual a ele em todo o salão. Por acaso, ficou cega mulher. Ele realmente não é um homem comum. É a própria encarnação do pecado!

Allegra foi obrigada a admitir que Deby tinha certa razão. Com as esportes que ele usava a tarde, quando ela o havia visto pela primeira vez, estava bastante atraente. Agora, vestido com um smoking perfeitamente bem cortado, Christos Karamanlís possuía uma presença carismática que estava chamando a atenção de todas as mulheres na sala.

!670 Palavras

Agapitós: Querida

Ygeía: Saúde

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