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Capítulo 14 - Feridas de Amor

No dia seguinte, Allegra despertou com ruído de machadadas. Pensou que fosse reflexo de alguma dor de cabeça de cansaço. Levantou-se, vestiu o outro vestido, jogando o usado junto as roupas de Christos, que ele tão cinicamente despira na noite anterior. Colocou as sandálias e desceu.

Encontrou Christos no pátio, trabalhando nas molduras novas para a janela.

— Bom dia. — Saudou-o Allegra.

— Metade da manhã já passou. — Respondeu seco. — Quero café e ovos para o café da manhã. E hoje a cabra deve ser ordenhada.

Parecia que o pesadelo não teria fim. Allegra recolheu lenha para o fogão e foi procurar as galinhas; teve certo trabalho em tirar os ovos e levou algumas bicadas enquanto corria para a casa.

Já a cabra estava pastando pacificamente. Parecia mansa, mas Allegra não tinha nenhuma experiência com cabras. Em Reviello, ela havia visto as vacas serem ordenhadas, mas por processo mecanizado, ultra moderno. Pensou em não fazê-lo e mentir para Christos, mas sabia que cabra sofreria se não fosse ordenhada.

Se lembrou o quando fora exigente com os empregos, na verdade, Allegra sempre foi mimada demais, tão que se não gostasse de algo, como o leite pela manhã jogava tudo não chão e ria dos funcionários em seguida. Os humilhava a cada gesto de bondade ou carinho deles.

Aproximou-se cautelosamente; a cabra não demonstrou nenhum interesse e continuou pastando. Tentou colocar o pequeno balde embaixo dela. Recebeu um coice no joelho. Estava ficando mais complicado do que imaginara. Demorou uma hora, mas finalmente conseguiu um resultado razoável. Voltou mancando para a casa, carregando, vitoriosa, o pequeno balde com o leite.

Preparou uma omelete com cebolas, tomates, pimentão e batatas. Serviu em dois pratos, acompanhada de dois pedaços de pão amanhecido.

Christos lavou as mãos na pia e sentou-se. Comeu em silêncio, sem um elogio.

— Estava boa a omelete? — Perguntou Allegra.

— Eu estava com tanta fome que nem sequer reparei. Amanhã você deverá estar de pé à mesma hora que eu. Além de suas obrigações, vai ter de fazer pão.

— Ter de fazer o que? — Indigno-se ela. — Você acha que vou aguentar até quando esse seu tipo de tratamento.

— Vai aguentar até quando eu quiser. — Disse ele, levantando-se. — Quando você tiver aprendido seu lugar, Agapitós, quando tiver aprendido a ser um ser humano de verdade, aí então eu talvez possa mudar de ideia.

— Eu odeio você! — Murmurou.

— Seu ódio, não é nada para mim. Eu ainda não me esqueci como tratou os empregados quando foi convidadeo para o café da manhã na sua casa. Você reclamou do café, como disse mesmo... Estava quente demais. E o leite frio demais, o pão era amanhecido. E você quase jogou tudo em cima da pobre cozinheira.

— Mas, eu...

— Vai dizer que é mentira minha. Eu vi os olhos da pbre mulher. E para a sua informação, o café, o leite e os pães dela estavam deliciosos. Nunca encontrei uma mulher tão mesquinha, mal agradecida e mimada em toda a minha vida... Explicou ele perdendo o controle.

— Eu só disse a verdade e...

— Verdade, agapitós? — Caçoou Christos. — No entanto, algo me diz que só tenho de beijá-la, como naquele dia do lago, para que você se derreta toda. Gostaria de fazer um teste agora? Ameaçou ele mudando de assunto repentinamente.

— Não... — Murmurou Allegra.

Sentia-se extremamente vulnerável. Lavou a louça e demorou mais de um hora para lavar as roupas. As bolhas que tinha nas mãos se romperam, deixando-as em carne viva. Jamais havia pensado como eram maravilhosas as máquinas de lavar e de secar que tinham em Revielo. Não que ela jamais as tivesse utilizado.

Então Allegra se lembrou de que ela obrigava as funcionárias a lavar as suas roupas nas mãos, mesmo tendo toda a tecnologia para que o serviço fosse realizado. A desculpa usada por ela, era que suas roupas eram delicadas e finas demais para passarem pelas máquinas de lavar.

Seus pais apenas riam e aceitavam os seus caprichos. Quantas vezes viu as funcionárias chorando de dor por causa do esforço de esfregar com suas mãos ou mesmo por causa da alérgia de algum produto. E o que ela fez?

Nada... Absolutamente nada. Apenas sorria, sentia prazer e se divertia muito, pois afirmava que as funcionárias da propriedade eram todas preguiçosas.

Toda a roupa que ela usava, graças à sra. Weenny, voltava miraculadoramente limpa e passada para o armário. Quantas vezes por implicância, as faziam lavar todas as roupas limpas apenas por que estava entediada.

Recolheu a roupa em um balde plástico e levou-a para secar ao sol.

Voltando para casa, parou para observar Christos trabalhando a madeira com toda habilidade.

— Onde você aprendeu a fazer isso? — Quis saber Allegra.

— Aqui e em alguns outros lugares.

— Era nisso que trabalhava antes de...

— Antes de me apoderar dos milhões da família Karamanlís? — Completou ele, seco. — Não, agapitós. Aprendi porque deveria ser feito, e eu era o homem da casa. Minha mãe dependia do meu auxílio, e eu nunca me arrependia de fazer o que fosse preciso para o bem estar dela.

— E por que está consertando as janelas?

— Porque estão estragadas.

— Mas se ninguém vive aqui e não ha possibilidade que voltem tão cedo, por que o faz?

— Nós vivemos aqui, agapitós.

— Mas só temporariamente.

— E posso saber o que a faz pensar assim? — Perguntou, sardônico.

— É obvio. Você e o presidente de um sem-número de companhias em todo o mundo. Cedo ou tarde tem de voltar ao verdadeiro mundo.

— Mas, para mim, em certa época esse era o verdadeiro mundo. Vamos dizer que eu me cansei de tantas viagens, das cidades grandes e decidi que prefiro esse estilo de vida. Ainda mais, que tenha decidido que desejo ver o meu filho nascer aqui. Isso a surpreende, não e mesmo? Você estava certa de ter um filho em Reviello e que tivesse seu próprio nome, não? Mas não será assim, minha adorada esposa.

— E esse seu sonho então, Christos Karamanlís? Manter me aqui de pés descalços e grávida?

— E se for? — Provocou-a. — O que você faria? Pediria clemência?

— Não acredito em você. Agora que já provou do gosto do poder, dificilmente vai abdicar dele. Trazer-me aqui e obrigar-me a esse tipo de vida é um exemplo perfeito. Você voltou porque quis, mas jamais poderia voltar a ser o desconhecido Christos de antes, mesmo que assim o desejasse. E não creio que o quisesse.

— Com que autoridade você fala! E, no entanto, mal me conhece. Devo relembrá-la, agapitós, que você ainda não conquistou um lugar nem em meu coração, nem em minha cama. Como pode ter tanta confiança assim de falar o que está em minha mente ou em meus sentimentos.

— Por enquanto, eu... — Respondeu Allegra, tentando não se rebaixar. — Mas isso não continuara assim, se você realmente quiser um filho.

— Eu quero um filho. O que ainda não decidi, agapitós, é se você será a mãe dele.

Allegra sentiu uma dor profunda, como se ele a tivesse esbofeteado. Deu um grito abafado e correu em direção ao mar, as sandálias resvalando-se nas pedras.

Todas as palavras de Christos de repente a deixaram com um grande ciúmes, a mágoa só cresceu dentro do seu coração.

Allegra se sentia estranha, era como se ela já tivesse tido todas as aquelas palavras a ele em outro lugar. Ela pode ver a tristeza e magoa em seu olhar. Mas como poderia ter sido isso, se ela e Christos nunca haviam se conhecido anteriormente.

Como ela tinha tanta certeza de que o havia machucado ferozmente?

Sinto que já menti, manipulei, briguei, fui falsa, odiei e traí. O que eu ganhei com isso?

— "Isso não pode estar certo. Eu nunca fiz nada disso com o Christos. Mas então por que esse sentimento de culpa cresce dentro de mim a cada dia?" Pensou Allegra enquanto corria.

Cometi erros intensos em um simples ato, sim, e não me arrependi, por que?

Sim, porque traí alguém, é isso o que sinto.

E não é porque ele não me devolveu algo que havia lhe dado e mesmo que não tivesse importância tornou-se a ter, acabou que aprendi uma coisa.

A vida traz consequências constrangedoras e complexas.

E eu devo aceitar e fazer o que é certo mesmo que não tenha tomado esta atitude antes, eu preciso me lembrar: "Nunca é tarde demais para fazer o que é certo..."

Era isso que a vó Badim vivia repentino para Allegra desde que as duas se conheceram.

Allegra sentou-se a beira da água, as costas apoiadas no que restava de um antigo muro de concreto e pedras rústicas, olhando em direção ao horizonte, onde o azul intenso do mar mesclava-se com o azul pálido do céu.

Parecia impossível sentir tanta dor e não morrer dela.

Ela poderia ter suportado qualquer coisa, menos saber que Christos não a considerava digna de ter um filho seu.

"Eu deveria ter percebido", Allegra repetia para si mesma, a garganta apertada.

Perguntara-se como poderiam eles ter algum dia uma relação verdadeira, da maneira como o casamento havia se principiado. Pois bem; agora sabia. Christos não tinha a intenção de tê-la como esposa.

Cerrou as pálpebras, lutando contra as lágrimas que teimavam em escorrer-lhe pelas faces. Chorar não ia resolver nada. Ela tinha de reagir, tentar planejar algo para quando ele se cansasse do jogo cruel a que a estava submetendo, e a deixasse partir. Mas, no momento, não conseguia pensar em nada além das palavras cruéis de Christos e de seu ódio tão profundo.

Levantou-se e começou a caminhar pelo antigo porto. Quando finalmente levantou a cabeça, viu um pequeno veleiro bem em frente a praia, carregando um único velejador que se divertia deslizando sobre as águas mansas, aproveitando ao máximo a brisa da manhã.

Por um momento, Allegra olhou-o sem reação. Não havia ninguém vivendo em Argoli, mas deveria haver outras ilhas próximas onde talvez existisse algum aeroporto de onde pudesse partir para Pireus. O pequeno veleiro deslizava rapidamente para além das pedras ao final da praia.

Allegra então começou a correr o mais que podia na beira do mar, movendo os braços e gritando.

— Aqui, aqui! Pare, por favor, volte.

Por um segundo, ela teve a impressão de que o rosto se voltou e que o velejador solitário a teria visto. Foi tudo o que precisou. Tirou as sandálias e atirou-se na água, nadando em direção ao barco que se afastava cada vez mais, até desaparecer atrás das pedras. Allegra continuou nadando, desesperadamente.

Quando notou que se afastava demasiado da praia, aproximando-se perigosamente das pedras, percebeu que era inútil e deixou-se levar pela correnteza em direção às rochas, quase não movendo braços e pernas.

De repente, escutou barulho de alguém atirando-se na água e imediatamente Christos estava ao lado dela; as mãos sustentando-a vigorosamente

— Solte-me! — Gritou Allegra, debatendo-se, a boca cheia de água salgada.

— Acalme-se. Pare de se debater, sua mulher tola.

Ele virou-a de costas e com o braço livre começou a puxá-la em direção a uma laje lisa entre as rochas. Chegando, deitou-a sobre as pedras.

Allegra permaneceu algum tempo, tossindo a água que havia engolido. Christos sentou-se próximo a ela, tratando de recuperar o fôlego.

— Pelos Deuses do Olimpo, Allegra... — Conseguiu dizer, a voz trêmula. — Nunca mais faça isso; nunca mais pense nisso!

Ele deveria ter visto o barco e imaginado que ela pediria socorro, horrorizou-se Allegra.

— Eu só queria nadar um pouco; não sabia que era proibido.

— Nadar? Com seu vestido?

— Por que não? Não tenho nenhum maio aqui.

— Não minta. Quando eu a vi da praia você não estava fazendo nenhum esforço para nadar e quando cheguei você já estava começando a afundar... — Afirmou ele, estremecendo.

Só então Allegra percebeu o que ele queria dizer.

— Você pensou que eu estava me afogando? Pensou que eu o faria deliberadamente? Não se iluda, Christos, nada do que você diga ou faça poderá me levar a tal desespero. Todo o seu esforço em me salvar foi em vão. Como eu disse, só queria nadar um pouco e foi isso que eu fiz.

Allegra tratou de se levantar e caminhou pela plataforma até chegar onde estavam suas sandálias.

2016 Palavras

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