Cap. 6
Fernanda.
Assim que saí do quarto do Paul, a consciência fazia parte de mim, mais em vez de ir buscar a Rosely passei no banheiro e lavei o rosto. Não iria aparecer na frente de todos parecendo que levei um susto de um fantasma pois é exatamente assim que me vejo quando o meu reflexo que está diante do espelho. Saio do banheiro e tomo o fôlego de coragem, sigo pelo corredor para a encontrar todos e já ouço a risada da Rosely.
"Então, deve ter beijando demais olha como ela está quieta" diz o meu irmão e estendo os braços para pegar a Rosely. "O que houve?" Ele me pergunta segurando meu braço.
"Ele não lembra de mim" falo para ele mais todos escutam.
"Perdeu a memória" diz o Jeremy.
"Você sabia?" Pergunto e ele assente.
"Isso não é algo que venha lançar como bomba para você" ele fala e sei que ele agiu certo, não iria ter coragem de entrar no quarto se soubesse que Paul não lembrava de mim.
"Mais vou faze-lo lembrar" digo para o Jeremy " ele tem que lembrar" digo para todos, porém firme a mim mesma.
"Vou com você" diz a Aprill porém nego.
"Preciso ficar sozinha com ele, vocês podem entrar depois"
Sigo com a Rosely em meus braços pelo corredor, o tempo todo ela bate palmas chegando em frente a porta do Paul que está aberta entro vendo a enfermeira medindo a pressão dele.
"Papai cordou mamã" Rosely diz gritando chamando a atenção de todos.
"Como ela está grande" Paul fala tentando se levantar mais a enfermeira não deixa diz que tudo aos poucos.
"Ela tem 01 ano e 06 meses Paul" digo diante dele entregando a Rosely que beija a bochecha dele e ele a dela.
"Princesa como você está grande amor" ele fala colocando ela em pé na perna dele.
"Ela já formula as palavras, mais se atrapalha em algumas afinal, ela é pequena demais para falar coerente e sem erro.
"Como está linda" ele diz beijando a bochecha dela que puxa o cabelo dele.
"Tinho casa papa, tinho casa mia"
"O gato da Aprill passou um tempo na nossa casa e ela não para de falar nele." Falo me sentando na ponta da cama.
"Você cuidou bem da minha filha" ele diz olhando para ela "nossa" corrige.
"Continuarei morando na sua casa?" Pergunto com medo dele negar, já que não me conhece.
"Lógico que sim, você é minha namorada certo? Por que não moraria mais?" Ele pergunta confuso e até a Rosely olha para a minha direção.
"Você não lembra de mim Paul não é estranho para você tudo isso?" Pergunto esperando uma resposta e ele começa a sorrir.
"Você está tentando se afastar? O fato de não lembrar, é exatamente ele que fará eu querer você ao meu lado para lembrar" ele diz segurando a minha mão. "É estranho eu sei, a maioria das pessoas que perdem a memória se afastam das pessoas que não conhecem mais confio na minha mãe e se ela diz que você é minha namorada e eu sou louco por você talvez deva te dar uma chance"
"Mamã não papai?" A Rosely pergunta olhando para ele que nega. "Mamãe bebê do papa" ela diz batendo palma.
"Eu sei amor, papai vai lembrar da mamãe prometo tentar" ele diz me olhando e vejo aquele olhar do Paul. Aquele olhar de que tudo ficará bem, que ele vai consertar as coisas, aquele mesmo olhar de quando ele me viu a primeira vez.
"Tem várias pessoas querendo entrar para te ver, posso chamar?" Pergunto a ele.
"Você ficará aqui?"
"Vou a cantina, a fome... existe está palavra ainda em seu vocabulário?" Falo brincando com ele.
"Comi igual a um exército antes do exame" ele diz rindo.
Saio do quarto junto com a Isabel que decidiu ir comigo, não fui onde está a minha família a Isabel que foi avisar eu só preciso digerir. Talvez, todo dia vá precisar desse momento e digerir as palavras as palavras do Paul 'não me lembro de você' é difícil mais vou conseguir.
"Pensei que iria surtar" Isabel se senta ao meu lado e me entrega um suco de maracujá "Tome tudo" ela fala gentilmente.
"Ele diz que não se lembra de mim mais age como se lembrasse" falo suspirando
"Contei a ele tudo que sei sobre vocês, apenas o que me contaram não muito."
"E por que ele está agindo assim estranho?"
"Estranho como?" Ela pergunta sem entender. Mas sinto que ela sabe mais.
"Como se fosse apaixonado por mim"
"Nanda, eu ameacei o Paul, disse que se ele não tentasse eu iria voltar para Londres e nunca mais queria saber dele. Além disso você sabe o quanto ele ama as loiras... isso é constrangedor, mostrei uma foto sua que tem em meu celular" ela diz mostrando uma foto minha, da Rosely e do Paul. "Ele te achou linda mais não gostou do fato de você ser tão nova"
"Então ele me odiou?" Pergunto sem entender.
"Não é te odiar, ele não acreditou que ele mesmo ficaria com você. Mais prometeu ser sincero quando te visse."
"Ele não mentiu para nada que me disse até agora?" Pergunto e ela concorda.
"Ele está sendo ele mesmo, e espero que você consiga fazer meu filho lembrar das coisas"
"O que o médico disse assim que você chegou?"
"Não sabem se ele vai conseguir se lembrar a parte da cirurgia é exatamente o hemisfério da memória. Mais que ele poderá voltar ao cargo de médico em alguns meses se ele estiver melhor."
"Só tenho medo de que ele não lembre mais e eu tenha que conviver com está pessoa nova em minha vida"
"Ele é o mesmo e você sabe disso, só não lembra das coisas"
"Exatamente isso, não lembra de mim, exclusivamente de mim" falo me levantando da cadeira e ela me olha sem entender.
"Você não irá deixa-lo vai?" Ela diz se levantando.
"Não o deixaria por tão pouco, mais tenho um namorado para reconquistar" digo saindo da lanchonete.
Você quer brincar comigo destino? Então veremos se não farei ele se lembrar - falo para mim mesma seguindo em direção ao quarto do Paul.
1 mês e duas semanas depois.
"Papa casa com osely" a Rosely está nos braços do Paul enquanto saímos do hospital, ela começou a gaguejar de novo e isso é um mistério. Jeremy falou que talvez tenha sido a emoção ao ver o pai acordado todo dia.
Conversei com o Paul todos os dias que fui ao hospital, ele sempre ficava impressionado quando contava que nos conhecemos quando ele foi ao apartamento da Aprill e eu estava de sutiã e saia curta, contei a ele que ele se apaixonou por mim e me fez acabar o namoro com o Christopher o namoro de 02 anos. Contei da nossa primeira vez quando ele chegou do congresso do Brasil. Ele ficou impressionado e achava que eu era virgem e que não era mulher dele apenas morávamos juntos. 'Sabe de nada inocente'. Decidi contar aos poucos e não contei do Flin, em questão do estrupo, muito menos que ele quase perdeu a Rosely.
Falei sobre a minha faculdade e como as aulas já estavam na metade do semestre não iria esse ano, ele se sentiu culpado por me fazer desistir do meu sonho. Afinal, a faculdade de engenharia do Canadá é a que sempre quis ir, existe bem melhores nos estados unidos, mais a do Canadá é a que eu escolhi. Ele disse que estaria em apoio comigo caso eu quisesse ir ano que vem. Mas deixar o Paul e ir para outro país? Não, essa não sou eu. Demorou muito ele sair do hospital pelas fisioterapias. Afinal ele ficou meses em cima de uma cama, tinha que se recuperar.
"Boa tarde senhor Paul" diz o porteiro do condomínio.
"Olá Ítalo, como vai?"
"Bem, estou feliz que esteja de volta"
"Eu também" Paul fala e nos dirigimos ao elevador.
"Já nos pegamos aqui?" Ele me pergunta na maior cara de pau com a Rosely em seus braços.
"Paul" repreendo ele "O elevador tem câmeras" falo rindo dele.
"Já disse que estão quebradas?" Ele diz me olhando com aquele sorriso sedutor dele.
"Você me disse isso no começo do ano passado, hoje elas já funcionam" falo assim que a porta do elevador se abre.
"Droga" ele diz rindo.
"O que é doga papa?" A Rosely pergunta e o Paul tampa a própria boca como se arrependesse do que falou.
"Nada o papai é um mau menino apenas isso" ele diz beijando a cabeça dela.
"Fiz bolo de cenoura com calda de chocolate" digo abrindo a porta.
"Você cozinha?" Ele me pergunta e sorriu pois ele ama minha comida.
"Melhor que você" digo entrando e segurando a porta para ele entrar.
"Filho o almoço está pronto" diz a Isabel aparecendo da cozinha.
"Mãe eu comi no hospital, a enfermeira me deu comida da lanchonete escondido" ele diz me olhando e fumino ele com o olhar.
"Qual vadia fez isso?" Pergunto para ele quase dando em sua cara.
"Minha namorada é ciumenta?" Ele pergunta rindo "Vou amar isso"
"Não provoque a Nanda, você sempre perde" Isabel diz pegando a Rosely dos braços dele.
"Virei capacho de mulher?" Ele pergunta sorrindo.
"Com toda certeza do mundo" digo passando por ele, indo a cozinha guardar os remédios na caixinha de primeiros socorros.
"Estou ferrado" ele fala atrás de mim, e todos os peles do meu corpo se arrepiam, sinto sua respiração na minha nuca e ele encosta sua mão em minha barriga quando vejo ele pegando um copo "estou com sede" diz se afastando, engulo a seco.
"Poderia ter pedido água" falo me virando e ele está com a garrafa de água na mão colocando no copo.
"Sempre fomos assim?" Ele me pergunta.
"Assim como?"
"Essa química? Eu nem toquei em você e ja queria te beijar e sei que até a minha fala em sua nuca te excitou"
Me engasguei com a própria saliva, ele está bem sincero em tudo que fala.
"São piores" diz a mãe dele entrando na cozinha com a Rosely "No casamento da Aprill você estava dançando tão colado a ela que quase se deitava com ela no chão na frente dos convidados."
"Virei tarado" ele diz guardando a garrafa "Já não basta namorar com uma menina de 18 anos..."
"19 anos" corrijo ele.
"É nova demais uma menina, ainda fiquei tarado sem me controlar que corpo traidor" ele diz colocando o copo na pia e ao virar leva uma tapa da Isabel.
"Quero ver falar mais uma vez dela assim e corto suas bolas fora" Isabel diz colocando a Rosely na cadeirinha "Você matava por esta menina, então cale essa sua boca, sente sua bunda gorda na cadeira e vamos almoçar" ela diz colocando a verdurinha da Rosely no prato e entregando a ela.
"Precisava me bater?" Ele pergunta se sentando "sai de um coma a algumas semanas"
"Você não vai magoar a menina eu sei pelo que ela passou enquanto você estava no hospital. O fato de ser sua mãe, não significa que irei encobrir ou mesmo apoiar suas palhaçadas Paul, sou velha quero meu filho com uma ótima mulher para cuidar dele e está mulher é a Nanda." Ela diz me olhando.
"Tudo bem Isabel, vai ser difícil mais ele vai lembrar" digo me sentando na cadeira ao lado do Paul, finalmente ele está sentado ao meu lado.
"É tão difícil ela gostar de alguém tão rápido assim" ele diz sussurrando.
"Eu sou a melhor nora do mundo" falo colocando comida no prato do Paul, não é necessário perguntar sei exatamente do que ele gosta.
"Vamos conseguir certo?" Ele me pergunta "tipo... lembrar?" Fala olhando para a Rosely desta vez "Ou podemos recomeçar, aprendo a te amar do mesmo jeito que amava antes"
"Paul, vá almoçar mais tarde a gente conversa" sussurro e começo a colocar minha comida.
A tarde toda o Paul ficou rindo das fotos do meu cabelo colorido, sim, pintei meu cabelo. Para falar a verdade descolori ele, que voltou ao seu loiro natural. Fico mais seria, adulta, e acho que Paul mesmo rindo gostava de antes.
"Não façam nada que não faria" diz a Isabel indo para seu quarto dormir, ela está com dor de cabeça ainda é 19 horas da noite.
"Mãe, nem quero imaginar o que seja" Paul fala colocando a perna na mesinha de centro da sala.
"Vou colocar a Rosely no berço, vem comigo?" Pergunto me levantando e ele assente.
Vamos ao quarto da Rosely, o Paul acende o abajur que fica em forma de ursinhos as sombras pela parede, coloco a Rosely no berço e fico velando por ela antes de cobri-la, Paul dá um beijo na bochecha dela e passa o braço ao redor da minha cintura.
"Obrigado por ter cuidado dela enquanto eu estava no hospital"
"Ela é minha obrigação também" falo fechando o mosqueteiro.
"Mesmo assim obrigado" ele diz e solta a minha cintura, suspiro e ligo o ar condicionado no nível fraco.
"Vou tomar banho" falo fechando a porta.
"Vou assistir televisão" ele diz seguindo pelo corredor.
Realmente este não é o Paul de antes, se fosse ele iria comigo ao banheiro, e não era para tomar banho. Entro no quarto, retiro a blusa e short ficando apenas de lingerie. Me dirijo ao banheiro e retiro o sutiã e calcinha coloco no cesto de roupa suja. Entro no boxer e ligo o chuveiro deixo a água levar toda a minha frustração deste dia, a frustração do Paul não lembrar de mim. Mas estou feliz por ele ter acordado, estou feliz que ele esteja bem. Talvez, o nosso amor seja como a fênix, aja um possível recomeço, renasça, e ele volte a ser como antes.
Todos os direitos autorais reservados á autora: Jéssica Dias.
Votem e comentem.
Ele não está sendo um idiota, entendam ele não se lembra. E a Nanda está segurando bem a barra.
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