"Enfim posso falar, não há lugar onde não podemos ir. Coloque sua mão no vidro, estarei aqui tentando puxar você, você só tem de ser forte."

– Mirrons, Justin Timberlake.

Paul.

2 meses depois.

"Meu Deus, eles estão chorando de novo." – Nanda diz revirando na cama.

As coisas entre mim e Nanda estão consideravelmente bem. Levando em consideração que ela está reclamando mais que o normal. Os gêmeos são umas fofuras comem e dormem, o mais quieto é Michel ele mal fica acordado. Já a Isabel nem posso falar, todo vez que penso em respirar ela está chorando e acreditem Nanda dá de mamar a ela, mais ela só para de chorar quando a pego nos braços. Minha mãe ficou conosco até a casa terminar a pintura o que ficou lindo ela está bem ocupada com esta coisa de se tornar uma das socia da universidade. Gosto de vê-la assim, ativa, bem... Graças a minha pequena Rosely que minha mãe está bem e ficará assim por muito tempo. Minha filha tem um ciúme extremo quando estou com os bebês e ela não deixa que fique muito tempo com Isa nos braços, apesar de amar os irmãos e dizer que não tem ciúmes é óbvio que ela tem.
Normal de toda criança ter a atenção sempre voltada a você e derrepente sair do foco em partes já que Nanda fica dormindo 40% do dia, amamentar cansa só se sabe quem é mãe e médico quando conhece os sintomas. Entendo cada processo que Nanda está passando sem nem mesmo ela demonstrar isso, as vezes sinto que por ela gritava aos sete ventos e sairia correndo. Ter dois filhos gêmeos, uma filha pequena, casa, universidade. Mesmo que seja a distância, e tudo mais cansa e muito mais sinto que ela se esquece que estou aqui e jamais sairei de junto dela.

Na primeira semana em que os gêmeos estavam aqui foi ótimo, um choque de conhecimento, mesmo ela já tendo a prática já que sempre cuidou de crianças pequenas e criou a Rosely desde seu 5° dia de vida até agora. Ela está cansada e precisa de ajuda. Seus pais voltaram para Flórida já que estarei aqui não viam necessidade de ficar, acho que é isso estar longe de todos da família, era mais fácil quando estava em Portugal e o irmão estava junto mesmo com os pais longe. Minha mãe mandou eu ter paciência para não gerar uma depressão pós parto, e é exatamente isso que estou fazendo.

"Vou pegar ele." - Falo me levantando da cama e Nanda suspira.

"Não precisa amor eu vou." - Ela diz se levantando mais nego com a cabeça e a mando continuar dormindo.

Vou em direção ao quarto dos gêmeos e vejo a cena mais linda do mundo. Rosely está em pé próxima ao berço deles falando para eles se acalmar... É impossível não se emocionar.

"Bebê, não chora mamã que dormi." - Ela diz ao Michel e isso é estranho ele é o único que não faz escândalo.

"Filha." - Chamo ela que me olha e vejo que ela está ao lado da senhora pom pom com as meias nos pés, ela inventou de colocar meia na gata por causa do frio.

Não que em Ontário seja a cidade mais fria do Canadá porque não é. Mais digamos que calor infernal não existe o clima é ótimo para se viver, e além disso dentro de casa temos o sistema de ar condicionado na época de calor para a casa toda e sistema de aquecimento quando estamos no inverno.

"Oi papai." - Ela diz me estendo o braço e vou em sua direção lhe dando um beijo na bochecha.

"Vamos descer com o seu irmão para ele não acordar Isa?" - Pergunto e ela concorda.

Vamos até a sala e Michel se cala um pouco e coloca o dedo na boca. Vou até a cozinha e Rosely sempre me seguindo por onde vou, pego a mamadeira deles que sempre antes de dormi Nanda deixa pronta e revejo a temperatura já que ela estava na capa térmica.

"Pronto amor, aqui está." - Falo dando a mamadeira para ele mais não é fome pois ele não pega. Rosely fica me olhando sem entender e pede para pegar no irmão.

"Você sabe que ele é pequeno demais."

"Bobo deixa eu pegar nele." - Ela diz cruzando os braços demonstrando malcriação.

"Quando foi que ela deixou?" - Pergunto e ela sorri.

"Quando você estava engolindo a mamã na cozinha." - Ela diz tão bem explicado que fico emocionado.

"Estava beijando ela." - Falo em minha defesa, mais Rosely nega.

"Tava engolindo ela papa, bobo me disse." - Ela diz sorrindo e acompanho ela quando Michel explodi em um choro que chama a minha atenção.

"Filho o que você têm?" - Fico preocupado e me levanto e começo a ninar ele.

"Dá ele pra mim papa." - Rosely pede subindo no sofá se sentando.

Vou em sua direção e me sento, vejo que ela está na posição certa. É lógico que vou colocar Michel no colo da Rosely mais irei segurar. Afinal ela tem apenas 2 anos e 5 meses. Assim que ele está no colo dela, seus olhos olham pra cima e ele logo começa a se calar. Quando Rosely começa a falar.

"Ela una vez, una plincesa bem linda que se chamava blanca de nebe..."

Fico olhando a minha filha gaguejando mais contando uma história pro irmão, exatamente como sempre faço com ela antes de dormir, como não pensei nisso antes quando estava com medo sempre meus pais contavam uma história para mim eles quando digo os dois.

"Papa, ele dormiu." - Rosely fala chamando minha atenção quando vejo minha mão quase soltando meu filho nos braços da sua irmã.

"Você é igual a sua mãe faz milagres." - Falo rindo quando ela ri junto comigo.

Subimos juntos e coloquei Michel em seu berço ao qual ele começou a chupar o próprio dedo e deixei para ele não chorar. Porém, não o deixarei alimentar esse vício. Vou com Rosely ao quarto dela onde acabou a reformas 2 dias depois que Nanda chegou da maternidade. O quarto da Rosely diferente do que ela tinha em Portugal é rosa e branco com pequenas bolinhas pintadas na parede, tem uma cama de princesa com um abajur que ao apagar a luz ilumina o quarto cheio de peixinhos. Senhora pom pom tem uma caminha ao lado da porta que fica os brinquedos da Rosely.

"Quer que papai conte uma história?" - Pergunto quando ela se deita na cama e cubro ela com o edredom, a gata vendo isso vem e se deita aos pés da Rosely por cima do Edredom.

"'Quero sim." - Ela diz me olhando com admiração.

"Qual história você quer?" - Pergunto pegando o livro de Alice no país das maravilhas, para concluir a história.

"A sua." - Ela diz bocejando.

"O quê?" - Pergunto sem entender.

"Mamã disse que você é plincipe todos tem estórias papa." - Ela diz esperando minha resposta.

"Era uma vez, um menino que era bem esperto e entrou na faculdade com 17 anos querendo cuidar das pessoas, ele aos poucos foi se tornando adulto e entendendo as coisas."

"O menino é você papa?" - Ela me pergunta quase fechando os olhos.

"Sim, continuando... Ele encontrou uma linda princesa quando viajou para uma terra distante mais esse príncipe prometeu que iria cuidar da princesa para sempre. O príncipe tinha uma rainha na vida dele na época e não tinha abertura para mais ninguém e ele prefiria assim..."

"Ela já dormiu." - Ouço a voz da Nanda atrás de mim e me levanto da cama da Rosely vendo que ela está dormindo.

"Está aí faz tempo?" - Pergunto indo em sua direção.

"Não. Cheguei agora achei tão silenciosa a casa." - Ela diz colocando uma mão de cada lado do meu pescoço. - "Desculpa por esta agindo assim, estou cansada."

"Eu entendi amor." - Falo lhe dando um selinho e ela tenta aprofundar o beijo.

"Para de me evitar." - Ela diz chateada.

"Nanda você está em tratamento." - Falo me afastando um pouco dela e ela me xinga.

Depois dos 40 dias de resguardo em que já se pode ter relações sexuais, Nanda teve infecção urinária tendo de tomar remédio e passar uma pomada na parte vaginal dela. Isso estava enlouquecendo ela... Os hormônios e desejo acumulado enquanto estou explodindo.

"É para seu bem." - Falo tentando fazer ela mudar de ideia mais ela como sempre é irredutível.

"Tudo bem, isso que dá ser noiva de médico. Dá próxima vez namoro com alguém viciado em sexo como eu." - Ela diz se afastando seguindo em direção ao quarto e sigo ela furioso.

"Como assim dá próxima vez?"

"Você sabe." - Ela diz se deitando em forma fetal.

"Não sei Nanda, e você vai me explicar." - Digo fechando a porta do nosso quarto.

"Tipo outro cara mais gostoso, delícia, que não me veja como uma boneca de porcelana prestes a quebrar e que me foda com força." - Ela diz isso olhando em meus olhos, não aguento e vou em sua direção prendo sua mão ao alto da cabeça com minhas mãos com certa força, e subi em cima dela colocando uma perna de cada lado.

"Não quero saber de você pensando em outro homem entendeu?" - Pergunto furioso e não estava brincando.

"Você não manda em meus pensamentos." - Ela diz determinada.

"Fernanda, não faça besteira." - Digo bem próximo daqueles lábios carnudos, quando ela passa a língua em seu lábio inferior e sorri percebo que estou caindo em seu jogo isso é tudo mentira e estou onde ela realmente quer que eu esteja.

"É tão fácil manipular você gatão." - Ela diz sorrindo e dá um beijo em meus lábios e encosta sua cabeça em meu ombro.

"Sua feiticeira." - Falo rindo e alisando seu cabelo.

"Amo você." - Ela diz beijando meu pescoço e fico numa luta com a minha mente, corpo, e pau duro para não fazer besteira. Está garota me enlouquece.

(...)

"A senhora acha que ela vai gostar?" - Pergunto colocando a cesta na grama atrás da casa.

Já são 10h da manhã, Nanda ainda não acordou minha mãe está aqui como hoje é sábado vamos fazer um piquenique em família em nossa própria casa, aproveitar que o sol resolveu aparecer e atrás da casa tem uma linda visão.

"Nanda ama estes momentos família." - Minha mãe diz ajeitando o carrinho dos gêmeos e colocando o restante das frutas na mesa.

"Estava pensando em fazer uma casa da árvore para Rosely quando tiver tempo, mais uma em que não envolva subir em árvore para ela não cair."

"Então, acho que é melhor tirar o nome 'casa da árvore' da frase. Vai fazer apenas uma casinha para ela brincar no quintal no caso?" - Minha mãe pergunta olhando para a vista na nossa frente.

"Sabe que faço tudo pela segurança da minha família e filha." - Falo indo em sua direção e dou um beijo em sua cabeça.

"Halp entrará de férias e vou contratar três seguranças para ficar pelo bairro." - Minha mãe diz receiosa ela sabe o quanto eu tentei ligar para sair disso, dessa pressão que é ser filho de pais milionários.

"Mãe pelo amor de Deus." - Falo revirando os olhos.

"Sabe que os paparazzi vão querer saber da sua vida como você está e tudo mais. Eles demoraram para te encontrar, mais agora que sabem que não irei me desgrudar de você ficaram em nosso pé."

"Quero que meus filhos nasçam como crianças normais e não como cresci, mesmo sendo em um lar estável e país maravilhosos, nunca tive privacidade alguma."

"Eles terão isso pode confiar." - Ela fala confiante é me alegro com isso.

"Estou feliz por você filho e não vejo a hora do seu casamento."

"Quanto a isso queria sua ajuda, queria organizar o casamento com a Nanda mais existe algumas surpresas que queria quê acontecesse no dia e preciso da sua ajuda."

"Qualquer coisa que você quiser." - Ela diz apertando a minha bochecha, minha mãe tem apenas 1,60 de altura é uma baixinha marrenta.

"A senhora quando quer me faz passar vergonha." - Falo revirando os olhos.

"Não há do que ter vergonha." - Ela diz olhando pro lado e vendo que não tem ninguém.

"Sua casa em Londres, a matriz da empresa como ficará?" - Pergunto pós depois da operação não queria pensar muito nisso.

"Mike ficará a frente, e viajarei uma vez ao mês para lá, estou investindo aqui porque vejo potencial Canadá é um ótimo lugar para incentivar os jovens."

"Conheço bem a senhora e sei que está planejando algo, mais vou fingir que acredito."

Depois que Rosely acordou, dei banho nela e coloquei uma blusa com o nome 'George' tinha uma igual quando era pequeno e minha mãe comprou uma igual para Rosely quando soube que era menina comprou a branca já que a minha era azul. George foi um grande mestre da tecnologia que meus pais admiraram. E que por sinal foi meu bisavô. Acho que fui o único ovelha negra da família que foi cursar medicina embora minha mãe odei quando me próprio englobo no rumo ovelha negra.

"Poderia ter me acordado." - Nanda diz saindo de dentro da casa, quando ela quer o alto estima consegue de uma forma impressionante como ela colocou os dois bebes em seu braço sem ajuda?

"Opa! Passa um pra mim." - Falo pegando Isa de seus braços, ela está dormindo e boceja como uma princesa. Enquanto Michel que está nos braços da Nanda chupando a própria mão olhando para Nanda que fala algo para ele.

Vamos em direção a toalha que está no chão e Nanda se senta ela fica olhando cada coisa ao seu redor, e depois olha pro lado e vejo seu olhar perdido na vastidão.

"Tudo bem?" - Pergunto me sentando ao lado dela quando Rosely passa correndo atrás da senhora pom pom. A tartaruga que gosta, esta comenzó a grama na minha frente.

"Parece New Orleans." - Ela diz suspirando.

"Com toda certeza do mundo não parece." - Falo rindo. - "Não existe lugar no mundo como New Orleans."

"Tenho que concordar." - Ela diz encostando a cabeça em meu ombro.

"Você tem 3 meses para planejar o casamento, Aprill vai vim no final de julho para te ajudar e Thiago vem no começo de agosto junto com seus pais e Jeremy com a família e seu tio."

"Gatão, porque a pressa em casar?" - Ela pergunta me olhando nos olhos.

"Uma princesa precisa ser casada para poder ter filhos, pulamos várias etapas não acha?" - Digo piscando e minha mãe se senta ao nosso lado.

"Me dê minha neta que quero ficar com ela." - Ela pede estendendo os braços.

"Mãe, a senhora está mimando eles." - Falo suspirando, minha mãe está com a mania de ficar balançando eles pra dormir e quando eles vão dormir a noite só dorme se a gente balançar.

"Rosely foi criada do mesmo jeito e olha que menina esperta ela se tornou."

"Nanda." - Chamo ela que olha em minha direção. - "Vá tomar seu café, eu fico com Michel."

Pego ele do braço dela. Ela vai em direção a mesa onde contém várias comidas que minha mãe fez, minha pequena loirinha que me deu mais duas alegrias de viver.

"Você disse que não queria segredos entre a gente e te contei o que farei mais você vai contar a Nanda?" - Minha mãe me pergunta ao meu lado, e quando vejo Nanda olhar em minha direção e sorri acho que é melhor guardar para mim mesmo apenas por enquanto.

"05 anos passa rápido, e sei que ela vai gostar da nossa surpresa daqui pra lá." - Falo para minha mãe e olho cada passo que minha linda loira dá em minha direção.

Todos os direitos autorais reservados à autora: Jéssica Dias.

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