Cap. 5
Fernanda.
Como assim o Paul acorda e todos ficam calmos, e ainda me manda ficar calma? Com certeza não! Não mesmo.
"Vou ao hospital" falo virando as costas e a Tônia segura meu braço de impedindo.
"A missa já vai terminar" ela fala me fazendo ficar junto dela "E você vai com a Mel e Jeremy no carro deles, ninguém vai deixar você dirigir" ela diz segurando meu braço e minha vontade sinceramente é de matar ela, isso mesmo. Matar, o Paul acabou de acordar de um coma de 06 meses eu deveria estar ao seu lado para ele me ver assim que abrir os olhos.
"Vamos" diz o Jeremy sussurrando. Assim que o padre termina a oração.
"Já era hora" digo saindo no meio das pessoas em sentido ao carro do Jeremy, Rosely fica me olhando como quem pedi explicação e quase falo para ela que papai acordou mais até para a minha princesa acho que é melhor ver o estado do Paul.
"Estaremos atrás de vocês" diz o Caio assim que a Melissa abre a porta e coloca o Austin na cadeirinha e Luh na sua também, ela me manda entra e entrego a Rosely para ela. Ela entrega a minha pequena para a Tônia que vai com o Caio, ela entra no carro e o Jeremy já estando dentro da partida.
Tudo valeu apena então? Esperar, e esperar, sim valeu. Meu amor acordou desistir jamais apenas seguir em frente com ele de hoje em diante.
"Você está respirando?" A melissa me pergunta e nego com a cabeça, na verdade estava prendendo a respiração para ter a certeza que não era um sonho. Muitas vezes sonhei com isso ele acordava, e quando via tudo só tinha passado de um sonho.
"Agora estou" falo suspirando deixando uma lágrima cair.
"Por que você está chorando?" Luh me pergunta ao meu lado.
"O Paul acordou" falo para ela que abre um olhão e começa a bater palmas.
"Eba, titio Paul vai me dar muito pirulito" ela diz rindo e o Jeremy ri junto com ela.
"Só está feliz por que ele vai te dar pirulito?" Mel pergunta para ela que nega com a a cabeça.
"Ela me dá sorvete também" ela diz rindo.
"Tudo bem Mel, ela é uma criança" falo tocando na cabeça da Luh.
"Sou uma mocinha, titio Thiago falou para mim" ela diz fazendo biquinho colocando a chupeta do Austin na boca dele.
"Seu titio Thiago é louco as vezes acredite nisso" digo pensando no maluco do meu irmão, nesse momento deve estar tirando onda com o Paul.
"Chegamos" Jeremy estaciona em frente ao hospital e desço numa rapidez suprema, vejo meu irmão sentado na cadeira da recepção de cabeça baixa.
"Nanda, você não pode entrar lá agora" Thiago diz se levantando.
"Por que?" Pergunto confusa.
"Ele está sendo examinado, e não está no quarto"
"Mais eu quero ver ele, faz 06 meses Thiago"
"Eu sei, mais se você esperou todo esse tempo esperar mais algumas horas não vão te matar" ele diz me fazendo se sentar na cadeira, e logo depois Jeremy entra segurando o Austin nos braços e a Mel com a Luh.
"Vou lá dentro" Jeremy diz indo enquanto a Mel vem para junto de mim.
"No dia do seu aniversário" ela diz sorrindo.
"Mamãe quero ver o titio Paul" diz a Luh puxando a blusa da mel.
"Quando o papai vinhe de lá de dentro se o titio poder te ver ele te leva tudo bem?"
"Tá mamãe" ela diz encostando a cabeça no braço da mel.
"Oração remove montanhas" digo pensando no que ele está fazendo agora "não vou mentir tinha quase perdido a esperança mais Deus renovou a minha fé hoje" digo para a Mel e encosto minha cabeça no ombro do meu irmão que começa a alisar a minha cabeça.
"Promete que não vai surtar quando ver ele?" Meu irmão me pergunta e nego com a cabeça.
"Lógico que vou surtar, vou pular em cima dele e beija-lo." Digo rindo da cara de nojo que meu irmão faz.
"Vamos começar tudo de novo, começarei ameaçando ele e se ele não te fizer feliz ele volta pro coma" ele diz sério.
"Thiago seu palhaço, vou te matar" digo dando um tapa nele.
"Chegou agora e já está apanhando?" Diz o Jeremy diante de nós "Ele já está terminando para ir ao quarto e você ver ele."
"Graças a Deus" digo me levantando.
"Você poderia se sentar?" Meu irmão pergunta.
"Você poderia calar a sua boca?" Rebato a sua pergunta sem noção.
"Você é minha irmã sem sombra de dúvida" ele diz rindo e se levanta quando vejo que a Aprill chegou "Vem pros braços do papai" ele diz pegando a Allice dos braços dela.
"Ainda não entrou?" Ela me pergunta.
"Ele está fazendo algum exame não sei o que é mais já já está saindo para eu ver ele"
"Até que fim ele acordou em"
"Mamã" diz a Rosely estendendo os bracinhos. "Deixo eu mamã, deixo eu" ela diz colocando os braços ao redor do meu pescoço quando pego ela.
"A mamãe veio ver o papai, ele acordou filha"
"Papai, papai" ela diz soltando os braços ao redor de mim e batendo palmas. "Papai dorme muito mamã"
"Sim, mais agora ele não vai dormir mais" digo dando um beijo na bochecha dela.
"Eba, papa brinca com eu" ela diz alegre fazendo todos rir.
"Fernanda Vilar" olho para trás e vejo o médico neurologista que ficou no lugar do Paul me chamando. "Ele quer te ver"
Meu coração bate forte em meu peito, e se eu não andar devagar é bem capaz de cair sem forças nas pernas.
"Me dê ela" Tônia pede a Rosely e entrego em seus braços.
"E papai mamã?" Ela me pergunta talvez querendo explicação do porque ela não vem junto.
"Mamãe vai falar com papai, e já vem te buscar também?" Falo com a voz cortada.
"Qualquer coisa grita, vou lá e bato nele" meu irmão fala ficando atrás da Aprill. Vou matar ele quando soltar a Allice.
Vou com o médico seguindo o corredor pelo caminho que fiz todo esse tempo, todos esses meses. Muitas pessoas no decorrer desses meses me perguntavam o por que eu sofria e agia como se ele tivesse morrido. Só que ele estava em coma. Simples, ele recussitou, Jeremy ressucitou o Paul. E de certa forma um coma é morte, ainda mais para ele que vinha sempre dizendo que queria os aparelhos desligados caso acontecesse isso com ele, e eu jamais faria isso com ele e sei que sua mãe também não. Agora se colocando em meu lugar, multiplique a dor por mil e depois coloque em seu peito isso é exatamente o que sentia todo dia.
"Seja paciente, algumas coisas não saíram tão bem assim" o médico diz diante da porta.
"O que você quer dizer com isso?" Pergunto sem entender.
"Você tem que descobrir por si só" ele diz abrindo a porta e vejo o Paul sentado na cama e sua mãe ao lado dele. Ainda é possível ver seus olhos vermelhos pelo choro.
"Oi" falo me aproximando entrando no quarto, e cada passo que dou é seguido pelo olhar do Paul, meu coração está acelerado. Ele olha para a mãe dele que assente, e logo se volta para mim, vejo seus lindos olhos castanhos brilhando quando paro diante dele.
"Oi" é tudo que ele diz, e seu olhar não se desprende do meu é como a hipnose sem piscar.
Por diversos momentos pensei o que faria quando ele acordasse, bem, pensei em pular em cima dele, encher ele de beijo, grita de felicidade. Mais agora que estou diante dele travei de vez.
"Seus olhos são lindos" ele diz sem piscar ainda.
"Como?" Pergunto sem entender, 06 meses dormindo e ele vem falar dos meus olhos?
"Você é tão... "
"Paul" a mãe dele repreende ele, não sei o que ele iria falar mais foi cortado pela mãe dele.
Me sento ao seu lado na cama, e ele me olha estranho como se estivesse me analisando, como se fosse 'a primeira vez que me vê?'.
"Paul eu... " as palavras são cortadas da minha boca pelo beijo que ele me dá, sua mão vai a minha cintura e aperta e a outra está na minha nuca, ele explora a minha boca com sua língua deliciosa, sinto o quente do seu toque arrepiar todo meu corpo, aquele toque que sonhava todo dia em que voltasse a acontecer.
"Ainda estou aqui" diz a mãe dele tossindo me chamando a atenção. Nos desgrudamos e volto a respirar novamente, a boca do Paul ainda está centímetros da minha mesmo tendo separado, é como um imã.
"Você beija tão bem" ele diz sussurrando em meus lábios e encosta sua testa na minha, fecho meus olhos sentindo a sensação de paz e conforto.
"Você sempre disse isso" digo colocando a mão em sua bochecha.
"Estou apaixonado por você" ele diz rindo.
"Agora que percebeu isso? E das outras vezes era mentira?" Pergunto rindo e ele se afasta um pouco de mim e pega a minha mão.
"Qual o seu nome?" Ele me pergunta.
"Vai começar com brincadeira agora Paul?" Digo rindo dele, porém ele se mantém sério e a mãe dele abaixa a cabeça quando olho para ela.
"Você namora a quanto tempo comigo?" Ele me pergunta e fico com meu corpo em alerta ele não se lembra de mim?
"Paul, o que exatamente você se lembra?"
"Não muito, apenas que fui buscar a minha filha na Rússia, depois bloqueou. Minha mãe me contou algumas coisas inclusive que estamos juntos" ele diz me olhando. "Como se apaixonou por mim?" Ele me pergunta e vejo sinceridade no olhar ele realmente não se lembra.
"Por que você perdeu a memória?" Pergunto e ele me olha confuso. "Estávamos indo tão bem"
"Mesmo que tenha esquecido, sei que você me fará lembrar" ele diz e surge esperança em meu coração; ele me disse isso quando estávamos juntos.
"Mesmo não lembrando você ainda gosta de mim" falo para ele "Como isso é possível?" Ele desvia o olhar para a mãe dele e fico sem entender.
"Você é bem o que procurei todo esse tempo não é mesmo?" Ele responde, e me pergunta ao mesmo tempo.
"Eu não sei de mais nada" falo me levantando da cama.
"Ainda não sei seu nome" ele diz novamente, e quando escuto isso dele não consigo e uma lágrima escorre pelos meus olhos.
"Paul, por favor" digo andando até a janela.
"O que fiz?"
"Você não pode ter perdido a memória" falo enxugando as lágrimas.
"Me desculpa se não lembro de tudo que passamos juntos, mais podemos nos conhecer de novo certo? Posso te pedir em namoro a sua mãe" ele diz tudo tão tranquilamente.
"A gente mora junto" digo me virando e vejo ele olhando para a mãe dele.
"A senhora não me disse que uma menina de 18 anos mora comigo" ele diz para a mãe.
"Vocês estão juntos a meses, contei algumas coisas não posso despejar tudo de uma vez só" a mãe dele fala e sei que ela está tentando cuidar de seu filho.
"Fiz 19 anos hoje" falo baixo e ele escuta.
"Eu sei que não é o melhor presente de aniversário do mundo mais estou disposto a começar de novo, podemos nos conhecer tentar recordar algumas coisas" ele diz me olhando como se pedisse em súplica para lhe dar uma chance.
"Mesmo não se lembrando de mim espero fidelidade da sua parte" falo indo em sua direção.
"Jamais te trairia" ele diz sinceramente.
"Fiquei com medo de te perder e agora que acordou farei de tudo para voltarmos a ser como antes, um casal uma família feliz."
"Onde a Rosely está?" Ele pergunta.
"Esta lá fora com a Tônia"
"Quem?"
"Minha ex babá"
"Queria ver minha filha" ele diz tocando em minha mão entrelaçando a sua "Nossa filha"
"Tudo bem" digo me levantando.
"Você vai voltar certo?" Ao escutar isso dele pergunto a mim mesmo o que há de errado ao Paul, ninguém que perde a memória age tão bem assim como ele está agindo.
"Lógico que sim amor" falo indo até ele e dou um beijo em seu lábio. "Além disso" estendo a minha mão "Sou Fernanda Vilar"
"Oi" ele diz segurando a minha "Sou Paul, Paul Hawking, mais isso você já sabe" ele diz rindo.
Concordo mais seguro sua mão, logo saio do quarto para ir buscar a Rosely, e prometo a mim mesma que mesmo que ele nunca se lembre de mim. Agora é minha vez de fazer ele se apaixonar já que foi ele que lutou por mim da primeira vez.
Todos os direitos autorais reservados á autora: Jéssica Dias.
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Várias surpresas a partir de agora, e veremos a Nanda sendo a romântica pelo Paul, um novo recomeço para o nosso príncipe Paul.
Papai voltou Rosely!!!
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