Cap.3
Fernanda.
"Flash on."
"Hora da morte 21 hora e 10 minutos, podem desligar os aparelhos".
Não consigo acreditar que ele está indo embora. Ele me abandonou, ele não pode ter ido e me deixado, ele disse que jamais de deixaria, por que ele está fazendo isso agora? 'Te amo' não valeu nada para ele? Deveria ter lutado mais, por mim, pela Rosely.
"Ele foi embora, ele foi... " até tento falar mais a dor é mais forte que eu mesma, a voz mal sai dos meus lábios e meu coração está dilacerado.
"Ele não pode ter morrido é meu único filho" Isabel chora mais que tudo junto de mim, eu continuo estátua sem falar nada. O choque em meu corpo se é visível para qualquer pessoa.
"Nanda" Ouço a voz de alguém e vejo meu pai e ele vem em minha direção me abraçando.
"Pai ele não pode morrer pai" falo chorando quando Jeremy fecha a porta e tudo começa a girar. Meu pai percebendo me segura, tenta me levar de volta ao quarto mais não deixo que ele faça isso.
"Não podemos fazer nada" quando ele fala isso a porta é aberta drasticamente e vejo os equipamentos apitando, e o Jeremy sorrindo.
"Talvez um Pediatra possa ser além disso, possa ser louco por trabalhar demais e colocar em sua mente que salva uma pessoa e conseguir" ele diz dando espaço para eu entrar. "Ele está muito debilitado, as enfermeiras vão limpar as queimaduras e o doutor Carlos vai colocar ele em coma pois o corte na cabeça comprometeu muito, serão uns 7 pontos que ele vai levar no mínimo"
"Obrigado"
"Ele que quis viver, apenas dei mais um choque nele" ele diz me abraçando "não vou mentir possa ser que o coma demore mais que prevemos"
"Como assim?" Pergunto sem entender por que eles que vão colocar o Paul em coma possa ser que eles tirem.
"Ele bem dizer ressuscitou Nanda" ele fala calmamente. "Mais tenha fé, ele vai acordar"
"Não sairei de junto dele" falo suspirando.
"Depois pode fazer isso, até lá vamos levá-lo para a sala de cirurgia."
"Esta bem" falo olhando para o peitoral do Paul subindo e descendo aos poucos respirando com dificuldade.
"Flash off."
"Estava com saudades de você" falo alisando a cabeça do Paul, o cabelo onde teve os pontos e hoje é cicatriz já cresceu. "Estou melhorando mais ainda sinto a sua falta" digo apertando sua mão que está um pouco fria. Cubro ele com o lençol para ele não ficar com tanto frio assim por causa do ar condicionado.
"Trouxe mais uma carta" falo tirando da minha carteira a que escrevi ontem. "Gosto de ler para você, e espero que escute cada coisa que falo" digo tocando em sua bochecha.
"Querido Paul... "
[...]
"Como foi com ele lá dentro?" Caio me pergunta e logo depois da partida no carro quando entro.
"A mesma coisa de sempre, ele nem se mexe" falo suspirando encostando minha cabeça no banco do carro.
"Ele vai sobreviver Nanda tenha fé"
"Para mim ele partiu, sei que não morreu mais é como se estivesse em outro mundo"
"Eu sei, é difícil perder quem amamos, mais olhe pelo lado bom hoje você está aqui sem ninguém saber amanhã você virá de novo com seu irmão desta vez" ele diz parando no sinal vermelho.
"É estranho ele não me deixar vim sabe"
"Da última vez que você veio não quis sair Nanda, disse que sairia apenas quando ele acordasse e isso já faz 5 meses"
"Eu sei disso" digo olhando para a tela do meu celular e desbloqueando tem 02 mensagens da Isabel falando que vai chamar meu irmão caso não chegasse em 10 minutos.
"As pessoas só querem seu bem você sabe disso."
"Querem me sufocar, isso sim" falo mostrando a mensagem que tem no celular.
"Melhor ir mais rápido se não é bem capaz do seu irmão já está lá"
"Meses atrás mandaria todo mundo parar de mandar em minha vida, hoje, nem coragem para isso tenho mais"
"Você está debilitada, o coração é difícil de ser mudado. Mais a sua mente que está mandando nele você sabe disso"
"Você tem medo do meu irmão?" Pergunto me virando para ele.
"Não" ele responde no mesmo instante "Sou mais velho que ele tenho mais experiência, mais o respeito ele é meu chefe apesar de amigo"
"Como a sua filha está?" Pergunto tirando o cinto de segurança assim que ele para na frente do condomínio.
"Esta ótima só dorme quando chego, a minha sogra tem nós ajudado muito ela fica com a Camila enquanto a Thay já voltou para o estúdio"
"Você deve ter orgulhoso da esposa que tem" falo suspirando.
"Tenho sim, vamos viajar para Porto semana que vem em férias" ele diz alegre.
"Quantas férias no ano você tirar? Ano passado tirou duas"
"15, 15. Tenho meus compromissos e meu lazer, saber dividir os dois é importante".
"Vou indo agora, até depois" falo abrindo a porta do carro.
"Se cuida branquela e não fala para o seu irmão que foi eu que te levei lá caso ele descubra"
"Olha quem fala você é tão moreno para dizer ao contrário mais branco que eu ruivo" falo dando língua.
Subo os degraus e vejo que ele deu partida no carro indo embora. O porteiro me deseja boa noite de novo e diz que a Isabel veio aqui duas vezes ver se eu tinha chegado. Acreditem peguei uma mania horrível de conversar com o porteiro do prédio. Ele me entende fica conversando comigo até a hora da sua ronda ao redor do prédio é quando subo.
Chego ao elevador e aperto o andar do apartamento, fico contando mentalmente de 1 á 10 até que chego, as portas se abrem e revelam um andar vazio sem ninguém apenas as luzes acessas e isso me da um pouco de medo. Ninguém tem medo do escuro; tem medo do que está nele. Isso é certeza!
Abro a porta do apartamento e fechando atrás de mim vejo que a luz da cozinha está acessa, a sala está com a televisão ligada e eu já estou com saudades do Paul. Chegando a cozinha vejo a Isabel colocando chá na xícara.
"Fiz um para você também" ela diz me mostrando a outra xícara.
"Não gosto de chá" falo me sentando na cadeira.
"Aprende a gostar" ela diz colocando a bolacha diante de mim "Sinto tanta falta dele quanto você, mais ele não ficaria feliz se você estivesse assim" ela diz se sentando na cadeira a minha frente.
"Obrigado" falo bebendo o chá, e acreditem gostei!
"Pelo quê?"
"Por não ter ido embora e ter ficado, sei que foi pelo seu filho e sua neta mais obrigado por cuidar de mim também"
"Nanda você é a namorada do meu filho, ele te ama é o mínimo que posso fazer" ela diz tocando em minha mão "Além disso, quando o Paul acordar ele vai saber que cuidei de você não quero brigar com meu filho" ela diz sorrindo.
"Pensamento positivo, é apenas isso que preciso"
"Nos precisamos" ela diz tomando o chá "Seu irmão disse que você vai passar o dia na casa dele amanhã"
"Você poderia ir comigo" falo olhando para ela que nega com a cabeça.
"Vou passar o dia com ele"
"Eu vou quando sair da casa do Thiago, a Rosely irá ver ele também" falo terminando o chá.
"Ela sente tanta falta do pai que nem imaginamos, as crianças as vezes conseguem ser mais fortes que nós mesmas."
"Eu sei, ela é minha âncora"
Fui dormir depois de ficar conversando com a Isabel mais um pouco, peguei o travesseiro do Paul e me abracei a ele, fiquei sentindo seu cheirinho, 05 meses sem lavar a fronha, sei que é nojo na certa! Mais não posso dormir sem sentir que de algum modo ele está aqui comigo e não naquela cama de hospital fria e sem ninguém ao seu lado.
Pela manhã acordo com o despertador, 09 horas da manhã. Coloquei uma saia jeans curta, meia calça branca, bota preta, e uma camisa preta que quase cobre a saia com o símbolo da estrela de Davi e o nome '50 cent.' na frente. É as vezes acordo com disposição para me arrumar como louca, é a única coisa que tem sentido para mim ainda.
"Isabel" chamo a minha sogra quando vejo que a Rosely não está no berço.
"Estou na cozinha" ouço a voz dela. Quando chego a cozinha vejo a Rosely na cadeirinha dela e com várias bolinhas de cereais.
"Sério? Ela não se engasga?" Pergunto pegando uma torrada.
"Cuidei do Paul e sempre dei a ele isso quando ele já tinha 01 ano e não se engasgou"
"Você sabe como sou protetora" digo pegando uma bolinha do prato da Rosely e ela faz um escândalo por que eu peguei. "Calma que eu devolvo, juro" digo colocando de volta e ela me olha novamente sorrindo desta vez. Bebês o que não fazemos por eles.
"Seu irmão ligou e pediu para você levar guaraná, sorte que ainda tem aqui então não precisa comprar" ela diz tirando da geladeira duas garrafas.
"Se ele der qualquer sinal você me liga?" Pergunto na esperança de ser finalmente hoje que ele vai acordar.
"Sabe que ligo Nanda, nem é motivo para falar isso" ela diz colocando a mamadeira da Rosely na bolsa que ela mesma arrumou.
"Papa, papa" a Rosely grita, batendo as mãos na cadeirinha fazendo as bolinhas de cereais voarem para fora do prato.
"Mais tarde vamos ver ele amor... agora" digo tirando ela da cadeirinha e sinto ela colocar os braços ao redor do meu pescoço. "Você vai para casa do titio Thiago e titia Aprill vamos ver a prima Allice e o gatinho muffi, Levi e Lessi também.
"Tinho mamã" Ela diz batendo palma. Ouço a Isabel sorrir da palhaçada da Rosely.
"E o Levi e Lessi também" falo lembrando daqueles cachorros que amo, sério as vezes eles parecem gente.
"Eeee, xau bobo" ela diz dando Tchau para a Isabel que beija a sua testa. "Sai mamã bobo, sai mamã" ela diz batendo palmas.
"Espero você lá mais tarde" ela diz me entregando a bolsa e coloco em meu ombro, com a outra mão pego a guaraná que a Isabel colocou em uma sacola.
Sigo para fora do apartamento mais antes pego a chave do carro do Paul, sim eu tomei posse da BMW dele. Coloco a Rosely na cadeirinha e a bolsa dela ao seu lado, abro a porta da garagem com o controle e dou partida para a casa do meu irmão. Como ele está na sua casa, 'sim casa,' ele mostrou a Aprill e ela amou! A casa é enorme, o apartamento ele tem ainda e ficará para quando os meus pais estiverem aqui, coisa que não vão ir embora nem tão cedo.
Chegando em frente a casa vejo que a Melissa está com Austin sentado e a Luh correndo atrás do Bob, essa menina quando crescer vai ser um gênio. Logo avisto meu irmão saindo da garagem com uma bola na mão quando ele joga vejo Lessi e Levi correndo atrás da bola e o Bob atrás também. Estaciono o carro na calçada mesmo e saio de dentro dando a volta abrindo a porta pegando a Rosely.
"Pensei que não vinha" ele diz vindo em minha direção.
"Quando dou a minha palavra eu cumpro.
"Ótimo, papai e mamãe estão fazendo o almoço" ele diz alegre.
"Juntos?"
"Sim, dá pra acreditar?" Sempre é motivo de felicidade quando meus pais fazem isso a cozinha fica uma zona, tudo bem que eles limpam mais mesmo assim.
"Já tomei café" digo chegando perto da varanda.
"Eu sei, liguei para a Isabel" ele diz rindo sem graça agora serei vigiada sempre.
"Ótimo" falo suspirando e coloco a Rosely no chão.
"Ela está andando rápido em" diz o Jeremy brotando ao meu lado.
"Em nome de Jesus você não estava ai" falo colocando a mão no coração.
"Sei que sou lindo mais não necessita tanto" ele diz rindo.
"Idiota" falo me sentando nos degraus.
"Mel, estou sendo agredido" ele fala para ela que está falando com alguém no celular.
"Não precisa tanto Jeremy você não é santo"
"Mulher, você tem de me defender eu sou seu homem" ele rebate sorrindo.
"Como é dramático" digo suspirando.
"Ela me ama eu sei" ele diz se sentando ao meu lado e o Thiago do outro lado.
"Sorte dela" digo encostando a cabeça no ombro do Thiago.
"Ele está melhorando, sempre que dá vou ver ele" Jeremy fala, e no mesmo instante sinto a Rosely atrás de mim.
"Mamã" ela diz pegando no meu cabelo.
"Oi amor" falo me virando e colocando ela em meu colo.
"Obrigado por não ter desistido do Paul" falo para o Jeremy "Nunca tive a chance de te agradecer de verdade" falo do fundo do meu coração, pois se não fosse pelo Jeremy um simples pediatra o Paul não teria a chance de viver.
"Ninguém vai morrer no meu hospital" ele diz sorrindo.
"Nosso" a Mel se senta atrás do Jeremy.
"Claro, é mais seu que meu" ele diz rindo.
"Para com isso lindinho de olho verde" ela diz rindo dando um beijo na bochecha dele.
"Papai lindinho da mamãe" Luh diz rindo e depois sai correndo.
"Vou te pegar menina" ele diz se levantando indo atrás dela e o Bob corre lado ao lado dela.
"Ainda será o Paul correndo atrás da Rosely tenha fé nisso" olho para trás e vejo Aprill com a Allice nos braços.
"Fé é a única coisa que tenho nesse momento" falo beijando a cabeça da Rosely, quando o muffi pula para junto de mim.
"Tinhooooo" a Rosely grita e todos sorriem pelo escândalo dela, quero essa inocência de volta, que tudo ficará bem.
Todos os diretos autorais reservados á autora: Jéssica Dias.
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Não estou gostando da Nanda triste, mais vocês vão entender tudo com o passar do tempo.
#Paul.e.Nanda.Forever.♥
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