Cap. 29
Nanda.
A dor em minha barriga estava imensa, com o corpo tão grande qual propósito dela bater logo em minha barriga? Qualquer pessoa pode ver que estou grávida. Coloquei uma blusa colada ao corpo exatamente para isso, gosto de mostrar que tem um grão de feijão em minha barriga, o significado do meu amor com o Paul.
"Nanda." Aprill já está ao meu lado, ela me segura e não entendo porque e quando minha mente se prende ao motivo tudo acontece rápido demais.
Paul já está com as mãos na garganta da Rebeca e ela está ficando vermelha pela falta de ar, e o quente do líquido descendo pelas minhas pernas faz tudo se tornar presente que posso perder meu bebê. O sangue que desce e minha barriga dando viradas como se fossem contrações de uma cólica infernal faz meu medo transparecer quando a Isabel pega a Rosely dos meus braços.
"Nanda precisa de você não perca seu tempo com esta mulher filho." Isabel fala para ele se volta para mim soltando a garganta daquela vadia.
"Amor desculpa." Ele fala me pegando nos braços e vejo a Rosely chorando falando que estou morrendo. Não quero a minha filha achando vou morrer pois não haverá morte de ninguém aqui. Eu não posso perder mais ninguém, não vou.
"Leva ela para Andreia cuidar, Rebeca será presa." Ouço a voz do Jeremy e ao olhar pro lado vejo o olhar da Rebeca de raiva, ela achou mesmo que iria tomar a Rosely da gente? Paul se encaminha comigo ainda em meus braços e logo atrás vem a minha sogra com a Rosely em seus braços. Vejo pelo olhar dele preocupação e eu estou em choque.
"O que aconteceu com ela?" Andreia fala assim que entramos na sala.
"Uma pancada na barriga." Paul fala segurando o choro.
"Pancada?" Ele pergunta confusa.
"A vadia da Rebeca bateu na barriga dela." Minha sogra fala.
"Chame o obstetra vamos ter que ver o feto." Ela fala tocando em minha barriga e a dor aumenta mais ainda.
"Está doendo demais." Falo deixando uma lágrima cair, e o Paul me olha assustado.
"Vá logo Paul, não posso fazer isso sozinha. E esta, não é sua área." Ela grita pra ele que dá um beijo na minha testa e sai correndo.
"Meu bebê vai ficar bem?" Pergunto preocupada, vejo a Andreia olhar para o meu rosto bem apreensiva, Isabel segura a minha mão e vejo a Rosely me olhando atenta. Quando o médico que aparenta ter uns 50 anos entra na sala bem assustado e o Paul junto dele. Ambos, tanto Andreia quanto o tal médico que ainda não sei o nome manda o Paul sair, apesar dele ser médico está envolvido emocionalmente. Então, eles me mandam ficar quieta, para alguém que é bem eufórica em relação a não ficar quieta foi bem difícil para mim. Andreia pede permissão para retirar a minha calcinha já que não tenho forças para isso. Sinto como se fosse água jorrar em minhas pernas e ambos olham para o outro com certo medo em seus olhos. Vejo que o tal médico tem um crachá em sua bata que tem o nome de Joseph, ele vai para a frente das minhas pernas bem abertas e expostas e o vejo colocar a luva, Andréia vem para o meu lado e coloca o soro na minha veia. Quando penso que não posso sentir mais dor o Joseph introduz o seu dedo dentro de mim, e quando volta sua mão vejo que está melada de sangue. A dor é tão grande, e extrema que me fez recuar e fechar os olhos não consigo enxergar nada em minha frente. E com isso, minha mente entra em um estado de nostalgia e paz me fazendo afundar em um sonho bonito enquanto a realidade é um suicídio louco e agressivo contra as mocinhas.
Mesmo os meus olhos e mente estando em um local fechado, fazendo-me entrar em paz. Sinto-me tocada por mãos que conheço bem. Abro meus olhos e me vejo em uma sala branca, ao meu lado tem um soro e vejo o rosto do Paul carinhosamente sorrindo para mim.
"Oi princesa." Ele fala passando a mão ainda em minha cabeça.
"O que aconteceu? E nosso bebê?" Pergunto com medo da resposta mais o seu sorriso faz meu coração se acalmar, se realmente algo ruim tivesse acontecido com certeza ele não estaria sorrindo, certo?
"Até onde sei estão em sua barriga."
"Pensei que algo ruim tivesse acontecido a ele." Falo colocando a mão na barriga e sinto que a mão do Paul está sobre a minha barriga.
"Eles estão bem." ele fala olhando em meus olhos. Apenas aí que percebo o modo de que foi falado a frase, em plural.
"Eles?" Pergunto sem entender. Ele sorri e deposita um beijo em meus lábios quando vejo ele passar a mão na minha barriga novamente ao separar seus lábios dos meus.
"Vamos ser pais de gêmeos." ele fala eufórico, sei que isso é uma surpresa para ele, e ainda estou absorvendo a situação que serei mãe de dois bebês.
"Por isso você está com o peso acima da média e come por três pessoas." diz minha sogra entrando no quarto com a Rosely em seus braços, minha pequena está dormindo com as mãos ao redor do pescoço da minha sogra.
"Mais a Rebeca bateu na minha barriga e pensei que... Que." tendo falar mais o medo de perda de um bebê me faz colocar a mão sobre a minha barriga e sei que o Paul também estava com este medo.
"Calma amor, eu já te disse que você está bem tenha calma." ele fala me dando um beijo na barriga e minha sogra se senta no sofá com a Rosely em seus braços; Vejo um sorriso no canto de seus lábios.
"Paul, o que ela falou sobre a Rosely..." não sei se este é o momento certo para isso, afinal, acabei de acordar de um quase aborto.
"Nanda amor." ele fala se sentando na ponta da cama. "Quando a Rebeca disse que estava grávida desconfiei, transamos algumas vezes sem camisinha mais isso não seria a certeza que o bebê seria meu." ele suspira e volta a falar. "Não pude acompanhar a gravidez dela, pois assim que o pai dela morreu e ela descobriu que ele preferiu deixar o hospital ao governo do que para ela que seria herdeira por direito mesmo sendo adotada, foi para a Rússia apenas para passar a gestação longe dos problemas."
"Paul, pare de enrolar não está vendo que ela quer saber de um vez." diz a Isabel me olhando com adoração; sei que é difícil. Rosely é pequena e agora mais dois bebês de uma vez, é para enlouquecer.
"Assim que ela nasceu lá na Rússia fiz o teste de paternidade; mesmo se desse negativo iria criar a Rosely como filha. Se a Rebeca teve a coragem de mentir em relação a paternidade do bebê imagina o que faria com a minha filha caso negasse assumir? No mínimo colocaria em um orfanato." ele segura a minha mão e a outra vai a minha barriga e olha em meus olhos como se fosse entrar dentro de mim. "Sou o pai dela Nanda, o exame deu positivo."
"Ainda bem." suspiro aliviada.
"Estava preocupada?" ele me pergunta sem entender.
"Ela ameaçou tirar a Rosely de você, como vai resolver isso?"
"Não sei se te falei; mais ela assinou documentos que solicitei meses antes dela dar a luz abrindo mão do direito de opinar ou mesmo participar da criação da Rosely." ele diz sorrindo.
"Ela não vai tomar nossa bebê?" falo deixando uma lágrima cair, Rebeca não é mãe; guarda compartilhada jamais aceitaria isso, Rosely é minha filha. Dei banho nela, medi sua temperatura, ela me chamou de mamã, ela se apegou a mim como eu a ela.
"Não Fernanda, ela não vai." ele diz vindo em minha direção e me dá um casto selinho em meus lábios. "Você é a mãe dela"
"Você é o pai." falo colocando uma mão de cada lado de sua cabeça o puxando para o beijo mais apaixonado; porém, não demorou sei que a Isabel está me olhando.
"Mamãe está falando que será duas meninas para me enlouquecer." ele diz em menção dos gêmeos."
"E tudo bem para você?" pergunto com receio, todo homem quer ter um filho homem... Nunca entendi este ato de iniciação. Porém, não me interessa saber. Ele já tem a Rosely como menina, é logico que iria querer menino.
"O importante é vim com saúde, e ser parecidas com você." ele fala com aquele olhar de idolatração.
"O importante é que os bebês una a gente de uma forma única como um elo enquanto não estiver aqui."
"Não quero pensar nisso agora por favor, quando chegar o dia a gente conversa." ele fala alisando meu cabelo.
"Paul, pegue a Rosely preciso fazer uma ligação." Isabel fala entregando Rosely nos braços dele que sai de junto de mim e vai em sua direção. Não entendi bem o que a Isabel tem mais ela só inventou de sair quando toquei no assunto 'Partir' sei que isso não agrada a ela. Mais se coloque no meu lugar por favor, eu também estou com receio de ir para outro país com gêmeos em minha barriga.
"Coloca ela aqui ao meu lado." falo me ajeitando na cama enquanto ele deita a Rosely ao meu lado.
"Vocês são as pessoas mais importantes que tenho em minha vida a partir de hoje." ele fala tocando em meu cabelo, e Rosely se mexe ao meu lado e se vira abraçando a minha barriga e tenho um friozinho em meu ventre, – acho que os irmãos estão se comunicando com você bebê – falo em meu pensamento.
"Você sempre foi a pessoas mais importante da minha vida." falo olhando em seus olhos que exalam desejo e amor.
[...]
Um mês desde o acontecido. Descobri que o homem que estava com a Rebeca era nada menos que o Sheik Amomhan, ele é dono de quase metade de Dubai; eles se envolveram quando ela estava em um congresso e quando se reencontraram agora pouco descobriu que a Rebeca teve uma bebê quis conhecer a filha.
Só que não adiantou, Rosely chorou mais o Paul como sendo um homem decente fez o teste de paternidade e constatou como ele já sabia que a Rosely era filha dele. O Sheik ficou irado com a Rebeca que o fez passar por aquele vexame constrangedor que tenho 99% de certeza que estará nas manchetes da revista, ele se desculpou com o Paul e pediu desculpas a mim quando soube que eu estava grávida pelo fato da Rebeca ter me batido. A ordinária daquela mulherzinha está proibida de entrar no país português, isso mesmo. Quem manda se meter com a irmã de um Delegado federal, e sobrinha de um Juiz? Quem avisa amiga é... O visto permanente dela estava vencido e mesmo assim de algum modo ela conseguiu entrar no solo de Portugal, ela foi deportada para a Espanha de onde ela é nativa.
É claro que ela não foi de mãos abanando... Thiago só não bateu nela porque ele é um homem e não cretino que bate em mulher, mais a minha mãe quase que não largava o pescoço da Rebeca. Ela receberá processo por agressões e tentativa de homicídio pois estou grávida, e o tal Sheik acabou o romance que eles tinham, apenas aí descobri que o empresário que ela saia nas redes sociais era ele.
"Papa fralda Osely está caindo." diz a minha pequena para o Paul que está ao meu lado no sofá.
"Porque ela sempre fala na terceira pessoa?" Pergunto ao Paul sorrindo e ele dá de ombros.
Hoje, é sábado. Estamos na frente da TV como uma família normal mesmo em meio a tantos acontecimentos terríveis em que a Isabel está passando. Ontem ela não estava conseguindo respirar, vi o Paul louco quando ela desmaiou em sua frente dentro de casa, Rosely chorou mais que tudo e eu fiquei em estado de choque. O certo seria ela ficar no hospital mais sabem como é a Isabel certo? Então, ela chegou hoje de manhã do hospital. Fiz o almoço com a ajuda do Paul e todos na casa estão comendo comida de dieta por minha causa e da Isabel que tem que comer apenas o que o Richard receita. Esse doutor quer morrer, ligou para o telefone residencial querendo saber como ela estava e quem atendeu foi o Paul, aí já viu né? Isso mesmo, pequena discussão. Não com a mãe dele pois está doente, mais sim com o Richard.
"Papai ajuda você vem cá." ele fala pegando a Rosely nos braços e levanta a fralda dela que cai ainda mais não liga.
Estou com as pernas em cima do Paul, ele está sentado e a Rosely ele coloca na brecha do sofá ela se vira e passa a mão por cima da minha barriga, ela ama fazer isso e diz que os bebês vão mexer, só que mesmo com 03 meses de gestação eles não mexeram ainda. Andréia disse que é normal, e geralmente eles começam a mexer no 4 a 5° mês da gestação ainda mais sendo gêmeos.
"Mamã muda pro canal da Sagwa." Rosely pede enquanto o Paul pega o controle nem me deixando falar, gosto desta atenção que ele tem em mim.
"Papai muda." Paul fala mudando para ao canal e parando. 'Sagwa' é uma gata sianeza da China, um desenho bem educativo.
"Mamãe cadê vovó?" ela pergunta passando a mão em meu umbigo, ela ama fazer isso, ainda mais agora que ele está começando a sair para fora e minha barriga cresce rápido demais.
"Ela está dormindo, vovó está doente e você sabe disso amor." falo beijando a sua cabecinha e quando o filme da Rosely vai para o comercial me levanto para ir pegar mais M.M porém, paro em frente a TV quando vejo o noticiário.
"Será que é verdade? Estão especulando a venda da empresa Hawking, os demais sócios e acessores da empresa apenas falaram que a ilustre empresária Isabel Hawking estaria com leucêmica mais não tem fonte alguma do motivo da venda. O patrimônio da família mais rica da Inglaterra está avaliado em 300 bilhoes de euros, valor este que está sendo calculado ainda. A empresa foi criada pelo senhor Frank, um Russo viciado em computação que era sócio da empresa Google, com seu falecimento tudo passou para o seu único filho que ao falecer deixou a herança em total para a esposa e ações para o filho. Até onde sabemos o Paul Hawking é Cirugião neurologista em Portugal e ainda não se pronunciou sobre isso; veremos o que a maior empresária do ramo de tecnologia fará.
A empresa Google se nega a quebrar o vínculo de convivência com a empresária e a única palavra da mesma é que irá investir em outros ramos. Sou Vanessa lanbergth, da manchete universal das 10 pessoas mais poderosas do mundo."
Depois que ouço aquilo olho para o Paul que ainda está perplexo, vou para junto dele mais o mesmo se levanta bruscamente do sofá indo até o corredor; sei que isso não será nada bom. Ele ama aquela empresa mesmo não participando de nada, ele sempre me disse que isto era o trabalho da vida do avô e pai dele.
"Mãe, quero falar com a senhora." ele grita pelo corredor.
Todos os direitos autorais reservados à autora: Jéssica Dias.
Olá leitores, me desculpem pela demora mais as aulas na faculdade começaram e não poderei postar todo dia como estão acostumados, mais todo final de semana tem capítulo novo, este foi capítulo bônus pelos dias que não postei.
Obrigado pelo carinho, e já sabem não é mesmo? Votem e comentem.
Sim, sim, em breve vou revelar quem vai ser o capítulo bônus.
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