Cap. 25
Paul.
O que a minha mãe tem que está saindo sangue do seu nariz? Coloco a Rosely ao lado da Nanda na cama e me ajoelho diante da cama levantando a cabeça da minha mãe para não piorar o sangramento.
"Mãe, porque seu nariz está sangrando?" pergunto tentando levantar ela da cama.
"Filho, não se preocupe deve ser algum mal estar, 10h de viagem com escala causa efeitos."
"Mais o nariz sangrando não." falo me levantando e ficando diante dela, saio indo em direção ao banheiro e pego um papel toalha e coloco em seu nariz aparando o sangue que para aos poucos.
"Estou bem pare de se preocupar." ela fala se levantando da cama, Nanda me olha assustada como se não acreditasse no que está vendo, e acho que ela suspeita de algo.
"Vamos fazer um exame, qualquer coisa a senhora toma uma medicação e pronto fica boa." ela nega com a cabeça e não entendo a minha mãe está relutante, ela nunca me negou uma explicação a respeito da sua saúde.
"A senhora já sabe com que está?" desta vez é a Nanda que fala se levantando aos poucos da cama, mais não se afasta muito por causa do soro que está em sua veia.
"Me desculpa filho" ela fala baixo, o que está acontecendo com a minha mãe é um mistério ela chora diante de mim e vou até ela para abraça-lá.
"O que está acontecendo com a senhora?"
"Estou doente." ela fala soluçando e vejo a Nanda tentar chegar onde estamos mais o fio do soro não deixa.
"O que você tem Isabel?" Nanda pergunta a ela. "Qual doença?"
"Estou com Leucemia Mieloide Aguda."
Não acredito que estou ouvindo isto da minha mãe, ela é tão saudável, não aparenta estar doente. Ela sempre cuidou de mim em todos os aspecto. Ela sempre me falava que mentir era feio e olha o que ela está fazendo escondeu algo tão sério de mim.
"Quando a senhora descobriu?" Pergunto me separando de seu abraço.
"Há uns 4 meses."
"Seu cabelo já deveria está caindo." falo tocando em seu cabelo e ela recua, quando meu coração vai a nível mil minha mãe mostra que está de peruca. Sua cabeça careca sem nem mesmo menção que os cabelos vão voltar a crescer.
"Queria sua felicidade filho, quando cheguei aqui e vi que estava feliz com filha e namorada jamais iria despejar meus problemas em cima de você. Ainda mais com a Nanda doente agora."
"Você iria esconder de mim até quando mãe?" esbravejo e levo uma tapa na cara.
"Estou doente, mais sou sua mãe ainda fale baixo comigo."
"Eu só tenho a senhora, meu pai se foi, não tenho tio nem tia. Apenas a senhora e como eu fico nesta situação?" falo chorando e ela recoloca peruca no local e vem em minha direção.
"Filho você encontrou uma mulher linda que te ama, jamais poderia tirar isso de você."
"A senhora já começou a quimioterapia?" ela nega, como pensei primeiro tem de ser injetado os remédios depois que é a quimioterapia."É tão forte o tratamento a senhora deveria estar em casa e não viajando."
"Exatamente por isso que não te falei, não estou inválida Paul." ela diz se afastando de mim.
"Vovó tá doente como mamã?" ouço a minha filha perguntar e minha mãe vai até a Rosely e a pega nos braços.
"Mais vovó vai ficar boa para brincar com a Rosely." ela fala dando um beijo na bochecha dela. "Sabe que a vovó te ama."
"Osely te ama também vovó." ela fala abraçando minha mãe.
"Transplante de médula." Nanda fala e nego.
"Um transplante é de último caso, e tenho que saber o estágio que a mamãe está." falo olhando para ela.
"O médico falou que vou sobreviver, meu organismo está recebendo bem os medicamentos."
"A senhora não vai mais voltar para casa, ficará aqui comigo até o processo acabar." falo indo em sua direção. "Coloque o Vinícius na frente da empresa, ele já é vice presidente. Ele entende tudo."
"Não posso me ausentar tanto tempo."
"A senhora não pode é me abandonar." falo determinado, sei que a empresa é de gerações da família, mais a minha mãe é prioridade nesse momento, ela é quem deve estar em primeiro lugar.
"A senhora vai morar com a gente e nem adianta reclamar, vai ser ótimo para a Rosely e seu futuro neto ter a avó junto dele." Nanda fala e minha mãe vai na direção dela a abraçando.
"Obrigado por estar disponibilizando sua casa para eu ficar."
"A casa é mais sua do que minha, a senhora é mãe do meu namorado." ela fala colocando uma mecha de cabelo da minha mãe atrás da orelha.
"Se soubesse que a senhora estava doente nem deixaria ir embora." falo indo em sua direção.
"Vovó vai morar com eu." Rosely fala batendo palmas. "Minha vovó vai morar com eu papai." ela se levanta e se joga literalmente nos braços da minha mãe.
"Vou falar com o Jeremy para iniciar seu tratamento aqui no hospital, e falarei com Oncologista do hospital." falo depositando um beijo na testa da minha mãe.
"A senhora vai ficar em casa com a Rosely e vou pedir para a Tônia ficar lá também até chegar amanhã." Nanda fala pegando o celular.
"Ficarei sendo vigiada agora?" ela fala sorrindo mais sei que está nervosa por eu estar sabendo de toda a sua situação.
"Não, a senhora vai se cuidar para quando eu chegar amanhã ser bem cuidada, amo quando a senhora me mima." Nanda diz encostando a cabeça no ombro da minha mãe.
"Todos te mimam amor." falo sem pensar, já que estamos brigados ela me olha com interrogação mais não fala nada, acredito que seja por causa da Rosely e não devemos brigar na frente da nossa pequena jamais.
"Paul" olho para o lado e vejo a Mel entrando junto com o Jeremy. "Viemos te dar os parabéns todo hospital já sabe." ela diz sorrindo.
"Graças a Deus que conseguiu engravidar ela ninguém mais aguentava você falando que queria dar um irmão a Rosely." Melissa fala vindo me abraçar.
"Ele falava isso? Que queria ter um filho comigo?" Nanda pergunta e a Melissa concorda com a cabeça.
"Você nunca disse isso a ela?" ela pergunta e nego com a cabeça. "Desculpa me esqueci da perda de memória, mais desde que vocês fizeram três meses de namoro ele disse que queria passar o resto da sua vida com você."
"Quando vocês falaram sobre isso que não vi?" Jeremy pergunta para ela. Meu Deus esse homem é ciúme nível mil igual a mim ou pior.
"Amor, não seja paranóico." ela diz abraçando ele pela cintura. "Foi no dia em que larguei depois que você."
"Sei" ele fala me olhando.
"Vocês são assim mesmo?" minha mãe pergunta ao Jeremy e Mel.
"As vezes ele tem ciúmes da minha sombra." a Mel fala e o Jeremy concorda junto dela.
"Nossa, parente do Paul" ela diz sorrindo, quando começa a sorrir e cospe sangue. Mel e Jeremy ficam em alerta e se aproximam dela.
"O que sua mãe tem?"
"Ela está com Leucemia Mielóide Aguda."
"Ela deveria estar internada no hospital." Jeremy fala pegando o estetoscópio que estava em seu pescoço e coloca sobre o coração da minha mãe. "Vamos fazer uns exames?"
"Só não quero virar alvo de perguntas e preocupações"
Minha mãe sai com o Jeremy, e Mel fica com a Nanda e Rosely que estava entretida demais com o pirulito para prestar atenção na conversa. Fui para a sala da Aprill e contei tudo a ela, Thiago ainda estava com ela na sala, acho que esperando ela largar já que estava bem próximo da hora, ele disse que falaria com a Tônia para ir ficar com a minha mãe e Rosely em casa. Os pais da Nanda foram muito solidários comigo disseram que nos ajudaria em que fosse preciso, o Justin me pediu desculpa e falou que foi coisa de momento e por ter apenas a Nanda de filha ficou com ciúmes por saber que a bebê dele seria mãe, mesmo já sendo da Rosely. Gosto de saber que eles já consideram minha filha como neta deles, por que querendo ou não, Rosely é de consideração pois é apenas minha filha com a bruxa da Rebeca.
"Paul, você está bem?" ouço uma voz atrás de mim e vejo a Laís me olhando preocupada.
"Deveria estar? Se todo hospital sabe da gravidez da Nanda com certeza sabe que a minha mãe está doente."
"Ela vai ficar bem você sabe o quanto o Robert é bom no que faz" ela diz diante de mim. "Tenha fé que Deus vai curar a sua mãe."
"Fé é o que mais tenho, mais isso é suficiente? Ela teve uma viagem de vôo de 10h estando em tratamento."
"Tudo nesta vida acontece apenas se Deus permitir, tenha fé que ela ficará bem" ela diz tocando em meu ombro. "Não quis escutar da boca de ninguém, apenas da sua com que sua mãe está?"
"Leucemia mieloide aguda."
"Ela vai fazer transplante de médula óssea?" ela me pergunta sem entender se afastando um pouco.
"Não pode Laís, ela tem que fazer o tratamento com medicamento antes, caso não tenha efeito fará a quimioterapia e depois em último caso fará transplante." falo passando a mão pela cabeça suspirando.
"Ela é uma mulher forte, dá para perceber isso qualquer mãe no lugar dela esconderia pelo fato de ver o filho feliz."
"Mais me explica o que é leucemia que sou sua assistente não sou nenhuma médica ou enfermeira."
"A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos) de origem, na maioria das vezes, não conhecida. Ela tem como principal característica o acúmulo de células jovens (blásticas) anormais na medula óssea, que substituem as células sangüíneas normais. A medula é o local de formação das células sanguíneas, ocupa a cavidade dos ossos e é conhecida popularmente por tutano. Nela são encontradas as células mães ou precursoras, que originam os elementos do sangue: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e plaquetas."
"Nossa, agora eu sei que deveria ter terminado meu curso de enfermagem." ela fala sorrindo. "Meu expediente acabou gostaria de mais alguma coisa?
"Não pode ir, amanhã não vou vim trabalhar, farei plantão hoje para ficar com a Nanda."
"Você vai aguentar ficar mais de 20h sem dormir?"
"No início da minha profissão passei por coisa pior para chegar onde estou hoje."
"Imagino." ela fala pegando a pasta e se virando.
"Até amanhã."
"Amanhã não venho se lembra que terça-feira é meu dia de folga? Vou a reunião de pais do meu filho, acredita que ele explodiu o vaso sanitário do banheiro da escola?" ela fala sorrindo
"Ele tem que ir para uma escola militar." falo brincando mais acho que ela levou na verdade.
"O pai dele vai colocar ele no colégio interno da Irlanda se ele não melhorar as notas."
"Ele tem 15 anos e já está colocando terror. Mais acho que isso não seja necessário."
"Ele está uma semana sem computador e confiscamos o celular."
"Coloque este castigo para um mês, os jovens são mais ligados a tecnologia que a gente, você vai ver ele vai enlouquecer e fará tudo que a gente quiser."
"Falarei com o Jhon quando chegar em casa, me mantenha informada sobre a sua mãe e a Nanda, como disse antes quero ser madrinha."
Ela sai da minha sala me deixando com os pensamentos ao ar, quando a decido ir a sala do Robert e ver se a minha mãe está bem, se ele tem alguma ideia do que está acontecendo com ela. Ao chegar na sala vejo ela sentada na cadeira diante dele e pela expressão do Robert não é a melhor coisa do mundo.
"Já iria te chamar." ele diz indicando a cadeira para eu me sentar.
"O que descobriu? Não me esconda nada."
"Sua mãe está à 4 meses com leucemia confirmada, ela me falou que foi na época que estava aqui. Ela já deveria estar fazendo o tratamento, mais deixou para fazer em Londres quando o médico a diagnósticou, fica mais difícil sem saber qual laudo do médico que está acompanhando ela. Mandei um email para ele, super bem requisitado por sinal."
"Pare de enrolar a vá direto ao ponto, como ela está?" assim que falo isso, vejo a assistente dele entrando na sala e entrega os papéis. Ele abre na minha frente, coloca seu óculos, e retirá limpando os olhos e volta a colocar e me entrega os papéis.
"Estou disposta a iniciar os tratamentos." minha mãe fala pegando em minha mão, e entrego os papéis para o Robert. Entendi tudo que estava escrito, até a parte que minha mãe está com uma amenia forte mesmo está não sendo minha especialidade.
"Isso nem é algo para se pensar." falo para ela. O volto meu olhar para o Robert que olha para a minha mãe atento, o que é que ele tanto olha?quer morrer?
"Vamos iniciar o tratamento amanhã mesmo, hoje ela tem que descansar."
"E como será o tratamento?" Pergunto e sinto a minha mão ser apertada e vejo que é a minha mãe
"Vamos começar pelos medicamentos depois caso não cause efeito iremos para a quimioterapia que utiliza medicamentos anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser um tratamento sistêmico, a quimioterapia atinge não somente as células cancerígenas senão também as células sadias do organismo. De forma geral, a quimioterapia é administrada por via venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser administrados por via oral, ou diretamente no líquido cefalorraquidiano.
A quimioterapia é administrada em ciclos, com cada período de tratamento seguido por um período de descanso, para permitir que o corpo possa se recuperar. Cada ciclo de quimioterapia dura em geral algumas semanas."
"Você é forte mãe, vai sair desta." falo olhando para ela enquanto ele continua falando.
"O tratamento da leucemia mieloide aguda é normalmente dividido em duas fases: indução e consolidação (terapia pós-remissão). Para alguns tipos de leucemia mieloide aguda existe ainda uma terceira fase a manutenção:
•Indução - É a primeira fase do tratamento, que tem o objetivo de eliminar do sangue as células de leucemia (blastos) e reduzir seu número na medula óssea.
•Consolidação - É a quimioterapia administrada após o paciente se recuperar da indução, com o objetivo de destruir as células de leucemia remanescentes.
•Manutenção - Consiste em administrar uma baixa dose de determinada droga quimioterápica durante meses ou anos após a consolidação. Isto é frequentemente feito para a leucemia mieloide aguda M3, raramente é realizada para outros tipos de LMA."
"Vai ser ultizado alguma droga para combater?" Pergunto olhando atento, pois a minha mãe tem alergia a tantos remédios que preenche um caderno.
"As drogas quimioterápicas utilizadas, com mais frequência, no tratamento da leucemia mieloide aguda são: a citarabina e as antraciclinas (daunomicina, daunorrubicina, idarubicina e mitoxantrona).
Outras drogas quimioterápicas que também podem ser utilizadas no tratamento da leucemia mieloide aguda incluem:
•Cladribina.
•Fludarabina.
•Topotecano.
•Etoposídeo.
•6-tioguanina (6-TG).
•Hidroxiuréia.
•Corticosteroides, como a prednisona ou dexametasona.
•Metotrexato.
•6-mercaptopurina (6-MP).
•Azacitidine.
•Decitabine.
Ele fala desligando a tela do computador, e entrega a identidade da minha mãe.
"Todas essas drogas podem ter efeitos colaterais?" Pergunto com medo, e minha mãe complementa.
"Eu tenho alergia a alguns medicamentos." minha mãe fala baixo e sei que ela estava apenas precisando de alguém para caminhar com ela, desde que meu pai se foi ela está assim distante, e pensa apenas no próximo e jamais nela em primeiro lugar.
"Terá algum efeito colateral, ao qual eu tenha que ficar com ela. Ou não deixá-la sozinha?"
"Possíveis efeitos colaterais da quimioterápicos não só atacam as células cancerosas, mas também células normais (tratamento sistêmico), o que pode levar a efeitos colaterais. Os efeitos colaterais dependem do tipo de medicamento, da dose administrada e da duração do tratamento.
Os efeitos colaterais comuns à maioria das drogas quimioterápicas podem incluir:
• Perda de cabelo.
• Inflamações na boca.
• Perda de apetite.
• Náuseas e vômitos.
• Diarreia.
• Constipação.
• Infecções.
• Hematomas ou hemorragias.
• Fadiga.
Estes efeitos são geralmente de curto prazo e tendem a desaparecer ao término do tratamento."
"Ela terá alguma infecção por causa dos medicamentos ou por causa da quimioterapia?"
"As infecções podem ser muito graves em pacientes em quimioterapia, muitas vezes precisam ser administrados medicamentos conhecidos como fatores de crescimento para ajudar na recuperação dos glóbulos brancos e reduzir a possibilidade de infecção.
Se os glóbulos brancos estão muito baixos durante o tratamento, você pode ajudar a reduzir o risco de infecção limitando sua exposição a germes:
•Lave as mãos com frequência.
•Evite frutas frescas, cruas e vegetais e outros alimentos que possam conter germes.
•Evite contato com flores e plantas.
•Certifique-se de que outras pessoas lavaram suas mãos antes de tocar em você.
•Evite multidões e contato com pessoas doentes."
"Mais usando tudo isso as plaquetas estaram baixas."
"No caso que a contagem de plaquetas se mostre muito baixa pode ser necessária a realização de transfusões de plaquetas para ajudar a proteger contra o sangramento. A fadiga causada pela anemia pode ser tratada com medicamentos ou com transfusões de sangue."
"Terei efeito colateral caso descubra uma possível alergia ou não aceitação do corpo aos medicamentos?"
"A síndrome de lise tumoral é outro possível efeito colateral da quimioterapia, que pode ocorrer após o tratamento de um câncer, e às vezes até mesmo sem um tratamento prévio. Essa síndrome é um grupo de complicações metabólicas, causadas pelos produtos da destruição das células cancerígenas que morrem com o tratamento. Isto pode conduzir a um acúmulo de quantidades excessivas de certos minerais no sangue e até mesmo insuficiência renal. Os minerais em excesso podem levar a alterações cardíacas e do sistema nervoso. Para evitar esses problemas, os pacientes são medicados com bicarbonato de sódio, alopurinol ou rasburicase."
"Então está querendo dizer que a minha mãe ficará bem?" Pergunto alegre porém receioso.
"Temos que estar preparados para tudo, você como médico mais que ninguém sabe que não somos Deuses.
"Eu sei disso, mais você vai virar um e salvar a minha mãe."
"Paul, não fale assim com o doutor você mais que ninguém sabe que a vida, nascimento e morte, é o sistema da vida não podemos mudar isso."
"Mãe a senhora não vai morrer, ainda verá os netos e bisnetos." falo olhando em seus olhos e vejo o quanto ela quer que isso se realize. "Você vai aconselhar a Rosely a ser uma boa menina, eu conto com você."
"Eu farei o possível para ajudar sua mãe Paul." Robert fala me olhando e sei que ele está falando a verdade, e eu como médico já estive no lugar dele, e o olhar dele é exatamente o que faço quando não tenho certezas das coisas.
"Não quero um possível seu Robert; eu quero um impossível, você fará o impossível para salvar a minha mãe."
"Quero ir para casa descansar." minha mãe fala ao meu lado e concordo saindo da sala com ela indo em direção ao estacionamento onde encontro o Thiago colocando a Rosely no banco de trás colocando o cinto de segurança, ela está na cadeirinha da Allice que está passando o dia com o Liam.
"Mãe a senhora não fará nada, deixe que a Tônia te ajuda quando chegar para ficar com você."
"Estou me sentindo uma inválida."
"Não é caso de invalidez, é apenas cuidado."
"Nanda estava tirando o soro quando saí de lá." ele diz estendendo a mão e eu aperto.
"Por favor, cuide da minha mãe confio em você." falo enquanto a Aprill me olha.
"Só sairemos da sua casa quando a Tônia chegar para ficar com ela, o Caio já ligou para o Thiago e ela estava arrumando as coisas dela para ficar lá."
"Nem sei como agradecer, eu fiz tanto a vocês e sempre recebo gentileza."
"Vamos esquecer da época que você queria a minha morena de vez e vamos a atualidade onde você engravidou a minha irmã, tenho que quebrar a sua cara é obrigação dos irmãos mais velhos fazerem isso."
"Amor, para com isso." Aprill fala dando uma tapa no braço dele.
"Mais estou falando a verdade." ele diz dando um beijo na testa dela.
"Papa, vovó vai pra casa com Osely." ela fala alegre e vou até a minha pequena dando um beijo na sua bochecha.
"Ajude vovó, ela está doente."
"Vovó doente?" ela fala olhando para a minha mãe que já está sentada no seu lado.
"Vovó vai brincar com você e não é para falar pro papai promete?" ela fala e a Rosely faz dedo mindinho e minha mãe coloca o dela entrelaçando ao da Rosely.
"Mãe por favor, não faça nada para se cansar."
"Pare de ser chato e vá ficar com a Nanda e com seu filho."
"Osely tem irmãozinho?" ela pergunta sem entender.
"Sim, seu papai colocou um bebê na barriga da minha irmã." ele fala emburrado.
"Pode colocar na de Osely também?"
"Não." grito na hora.
"Haram, já amo está minha sobrinha." Thiago fala rindo do meu desespero.
"Por que só mamãe?"
"Por que sua mamãe é grande, quando você for grande ela te explica por que." Aprill fala para ela e vejo minha mãe me olhando sem entender.
"Paul, está sua filha é mais inteligente que você." minha mãe fala sorrindo. "Se fosse nos Estados unidos ela seria cobaia do exército, nenhuma criança antes dos 2 anos tem esse pensamento."
"Ninguém precisa saber que ela é assim evoluída." falo dando um beijo na cabeça da minha mãe enquanto o Thiago dá a volta no carro e Aprill entra fechando a porta ao seu lado.
"Papai, Osely vai com vovó, e você não." ela diz batendo palmas.
"Ela é igual a você quando seu pai ia trabalhar e você ficava comigo."
"Ela é minha princesa, que você vai ajudar a criar junto comigo e a Nanda." falo fechando a porta do carro.
Quando o carro da Aprill sai do estacionamento me bate um certo tipo de saudade da Rosely, desde que acordei do coma não durmo sem saber que ela está ao meu lado, mais desta vez a saudade da minha mãe está maior que tudo.
Entro no hospital e vejo os olhares direcionados para mim, a pena é algo que odeio em todos os sentidos. Ao entrar no quarto onde a Nanda está, vejo que ela está em pé olhando pela janela, não está mais com soro e minha pasta está em cima do pequeno sofá que tem no quarto, como a minha mochila também. Vou em direção a Nanda e ela não se mexe um centímetro o por do sol já se pois faz tempo, nem procuro saber a hora; apenas sei que já passou das 18h.
"Eu vou estar do seu lado." ouço ela falar e meu coração vai a nível mil. "Nos dois estamos." ela fala colocando a mão na barriga.
"Estou com medo de perder ela Nanda." falo encostando minha cabeça em seu ombro, na hora que ela vira e segura a minha cabeça com suas mãos.
"Ninguém vai perder ninguém aqui Paul, estamos juntos. Ela fará o tratamento e vai ver nosso bebê nascer."
"Meu maior medo foi perder você; eu acreditava que não iria suportar." falo deixando uma lágrima cair. Mais ela não fala nada, apenas coloca a mão na minha cabeça e puxa para encostar em seu ombro.
Na verdade meu medo ainda é que ela me deixe, não estava com certeza que ela ficaria grávida, mais agora o medo do abandono se tornou presente, ela me deixar e levar meu filho com ela. Mais o maior medo era que a Rosely fosse sofrer sem a Nanda. Por que sei que de alguma forma iríamos voltar, é mais forte que nos mesmo. Porém, achei algo que temo mais medo que a felicidade da minha filha. A morte da minha mãe; por que se eu perder a minha mãe a felicidade vai se esvair de mim e com ela a da minha filha também, pois sei o quanto a Rosely é apegada a avó, sei o quanto vai sofrer e ver minha filha feliz é o que me faz todo dia sorrir.
"Vamos cuidar da sua mãe juntos amor." ela diz alisando meus cabelos.
"Me perdoa por não ter falado nada para você." falo chorando como uma criança. "Sem você aqui acho que iria desmoronar."
"Não vou a lugar algum Paul, preciso de um tempo mais vamos ficar bem, temos dois filhos para criar." ela fala pegando a minha mão e colocando sobre a sua barriga me bate uma alegria há que não acompanhei a gravidez da Rebeca não tenho fotos da sua barriga para mostrar a Rosely quando estiver maior.
"Eu te amo loirinha." falo levantando minha cabeça e meu rosto para a centímetros do seu, sua bochecha está corada, e posso ouvir a sua respiração acelerada.
"Eu sei que ama." ela fala mordendo o lábio inferior, ela sabe o quanto isso mexe comigo e não sei o que ela quer; se beijo ela ou recuo pelo tempo que ela estabeleceu entre nós.
"Você me ama? Verdade ou mentira?" faço a mesma pergunto que ela me fez ela coloca a sua mão ao redor do meu pescoço, e sussurra em meus lábios e isso foi o fim de uma possível dúvida.
"Sempre amei e sempre vou amar." ela fala, e não aguento mais e beijo seus lábios, ela fica de ponta de pé e seguro sua cintura puxando ela mais para mim, ando com ela ainda sendo segurada pela cintura por mim, e sinto que encostamos na parede pois senti minha mão ser tocada pela parede fria. Os gemidos dela sobre meus lábios são abafados pelas nossas línguas trabalhando sendo envolvidas umas nas outras, meu membro está duro como se eu tivesse qualquer controle sobre o meu corpo, ela passa as mãos pelo meu cabelo me trazendo para mais junto dela e adentro a mão para a sua blusa, sinto ela tentar tirar meu jaleto e ajudo e sinto ele cair no chão.
Ela tenta abrir os botões da minha camisa, e me afasto centímetros sem descolar nossas bocas. Ela abre três botões e passa a mão pelo meu peitoral. O contato de sua mão em minha pele é como chamas sendo passadas pelo meu corpo.
"Paul estamos em um hospital, é melhor não."
"Haram." falo em respiração entre cortada, e contínuo beijando seus lábios.
"Amor." ela geme quando subo a mão pelas suas costas e puxo seu cabelo dando acesso ao seu pescoço exposto e mordo deixando um chupão.
"Você me deixa louco." falo dando mais um selinho nela e me afastando por que se eu continuar não sei se minha razão vai reinar sobre o corpo.
"Eu te amo Paul, e sempre vou amar mais por favor não minta mais para mim."
"Jamais te esconderei nada." falo colocando uma mecha atrás da sua orelha.
"Vamos ser pais de novo." ela fala entusiasmada, e vejo que é a hora de falar o que estava preso na minha garganta um mês depois que acordei do coma.
"Vou te pedir uma coisa e não sei se você vai querer mais espero que aceite, isso me faria o homem mais feliz do mundo." falo dando um passo para trás.
"O que você vai fazer?" ela pergunta e paro diante de seus lábios.
"Estava esperando que tivesse certeza disso, que futuramente você não iria me deixar por qualquer homem mais novo, afinal, não será apenas eu que sofrerei com isso, mais a Rosely também."
"Paul, você está me assustando." ela fala sem entender.
"Quero que você seja a mãe da Rosely." ela começa a sorrir, não entendo bem até ouvir suas palavras seguintes.
"Eu sou mãe dela seu bobo." ela diz colocando uma mão em meu ombro, seguro seu queixo a fazendo olhar em meus olhos, e quando as minhas palavras saem dos lábios, Nanda entra em choque percebo isso por estar tocando ela.
"Eu sou pai solteiro, quero seu nome no registro da Rosely, quero que seja oficial você sendo mãe dela."
Todos os direitos autorais reservados à autora Jéssica Dias.
Votem e comentem.
–Paul é fofo demais, tem como ser tão perfeito assim?
– Vamos ter pensamento positivo, a Isabel merece.
*Todas as informações dadas pelo Dr. Richard foram extraídas do Site: Instituto Oncologia.
Qualquer sintoma, procure um médico imediatamente.
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