Cap. 23
Paul.
"Como assim grávida?" O pai da Nanda pergunta possesso, sei que ele quer me matar, seu olhar em minha direção diz muita coisa.
"Acho que todos nos sabemos como foi isso." É tudo o que a Katy fala olhando em minha direção. Sei que ela está tentando apaziguar a situação, embora muitos estejam intrigados.
"A última vez que a minha filha esteve neste hospital me falaram que ela não poderia engravidar, agora do nada estão me dizendo que a minha bebê que só tem 19 anos será mãe?" Ele pergunta dando um passo na direção da Andreia que olha bem com atenção para tudo a sua volta e o olhar dela para bem exatamente em mim.
"Nos estávamos tentando." Falo passando a mão pela cabeça a procura de uma solução. Não acredito que quando ela consegue engravidar, se torna de risco. Isso é absurdo. Ela vai conseguir segurar o bebê sei que vai.
"Tentando? Você sabe que ela vai para a faculdade, como pode tentar?" Thiago vem em minha direção apontando seu dedo em meu rosto mais a Aprill entra na frente impedindo dele fazer qualquer coisa que venha se arrepender depois. Graças a Deus que ele estava de folga hoje se não seria uma arma sendo apontada na minha cara.
"Eu amo a sua irmã você sabe disso."
"Sabemos que ama." Desta vez é a Katy que fala olhando em nossa direção, ela vem até mim e me abraça não entendo bem este gesto dela mais retribuo. "Sei que esta preocupado mesmo tendo todos lhe julgando eu te entendo."
"Obrigado" sussurro saindo do abraço.
"Ela está acordada e quer falar com o Paul." Uma enfermería fala em minha direção, e vejo o Thiago suspirar.
Nem mesmo espero que eles me falem que já posso ir ao quarto dela, sei bem onde é, então, como é óbvio vou ao corredor. Chegando diante da porta onde acredito ser onde ela está pois à seu nome da porta preso no gancho. Abro e vejo ela olhando para a televisão.
"Oi" ela fala se sentando, e cada passo que dou ela segue.
"Como você está?" Pergunto já diante dela e pegando sua mão me sento na ponta da cama.
"Estou grávida" ela diz naturalmente.
"Eu sei" falo sem olhar em seus olhos, apenas para a sua mão.
"Estávamos tentando, eu sei, porém, em uns meses vou para a faculdade." ela diz mais como um sussurro do que um aviso pelo qual já sei.
"Não vamos nos separar." falo colocando a mão sobre a sua barriga, nem me importando se ela está com raiva de mim ou não. Desta vez tudo foi programado. Desde o namoro até a gravidez, a Rosely terá um irmão ou irmã, quem sabe os dois! Ela vai amar a ideia eu sei disso.
"Só não quero me afastar da Rosely, e de você." ela diz me abraçando. "Eu te amo seu imbecil, isso não é um perdão, mais espero que me ajude a te perdoar."
"Tentarei isso todo dia." falo colocando a mão entre seus cabelos, sentindo a maciez e o quão cheirosa ela é.
"Andréia não disse o tempo certo, mais ela acha que é 4 semanas." ela diz me olhando nos olhos e vejo que estão emocionados, ela está pensando no nosso bebê.
"O importante é vim com saúde, e você tem que se alimentar corretamente."
"Rosely vai ficar com ciúmes"
"Ela se acostuma." falo colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha, e novamente aquela eletricidade que percorre pelo meu corpo, daqui uns dias acharei que vou morrer!
Os olhos da Nanda ficam paralisados olhando em minha direção como se nada disso fizesse sentido algum e realmente não faz. Estamos quase sem falar um com o outro certo?
"Mamã" ouço o grito da Rosely e me separo da Nanda na hora vendo que seu olhar sobre mim está diferente, como se ela estivesse com medo de estar me perdoando rápido demais, sei olhar denuncia isso.
"Meu amor como você está?"
"Titia tloce eu mamã" ela fala esticando os braços para a Nanda. Rosely está nos braços da Aprill, ela vem em minha direção e pego minha pequena nos braços entregando para a Nanda.
"O certo é trouxe" Nanda fala dando um beijo na bochecha dela.
"Osely pequena mamã" ela diz como justificativa, mais sei que não é bem assim.
"Você está bem manhosa filha" falo beijando o alto da sua cabeça, e ela enterra a cabeça no ombro da Nanda.
"Te amo mamãe"
Vejo o olhar da Nanda sobre a Rosely que continua abraçando ela. Sei o quanto minha filha mexe com ela. O fato da Nanda ter tido a adolescência roubada, a fez criar um mundo infantil onde ela literalmente idólatra as crianças. Sei bem, que ela vai amar nosso bebê, e nunca será capaz de afastar ele de mim mesmo que agora estejamos assim longe um do outro.
"Também te amo meu amor." ela fala para ela mais seu olhar está direcionado para mim.
"Sua febre abaixou, mais ficará está noite aqui. Não posso deixar a Rosely com seus pais falarei com o Jeremy para ela dormir aqui com a gente."
"Isto é um hospital, não vou deixar ela aqui." Nanda fala decidida em suas palavras.
"Sou o pai dela, sei o que é melhor."
"Sou a mãe, e se você não calar sua boca vou lhe bater" ela fala baixinho quando ela abaixa o corpo pró lado vejo que a Rosely dormiu.
"É incrível como você consegue fazer isso; quer dizer, ela estava ativa demais. E do nada dorme, como se o sono estivesse ali o tempo todo." falo olhando para a Rosely.
"Sempre falarei; sou a parte importante da família é logico que ela e todos os bebês sabem que sou especial"
"Eu sei" falo olhando em seus olhos, quando a Aprill tosse atrás de nós, apenas aí percebo que ela estava o tempo todo esperando a gente falar com ela. "Desculpa" falo indo em sua direção.
"É melhor você almoçar, tem mais 3 pacientes a tarde e todos eles são para marcar cirurgia, e Rosely pode ficar na minha casa. Amanhã caso a Nanda tenha alta vocês vão pra casa"
"Você quer alguma coisa?" Pergunto para a Nanda que nega, "vou almoçar, chamarei o doido do Thiago para te ver."
"Olha o modo que fala com meu esposo." Aprill diz mostrando a aliança. "Meu loirinho quer apenas cuidar da irmã"
"E me matar caso ela suspire e eu não fale o motivo"
"Ele é meu irmão não exagere" Nanda diz dando de ombros.
Depois de chamar o thiago. Me direciono a sala de ressonância onde tem um exame para analisar, a tarde se passou lenta entre consultas e dois resultados de exames, onde uma de minhas pacientes está com câncer. Me lembro dela, e iremos mais uma vez para a sala de cirurgia justamente com o oncologista já que ela foi operada com câncer de mamã e útero, agora o câncer voltou e está em sua cabeça.
"Por que você está tão distante?" ouço a voz da Laís ao meu lado enquanto levanto meu olhar.
"Vou ser pai de novo."
"Isso é maravilhoso." ela fala vindo em minha direção e me abraça, sem está preparado para isso abraço ela meio sem jeito. "Papai em menos de 2 anos, você gosta de fazer filho em." ela diz dando uma tapa em meu braço.
"Isso é constrangedor" falo desligando a tela do computador quando vejo que meu horário das 15h já acabou.
"Constrangedor nada" ela fala se sentando na cadeira a minha frente, "sei que sou pobre e jamais terei muita coisa a oferecer a criança de vocês, mais estou me auto oferecendo a ser madrinha" ela diz alegremente.
"Nossa! Você não perde tempo mesmo em" falo sorrindo dela. "Não sei se a Nanda vai batizar o bebê, mais irei falar sobre isso. E pare de se menosprezar tenho que acabar com está história de coração de gelo e mostrar as pessoas que sou humilde" falo me levantando.
"Sei lá, não são todos os médicos daqui que nos tratam bem. Melissa e Jeremy são um amor. Assim como você e Aprill; Andréia tem seus momentos mais ela é ótima. Porém, sempre tem aqueles com os narizes afilados que se acham os donos da barraca."
"Donos da barraca?"
"É, eu sei as vezes viajo nas palavras."
"Você sabe se os pais da Nanda estão no quarto dela? Porque nenhum deles veio me ameaçar." falo colocando uns documentos na minha pasta.
"Exatamente isso que vim fazer agora." escuto a voz do Justin e ao olhar para a porta vejo ele de braços cruzados quando a Laís entende o recado me deixa a sós com ele. Ele nem me espera mandar ele sentar, pois faz isso na maior naturalidade.
"Eu estou cuidando da sua filha, juro que estou."
"Ela me contou tudo, desde ela ser igual a sua ex esposa. Até a parte em que vocês decidiram juntos ter um bebê."
"E o que você acha disso?" Pergunto me sentando na cadeira.
"Acho que você é um irresponsável, mesmo sendo adulto com 36 anos. Tendo uma filha de quase dois anos, e engravidou uma adolescente de 19 anos, apenas por que decidiram que queriam ter um bebê." ele fala exaltado. "Minha filha tem uma vida pela frente, sua faculdade, estágios, pessoas para conhecer, agora as coisas vão ser difíceis para ela."
"Ela não está sozinha eu estou com ela."
"Está com ela? Não finja, você só está com ela porque aparenta ser sua ex"
"Eu te respeito Justin por que você é pai da mulher que amo, mais não me faça perder a cabeça. Eu amo a sua filha e não minha ex."
"E como será? Ela vai para faculdade, no resguardo perde um semestre, o bebê fica com a babá enquanto ela está na faculdade, e você estará aqui levando sua vida sendo um médico conceituado enquanto minha filha está apenas começando."
"Você apoiava meu relacionamento com ela." esbravejo desta vez. As coisas não são assim, eu amo a Nanda. Não irei abandonar ela, e se for preciso largarei tudo para ficar com ela no Canadá, basta ela me pedir isso.
"Fale baixo comigo, tenho idade de ser seu pai."
"Por que as pessoas tem a mania de falar que não assumirei meus atos?" Pergunto passando a mão na cabeça e me levantando da cadeira.
"Isso não seria por que seu passado lhe condena?" ele fala se levantando. "Você tem sorte que a Nanda já é de maior, se não ela estaria dentro de um avião querendo ou não. E se minha filha derramar uma lágrima causada por você, pode-se considerar um homem morto." ele sai da sala batendo a porta forte.
Sei que ele está falando como papel de pai, e entendo todo seu ponto de vista. Porém, ele tem de entender meu lado eu não lembro, o importante é o agora, eu moro com a Nanda, temos um relacionamento estável, planos para um futuro juntos, e agora seremos pais de um lindo bebê, Rosely ganhará um irmão ou irmã, e seremos uma família feliz, independente dela ir para o Canadá ou não. Óbvio que assumirei meus atos, eu fiz, eu assumirei não só o bebê como a mulher que carrega meu filho em seu ventre também, minha bela loirinha de olhos azuis.
"Pensei que ele iria te matar aqui dentro." Katy fala entrando e olhando para trás. "Sabia que ele iria vim aqui, depois que a Nanda contou ele saiu da sala arretado."
"Ainda bem que ele não me bateu." falo sorrindo.
"Paul, eu sei que você ama a minha filha e não está com ela pela aparência da ex. Eu consigo enxergar o carinho e dedicação que você tem por ela, vi isso em seus olhos quando te conheci, no dia em que vi seu olhar para ela, percebi que não era brincadeira. No dia em que você a pediu em namoro ao Justin ele me disse que viu em seus olhos que seria algo sério e que você é o homem que colocará o anel de casamento no dedo dela. O que eu poder fazer para ajudar a vocês ficarem juntos farei, saiba que quero apenas a felicidade da minha filha."
"Obrigado Katy, é ótimo ter apoio quando sua mãe está longe."
"Quanto a isso." ela iria falar mais uma pessoa entra na hora gritando.
"Serei vovó de novo, filho ingrato que não avisa a mãe."
"Mãe" falo indo abraçar ela.
Todos os direitos autorais reservados à autora: Jéssica Dias.
Votem e comentem.
Capítulo dedicado a "Hosana rocha 26", obrigado pelo carinho e sempre está cobrando nas postagens. Isto é sinal que está gostando do livro.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro