Cap. 14
Fernanda.
Estou certa da minha decisão em ir para o Canadá, isso não é um adeus. Quero meu irmão bem, ele se preocupa demais comigo, além disso o Paul está bem, acordou do coma, nossa vida está estável, e sempre soubemos que esse dia iria chegar. Por que eu me sinto tão culpada em relação a ir ou não?
Vai ser difícil de início me desapegar dele, acordar todos os dias sem ter seu cheiro em minha pele, sem seus carinhos. Ainda mais pelo frio que é no Canadá, ter alguém para aquecer seria ótimo, principalmente o Paul com seu desejo insaciável. Em vez disso, ficarei com o travesseiro abraçada toda a noite e possivelmente verei ele três a cinco vezes no ano, até completar 05 anos para a conclusão do curso, minha pequena Rosely estará grande e possivelmente nem será tão ligada a mim, e não quero que isso aconteça. Ela é minha princesa, mais para a coroa chegar na cabeça da rainha ela tem que enfrentar a vida, e o destino....
"Posso pagar a sua faculdade no Porto" ele diz alisando a minha cabeça. Sei que Paul está se controlando para não explodir ele não quer aceitar isso, nem quer pensar em uma despedida.
"Paul" falo me virando para ele, que se encontra nu e sua testa suada pelo sexo que acabamos de fazer. "Já deveria saber que não irei aceitar seu dinheiro, meus pais são ricos, e tenho uma mesada que ira me sustentar até a conclusão do curso, mesmo achando que arrumar um emprego será a melhor opção." Falo passando a minha mão sobre o seu peitoral, sua respiração está acelerada, como a minha também.
"Não se trata de aceitar ou não. Como será a minha vida sem você aqui?" Ele pergunta se virando ficando de lado, ele alisa a minha cabeça e beija meus lábios com um selinho "eu te amo"
"Eu sei" falo me segurando para não deixar a lágrima cair. "Para de me lembrar que o oceano irá nos separar" falo encostando minha testa na sua.
"Já fiz tanta besteira na minha vida, e quando te encontro acontece isso." Ele sussura em meus lábios.
"Paul, vamos continuar junto"
"Eu sei princesa, mais não é a mesma coisa" ele diz pegando na minha bunda.
"Vamos dormir seu safado, estou com o corpo dolorido você me mordeu" falo tirando sua mão da minha bunda e apago o abajur.
"Não te mordi" ele diz me puxando para junto dele. "Apenas dei um chupão, tive um orgasmo da porra."
"Paul, olha a boca." Digo dando uma tapa no braço dele, e sinto sua respiração em meu ouvido.
"Não estou mentindo e você sabe disso"
As semanas se passaram rápidas, assim como o mês, Paul fica fazendo tudo que quero amenos neste aspecto ele não mudou. Percebi também pelo alarme que a na minha conta bancária que ele continuava depositando dinheiro. Acho que tenha que bater a cabeça dele para o pouco de juízo que lhe restava voltar. Quando fui interrogá-lo nesta questão ele disse que não sabia, foi quando Isabel disse que ela depositava para os gastos da Rosely já que semana que vem ela voltará a Londres não haverá como me ajudar. Lógico que o Paul tentou impedir a mãe inventou uma falsa dor de cabeça que não existia e a mãe dele como castigo adiantou a passagem, ele não gostou da atitude da mãe mais aceitou pois estava feliz que ela falava com ele agora.
Meus pais literalmente interrogaram o Paul, e disse que se ele vinhesse com a desculpa da perda de memória para em um futuro me fizesse sofrer, ele teria de se preocupar com coisas maiores. Fiquei rindo da cara que o Paul fez, minha mãe disse que estava brincando, e meu pai disse que não estava. Mandei ele relaxar e falei que sabia atirar e não precisava de ninguém me defendendo, o que o fez dizer que iria falar sobre alguns pontos do nosso namoro. O que posso fazer... sou do Texas, todos sabem atirar lá, mesmo sendo criada na Florida, o Texas não sai do meu coração.
"Você as vezes me dá medo." Ele fala segurando a minha cintura.
"E você é medroso demais para um homem de 35 anos" digo encostando a minha cabeça em seu ombro.
"Nanda, eu não sei atirar" ele fala rindo.
"Eu te defendo gatão" falo rindo e trazendo a Rosely para mais perto de mim.
"Mama, osely ama você" ela diz com seu bonequinho que comprei para ela ontem, um pelúcia do Mickey.
"Também te amo amor" falo deitando ela em meu colo."
"Por que os meses estão passando tão rápidos." Ele sussura em meu ouvido.
"Paul, para de pensar que demora a passar."
"Você já se imaginou com uma família formada comigo?" Ele pergunta e sei bem o que ele está querendo...
"Todos os dias" falo olhando para a Rosely que olha pra nós dois atenta.
"Não imagino uma felicidade em que você não esteja ao meu lado."
"Eu também não."
Estamos na cobertura do prédio, aqui é lindo, não tem piscina como na maioria. É bem simples, aconchegante e quase ninguém vem porque não vêem nada de interessante. Mais eu vejo, uma linda visão da cidade de Guarda, casas iluminadas, carros passando pela rua, crianças brincando no parque que fica em frente ao prédio. O céu iluminado pela lua cheia. As vezes dar valor a pequenaa coisas tenha suas belezas.
"Quer o cobertor filha?" Ele pergunta a Rosely que nega abraçada a mim.
"Você é um ótimo pai." Falo olhando para o céu.
"Eu sei disso" ele fala todo orgulhoso. "E você é a melhor mãe do mundo."
"Um dia quem sabe não possamos estar na varanda da nossa casa, vendo nossos filhos brincando com os gatinhos e cachorros, uma pequena casa, a beira do lago em New Orleans."
"Esta é sua ideia de um futuro feliz?" Ele pergunta e olho em seus olhos.
"Estando com você não importa o lugar, ou final feliz. Porque você e a Rosely junto de mim, já faz meu conto de fadas se realizar."
[...]
"Por que você está chorando?" Isabel me pergunta enquanto não largo ela.
"Porque você vai me abandonar" falo sugando as lágrimas.
"Não chore, só é pegar um avião estarei a pouca distância de você."
"Não é como pegar um avião e ir para Londres. É todo um planejamento" falo e ela coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
"Você trouxe alegria para o meu filho, espero que não o abandone ele precisa de você, Rosely precisa, e você sabe que de alguma forma, você precisa"
"Não vou deixa-lo eu te prometo" falo abraçando ela novamente.
"Quando casar com o Paul..." ela fala isso e o vejo engolir a seco, e eu fico paralizada esperando ela falar. "Na questão de parente você já sabe né? Não é bom que eles morem tão perto que venham de chinelos... nem tão longe que venham de malas."
"Então fica." Falei mais uma vez insistindo e ela negou.
"Estou aqui a quase 2 anos, olha que só vim passar uns meses e minha casa esta sendo cuidada pela empregada tenho que ir olhar. E não posso deixar a empresa na mão dos socios, prometí ao pai do Paul cuidar." Ela fala indo até onde o Paul está e fala alguma coisa em seu ouvido que o faz olhar para mim.
"Quero te ver feliz e não insista para eu ficar." Ela diz alisando o rosto do filho, já deu para perceber que ele está se segurando para não chorar.
"Nas férias vou te visitar com a Nanda e Rosely" ele fala rindo.
"Espero mesmo, a lola vai amar sua filha." Ela diz em questão da empregada dela, que trabalha pra ela a anos desde que Paul era un bebé.
'Senhoras, e senhores passageiros, o vôo com destino a Londres sem escala, sairá em 10 minutos pelo portão 08.'
"Bobo, você vai onde?" Rosely fala ainda nos braços do Paul.
"Vou pra casa amor"
"Mora com eu Bobo" Rosely fala confusa, já que ela cresceu vendo a Isabel junto da gente.
"Não amor, a vovó tem uma casa. Mais logo volto para lhe ver."
"Bobo deixa osely não..." Rosely começa a chorar nos braços do Paul esticando os bracinhos. Quando escutamos mais uma vez o aviso do vôo ela da um beijo na testa dela e vejo os olhos da Isabel lacrimejando.
"Cuide delas Paul." Ela fala mais uma vez pro filho e me olha assentindo.
"Adeus Isabel" falo indo pra junto do Paul enquanto ela entra no portão de embarque.
Vou sentir falta dela, minha mãe está aqui em Guarda, mais a Isabel de alguma forma é uma mãe para mim, sem tirar o lugar da minha. A Isabel é tudo aquilo que uma nora quer, ela nos entende acima de tudo.
"Bobo foi embola papa, poque ela foi?" Rosely fala chorando e o Paul abraça sua filha e vejo seus olhos marejados. "Ela não gosta da Osely mais"
"Ela gosta princesa, a vovó foi arrumar a casa para você ir brincar logo, logo vamos ver ela." Falo tentando acalmar minha princesa.
"Bobo ama osely?" Ela me pergunta e vejo o Paul limpando as próprias lágrimas.
"Sim, ela ama todos nós" falo pegando ela dos braços do Paul.
"Vamos ver o avião decolar" Paul fala para a Rosely que levanta seu olhar para ele.
"Quelo não, o vião vai levar minha bobo" ela diz irredutível.
"Mais se fomos olhar, ela logo volta. Ela vai nos ver da janela e você da tchau a ela mais uma vez." Falo para a minha princesa que dá um sorriso ao escutar isso.
Fomos para a frente do aeroporto onde à uma visão incrível da pista de decolagem, e após um tempo vemos o British Airways decolar e o Paul suspira ao meu lado. Sei que minha vida é um recomeço constante, sempre que me apego acontece isso. Por isso me fecho, sou chata, e não crio laços de amizade, o medo de uma possível perda me persegue onde quer que eu vá.
"Vamos tomar um sorvete?" Falo para ver se esses dois ficam mais felizes.
"E podemos ir ao parque." Paul fala olhando para mim.
"E leva o tinho da tia apil."
"Papai vai comprar um gatinho para você parar com isso." Paul fala rindo.
"Compla dois papa." Ela diz batendo palmas.
"Compro sim." Ele diz rindo. "Vamos tomar sorvete"
Entrego a Rosely para ele que vai na frente com ela, e sinto meu nariz queimar, passo a mão por ele e vejo sangue, rapidamente limpo com o lenço que tem no meu bolso. E como sempre, a asma voltou e com ela meu nariz volta a sangra pela reação alérgica aos medicamentos que estou tomando para engravidar e ninguém sabe
"Vamos amor." Paul me chama e ando até ele, que está diante de seu carro colocando a Rosely na cadeira, sinto uma tontura. Vejo ele me olhar e vim em minha direção, porém me contenho e vou andando até ele.
"Quero respirar ar puro" digo me encostando no carro e respirando devagar.
"Me fala o que você tem Nanda." Ele diz pegando em meu braço. "Nem adianta mentir, sou médico a dias que você está estranha."
"Estou com fome não tomei café." Minto na maior cara de pau, e ele me analisa tentando achar o ponto da mentira e fecha a porta do carro quando a Rosely já está dentro.
"Você está me escondendo alguma coisa confesse."
"Paul, eu não estou escondendo nada de você" falo entrando no carro e ele dá meia volta no carro e fecha a porta com força quando entra, ele coloca a chave no carro e sai do estacionamento.
"Onde você está indo?" Pergunto quando vejo que ele desviou o caminho. Quase uma hora depois ao entrarmos na cidade de Guarda, percebo o caminho que vamos e exatamente onde ele vai.
"Quando você vai entender, que não me engana. Eu te conheço, parou de tomar os antibióticos e está tomando alguma coisa para seus hormônios aumentarem." Ele diz parando no sinal e ligando o celular...
"Jeremy, avise a Andreia que marque uma lavagem estomacal, para a Nanda."
"O que houve?" Quando ouço a pergunta dele, o Paul me olha e vejo o sinal abre e ele coloca no Bluetooth. E da partida no carro.
"Ela está fazendo besteira" ele diz acelerando o carro, quando sinto um mal estar em meu estômago e mando ele parar o carro, assim que ele para saio vomitando tudo.
"Mais que porra pensa que está fazendo?" Ele diz vindo até mim "não é deste jeito que quero ficar com você."
"Cala a boca Paul, cala a porra da sua boca." Falo vomitando de novo.
"Desse jeito não vamos dar certo."
"Esta acabando comigo?"
"Não, sabe o que vou fazer? Te amarrar na cama." Ele diz me pegando nos braços.
Vejo a Rosely me olhando e olho pro lado ele fecha a porta ao meu lado e encosta a cabeça no volante.
"Desculpa" falo tocando em sua cabeça. "Não sei o que está acontecendo comigo."
"Vamos para o hospital, em casa a gente conversa." Ele diz rude.
"Paul"
"Cala a sua boca" ele grita e até mesmo a Rosely se assusta.
"Se lembra que a normal deste relacionamento é você? Estou começando a mudar de ideia."
"Não grita comigo." Falo baixo sentindo minha cabeça rodar.
"Por que ainda está falando?" Ele diz estacionamento o carro. "Só fale comigo quando eu falar com você." Ele fala com raiva de mim e abre a porta do carro vindo para o meu lado, vejo o Jeremy se aproximar de mim.
"Pega a Rosely, que vou levar está criança para a sala de lavagem." Ele diz me pegando no braço.
"O que houve com vocês?" Jeremy pergunta e nego fechando os olhos, talvez olhar na Internet e descobrir está medicação que está proibida a alguns anos em alguns países europeos depois que uma médica morreu seja difícil para ele engolir.
Todos os direitos autorais reservados á autora: Jéssica Dias.
Votem e comentem.
◆ Apenas o início da ação.
◆ Coitada da Rosely chorando, gente deu pena.
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