Cap. 11
Fernanda.
Acordo sentindo um peso enorme sobre as minhas pernas, quando olho pro lado vejo o Paul dormindo serenamente ao meu lado, escuto um som bem baixo como se estivesse batendo a porta, retiro a perna do Paul que está sobre a minha e saio de junto dele deixando a dormência parar um pouco. Acho que ele pensa que vou fugir de madrugada ou algo parecido, ouço novamente uma leve batida na porta e me levanto da cama seguindo direção para a mesma abrindo e vejo uma bebê pequena me olhando.
"Osely chamar mamã" ela diz esticando os bracinhos, olho pra um lado e pro outro e vejo que não tem ninguém no corredor.
"Como você saiu do berço?" Pergunto indo com ela pra cama. É impossível por mais esperta que ela seja, que tenha descido do berço é alto para um bebê de 01 ano e 07 meses.
"Bobo tirou Osely" ela diz colocando sua cabecinha em meu ombro.
"Onde sua vovó está?" Pergunto, e ela do nada começa a bater palma fazendo o Paul começar a acordar.
"Osely bobo fazer mamã" ela fala alisando a barriga, e entendi minha sogra deve ter ido fazer seu leite. Sinto braços ao redor da minha cintura, olho pro lado vendo o Paul me olhando. "Dia papa" ela grita se esticando para ele que pega ela na hora.
"Bom dia princesas do papai" ele diz beijando a bochecha dela.
"Acordei com um bebê batendo a porta" falo caminhando a cama e me sentando na cama de pernas cruzadas.
"Osely beio acordar mamã e papa, leva osely titio Jerry" ela diz batendo palmas e sorrindo "be cachorrinho da bebê luh papa" ela fala pro Paul e ele começa a sorri.
"Você quer ver o bob? O que aconteceu com o gatinho?" Pergunto alisando sua cabecinha.
"Papa compla um tinho pra osely" ela tenta falar rápido e sai tudo errado, tenho que marcar um fonoaudiólogo.
"Fala devagar que papai entende" o Paul diz se sentando na cama e colocando ela em seu colo.
"Osely que um tinho papa" ela diz cada palavra devagar que parece uma eternidade para sair de seus lábios. "Papa tendeu osely agola?"
"Entendi um pouquinho filha" ele diz rindo. "Vamos tomar café da manhã para ir ver o Jeremy?"
"Ele vai dar remedinho a você para não ficar doente" falo para ela que sorri.
"E bamos vê o tinho também?"
"Sim, vamos passear com você o dia todo." Falo sorrindo e ela bate palmas. "E ver o gatinho da Aprill."
Saímos do quarto e fomos a cozinha onde encontramos a Isabel toda arrumada, ela até a mesa já colocou acredito que não exista sogra mais perfeita que ela, ainda está para existir.
"Vou sair com a Tônia" ela fala colocando a bolsa no ombro "só volto a noite"
"Vai onde?" O ciumento do Paul pergunta sorrindo.
"Menino, já te criei não tenho que dá satisfação da minha vida a você" ela diz sorrindo "vá passear com sua namorada e filha, daqui a alguns meses você não poderá fazer isso."
"Por que não?" Pergunto curiosa.
"Vou voltar a trabalhar" ele diz rindo ao meu lado.
"Tragédia romana" Isabel diz dando um beijo na bochecha da Rosely "Mais tarde vovó volta pra brincar com você"
"Osely ama bobo" ela diz dando um beijinho na bochecha de Isabel.
"Também amo você amor" ela diz dando um beijo na testa do Paul "cuide da Nanda"
"Mãe pelo amor de Deus, isso é constrangedor" ele fala suspirando quando ouvimos a porta ser fechada e ele me olha esperando eu falar algo. "Você gosta quando ela fala isso não é mesmo?"
"Posso fazer o que" digo dando de ombros "sou a parte interessante desta família, até os cachorros me amam, pode perguntar ao levi e lessi"
"Como se fossem me responder" ele fala colocando a Rosely na cadeirinha dela e eu entrego a mamadeira de leite que a Isabel deixou pronta.
"Não é necessário de voz, quando um simples gesto de obediência diz tudo" falo pegando a garrafa de café e coloco na minha xícara e na dele.
"Você sempre foi assim?" Ele pergunta se levantando da cadeira e me abraçando por trás.
"Assim como?" Pergunto sem realmente entender.
"Respondona?"
"Falo a verdade doa a quem doer" falo me virando e beijando ele. Que passa as mãos pela minha cintura me puxando para junto dele.
"Papa vai comer mamã" diz a Rosely. Me separo do Paul na hora me lembrando de que minha pequena está olhando tudo atenta.
"Papai estava apenas beijando a mamãe" diz o Paul.
"Quando você tiver grande como a mamãe vai beijar seu namoradinho"
"Que história é essa de namoradinho?" O Paul fala alterado e até a Rosely ri da cara que ele faz.
"Xiii papa com raiva mamã" ela diz olhando pra ele.
"Papa é um velho ranzinza filha" digo me sentando na mesa,
"Você já me disse isso uma vez não foi mesmo?" Ele fala e olho pra ele espantada, ele está se lembrando?
"Sim" é a uma coisa que sai pela minha voz trêmula.
"Tive está impressão, mais não lembro me desculpa" ele diz segurando a mamadeira da Rosely mais ela não deixa.
"É mia papa" ela fala virando e tomando o leite dela.
"Pai possessivo, filha possessiva. O que é dela ninguém toma." Falo rindo vendo ele me olhar estranho. Não sei bem explicar o tipo de expressão dele só que me olha com admiração e adoração como se eu fosse um anjo; coisa que não sou de modo algum.
Saímos de casa umas 9 horas da manhã, a Rosely fez seu pequeno escândalo sobre o Paul ir atrás com ela, já que ele não pode dirigir por enquanto quem fica no volante sou eu e adoro isso. Ele ficou contando a ela sobre a história da princesa enquanto não chegamos ao hospital de dentro da minha bolsa que está aberta vejo meu celular vibrar com o número do Christopher e não atendo não sei o que o Paul de hoje, acharia de atender um telefonema do ex. Entendo ele pois se estivesse do lado oposto quebraria o celular dele e ainda ria da cara dele.
"Osely chegou" ela grita quando estaciono o carro na frente do hospital.
"Que felicidade toda é essa para ir ao médico?" Pergunto saindo do carro.
"Titio pilulito eu" ela diz batendo palmas.
"Jeremy faz igual a mim quando vejo a luh, enche a menina de pirulito" Paul diz pegando a Rosely nos braços e fechando a porta do carro.
"A revolta dos pais" digo colocando o alarme no carro.
Chegando a recepção ficam todos olhando o Paul como se ele fosse um ET, ou um pedaço de carne ambulante nesses olhares vindos das enfermeiras. Pego em seu braço e puxo ele em direção ao corredor de pediatria. Nunca fomos de dar as mãos isso não é sinal de poder, pode até ser uma demonstração de carinho, mais para mim isso não é tudo. Porém, nesse momento estou começando a repensar.
"Olha quem resolveu aparecer" diz o Jeremy aparecendo atrás da gente.
"Sério, você tem parar com isso. Toda vez que te encontro você brota de trás de mim" digo dando um tapa no braço dele.
"Já está apanhando?" Diz a Mel aparecendo com o Austin junto dela.
"Osely" ele diz indo até o Paul, que desce ela dos braços.
"Oi autin" ela diz assim que chega ao chão e eles se abraçam.
"Agora sei por que ela gosta tanto do hospital" digo olhando pro Paul que olha pro Jeremy como se fosse matar ele.
"Seu filho está morto se ele sonhar em paquerar minha filha"
"Gente pelo amor de Deus são crianças" diz a Mel ao meu lado.
"É Paul, são crianças..." Jeremy fala tão cínicamente que dá a entender outra coisa.
"Claro, e como vai seu genro Lucca?" Paul pergunta provocando.
"A um fio de ser morto"
"Ele tem 5 anos, Jeremy você é louco" Mel fala pegando o Austin nos braços.
"Quando vocês eram pequenos podiam pegar a filha dos outros." Falo olhando pra cara de ambos que começam a rir.
"Exatamente por isso" diz o Paul e dou um tapa nele que faz todos me olharem.
"Essa doeu amor" ele diz me olhando.
"Aprenda a manter a boca fechada"
"Vamos tomar injeção?" Jeremy diz pegando a Rosely que vai de bom grado.
"Xau papa" ela diz indo com ele, toda alegre coitada nem sabe o que a espera.
"Vocês vão na casa da Aprill certo?" A mel pergunta fala tentando seguras Austin que quer ir atrás da Rosely.
"Sim." Respondo apertando a bochecha daquele bebê lindo de olhos verdes iguais aos do Jeremy.
"Poderiam levar o Austin? A luh está lá desde ontem com o Bob foi um escândalo ela quis ficar com o Thiago que está de folga hoje com a Aprill, sem ela aqui no hospital as coisas enlouquecem, mais todos merecem uma folga na semana."
"Claro que levamos" diz o Paul.
Depois que de alguns minutos em que quase matei aquelas assanhados olhando para meu homem, minha filha vem nos braços do Jeremy com um pirulito na mão e uma escovinha na outra.
"Ela chorou mais disse que se eu desse confeito iria parar" ele diz entregando ela ao Paul. "A escova foi nosso acordo para ela deixar os dentes limpos toda vez que comer um doce" ele fala rindo "Vem campeão do papai" ele diz pegando o Austin.
"Bora com osely vê lulu" ele diz abraçando o Jeremy.
"Assim que papai sair daqui vai te buscar tá bom?"
"Autin ama papa e mamã" ele diz beijando a bochecha do Jeremy.
"Mamãe também te ama amor, agora vai cuidar da sua irmã que está sozinha extressando seu tio Thiago." Mel fala beijando a bochecha dele.
"Paul, a Rosely está gaguejando demais. Antes de ir passa na carol para quando o Anthony chegar ela ser atendida. Ela tem que passar pelo fonoaudiólogo, Austin tem consulta uma vez na semana sei que são pequenos. Porém, devemos sempre acompanhar nossos filhos." Jeremy fala e assentimos.
Passamos na tal secretaria Carol, ela tem uma aliança enorme no dedo e não olhou diretamente nos olhos do Paul, caso contrário olhou para mim o que me deixou estranhamente preocupada. Minutos depois descobri que ela é casada com uma mulher, isso mesmo. Na mesa dela tem uma foto de uma mulher beijando sua bochecha com o nome do quadro de fotografia 'recém casados'.
Quando estava saindo ela me deu um piscada o que me fez quase procurar um buraco para me enterrar. Nada contra, de modo algum, caso contrário, tenho muitos amigos que são e acho a coisa mais normal do mundo, você é livre para decidir o que quer de sua vida e não está nem ai com o que a sociedade te impõe. Mas eu jamais deixaria o Paul por um homem, imagine por uma mulher.
"Sua cara está hilária" ele diz assim que entramos no condomínio residencial onde o Thiago mora.
"Ela me comeu com os olhos foi constrangedor" falo rindo e estaciono na frente da casa do meu irmão.
"Lulu" Austin grita de dentro do carro quando vê a luh brincando com o Bob na grama que há na frente da casa.
"Irmãozinho" ela diz vindo até o carro.
O Paul abre a porta e sai com o Austin em seus braços, enquanto eu tiro a Rosely da cadeirinha. Vejo meu irmão aparecendo com a Allice em seus braços e ela começa a andar pegando na pequena cerca que a na varanda. Enquanto a Aprill se levanta da toalha que aparenta ser de piquenique que está estirada na grama.
"Olha que a pirralha lembrou que tem irmão" o thiago diz vindo me abraçar.
"Mata osely" a minha pequena fala quando o thiago se separa do abraço.
"Desculpa princesa" digo colocando ela no chão que vai andando devagar até onde está a luh com o Austin abraçados.
"Já não basta sua filha, a luh está querendo ficar aqui também?" Pergunto rindo dele que dá de ombros.
"Ela sabe que o titio é demais. Além disso amo minhas princesinhas. O Austin não fica por que é pequeno demais, mais a luh está acostumada comigo"
"Sei" digo quando vejo o Paul se sentar junto da Aprill.
"Como esta indo com ele?" O thiago me pergunta olhando para o Paul.
"Esta ótimo" falo olhando para a Rosely que está brincando com o Bob, esse cachorro é tão bebezão que acho que só crescem em tamanho mesmo.
"Espero que permaneça perfeito até o fim" ele diz andando comigo lado a lado. "A faculdade ligou e caso você não dê resposta vai perder a bolsa" ele diz baixo.
"Não me importa Thiago, tudo que é necessário para uma vida de felicidade está aqui, e não trocarei sonhos, por realidades permanentes" falo, quando ele segura meu braço, me viro olhando para ele e vejo que o Paul percebeu algo pois vejo ele se levantar e vim até a gente.
"Eu pago sua faculdade"
"O quê?" Pergunto sem entender, é isso mesmo que estou escutando?
"Você é minha única irmã Fernanda, e sempre farei de tudo por você. Então leve o tempo que for preciso eu pagarei quando você decidir fazer"
"Obrigado" falo abraçando ele.
"A função dos irmão é proteger uns aos outros." Ele diz me soltando quando vejo o Paul diante de mim, e quando me viro vejo a luh com o Bob, Levi junto da Aprill, muffi com a Allice que aperta tanto ele que acho que o gato vai morrer, e a coisinha mais linda do mundo que vejo. A Rosely e a lessi... e o Austin olhando para ela com adoração.
Todos os diretos autorais reservados à autora: Jéssica Dias.
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Contos de fadas, príncipes encantados, lobos maus... vomitando arco iris, vai ser perfeito assim na minha casa.
#Quero.um.Paul.pra.mim.
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