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Thiago.
Depois de almoçar com meus pais, vejo que a minha mãe está bem tensa em relação a minha tia. Meu pai esta normal mais posso perceber que ele está bem próximo da minha mãe, sei que eles não voltaram ainda, e tenho em mente que possa ser que eles não voltem mesmo ela dizendo que não quer se separar dele. É óbvio que como filho quero eles juntos, mais entendo bem o tempo que a minha mãe quer para ela, inclusive que nem mesmo eu sendo filho percebi.
"Em que esta pensando?" Minha mãe fala enquanto nos encaminhamos para a pista de embarque.
"Nada mãe" falo tentando transparecer que estou bem, mais como imã a mãe sempre sabe quando o filho não está bem.
"Vamos lá não minta para mim" ela diz parando diante de mim.
"Você e o papai estão bem?" Vou bem direto em minha pergunta, ela não muda de assunto como pensei que faria nem tenta se retrair.
"Quero muito que isso de certo filho, mais não sei se posso olhar para ele e não pensar que ele dormiu com a minha irmã" ela fala sinceramente.
"Então você vai se separar dele?" Pergunto com medo da resposta dela ser um 'sim'.
"Não" ela diz decisiva em sua palavra "eu amo seu pai, e não vai ser meu recomeço que irá me afastar dele, vamos nos conhecer de novo"
"Eu sei que é difícil e não tenho direito de te pedir isso..." falo pensando se o que vou pedir é certo ou não "Não deixe o papai"
"Thiago, pare de imaginar um conto de fadas, não estamos em uma história e sim em uma vida real, e quantas vezes irei te disser eu não vou me separar dele"
"Apenas não quero ter 30 anos com pais separados."
Ela não fala nada, apenas entra no jato que esta nos esperando o douglas nosso piloto está esperando que eu entre e sinceramente, entro com o coração palpitando forte, sempre vi meus pais juntos até a morte. Mais se minha mãe diz que não vai se separar dele, devo acreditar.
Quando o avião levanta vôo do aeroporto da Rússia, vejo meu pai falando algo no ouvido da minha mãe a fazendo sorrir e vejo o quanto quero chegar nessa idade com a aprill como um casal de namorados independente da idade.
Acordo com a minha mãe me chamando apenas ai percebo que dormi todo o vôo e que já estávamos em Portugal. Me espreguiço batendo a mão na janela do avião, vejo que meu pai já desceu e minha mãe está me olhando bem diferente de antes.
"Você não acredita o que aconteceu" ela diz sorrindo, o que pode ter acontecido em um dia, que estive longe?
"Nem colocamos os pés fora daqui e você já sabe do assunto?"
"Tenho celular pra isso" ela diz mostrando o celular em sua mão.
"Então o que houve?" Pergunto me levantando da poltrona.
"Tônia encontrou o filho dela" ela diz sorrindo.
"Como assim? Como isso acontece sem eu estar presente, quem é o filho dela?"
"Seu amigo caio"
Ela diz sorridente, mais que jogada de mestre foi essa? O caio que sempre esteve presente em quase todos esses momentos é o filho da Tônia? Mais se ela sabia por que nunca falou para ele.
"Ele vai me atormentar, parece que já estou vendo" falo sorrindo, ele sabe o quanto a Tônia é importante para mim. E sei que ele não é idiota suficiente para renegar a mãe que ele tanto queria conhecer, e deve estar grudado nela que nem carrapato em cachorro, vou arrancar ele dos braços dela.
"Ele merece ficar com a mãe então vá com calma" ela diz sorrindo "sei bem, que ela é importante para você"
"A senhora também é, meu bem precioso minha mãe"
"Sei disso, mais você entendeu o que quis disser não é mesmo?" Ela pergunta enquanto descemos as escadas nos dirigindo ao táxi que nos espera e meu pai esta se despedindo do Douglas.
"Entendi sim mãe, mais se ele me provocar por que ela é sua mãe bato nele" falo rindo e passando meu braço em volta da sua cabeça a puxando para mais perto de mim.
"Até a próxima Thiago" diz o Douglas. Dou tchau a ele, e entro no carro.
"Semana que vem vou ter que voltar para a florida a empresa não pode ficar tanto tempo sem mim." Diz o meu pai, enquanto dou o endereço ao motorista.
"E a mamãe?" Pergunto sem entender nada.
"Decidi ficar com vocês por um tempo, depois vou para casa com ele." Ela diz, bem calma.
"Quando foi que vocês decidiram isso?" Pergunto sem entender, pois algumas horas atrás minha mãe disse que jamais iria se separar do meu pai e agora está dizendo que irá deixar ele ir?
"Quando você estava dormindo" meu pai fala desta vez e pelo jeito ele também não gostou da ideia de não levar a mamãe com ele.
"Tudo bem, acho que sobrevivo à isso" falo suspirando, eles não falam nada apenas ficam lá parados como estátuas olhando um para o outro, esses dois parecem mais um casal de adolescentes.
Chegando ao hospital desço do carro indo em direção a porta vejo que meu pai pagou o táxi e abre a porta para a minha mãe, entro no hospital sem dar explicação a ninguém vou direto para o quarto onde a Aprill está, quando chego a vejo enrolada em uma toalha e seu rosto está vermelho.
"Tá louco?" Ela diz ajeitando a toalha, vou até ela e a beijo, sentindo saudade desse seu gostinho maravilhoso... a quanto tempo eu fiquei longe mesmo? Um dia...? Parece mais um ano.
"Já vi tudo que está em baixo desta toalha" falo sussurrando contra seus lábios.
"Seu safado eu pensei que fosse o médico me esqueci de trancar a porta" ela diz dando um selinho em meus lábios.
"Não quero esses médicos te vendo de toalha ainda mais com essa linda barriga para todos verem" falo alisando, e sinto a Allice mexer.
"Alguém estava com saudades do papai" diz a Aprill.
"Passei apenas um dia e ela fica assim" falo me abaixando e beijando sua barriga.
"Sentimos sua falta independente do tempo que passe" ela diz passando a mão pelo meu pescoço e dando um selinho em meus lábios, engraçado é que ela estando grávida a barriga impede toda e qualquer possível contato. Não sou aquele tipo de homem taradão... mentira sou sim, Aprill me mudou totalmente e ela esta me deixando viciado nela.
"Vocês não tem jeito mesmo" ouço a voz da Tônia e ao virar para trás ela está sorrindo.
Abraço ela. Depois que aAprill se arruma e se senta na cama, Tônia começa a contar o quanto o donzelo do meu amigo ficou feliz ao ver ela. Passamos toda a manhã entre conversas e tentativa de homicídio que estava ao ver o médico olhando para Aprill. Além de ter passado toda a noite em um vôo de volta para casa, tinha de ver aquele médico olhando para a minha mulher.
No final da tarde, meu celular toca e vejo que é um número desconhecido, ao atender um certo tipo de paz se estala em meu corpo.
"Falo com o delegado Thiago?" Fala a voz que não sei a quem pertence.
"Sim quem deseja?"
"Estamos ligando para avisar que daqui a alguns minutos estaremos pousando na aérea reservada, para pegar o flin mikaelson, meu nome é agente Ian sou do FBI"
"Estou indo para o local onde ele está" falo me levantando e a Tônia e Aprill me olha sem entender.
"Chegamos em 15 minutos"
"Ok" falo desligando, aprill me olha e vou em sua direção beijando seus lábios e finalmente tudo isso vai acabar.
"Estou indo entregar o flin para os agentes federais americanos" falo explicando para ela o motivo da minha ausência.
"Cuidado" ela fala preocupada.
Depois de sair do quarto da Aprill, vou em direção a frente do hospital. É óbvio que não avisaria ao Paul ele está com a filha e a mãe dele, minha irmã deve estar com ele também. O caio acabou de descobrir que a Tônia é mãe dele, e caso eu chamasse ele seria bem capaz dele matar o flin pelo que ele fez a Tônia e a todos passarem. Porém, sendo sensato irei apenas eu e mais dois polícias que estavam na frente do hospital. Acabei de chegar e meu carro esta em casa.
Chegando a fazenda.... casa de campo para ser mais específico, vejo que uns dos polícias que deixei olhando o flin esta fumando na varanda. Nada contra mais já falei que isso mata eles.
"Senhor" ele diz me cumprimentando e apagando o cigarro.
"Onde o flin está?" Pergunto, ele diz que está dentro, do mesmo jeito que deixei ele a um dia atrás amarrado sem comer nada.
Ao entrar na casa esta um silêncio enorme, vejo que não a ninguém na sala, decido ir ao quarto onde deixei o flin, abro a porta e vejo ele estirado no chão com o rosto deformado de tanto apanhar, uma catinga de mijo no chão, e o policial que mandei ficar de olho nele está olhando pela janela.
"Não sou um bom samaritano" ele diz vindo em minha direção.
"Tudo bem você já pode ir para casa daqui à alguns minutos os agentes federais estarão aqui para levar ele a prisão"
Ele passa por mim sem falar muita coisa, acredito que o flin esteja desmaiado já que ele não mexe um músculo, ficar um dia sem água e comida, sendo um saco de pancada não foi minha ordem, mais sabia que não seria cumprida, ele apanhou tanto que mijou na roupa e isso me alegra principalmente saber que ele sofreu nem que seja um pouquinho antes de ir para a prisão. Fico olhando o chão que possui algumas marcas de sangue no chão, e passo direto por ele indo a janela quando escuto o barulho de helicóptero pousando.
'Até que fim irei me livrar dele' - falo para mim mesmo em pensamento. Saio do quarto e vejo quatro pessoas de ternos e gravatas, ainda me pergunto por que os agentes federais usam está roupa... tudo bem é seu uniforme, mais cai entre nós, eles parecem agentes funerários.
"Thiago, sou o agente Ian que falei com você pelo celular" diz o moreno me cumprimentando.
"Sim, claro" falo apertando a mão dele "Me mostre os distintivos por favor" digo normalmente e tanto ele quando os outros olham. Depois de verificar nome, foto, emblema americano, e numeração, entrego os distintivos satisfeito que é verdadeiro.
"Onde ele está" Ian pergunta e faço sinal que está lá em cima. Ele manda os outros dois que estão ao lado dele pegarem o flin e algemar tanto a mão quanto o pé.
"Qual será a pena dele?" Ao perguntar isso ele me olha intrigado, como se eu não devesse ter falado isso. Logo apois me estende uma pasta que foi passada a ele pelo outro cara que está ao seu lado.
"Este é o formulário que você sabe que tem que preencher para o governo saber que foi você a prender ele e nos viemos apenas busca-lo" ele diz me entregando e mais uma vez vejo se é tudo oficial, não pensem que estou desconfiando deles. É apenas costume.
"Ele está desacordado" aparece os outros agentes arrastando o flin literalmente, Ian me olha intrigado porém não fala nada.
"Coloquem ele no helicóptero, e você Otávio vá indo que já vou" ele diz ao cara que esta ao seu lado, ele se virando para mim faz menção para a folha que está na minha mão para eu terminar de assinar.
"Você ainda não respondeu a minha pergunta" falo terminando de colocar todas as informações e assinando.
"Já deveria saber que ele nunca mais sairá da prisão" ele fala pegando o papel das minhas mãos e colocando na pasta "Ele pegou prisão perpétua, o juiz quer pena de morte para ele, mais ele não vai conseguir chegar ao julgamento, os presos estão ansiosos para a chegada dele lá"
"Ele vai aguardar julgamento na prisão?"
"Apenas um dia esperando, mais ele não vai sobreviver"
"Espero que ele encontre o que merece lá" falo aliviado.
"Ninguém jamais fugiu da alcatraz das montanhas rochosas, é a mais segura do mundo, e além disso quem vai pra lá não passa muito tempo vivo, ainda mais com esse currículo que ele tem" ele diz rindo.
"Para um agente federal você é bem diferente"
"Acredite, nos vemos coisas e passamos por situações que nos faz ser frios o bastante para bloquear qualquer tipo de sentimento, então se o flin fez tudo isso, ele não merece ir apenas para a prisão mais sim passar por tudo que ele fez as pessoas passarem"
"Espero que ele encontre apenas sofrimento"
"Pode acreditar, ele vai pedir a morte"
Quando ele fala isso, se dirige a porta saindo, vou seguindo ele. Parando na varanda vejo ele entrar no helicóptero e em alguns minutos eles já estão sobrevoando indo em direção ao aeroporto para pegar o vôo para os Estados Unidos.
"Agora estou mais feliz que esse monstro está saindo do país" ouço um dos polícias falar.
"Ele vai ter o que merece, ele vai para o inferno" falo firme nas palavras, e me dirigo ao carro da polícia, os outros polícias entram também, e finalmente posso respirar aliviado.
2015. Todos os direitos reservados. Autora: Jéssica Dias.
Gente, tive que postar esse capítulo antes para vocês entenderem o próximo capítulo pois será contado pelo flin...
Obrigado pelo carinho e atenção.
Me ajudem a divulgar o livro, estamos nos aproximando da reta final.
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