10
Paul.
Não sei bem o quê está acontecendo. Aquela menina de alguma forma está mexendo comigo.
Quando fui buscar a Rosely na Rússia semana passada, é lógico que sabia que ela não poderia viajar. Além de nascer prematura só tinha tres semanas. Mas me vi na necessidade de me afastar da Rebeca, como ela pode nao ter dado de marcar con medo do perito arriar? Ela não pensou nem por um momento na Rosely.
O quarto da Rosely ainda está em reforma. Ja que sempre morei sozinho. Ela está dormindo comigo na cama e confesso que estou quase caindo da cama com medo de acordar e ter esmagado a minha filha. O arquiteto falou que esse final de semana sem falta ja vai ter terminado o quarto dela. E graças a sua babá, algumas mudanças foram feitas.
Voltando ao assunto "Fernanda" essa menina está tirando meu sono. Desde o segundo que coloquei meus olhos nela. "Quer dizer em seu decote, como uma pessoa abre a porta apenas de sutiã e saia?" Bem foi assim que conheci ela, quando fui a casa da Aprill. Só não imaginava que ela fosse a irmã do Thiago.
Fiquei um pouco em choque quando a Aprill me sugeriu que eu contratasse a Fernanda para ser babá da Rosely, mais depois que vi o modo que ela acalmou a minha filha me senti aliviado. Mesmo de início ela não ter aceito. Dei uma oferta que não daria a ninguém para tomar conta da minha filha, não sei o que a Fernanda tem de especial que chamou a minha atenção. So que eu não a quero longe de mim.
Me lembro bem no dia que fomos as compras no centro comercial, e ela brigou comigo por causa da morena que estava conversando. Não vou mentir, estava jogando a minha pala nela para leva-la pra cama. Mais quando a Fernanda viu e fez todo aquele show a morena que estava conversando comigo me dispensou como se pensasse que eu tivesse algum caso com a Fernanda.
Quando vi o vendedor com a mão em seu ombro não gostei, na verdade subiu um certo sentimento que só tive por uma pessoa, e isso não é novidade pra ninguém. "Aprill".
Quando ela disse que não iria mais tomar conta da Rosely após nossa pequena discussão. Me vi na necessidade de carrega-la nos braços e a sacudir e dizer que necessitava dela. Mas como falar isso para uma pessoa que acabei de conhecer? Quando a puxei pelo braço em busca de explicações e nossas bocas pararam centímetros umas das outras. Cada suspiro que ela dava foi como anos passando ao meu redor, minha boca estava ficando seca e necessitava ser molhada pela umidade dos lábios da Fernanda. Coisa que não aconteceu por quê a Rosely chorou e a Aprill separou uma briga.
Na segunda feira. Ja estava desesperado de com quem minha filha iria ficar, até que resolvi engolir o orgulho e pedir o número da Fernanda para a Aprill que deu numa boa, porém me intimando a levar a Rosely caso a Fernanda desistisse. Chegando em frente ao Colégio que ela estuda. Ela ficou impressionada quando me viu em frente ao seu colégio, após uma série de desculpas ela aceitou e entrou no carro para deixa-la em casa e ir trabalhar. Ela preferiu ir para a casa da Aprill. Eu não falei nada apenas concordei, ela disse que de noite iria a um jantar e que levaria a Rosely mais que assim que chegasse a levaria para a minha casa.
''Paul você escutou o quê falei?'' - Pergunta a minha secretaria a centímetros do meu rosto.
''O que foi?''
''Já deu o seu horário, já é 22h.''
''Sim, já estou indo.'' - Digo me levantando da cadeira, e ela sai pela sala rebolando...Próxima da lista!
Começo arrumar as minhas coisas, quando o celular toca. Vejo pelo visor que é a Fernanda, coloquei uma foto da Rosely que tirei ontem para quando a Fernanda ligasse ja soubesse quem era.
''Oi Fernanda.'' - digo atendendo.
''Você poderia vim me buscar na casa do thiago?''
''O quê houve? Você não iria com ele.''
''Uns imprevisto, depois te falo. Anota ai o endereço.'' - Ela fala o endereço enquanto anoto escuto uma voz de homem que não é do Thiago.
''Como você sabe que estou disponível para ir lhe buscar.'' - Falo implicando mesmo, não sei por quê mais gosto de ver ela estressada.
''Olha aqui te dou 10 minutos para chegar caso contrário saio do país com sua filha e nunca mais você vê ela.'' - Ela diz gritando.
''Calma leoa, já estou indo.'' - Falo sorrindo e ela desliga o celular na minha cara.
Seguindo caminho pelo endereço que ela me deu, e não é distante coisa de 10 minutos chego lá. O porteiro do condomínio me deixa entrar...Após um aperto de mão do Justin pai da Fernanda e thiago, entramos no carro e seguimos para a minha casa para deixar a Rosely na cama.
''Você não acha que está na hora comprar o berço da bebê não?'' - Pergunta a Fernanda enquanto abro a porta do meu apartamento.
''Já comprei você sabe disso, estou esperando apenas o arquiteto vim para decorar e arrumar todo o quarto dela.''
''Podemos fazer isso, pintar e decorar.'' - Ela diz seguindo caminho para o meu quarto e coloca a Rosely deitada na cama, a minha filha está com os olhos abertos apenas observando os movimentos da Fernanda.
''Fernanda, depois seu irmão vai dizer que estou abusivo com você. Ele já não gosta de mim.''
''Pode me chamar de Nanda, porque Fernanda é tão formal que soa estranho você falando.''
''Tudo bem.''
''Meu irmão é de boa. Só não sei o quê ele tem contra você, ele não é assim a não ser que se sinta ameaçado.''
''Podemos falar disso depois.'' - Falo me sentando na ponta da cama, nem quero pensar na reação dela quando souber que já tive uma relação com a Aprill antes dela estar com o Thiago.
Nanda, é bem estranho chama-la por apelido. Mas vamos lá, a Nanda. Esta deitada mexendo nas mãozinhas da Rosely que as poucos fecha os olhos, e dorme. Fico olhando cada detalhe da cena, não me arrependo da Rosely ter nascido agora ela realmente veio para colocar juízo em minha cabeça, mais me arrependo da mãe que a gerou no ventre, talvez se eu tivesse esperado a mãe dela seria uma pessoa diferente... Mais alegre, espontânea, e perfeita.
''É melhor eu ir antes que o Thiago venha me buscar.'' - Ela diz levantando-se da cama.
''Vou te levar até o condomínio.''
''Você não pode deixa-la sozinha.'' - Ela diz pegando a bolsa dela que vi agora que está no chão.
''Coisa de dois minutos, não tente me impedir.'' - falo cruzando os braços. Ela solta um aff! E diz um vamos.
Depois que cerquei a cama com travesseiros, saímos do apartamento calados, quando chegamos ao térreo ela fala.
''Por quê ela não foi amamentada?''
Não haveria necessidade dela falar quem era, eu sabia que ela estava falando da mãe da Rosely. E a Rebeca não é uma pessoa que queira falar nesse momento.
''Não gosto de falar dela.'' - Digo encerrando o assunto, e ela entende por quê muda de assunto.
''Você é fechado assim mesmo?''
''Fechado como?''
''Com essa cara de coroa mal amado.''
''Sério que você acha isso de mim?'' - Pergunto sorrindo.
''Sim, acho algumas outras coisas também mais prefiro deixar em off!''
Me vi na necessidade de perguntar pois uma coisa que eu sou ao extremo é curioso. Mas não fiz isso pelo contrário permaneci calado. Chegando em frente ao condomínio da Aprill ela sobe um degrau e olha pra trás me vendo.
''Então até amanhã.'' - Ela fala sorrindo.
''Estarei de folga amanhã, pode tirar o dia de folga se quiser.''
''Nossa comecei agora e ja ganhei dia de folga...Estou amando esse emprego. Mas nem se preocupe, vamos pintar e organizar o quarto da Rosely amanhã.'' - Ela fala e pisca o olho.
''Você tem aula pela manhã, não acho que não dará tempo de fazer tudo isso.''
''Dará sim, comigo da tempo pra fazer tudo.'' - A voz dela sai tão sexy de seus lábios que me prendo apenas nele. - ''Agora tenho que ir tio.''
''Tio?''
''Não gostou? Então vou lhe chamar de coroa.'' - Ela fala isso e abre a porta do condomínio e entra correndo. Ela sabe que iria atrás dela pedir explicação.
Quando cheguei em casa, fecho a porta apago as luzes e vou ao banheiro tomar uma ducha de água bem gelada para aliviar qualquer tensão. Coloco apenas uma boxer branca e uma calça moletom cinza e me deito junto da Rosely, a cubro com sua manta. Por causa do ar- condicionado.
''Papai te ama muito viu bebê.'' - falo alisando seu rostinho pequeno, minha pequena de apenas dias de nascida. - ''Sempre farei tudo pela sua felicidade e nunca deixarei aquela louca da Rebeca se aproximar de você. Jamais!''
Depois de alguns minutos falando com a minha pequena, decido me render ao sono e durmo pegando em seu dedinho polegar pequeno e quentinho.
(...)
Pela manhã acordo com uma movimentação na cama, abro meus olhos e vejo a Rosely me olhando, mordendo a própria mão.
''Bom dia bebê do papai.'' - Falo alisando seu rosto. - ''Vamos tomar gagau?''
Me levanto pegando a Rosely e vejo que ela está com a fralda cheia de xixi. Tiro a roupa dela e fralda também. aquele corpinho mole e pequeno. A deixo na cama e vou até onde a banheira dela está dentro da minha banheira, ligo em temperatura morna e coloco o sabonete líquido. Desligo o ar condicionado para não dar choque térmico nela quando sair do banheiro.
Pegando a Rosely nos braços que nem um choro da, começo a dar banho nela, faço a mesma coisa que a Nanda fez deixando ela de molho por segundos. Depois de banho tomado tiro ela e coloco em cima da cama enxugando coloco a pomada de assadura e fralda, um vestindo vermelho e branco da joaninha.
Com ela nos braços a coloco dentro do carrinho e caminho em direção a cozinha, faço seu leite porém espero esfriar nesse meio tempo decido tomar meu café, sempre olhando para a Rosely. Dou o leite dela sentado no sofá vendo o jornal, coloco ela para arrotar e depois de alguns minutos a coloco dentro do carrinho. Ligando o enfeite do carrinho que fica pendurado e cantando. Vou ao meu quarto e pego toda as roupas sujas e me dirijo a área de serviço colocando primeiro as roupas da Rosely para lavar quando terminar colocarei as minhas.
E assim o dia foi passando, até que deu 11:40. Pedi comida, de modo algum iria cozinhar até por quê não sei. Decidi ir buscar a Nanda quando já estou pronto para sair do apartamento a campainha toca. Quando abro e vejo ela com a roupa suja de terra.
''Nem uma palavra.'' - Ela diz entrando.
''Nem se quer pensei em falar.'' - digo em fechando a porta atrás de mim, ela vai até o carrinho e se ajoelha falando com a Rosely.
''Oi bebê, você não sabe o quê a louca aqui fez, pulei o muro do colégio acredita? Vamos ser amigas quando você crescer irei lhe ensinar a pular muitos muros.''
''Você fez o quê sua louca?'' - Pergunto alto e ela dá de ombros sem me responder.
''Por quê seu papai está estressado?'' - Ela pergunta a Rosely que observa cada movimento dela. - ''Sabe o que é isso? A idade, ele está ficando um velho ranzinza.'' - fala sorrindo.
''Ei, você vai tirar toda a graça da minha filha sobre mim.'' - falo chegando junto dela.
''Você tem alguma coisa de bom fora ela?'' - Ela pergunta me olhando e quase que falo uma besteira mais permaneço calado. - ''Foi o quê pensei.'' - Ela diz se levantando.
''Já falei com meu irmão sobre vim pra cá quando terminasse as aulas, quando ele sair do trabalho e for buscar a Aprill, vão em uma concessionária para ela comprar um carro pra ela e depois vem me buscar.''
''Ele deixou numa boa você ficar aqui sozinha comigo?'' - Pergunto me sentando no sofá.
''Ele deixou.'' - Ela diz juntando as sobrancelhas. - ''Mais também não sabe que fugi do colégio.''
''Por que você fez isso?''
''Aquele freira doida lá, falando do meu cabelo, das maquiagens, do batom. Daqui a pouco elas vão me obrigar a ser freira também.''
''Mais você é louca né. Sabe que a instituição não aceita esses tipos de maquiagens e mesmo assim vai.''
''Eu não pedi para meu irmão me colocar naquele colégio. Poderia me colocar em um público não ligo.''
''Acha mesmo que o Thiago iria lhe colocar em um colégio público?''
''Não.'' - Ela confessa sorrindo. - ''Passei aqui para saber se a bebê estava viva, vou na casa da aprill tomar banho e trocar de roupa já venho.'' - Ela diz se levantando.
''Você pode tomar banho no banheiro e depois colocar uma roupa minha.''
''Uma roupa sua? Sério? Me explicar somente uma coisa.'' - Ela fala vindo em minha direção parando a centímetros dos meus lábios e o cheiro de hortelã que sai de seus lábios e como uma droga. - ''Como iria explicar a sua roupa em meu corpo para o meu irmão?''
''Dessa vez você tem toda a razão.'' - Falo engolindo em seco, quando vejo o olhar dela ir para minha boca, ela fecha a boca dela e se afasta de mim, e apenas nesse momento que volto a respirar, todo o ar que estava prendendo até agora.
''Ja já volto.'' - Ela diz se dirigindo a porta e fechando atrás de si.
Tenho a plena certeza, sem sombra alguma de dúvida está menina ainda vai virar a minha vida pelo avesso...
Depois de 30 minutos a Nanda voltou, com um short curto e uma blusa que parecia mais um vestido. Almoçamos a comida que pedi no restaurante. Ela fez outra mamadeira para a Rosely, não sei como é que ela sabe quando ela tem fome. Pois assim que a mamadeira encostou nos lábios dela a minha bebê tomou tudo rápido como se passasse dias sem comer, e logo depois dormiu nos braços da Nanda.
''Você não acha que ficará escuro para quarto de bebê não?'' - Pergunto a Nanda, que estava começando a passar a tinta lilás no quarto da Rosely.
''Isso é lilás claro, pelo amor de Deus. Você queria o quarto dela todo branco? Que brega.''' - Ela diz voltando a pintar.
Decidimos um fica de cada lado, eu pinto a cor branca e ela a cor lilás. São quatro paredes cada uma de uma cor, lilás e branca, lilás e branca ficando assim uniforme.
''Gostei desse lustre.'' - Ela diz em questão do lustre de cristal que à no quarto.
''Foi uma das coisas que me fizeram comprar esse apartamento os lustres que tem em cada cômodo da casa.''
''Você pensava em ter filhos quando comprou?''
''Não. Na verdade não pensava em ter filhos tão cedo, não achava a mulher certa para esse passo.''
''E por que a Rosely veio então?'' - Ela pergunta se inclinando na escada onde está.
''Rosely foi um descuido o calor do momento. Mais não me arrependo eu amo a minha filha.''
''Por segundos pensei em lhe bater.'' - Ela diz voltando a pintar. - ''Mais quando você falou que não se arrepende, decidi lhe dar um crédito.''
''Você gosta de bater né.''
''Desculpa pela tapa.'' - Ela diz descendo aos poucos, e depois coloca a mão na cabeça.
''Você está bem?'' - Pergunto colocando o pincel no chão e indo em sua direção.
''Sim, estou bem. É apenas cólica.'' - Quando ela fala isso vejo suas bochechas ficarem vermelhas, ela está com vergonha de falar que está menstruada?
''Tenho remédio na caixa que a na cozinha.'' - Falo saindo do quarto e ela me segue.
''Tomei na casa da Aprill mais não adiantou muito.'' - Ela fala se sentando no balcão a minha frente.
''Aqui.'' - Falo entregando a ela o comprimido e a água que coloquei no copo.
Ela fica me olhando por segundos me perco em seus olhos azuis, sua boca rosada bebendo a água, sua pele branca como a neve densa no inverno de Guarda, seu corpo magro e cheios de curvas para uma adolescente de 18 anos, seu cabelo colorido que me chamou atenção.
''Sua pele é tão macia.'' - Falo tocando seu ombro, e ela se retrai pra trás, tiro o copo de sua mão e coloco no canto da mesa ao seu lado ela observa cada movimento que faço, seus olhos se prendem nos meus por segundos pensei em beijar seus lábios, quando tomo coragem chego bem perto dela e ouço as batidas de seu coração está tão rápido que começo a pensar que ela também quer isso.
''Paul, acho melhor...''
''Shiiii.''
Coloco um dedo em seus lábios, pedindo silêncio de sua parte. Vejo sua pele se arrepiar com este meu simples toque. Enquanto a minha pele está pegando fogo.
''Eu quero muito lhe beijar.'' - Falo já roçando meus lábios aos dela.
''Eu também.'' - Ela diz levantando a mão e passando pelo meu pescoço.
Retiro minha boca de seus lábios, e percorro todo caminho até seu pescoço. Beijo naquele local proibido que é seu pescoço onde sua pele está arrepiada, mordo sua orelha escutando um leve gemido de seus lábios, suas mãos adentram em meus cabelos como se ela fizesse algum tipo de esforço para se controlar. Volto meus lábios fazendo todo trajeto de volta chegando a sua bochecha ela segura meu maxilar olhando em meus olhos.
''Para com isso.'' - Ela sussurra.
''Você não quer?'' - pergunto já com a voz rouca.
''Esse é o problema, eu quero.''
Quando me aproximo de sua boca para lhe beijar seu celular toca, ela parece acordar de algum tipo de transe e me empurra pegando o celular do bolso.
''Oi...Não estou com a bebê que tomo conta lembra que te falei?'' - Ela fala no celular e quando me ver a observando se levanta do banco que estava sentada. - ''Christopher tenho que desligar, mais tarde te ligo.''
Mais que merda é essa? Quem é Christopher? Será que é o namorado que ela me disse que tem?
''Vamos terminar de pintar o quarto.'' - Ela fala colocando o celular no bolso, só ai percebo que ela já encerrou a ligação.
''Vamos.'' - Falo passando por ela e indo ao quarto da Rosely onde já estava quase terminando de pintar.
Nanda entra no quarto, percebo que ela me olha de lado, mais não a olho de lado, pelo contrário continuo pintando...Essa menina está mexendo com sentimentos proibidos em meu coração, não consigo ficar com ela e não ter ciúmes...Isso mesmo. Estou com ciúmes dela com esse cara que ela falou no celular pouco me importa que é namorado dela.
''Aqui já terminei, vamos tirar os jornais para lavar o chão.'' - Ela diz me olhando e pela sua expressão ela está pensando que irei falar algo sobre o nosso quase beijo.
''Estou terminando ainda.'' - Falo sério e a escuto suspirar.
Termino de pintar e me viro vendo ela sentada no chão me olhando. Seus olhos estão de um azul marinho profundo o quê me faz pensar. O quê se passa nessa cabeça.
''Terminou?'' - Ela pergunta sem tirar o olhar de mim.
''Sim terminei.'' - Falo esperando um simples movimento de seus lábios.
''Ótimo vamos lavar e passar o pano para depois começar arrumar os moveis.'' - Ela fala se levantando.
''Vamos ficar nesse clima estranho?'' - pergunto logo de vez. Se a uma coisa que não gosto e ficar assim.
''Não a clima estranho nenhum.'' - Ela diz dando um passo pra trás quando dou um passo em sua direção.
''Vamos lavar o quarto.'' - Falo me dando por vencido.
Lavamos o quarto com pouca água, afinal moro em um apartamento. Passamos pano, e a Nanda me ajuda a armar o berço da Rosely, colocamos a cômoda dela no local que a Nanda acha que ficará mais apresentável, instalo as prateleiras, coloco os ursinhos que comprei pra ela. E todas aquelas coisinhas de bebês recém nascido. Vejo que o relógio já marca 18:46 acho estranho o louco do Thiago não ter ligado ou vindo atrás da irmã.
Já faz um tempo que a Rosely está acordada apenas observando as caretas que faço pra ela enquanto a Nanda está forrando o lençol em seu berço.
''Vou dar um banho nela e vou pra casa.'' - diz a Nanda entrando no quarto.
''Você está precisando de um banho também.'' - falo apontando para as marcas de tinta que a em seu corpo.
''Muito engraçado você'' - Ela fala mostrando a língua. - ''Como a tinta não tem cheiro a Rosely já pode dormi lá hoje. Mais acharia melhor deixar para coloca-la amanhã se não se importa.''
''Claro que não, ela dorme comigo hoje.'' - falo me levantando da cama, e tirando a fralda da Rosely, a Nanda pega ela bem devagar.
''Vá encher a banheira dela, o quê está esperando?'' - Ela manda me olhando.
''Já vou dona Fernanda.'' - Falo tirando onda com ela, que revira os olhos.
Ligo a água morna na banheira, e a Nanda aparece com a Rosely em seus braços. Ela da banho na minha filha como se fosse filha dela, cuida tão bem que me faz criar um certo tipo de proteção na Nanda.
''Tchau bebê.'' - Ela fala para a minha filha que está deitada na cama após ela colocar a roupa nela. - ''Tenha paciência com seu pai, ele é assim mesmo, amanhã a tia vem ficar com você.'' - Ela da um beijo na testa da Rosely que estica os bracinhos para a bochecha da Nanda.
''Ela gosta de você. - falo sorrindo.
''Qualquer ser humano gosta de mim, eu sou a pessoa mais interessante de se conhecer.'' - Ela se levanta. - ''Já vou.''
''Te levo até a porta.'' - Falo andando em direção a ela que sai do quarto e vai a sala.
''Bom...Até amanhã então.'' - Ela diz meia sem graça. - ''Vai me buscar no colégio.''
''Se você prometer não pular o muro de novo.''
''Prometo que amanhã não pulo.''
''Isso quer dizer que vai pular outro dia?''
''Quem sabe.'' - Ela fala piscando o olho.
''Vou fazer outro plantão amanhã de madrugada.''
''Isso quer dizer que vou dormi com a Rosely na casa da Aprill.''
''Ou pode dormi aqui, eu não vou estar mesmo.''
''Não fico em uma casa sozinha sendo a noite toda.''
''Esta bem então.'' - fico olhando as expressões de seu rosto, e vem novamente aquela necessidade de a beijar, mais como sempre algo atrapalha o celular dela toca, ela tira do bolso e vendo quem é no visor sorri.
''Agora eu vou mesmo, se não é capaz do Thiago aparecer aqui.'' - Ela fala mostrando o número com a foto dele no visor.
''Até amanhã Nanda.'' - Falo colocando a mão no bolso do calção que estou.
''Tchau.'' - Ela diz no momento exato que o elevador abre e o Thiago aparece dentro dele.
''Vamos Fernanda.'' - Ele diz. Ela entra no elevador e me da um sorriso enquanto o Thiago acena. E as portas se fecham.
Entro em meu apartamento fechando a porta atrás de mim, vou ao quarto onde a Rosely está olhando pro teto e começo a mexer nela. Que me olha.
''Acho que o papai está ficando maluco filha.'' - Falo tocando em sua bochecha. - ''Acho que dessa vez realmente estou em uma enrascada, estou gostando da sua babá que é muito mais nova. Só não tenho a certeza se ela senti o mesmo por mim.''
__________♡_________
Copyright 2015. All rights reserved @JessicaS2Dias.
Olá lindos leitores.
Espero que estejam gostando, Paul sento gentil com a Nanda. *-*
Será que eles vão se beijar?
Torcida para eles darem certo cadê?
Rosely é o bebê mais fofo do mundo. ♡_♡
Votem, comentem, divulguem.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro