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INTRODUÇÃO


Talvez, antes de eu contar essa história, seja importante eu me apresentar, meu nome é Ambar Krasa, meu cabelo é longo, ondulado e cheio, tem um tom vermelho escuro que chegam até o fim das costas e meus olhos têm um tom parecido aos do meu cabelo. Mantenho o corpo sempre em forma, pois sei que algum dia ficarei responsável por uma das fronteiras que dividem os universos e precisarei disso.

Já sei, não precisa me dizer que isso parece estranho, mas deixe-me explicar tudo. Sou um nefilim... Espera! Se você está pensando naqueles gigantes que contam as histórias, então está pensando errado, não tenho nada mais que 1,60 de altura.

Minha mãe era a rainha dos nefilins e meu pai é o Erebus, algo que ficou em segredo durante longos anos. Erebus, antigamente era cultuado como o deus do vazio, da escuridão, das trevas... na verdade, como eu, Erebus é apenas mais um ser noturno e ouso dizer que um ser que não tem nenhum senso de humor.

Até meus 109 anos eu vivi com a minha mãe, porém Himura entrou em guerra, uma guerra que mudaria o rumo da minha história.

Himura, também conhecida como submundo, é o lugar para onde todos nós vamos. O lugar governado pelos ceifeiros, mas já explicarei melhor isso para vocês.

Minha mãe perdeu a vida nesta guerra, morta pelos membros da família Saikhan. Preocupado com a minha segurança me mandaram para longe da cidade do céu vermelho, afinal, eu era nova e era a última nefilim da família real, mas Saikhan não se importava com a minha idade. Contanto que ele tivesse o poder, ele me seguiria até o fim dos mundos.

Fui adotada por um casal de divindades... Acho que a partir daqui eu deveria explicar o que são as divindades.

Dizem que o universo é extenso, que não tem fim, mas eu discordo. Todo universo tem um fim, e onde um termina, começa outro.

Explicar o como funciona cada universo, seria algo extremamente maçante, mas as divindades fizeram um sistema para entender os universos em que vivemos.


No centro, temos Himura ou, como é mais conhecido, o submundo. Apesar de parecer pequeno à primeira vista, posso afirmar que ele é o mais vasto dos universos aqui.

Himura, também conhecida como cidade do céu vermelho, é para onde a maioria dos seres vão após a morte, mas lá não existe apenas almas e essências, existem outros seres, e para manter a ordem, também existe uma hierarquia. Deixarei anotado aqui apenas o relevante para esta história.

Os Ceifeiros são os que mantém a ordem dos universos. Longe de apenas ajudarem a alma e a essência daqueles que morreram, eles também zelam pela ordem e bem-estar de todos.

Mas chegar a essa ordem não foi fácil: Primeiro subiram uma barreira dividindo os universos em dois lados. O lado A, um lado tecnológico e evoluído e o lado B, que nasceu muito tempo depois do que o lado A.

Para que essa ordem fosse mantida, foi decretado um sistema de fronteiras, fronteiras mágicas onde os universos são separados, fronteiras que só podem ser passadas através de fendas universais.

Depois disso, as divindades foram criadas a partir do sangue dos ceifeiros, para que pudessem manter essas fronteiras. O trabalho das divindades é simples, mas está longe de ser fácil. Não deixar que um ser entre em um universo que não lhe pertence.

Com a criação das divindades, um novo Universo surgiu. Tsag é considerado o berço das divindades e o local onde elas residem. Esse povo foi dado a um rei que desapareceu pouco antes da guerra de Himura, desde então quem governa são os conselheiros. Tsag é um universo tecnicamente atravessado entre o lado A e B, dando assim, o livre acesso para o tráfego entre todos os universos e, consequentemente, também uma entrada para Himura.

O sistema criado pelos ceifeiros funcionou por longos e prósperos anos, fendas que eram abertas por falhas, eram logo corrigidas pelas divindades.

As divindades por sua vez, decretaram uma lei onde, os seres que paravam em outro universo e que não prejudicassem a vida local, não seriam extintos, lei aprovada pelos ceifeiros, desde que o segredo dos universos não fosse revelado.

Viver entre as divindades é minha atual realidade e para que eu pudesse seguir os passos dos meus pais (as divindades que me adotaram), foi decidido que eu faria a prova como qualquer um deles, já que eu era capaz de abrir fendas por ser da linhagem nobre dos nefilins.

Já se passaram muitos anos desde o incidente em Himura, e como qualquer nefilim, minha aparência estagnou, 19 ou 20 anos de um ser humano comum, talvez? Não sei dizer.

– Ambar, se concentra! – a espada de madeira de Luh me acertou na cabeça – Está perdida em pensamentos de novo?

– Ah, Luh. Não podemos descansar? – falei com a voz manhosa.

– Não mesmo! – a voz dela era firme – Desse jeito nem em 5 anos você conseguirá superar a sua prova, você ficará responsável pelas fendas de um dos universos e você não chegou nem perto de estar preparada ainda. Vive só de festas, não quer nada da vida, sempre dispensa seus pretendentes...

– Já escutei tudo isso antes – falei um pouco irritada – Já sei de tudo isso. Casar-se, ficar responsável por uma das fendas e o mais importante, voltar viva da prova... Mas Luh, eu não quero me casar. Só quero me divertir.

– Ainda pensando em como seria bom se você pudesse ser humana?

Fechei a cara, ela sabia como tocar na ferida quando queria.

– Você também tem outra opção, sabe disso – ela suspirou.

– Nem pense nisso, não quero governar um bando de nefilins selvagens em Himura.

– Independente disso você é a princesa – a voz de Luh parecia cansada, como se repetir aquele assunto fosse esgotador – Sabe que logo eles virão atrás de você, não vamos poder te proteger para sempre. Você precisa estar preparada para assumir seu lugar.

Saí bufando e batendo os pés. Aquele assunto era realmente irritante.

Entrei em casa na ponta dos pés, depois de um dia "sumida". Mesmo sabendo que isso não era de grande ajuda prolonguei o inevitável e fui até a cozinha pegar um pouco de água, meu irmão estava ali, remexendo nossa dispensa em busca de algo.

– Ei, olha só se não é a minha irmã perdida, tenho que admitir que sentirei a sua falta – ele riu enquanto me jogava uma caixinha de suco.

Lucca era meu irmão mais velho e aquele que herdaria a posição do nosso pai, era um garoto esperto e divertido, nos dávamos realmente bem, apesar de algumas brigas comuns entre irmãos.

Diferente de mim, Lucca tinha a pele um pouco mais morena, mantinha os cabelos ondulados sempre curto e gostava de manter a barba malfeita, tinha um sorriso cativante e olhos de um cinza escuro tão profundos que dava para se perder através deles.

– Ele está muito bravo? – perguntei fazendo uma leve careta.

– Ele não destruiu nada – ele disse dando de ombros – talvez você ainda tenha um ou dois dias de vida.

Dei uma risada irônica e fui ao encontro de um pai furioso.

Minha casa, ou melhor dizendo, a mansão em que eu vivia, tinha um salão em arco que dava para duas grandes escadas, escadas feitas de mármore e talhadas com tantos detalhes que seria impossível descrever cada um deles. O piso era de uma cor de gelo característico das casas da região. Ao lado direito, estava a cozinha e uma enorme sala de jantar, com uma mesa longa que cabia em torno de umas 20 pessoas e que raramente era usada. Ao lado esquerdo, havia uma sala de lazer, com um piano, almofadas e poltronas para todos os gostos. Aos fundos havia uma biblioteca que era considerada a biblioteca dos deuses de tantos exemplares que continham ali.

Subindo as escadas estavam nossas suítes, ou, como eu costumava dizer, nossa mini casa, já que cada suíte tinha uma sala privada, o quarto principal, um banheiro gigante e mais um quartinho afastado que era destinado ao nosso servo particular. No meu caso, ali estava o quarto de Luh. A parte que eu mais gostava do quarto, eram as imensas janelas de vidros que davam para uma varanda, também particular.

Fui diretamente para minha "casa particular", mesmo sabendo que meu pai estaria ali, eu sabia que não tinha nenhuma escapatória.

Parei na frente da minha porta e respirei fundo antes de entrar.

– Aí está você! – meu pai disse com a voz grave. Logo ao lado dele estava a minha mãe.

– Querido, não seja tão duro com ela – minha mãe disse com um pequeno tom de súplica, mas em seguida o cutucou, dizendo – Você sabe bem quem ela puxou.

Meu pai deixou todo o ar sair de seus pulmões, como se estivesse tentando se controlar.

Olhei para minha mãe e logo para ele, já preparada para o pior.

Minha mãe, apesar de sua aparência cansada, continuava elegante como sempre. Elegante e ao mesmo tempo simples. Mantinha o cabelo curto e tinha sempre um sorriso no rosto. Os olhos cinzas eram gentis e acolhedores. Apesar de ter lembranças da minha mãe de sangue, o carinho que Kaira Anhely havia me dado, me supria qualquer necessidade de carinhos maternos, eu a amava. Ela, apesar de não ter o mesmo sangue que o meu, era a minha verdadeira mãe.

E agora chegou a vez do meu pai. Viter Anhely era um homem com a aparência de meia idade, tinha os olhos gentis e duros ao mesmo tempo e como quase todos por ali, mantinha sempre um bom físico. O cabelo grisalho e a barba curta e bem-feita davam a ele um ar de respeito. Tinha 1,80 de altura, mas parecia muito mais alto do que era ao lado de Kaira. Atualmente, ele me olhava friamente e extremamente irritado.

Como vocês puderam notar, eu não levava o sobrenome deles, pois o nome da família era algo muito sagrado para nós e os Ceifeiros acreditavam que eu deveria seguir com o nome da minha verdadeira família, para que um dia eu pudesse herdar a liderança.

Assim que minha mãe saiu, meu pai novamente soltou o ar ruidosamente.

– Onde você estava? – sua voz era dura, mas ao mesmo tempo preocupada, e eu soube, naquele momento que algo não estava bem.

– Homines – respondi sinceramente, eu não tinha o hábito de mentir, mesmo quando eu estava encrencada.

– Humanos? Cansou da terra média? – ele baixou a voz, e eu sentia que a cada palavra dele era um emitido de alerta.

Vendo que eu demorei a responder, ele me virou uma bofetada.

O olhei assustada, era a primeira vez que ele me batia. Eu queria perguntar o que havia de errado, mas as palavras não saíam da minha boca.

– Você sabe que não está permitido viajar entre os universos sem antes fazer a prova – ele falou se sentando na cama e se apoiando nas mãos – a sua prova foi adiantada.

– Por quê? – perguntei um tanto trêmula enquanto virava novamente para o meu pai.

Minha prova seria dentro de 5 anos somente, ou era isso que eu pensava.

– A linhagem real dos nefilins parou em você, a família Saikhan está cobrando uma posição dos Ceifeiros – meu pai olhava para o chão – Tentaram invadir Tsag, estão atrás de você. A corte está preocupada. Os conselheiros juntamente com as três famílias principais de Himura chegaram à decisão que o melhor será te inserir na prova das divindades e depois disso você poderá escolher qual lugar você realmente pertence.

– Eu não entendo – falei jogando meus braços para o lado do corpo – Eu quero ficar aqui, quero ser como vocês, não podia simplesmente fazer a prova no tempo certo e deixar os nefilins de lado? A família Saikhan é a segunda na sucessão, por que eles simplesmente não assumem? Eu já renunciei esse posto faz tempo!

– Você não pode renunciar algo que você é, além do mais você ainda não pode decidir isso. Himura acredita que você não está pronta para tal decisão. Além disso a família Saikhan não é seguidora de Himura e estão contra o rei do submundo. Acredite, eu não quero você com aqueles nefilins selvagens, mas entenda, não temos escolha. A prova foi decidida para que você possa usar as fendas sem restrição caso decida ficar, mas também servirá caso você decida ir embora. Atualmente você tem a restrição do nosso posto, ou seja, você só consegue acesso a três universos.

– Mas eu já sei qual é a minha decisão! Eu não quero governar os nefilins em Himura! – eu já havia perdido a paciência. Ou eu assumia os nefilins, ou eu assumia as divindades, e eu sabia que queria seguir ali.

– Não importa se você quer ou não, você é a princesa e a família Saikhan já sabe que você está aqui. Eles farão de tudo para ter você com eles e assim, eles poderão usar seu poder para governar a própria raça e seja lá o que mais eles querem. Você possui os dons necessários, consegue atravessar a barreira dos universos, tem manipulação sobre o vento, sobre o fogo e ainda possui manipulações adormecidas. Possui uma manipulação muito maior que a de qualquer um aqui. Sei que se sairá bem em seu teste...

– Mas muitas divindades morrem nesses testes..., por favor, eu vou me comportar pai, eu prometo. Por favor, não quero governar, só quero ser como vocês! Me deixa fazer o teste daqui 5 anos como estava planejado.

Ele me ofereceu um sorriso triste antes de dizer.

– Filha, o destino as vezes pode te oferecer lindas surpresas. Mas, não podemos fugir daquilo que somos, não vá para essa prova como uma divindade ou como rainha dos nefilins, vá como a minha filha e volte para casa viva.

Sem saber o que fazer, saí do quarto em busca do meu irmão. O encontrei jogado em uma das poltronas da sala de estar. Ao me ver, se levantou em um pulo.

Eu sabia que estava fora do alcance dele conseguir alguma coisa, mas precisava aliviar o aperto que eu estava sentindo. O abracei e enterrei meu rosto em seu peito, chorando convulsivamente.

– Ambar? – a voz dele era de pura preocupação – O que aconteceu?

Tentei explicar a ele da melhor maneira possível e vi seu semblante ensombrecer.

Ele calmamente me sentou na mesma poltrona em que havia estado e saiu da sala. Enterrei o rosto nas mãos e lembrei, lembrei do nosso irmão, do que deveria herdar o posto do meu pai antes de Lucca. Ari era um rapaz alegre e brincalhão, era daqueles que podiam dizer "perde o amigo, mas não perde a piada". Enchia nossa casa de alegria. Ele estava ciente das suas obrigações e nunca havia reclamado, foi para o teste com um sorriso brilhante por estar cumprindo com o seu dever, mas ele nunca mais voltou. Morto por seres de algum dos universos, era o máximo que eu sabia, o máximo que haviam permitido eu saber.

Ninguém nunca sabia como seria o teste. Poderíamos cair em uma cova de leões ou de qualquer outro animal selvagem. Poderíamos cair em algumas geleiras apenas com as nossas manipulações. Ninguém sabia como seria a prova... tudo seria decidido pela rota fortunae.

Esperei e esperei, escutava meu irmão gritar algumas vezes: "nós não sabemos o limite da manipulação dela, sabemos que é forte, mas não sabemos quais as consequências para ela e para todos, não podem simplesmente mandá-la assim...", "Ela nem é boa na esgrima ainda, você está mandando ela para a morte", "não pense que eu a verei morrer só porque o conselho decidiu que é assim...", "eu não sou o Ari, não me importo nem um pouco com essa coisa de honra...", "inacreditável, você nem parece pai dela...".

Quando ele voltou, ele me deu um sorriso triste e se espremeu ao meu lado me abraçando.

– Ei Ambar, você vai se sair bem, eu tenho certeza disso.

Meu coração doeu, eu não tinha mais escolha.

– Lucca, como foram os 8 anos de teste para você? – perguntei, sabendo o quanto aquele assunto era delicado para ele. Vi as marcas da dor enquanto ele buscava as palavras apropriadas.

– Dizem que os testes pegam aquilo que não sabemos ainda, ou nossas fraquezas. Eu ainda não sabia atravessar a barreira dos universos. Tive que aprender. Tinha que derrotar algumas entidades e aprender a voltar.

– Você parou em um lugar horrível... – murmurei, não era bem uma pergunta e ele sabia bem disso.

– Não significa que isso acontecerá com você. Eu mantive minhas manipulações e isso me ajudou muitas vezes. Você é uma menina muito inteligente e tem uma manipulação inexplicavelmente maior do que o de qualquer um aqui, sei que você vai conseguir, só me promete uma coisa, não a deixe sair, está bem? A única coisa que você precisa fazer é voltar para casa.

Ele tinha razão, eu havia aprendido a abrir fendas entre os universos muito nova, conseguia controlar o vento com perfeição, minha manipulação era tão boa quanto a de muitos adultos.

Eu não sabia quanto tempo ficaria, mas prometi para mim mesma que voltaria por Lucca.

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