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15 - NOVEMBRO DE 1864 - parte 4

Passei o dia no meu quarto e a noite finalmente havia caído. Fechei os olhos e tentei dormir, mas não conseguia.

Os barulhos no complexo começaram a ficar mais fortes, ouvia passos apressados e algumas vozes.

"O que será que aconteceu?" – me perguntei, tentando manter os olhos fechados. Se fosse algo urgente, eu saberia.

Percebendo que a agitação não diminuía e impulsionada pela curiosidade, decidi me levantar para verificar o que tinha acontecido. Algo estava errado e eu podia sentir isso.

– Em pensar que Isao faria isso a si mesmo – Tanizake falou com certo pesar na voz.

– Eu não disse para ficar de olho nele? Era tão difícil entender? – Yukio perguntou em tom baixo, mas era evidente que estava furioso.

Cheguei próximo a todos na sala de jantar e me mantive em silêncio. Lucca me deu um pequeno aceno com a cabeça.

– Eu o vi sair do seu quarto – Natsu falou para Lucca – mas, como eu poderia saber que ele ia fazer isso? Ele estava encarregado de acomodar vocês e afinal ele não parecia estar carregando nada.

Natsu estava com raiva, isso estava claro, mas não demonstrava tanto quanto Yukio.

– Acho que não saberíamos de qualquer jeito até que ele tivesse tomado – Satoru disse tentando manter a voz em um volume normal – Quero dizer, acho que há uma chance de ele melhorar, mas... ele parece estar totalmente fora de si.

Por fim comecei a entender e estremeci, Isao havia bebido do frasco do meu pai, frasco que eu havia deixado guardado na caixa junto com o meu irmão. O mesmo frasco que eu, desesperadamente, pedi para que eles não tomassem.

– Acredito que nos resta apenas esperar – a voz moderada de Saito cortou o ar – Ele esperava poder lutar normalmente, mas talvez, ele tenha sentido que nunca mais teria outra chance – Saito deu de ombros e seguiu – Seja qual for o caso, ele ignorou qualquer ordem que foi dada durante a reunião e quando percebeu que não estava resolvendo, ele tentou suicídio.

– Suicídio?! – as palavras saíram da minha boca antes mesmo que eu tivesse pensado nela.

Todos os olhos se voltaram para mim e notei que nem ao menos tinham notado a minha presença até aquele momento. Yukio estava tenso e eu pude sentir um ar de desgosto vindo dele. Depois de longos momentos, ele deu um longo e exasperado suspiro e me explicou.

– Isao ficou responsável por acomodar Lucca, por tanto, ele tinha livre acesso ao quarto que seu irmão estava. Ele entrou no quarto enquanto seu irmão dormia. Isao é um mestre em ocultar sua presença inclusive para pessoas totalmente alertas, fazer isso enquanto alguém dorme é como brincadeira de criança. Ele pegou um dos frascos da caixa que estava ao seu lado, voltou para o seu quarto e o tomou. Provavelmente ele havia esperado se sentir melhor na mesma hora e quando viu que não havia funcionado e que, possivelmente perderia o controle, ele tentou o suicídio. Mas, parece que a loucura o tomou antes de que conseguisse, pois Lucca acordou com o barulho vindo do quarto dele e viu Isao se contorcendo de dor e o vidro jogado próximo a ele. Em seguida fomos notificados por seu irmão do ocorrido.

Ficamos em silêncio por um tempo.

– A culpa é sua – ele falou mais para ele mesmo que para mim, mas no fundo, ele estava certo. Se eu não tivesse aparecido, eles possivelmente estariam, na pior das hipóteses, lutando contra alguns wendigos, mas não estariam envolvidos em uma guerra tão vasta e antiga.

E naquele momento, eu estava como qualquer outra pessoa ali, longe de estar feliz. Eu estive com eles por quase um ano e minha posição ali havia mudado apenas recentemente. Eu não deveria estar surpreendida com a acusação de Yukio e nem com os olhares inquisidores sobre mim. Eu sabia quem eu era e apesar de eles terem me aceitado com o tempo, isso não significava que eu havia deixado de ser dispensável para eles, essa verdade me transpassou o coração.

– Já contamos tudo, agora precisamos pensar no Isao – Yukio disse sem se preocupar em ocultar seu desgosto.

– Ele está praticamente morto – Natsu disse com pesar.

– Lucca? – disse chamando atenção do meu irmão.

– Sim – ele disse sem olhar para mim – já pensei nisso, pode ser que seu sangue ajude, seu sangue deve ser menos intenso que o de seu pai, mas seria apenas uma experiência. Ele nem sabe usar a manipulação de regeneração. Que inferno!

Meu irmão apertou as mãos com força, deixando os nós de seus dedos completamente brancos.

– Se essa porcaria realmente faz o que deveria, então aquele corte não vai matá-lo – a voz de Yukio era baixa, quase um rosnado.

Todos tinham os maxilares tensos ali. Meu irmão saiu deixando a sala em um silêncio mortal. Voltou com uma seringa e sem me dar tempo de pensar, a colocou no meu pescoço.

– Você podia ao menos ter avisado – reclamei dando um pequeno pulo de susto.

– Estou avisando agora. Faça logo! – ele falou irritado e eu me concentrei enquanto ele puxava meu sangue e retirava a agulha.

– Eu irei com o senhor Tanizake até o quarto dele – Lucca falou segurando com força a seringa com o meu sangue – Não usarei seu sangue a não ser que seja completamente necessário. Tentarei fazer com que ele suporte até a transformação total. Se em um prazo de 12 horas ele não tiver se controlado, tentarei usar o sangue da Ambar e lhe darei mais 3 horas, se não obtivermos o resultado...

Lucca deixou a frase pairando no ar, frase que Yukio, com toda a sua raiva, não teve dificuldades em terminar.

– Essa noite será decidido se ele vive ou morre.

– Takashi já está com ele – o senhor Tanizake disse – vamos nos apressar.

Com um leve aceno, meu irmão e o senhor Tanizake saíram da sala em direção ao quarto de Isao.

– Não deixe ninguém se aproximar do quarto de Isao, Natsu – Yukio disse começando dar suas ordens.

– Sem problemas – Natsu respondeu seriamente e ao passar por mim, nossos olhos se encontraram e eu pude sentir a mesma hostilidade que senti no dia em que havia chegado ali.

– Saito – Yukio continuou – você vai para o pátio interno, leve a Ambar com você, não sei se quero olhar para ela no momento. Se qualquer um aparecer, mantenha-os ocupados e Satoru ficará de olho nos homens que estão em treino atualmente aqui no complexo. Ninguém está permitido sair de seus quartos até segundas ordens.

Seguimos em silêncio até o pátio interno, o mesmo local onde tantas vezes eu os havia visto treinar, o mesmo local onde eu havia treinado e o mesmo lugar que eu havia destruído. Agora, esse mesmo pátio estava lúgubre. Senti o vento gelado do outono no rosto e cruzei os braços tentando aquecê-los um pouco. Parecia que o tempo havia parado e o lugar estava totalmente silencioso.

Nos sentamos em um canto qualquer, um lugar com uma boa visão para todo o pátio.

Fazia pouco mais de oito meses que eu estava ali, como as coisas tinham mudado tanto em tão pouco tempo?

Era difícil acreditar que em menos de um ano atrás, eu estava dormindo no meu quarto, em uma cama quentinha, pensando em como eu despistaria Luh para me divertir no dia seguinte. Era difícil acreditar que há tão pouco tempo, eu teria dado um beijo de boa noite na mamãe e abraçado o papai. Fiquei vagando em meus próprios pensamentos até que escutei a voz baixa de Saito ao meu lado. Não sabia se ele falava comigo ou com ele mesmo.

– ... não percebi o quanto estava sendo difícil para Isao... em pensar que é aqui que devemos acabar.

Um silencio constrangedor preencheu o ar entre nós. O olhei de canto, ele parecia tão calmo, como sempre, mas eu sabia o quão afetado ele estava. Isao era alguém realmente muito importante para todos. Olhei para as estrelas tão visíveis naquele lugar e tentei animá-lo, eu não sabia se minhas palavras eram válidas, mas eu queria tentar.

– Isao irá conseguir. Ele é muito forte – assim que disse isso, soube que deveria ter ficado quieta, pois se tornaria ainda mais doloroso se o resultado não fosse esse.

– Se ele não conseguir ele morre – Saito falou ainda com a voz controlada. Eu mordi o lábio inferior tentando não pensar naquilo, ele mal havia piscado ao condenar seu amigo – Se eu for chamado, então, vou matar quem eu devo matar. Não importa quem seja. Simples assim.

Senti um arrepio percorrer meu corpo. Saito falava sério e eu sabia disso. Não sabia o que dizer e então, ele continuou.

– Eu... preferia não matar um camarada se isso for possível... é difícil imaginar algo mais doloroso. Lucca é alguém realmente forte por conseguir.

Já vi Saito matar, ele matava sem hesitar e sei que quando nos conhecemos ele teria me matado sem nenhum pesar. No início, para mim, ele era apenas uma pessoa fria, mas pouco a pouco o fui conhecendo e agora, mesmo que ele não demonstrasse aquilo, eu conseguia imaginar a dor que ele sentia. Os capitães dali não eram somente camaradas de trabalho, eles eram muito próximos uns dos outros, como uma verdadeira família e ser forçado a matar alguém da sua família era realmente duro. Pensei em Lucca e na vez em que ele foi forçado a puxar uma arma contra mim e na dor que ele sentiu ao disparar diversas vezes na noite em que eu perdi meu controle, e então eu soube que não havia palavras que pudesse consolar Saito naquele momento. Mas pelo menos eu estaria ali para escutá-lo.

As doze horas passaram arrastadas, mas finalmente amanheceu e voltamos para a sala de jantar. Todos tinham os olhos turvos e cansados da longa noite, mas a entrada de Takashi e de Lucca quebrou o silêncio.

– Ele parece ter superado a parte mais difícil – Takashi disse claramente exausto, mas com um leve sorriso no rosto e todos suspiramos aliviados.

– Ele está dormindo agora – Lucca disse – Ele parece estar muito tranquilo.

– Lucca... e... – tive medo de perguntar, sabia que haviam se passado apenas as doze horas iniciais, mas e se eles tivessem usado meu sangue mesmo assim?

Talvez intuindo minhas dúvidas, meu irmão tirou a seringa de um bolso, ainda cheia e eu soltei todo o ar que estava preso enquanto ele me entregava o sangue e eu simplesmente o queimava com um pouco de manipulação. Eu não criaria agmas.

– Não saberemos ao certo como ele vai estar até ele acordar, mas ele está com uma aparência realmente saudável – meu irmão seguiu.

Ficamos um tempo em silêncio, sentados, apenas olhando um para o outro. Aparentemente não me culpavam mais, pois todos haviam voltado a se portar normalmente comigo, ou o mais próximo da normalidade que a situação permitia. Meu irmão ia seguir falando quando escutamos alguém se arrastando devagar pela porta. Isao estava pálido, mas fora isso, ele parecia a mesma pessoa de sempre. 

– Isao, você não deveria estar de pé tão cedo – Takashi falou indo em direção a ele.

Todos pareciam surpresos ao vê-lo ali, ninguém conseguia falar nada.

– Estou apenas um pouco cansado, um efeito da minha nova... condição, suponho – ele respondeu ainda com seu sorriso intacto.

– Está sentindo algo? – Lucca tentou fazer a pergunta de uma maneira tranquila – algum efeito indesejado... ou alguma outra coisa?

– O sol está realmente incômodo, parece muito quente para um sol de outono – ele respondeu dando de ombros.

Não estava quente, e notei que ele havia evitado qualquer ponto da sala onde o sol tocava.

– Isao – o chamei – você pode olhar para mim?

Ele atendeu prontamente meu pedido e olhei fixamente nos olhos dele. Olhos vermelhos. Ele havia se transformado em um ser noturno, agora tínhamos que ver até onde ele aguentaria conviver com os seres humanos normais. 

Vendo minha reação, ele deu um sorriso um pouco triste antes de falar:

– Acho que não sou mais um ser humano.

– Quem se importa se você é humano ou não? Você está vivo e isso é bom o suficiente para mim! – o senhor Tanizake disse com um pouco de lágrimas no canto dos olhos.

Assim que a senhora Tanizake entrou com o chá, a alegria estampada em seu rosto não deixou dúvidas que ela pensava o mesmo. Ela o abraçou como uma mãe abraça seu filho.

– Oh, querido, você deveria estar descansando! – ela falou carinhosamente.

Todos riram, todos aliviados e de certa forma, felizes com os resultados. Eu, aliviada e compartilhando da felicidade deles, me perguntava uma e outra vez o que será que isso havia lhe custado além dessa pequena intolerância ao sol?

– Você está... ah... realmente se sentindo bem, sem aquela fraqueza? – Tashiro parecia um pouco constrangido ao perguntar.

– Não parece que eu tenha me recuperado totalmente ainda, prefiro não dar meu julgamento final, mas aparentemente sim.

– Mas porque o sol o está incomodando? – Satoru perguntou.

Eu coloquei uma mão no queixo buscando as palavras certas e tentei responder da melhor maneira possível:

– Os seres são divididos entre seres da luz e seres das trevas, ou como preferimos chamá-los, seres noturnos. Poucos são os seres que sobrevivem tanto em um como em outro. O ser humanos é uma dessas raras exceções. Isao, aparentemente se transformou em um ser noturno. Em outras palavras, a luz do sol drena a energia dele. Ele não morre – me apressei ao ver a expressão assustada de alguns – mas pode ficar bastante fraco ou ter dores.

– Nesse caso, ele não terá uma vida normal. Ainda será possível que ele lute ao nosso lado? Como ele irá liderar as tropas dele? – Satoru não pareceu satisfeito.

– Acho que o melhor será dizer que eu morri – Isao disse após pensar, sua voz estava calma e descuidada – A partir de agora, sairei apenas a noite para patrulhar e para isso, posso usar os mesmos métodos da Ambar. Máscara o tempo todo. Posso liderar apenas algumas pessoas para essas patrulhas e elas não precisam saber quem eu sou, basta uma palavra do chefe e isso seria fácil resolver.

– O quê? – Natsu perguntou perplexo – Você enlouqueceu? Sabe o que está dizendo?

– Claro que sei. Explicar isso para meus homens seria problemático e não podemos revelar um segredo que não é nosso. E se eu morrer, digamos assim, esse segredo se manterá como deve ficar, em segredo.

Todos ficamos em silêncio. Ele estava certo. Esse segredo não poderia sair à tona e no fim, provavelmente Isao não seguiria ao lado deles de qualquer maneira, provavelmente, seria enviado para outro universo ou para Himura. A sugestão de Isao podia não ser agradável, mas era lógica.

– Suponho que essa seja a nossa única escolha – Tanizake disse se dando por vencido e com sua palavra, estava decidido.

– Bem, Isao, isso foi o que você quis – disse Tashiro, um tanto irritado, finalmente deixando transparecer sua frustração com o amigo – Você escolheu agir ao pegar o frasco escondido e contra as ordens do nosso chefe; agora, assegure-se de não estragar tudo.

Isao simplesmente respondeu com um sorriso.

– Já que se decidiram, é hora de descansar, Isao – a senhora Tanizake disse, puxando-o pelo braço e não deixando espaço para reclamações.

Fui para meu quarto muito cansada, como todos ali e dormi durante a tarde. Quando acordei e repassei todos os acontecimentos, apenas aumentei a solidão que hora ou outra insistia em aparecer.

O dia seguinte chegou mais rápido do que eu esperava. No café da manhã todos pareciam mais felizes por saberem que a transformação havia dado certo.

– Ok, todos vocês, escutem – o senhor Tanizake pediu a atenção de todos – Sabemos que transformação deu certo, mas e o custo disso? Talvez você possa nos explicar um pouco mais, Ambar?

– Como eu havia explicado, nunca havia funcionado antes em um ser humano. É bom que entendam que ele tomou o sangue de uma entidade noturna.

– Quem são esses seres? – Yukio perguntou com a voz moderada.

– Entre os universos – continuei – existem diversos seres parecidos aos wendigos que vocês enfrentaram. Muitos deles, são enviados para uma parte de Himura e passam a viver lá. Explicando melhor, a maioria são seres das trevas, ou noturnos. Um exemplo disso são as Erenías e as Keres criadas a partir do sangue da irmã gêmea do meu pai. As Erenías, também conhecidas como fúrias, são a personificação da vingança e do ódio, nasceram a partir do sangue de sua irmã gêmea assim como as divindades nasceram do sangue dos ceifeiros. Elas possuem desejo de vingança, consideradas pavorosas e cruéis, elas foram exiladas do mundo humano por causar transtornos psicológicos frequentes e por matar muitos, dizendo que eles haviam pecado. As Keres por fim, são espíritos femininos da morte, uma espécie de agma criadas por ela com a transformação de ceifeiros e apesar de serem espíritos no mundo humano, elas possuem um corpo como qualquer outro ser de Himura. Elas são responsáveis pelas mortes violentas, estando presentes em qualquer guerra travada pelos humanos, afinal, elas sobrevivem desses sofrimentos. Resumindo, seres das trevas ou noturnos, são seres muitas vezes incapazes de conviver com seres humanos e normalmente eles são enfraquecidos pelo sol. Como é a primeira vez que o sangue do meu pai funcionou, não saberia dizer o que exatamente irá acontecer com Isao.

– Isso tudo que você está dizendo é terrível. São seres apavorantes e cruéis – Tashiro disse sem parecer realmente se importar.

– Talvez para vocês isso seja algo cruel, mas isso sempre dependerá do ponto de vista. Afinal, você não anda com cuidado pelas ruas para não matar um inseto – respondi indiferente.

– Não deixa de ser imoral, insetos não tem sentimentos ou inteligência – ele deu de ombros.

– Talvez você esteja certo, mas no fim, você não pode ter certeza disso, pode? Existe alguma prova de que insetos não tem sentimentos ou inteligência? – perguntei tranquilamente – A questão, é que para muitos seres noturnos, vocês não passam de insetos ou na melhor da hipótese, de alimentos. Porém, tanto os seres da luz como os ceifeiros conhecem a importância dos seres vivos e todas as suas raças e sabem que deve existir um certo equilíbrio entre os universos. Esse é um dos motivos de existirem as barreiras.

– Dito tudo isso, afinal... O que Isao é agora? – Yukio continuava com sua voz moderada, talvez tentando digerir tudo aquilo.

– Isao agora é o ser que talvez possa ver vocês como um inseto, ou na melhor das hipóteses, como alimento – dei de ombros – Uma subespécie de demônio provavelmente.

– Ou seja, ele pode simplesmente atacar um de nós? – o senhor Tanizake respondeu estremecendo com a ideia.

– Talvez – respondi – Não tenho como dizer quais as consequências Isao terá a longo prazo, afinal ele é o primeiro humano a sobrevier ao sangue do meu pai. Nem todos os seres noturnos são ruins, muitos conseguem conviver com os seres humanos normalmente. Tecnicamente eu sou um ser noturno, apesar de me dar bem com o sol também, e tirando as vezes em que perco o controle, não tenho sede de violência ou algo do tipo. Talvez isso não sirva de consolo para vocês, mas acho improvável que ele se torne algo parecido aos wendigos.

– Muito bem – o senhor Tanizake respondeu tranquilamente – Com todos os argumentos, acredito que seria bom pensarmos com calma. Tirando o fato de que enfrentaremos seres muito mais fortes que nós, talvez tenhamos uma alternativa.

Todos olhávamos com expectativas para o senhor Tanizake, alguns querendo que ele fosse a favor e outros, me incluindo, que ele recusasse a oferta. Passaram longos segundos antes que ele terminasse.

– Como não sabemos os efeitos a longo prazo, acredito que o mais sensato no momento, seja declinarmos a essa oferta. Esperaremos para ver como Isao fica e com o tempo, se for o caso, tomaremos a fórmula. Até lá, tentaremos enfrentar esse inimigo com as nossas próprias forças.

Suspirei aliviada, o alívio foi tão intenso que me subiram as lágrimas e toda a tensão do corpo sumiu, dando espaço a várias agulhadas de dor nos músculos ao redor do pescoço.

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