CAPÍTULO 25 - INTRIGAS (I)
-Vamos – ele disse com seu tom arrogante
-Eu já disse que não, me deixa – retruquei
-Você ultimamente tem ficado muito mal criado, fedelho – ele disse irritado – você acha que por ter acontecido tudo aquilo, você tem moral para me tratar assim?
-Eu quem deveria perguntar isso para você – disse a ele levantando da cama – Eu nem disse ainda se iria morar com você... ‘inda mais depois de...
A cena de estar com... Alex em minha boca na frente de todos invadiu minha mente... Mas que droga, quando eu estava penetrando o Alex, não apareceu ninguém... Se bem que, ele está sempre achando um meio de ficar sobre mim, em qualquer situação... até quando eu estou...
-Aceita que dói menos... – ele interrompeu meus pensamentos – Você tem duas opções... Ou você sai dessa cama, ou eu te tiro daí... O que é que você prefere?
-Tsk – reclamei saindo da cama e indo para o banheiro.
-Isso, desse jeito que gosto, bem obediente... – Alex veio falando atrás de mim, me seguindo até o banheiro – Você tem uma semana, praticamente, que mal se sociabiliza... Só estudando e chorando.
-Chorando?! – disse espantado.
-Você não acha que não te escuto chorar escondido? E sair da cama de fininho... Olhe para minha face, seu fedelho! Estou com olheiras por causa de você! – ele disse apontando para seus olhos.
-Exagerado – respondi entrando no banheiro com vergonha.
Me sinto um pequeno Alex o tratando dessa forma... Mas de que forma eu iria conseguir tratá-lo para poder ter o respeito que quero dele? Que no caso, seria um pouco de paz.
-Não reclame, vamos sair, e esse fim de semana, você estará sob minha responsabilidade – disse ele...
Ou seja “me acompanhe, e você não tem direito de dizer não, ou de sugerir”.
Droga!
Alex passou o banho inteiro dentro do banheiro falando... E eu queria apenas um minuto de sossego para socar a parede, ou chorar...
Finalmente fomos tomar café, e finalmente ele usou outra vítima: Gael.
Eu mal conseguia olhar na cara de Gabi e Gael, nem mesmo para defendê-los desse monstro. Ele estava questionando o fato deles estarem quase morando há meio mês na casa de Alex. Gael tentou dar uma de superior, falando que possui dinheiro para comprar dois apartamentos daquele, e Alex falou algo do tipo “Depois de usar minha amiga pra surfar na fama de gay, você compra até o Vaticano para casar na igreja, palhaço”. O que fez a mesa ficar bem agitada.
Eles discutiram, e Gael chorou. Alex apenas disse que ele estava esperando outro ataque de homofobia contra Gael, para ele deixar de atazanar a vida da Gabi... Que estava sem saber o que fazer na mesa. O moço estava dizendo que compraria um apartamento em LongTown, Alex gargalhou e disse que seria bom serem vizinhos.
-Mas o quê?!? – berrou Gabi.
-Eu e meu fedelho chorão e mijão, moraremos em LongTown, amanhã é a mudança... Vocês podem vir também, não vou expulsá-los de minha casa, não sou esse tipo de crápula – disse Alex – Mas procurem ter a casa de vocês... Não posso nem sodomizar meu Mijão no meio da minha própria casa porque minha amiga e seu boy problemático estão vivendo nela... Prezo pela privacidade.
-EU VOU NA MUDANÇA! – gritou Gael – Eu... Eu vou comprar um apartamento lá!
-E decorar, e mobilhar! – disse Alex – Você não vai meter minha amiga dentro de um Apartamento sem reboco, se não a sua cara vai precisar de reboco, decoração e mobília, garoto!
-HAHAHAHAHAHAHAHAHA – gargalhei impulsivamente – Ah, desculpa – disse depois de todos na mesa olharem para mim com uma cara de “mas que p***a foi essa?!?!”
-Enfim – disse Alex tomando a atenção de volta – LongTown Residencial Club – disse com um sorriso arrogante e cheio de dentes.
-ARRAZOU BICHA! – disse Gabi
-MAS O QUÊ!?!? – Disse Gael levantando e batendo a mão na mesa.
-Pois é – respondeu Alex se levantando – Quero ver você comprar um apartamento lá... daria até alguns móveis que não usarei, de presente...
-Eu posso pagar a decoração, amor – disse Gabi puxando Gael para sentar...
-Não... eu... – Gael começou a gaguejar... – Vamos assinar nossos nomes então, não vou deixar você sem nada, vivendo comigo... eu disse que iria te proteger de seus medos... você não vai precisar se preocupar – disse ele.
-Ownt, que fofo – disse Alex – minha amiga e seu namorado esmegmento... Tchau – disse levantando e tocando em meu ombro, me apressando a terminar o café.
-Mas espera, a decoração – disse Gael – foi rápido assim?
-Eu tenho alguns contatos... que não passarei para você – disse Alex – Se em dois dias de viado declarado você conseguiu apanhar, imagina se usar meus contatos. Passar bem, Au revoir!
O nosso itinerário foi extremamente cansativo e chato... Fomos à LongTown conhecer a área...
Aquário... show matinee de Circo itinerante... Ele me levou para cortar meu cabelo, mas deixou o dele crescido... Eu tenho que admitir, ele... estava uma gracinha com aquele cabelo de franja, e crescido atrás, cobrindo o pescoço... Parecia um playboy... E com esse seu corpo...
-Alex você ainda tem treinado? – o perguntei tentando impedir que o sorvete caísse no chão.
-Sim, eu treino luta... assim como você treinava... Olha – ele falou apontando – aqui tem uma academia imensa de artes marciais, e aulas de karatê, era o que você lutava, não?!
-Judô... mas estava querendo mudar... – respondi.
-Te matriculo, depois de amanhã... – ele disse alisando meu cabelo me deixando vermelho.
-Sabe Ale... – tentei começar algum diálogo sério mas fui interrompido por um beijo em plena praça repleta de pessoas.
QUE DROGA! TODOS NOS VIRAM... TODOS... NÓS NOS BEIJAMOS EM PÚBLICO... O QUE É QUE ESSE MALUCO TEM EM MENTE? QUÊ!?!?! E AGORA? EU PRECISO ME PREPARAR PARA NOS DEFENDER... MERDA, PRECISO CONTROLAR MINHA RESPIRAÇÃO... EU ATÉ JÁ ME SINTO TONTO...
-Se acalme, todos estão ocupados demais aqui para se importar com nossas vidas... – ele falou docilmente...
Não sabia que Alex podia falar assim.
-Agora sou CEO de uma empresa – continuou ele – E sem reserva de dinheiro alguma... Mas... Ainda assim... Eles que se ferrem – ele falou levantando sua mão e a estendendo para mim – vem... – disse ele.
Eu segurei suas mãos com meu coração acelerando... E caminhamos na praça de LongTown... Quase ninguém olhava... Ele estava certo... Quando as pessoas começam a se preocupar com suas próprias vidas; quando elas começam a procurar o que fazer... elas deixam a vida dos outros em paz...
Eu gargalhei um pouco baixo... Apenas para nós dois ouvirmos...
-O que foi garoto? – ele me disse.
Eu esperava ouvir “fedelho”
-Apenas intrigante, Alex Marinho... você realmente não existe...
-E você tem ensino médio – ele disse apontando para a placa de um centro educacional...
-O que você disse? – perguntei sem entender.
-Ali você pode ter um curso preparatório para universidade, caso suas notas não sirvam para a Universidade Estadual Campus LongTown – ele disse me ignorando – No mesmo dia em que nos matricularmos no karatê daqui, posso ir te matricular lá, ok?
-Mas espera...
-Assim, eu não sei o que você quer fazer na universidade... Eu sugiro arquitetura ou secretariado... – continuou ele – Assim eu posso te readmitir na rede, agora que eu sou CEO – disse ele fazendo ênfase em CEO.
-Eu não quero mais trabalhar como seu subordinado! – disse soltando sua mão – Nunca mais!!!
Alex colocou uma expressão extremamente triste no rosto... Que foi substituída pela face de raiva típica de quando ele é contrariado dentro do trabalho.
-Mas... você disse que agora eu tenho ensino médio... como assim? – perguntei para quebrar o clima.
-Saiu no site meio dia – ele disse sem olhar para trás...
-Mas como você sabe? – perguntei.
-Eu olhei.
-Quando?!
-MERDA ÉRIK, TOME, OLHE POR SI... – ele gritou chamando atenção para a gente, e me entregando seu celular desbloqueado.
Eu entrei no site do Departamento de Educação dos EUA... coloquei meus dados e baixei os scores... O menor B+... o maior A-... E em números... de 79 até 90...
Eu chorei de felicidade...
-Feliz? Triste? – perguntou Alex preocupado...
-Eu mal estudei... – falei.
-Você é inteligente fedelho – ele disse alisando meu rosto em público – Só não é esperto – E assim ele quebrou o clima me fazendo parar de chorar ou sorrir...
-Se eu fosse esperto eu não me manteria com você, não é? – falei afrontando Alex – Afinal de contas, senhor CEO, você tem gostos peculiares que eu não entenderia.
-Tsk – ele se afastou de mim – Eu quis dizer que você não tem habilidades e competências para trabalhar ainda...
-Ouch!!!!
-Quando trabalhava para mim ficava transtornado com simples cobranças minhas – disse ele – Mal fazia seu trabalho direito, não conseguia sustentar-se de pé sem tremer uma parte do corpo, e nem aguentava pressão... Você não vai sobreviver aí fora no mundo do trabalho...
-Eu sobrevivi a você! CLARO QUE VOU SOBREVIVER AQUI FORA – disse quase gritando.
-Tsk, tsk, tsk – ele falou pausadamente – Está mais uma vez perdendo o controle, e não estamos em um ambiente de trabalho, moleque... Vê?! Você precisa mudar seu comportamento – ele falou arrogantemente...
-Merda – disse dando razão a esse monstro.
-Venha, vamos comemorar – ele disse me puxando para o estacionamento.
-Onde? – perguntei emburrado.
-Em casa... – falou sorrindo.
-Mas não iríamos passar o dia juntos fazendo suas coisas? – eu questionei – e, aliás, quais coisas SUAS fizemos aqui mesmo?
-Touché – ele falou se corando.
-Alex eu não tenho bola de cristal para adivinhar o que você está pensando, seu narcisista... – o repreendi – Me diga qual é a sua hoje...
-Kikko estava triste e eu queria... que ele ficasse... não triste – disse ele quase sentindo dor – E isso é o máximo que você vai ter de mim!
-Kikko?! – perguntei aéreo...
-VOCÊ, SEU IMBECIL – ele gritou me assustando, dando um tapa em minha cabeça.
-Quer dizer que você está tentando me alegrar? – perguntei espantado...
-Eu disse que aquilo seria o máximo que...
-HAHAHAHHAAHAHHAHAAHHAAHAHAHAHHAAHAHAHAHAHAHAHA – comecei a rir copiosamente.
-CALA A BOCA FEDELHO DE MERDA – ele gritou vermelho.
-VOCÊ HAHAHAHA – ria entre gritos histéricos e pensamentos – NÃO CONSEGUE AO MENOS HEHEHHEHEHE FALAR O QUE QUER, O QUE TE PREOCUPA, O QUE QUER FAZER HAHAHAHAAH SE TIVER ENVOLVIMENTO COM NOSSA RELAÇÃO HAHAHAHAHAHAHAHA E SE ACHA UM CEO DIGNO HAHAHAHAHAHA DE FALAR QUE EU NÃO SOU HAHAHAHAHAHAHAHA CAPAZ AHAHAHAHAHA
-O que você sente por mim? – Alex perguntou
“Ódio” – eu pensei.
-Hum...
Ficamos o percurso até LongTown residence em silêncio.
-Não iríamos para casa? – perguntei
-Estamos em casa... e eu estou esperando sua resposta – ele disse impaciente.
Na verdade eu não sei... eu... não sei... eu tenho sonhos eróticos com esse cara; eu acordo e quero morrer, ou que ele morra... ou que eu o mate... Eu odeio quando ele me chama de fedelho, mas quase implorei para ele me chamar assim quando nós estávamos... bem... Ele alisa meu rosto e eu derreto... Ele grita comigo e eu choro... ou fico com raiva... Eu...
Droga!
Comecei a suar frio e ofegar... de angústia em não saber o que responder a Alex...
É isso...
-Eu não sei, tá?! – falei a ele ao entrarmos no apartamento... 42º andar... de 50... bom para eu me atirar hoje mesmo.
-Eu também não sei – ele respondeu me puxando para a cama.
Então percebi que todos os móveis estavam em seus lugares... o apartamento estava lindo, e totalmente decorado...
-Que mudança? – perguntei
-Roupas e brinquedos sexuais – ele disse – Mas eu também não sei.
Ele me empurrou para a cama e começou a se despir.
-Espera, está tudo aberto – disse tremendo...
A varanda, as janelas, todas abertas... e era o meio da tarde...
-TSK – ele me tirou da cama e me arrastou até onde havia a pscina...
Era uma área semi-aberta... por total.
-A-a-a-a-alex, vamos desce-ce-cer – disse a ele com medo e tesão
-Eu não sei o que sinto por você – ele disse.
A estufa! Ela não estava pronta... no lugar disso havia um jardim ao ar livre... Espera, era isso que Alex estava planejando? No lugar da estufa...
-Alex – disse tremendo.
-Adoro quando você chama meu nome – ele disse tirando minhas roupas.
Alex me deitou no gramado, destravou minha grade sem chave, o que me deixou extremamente intrigado em saber como...
Ele sentou sobre minha púbis e começou a rebolar...
Eu cedi.
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