CAPÍTULO 07 - CORPO SOBRE LUZES
-Vai tomar banho – ele me disse.
Dessa vez eu terei que concordar com esse demônio avarento.
Eu me dirigi para o banheiro, tirei minhas roupas e ele entrou logo após eu estar despido. Por reflexo eu tampei minhas vergonhas...
-Só há uma parte do seu corpo que eu não vi, logo, não precisa se cobrir parecendo uma menina virgem de 12 aninhos – ele disse me ignorando por completo.
-Você não pode entrar no banheiro com as pessoas dentro... não desse jeito – retruquei.
-Olha Emerson... – ele começou o sadismo
-ÉRIK - gritei
-Olha... Derik, eu vim dar fim nessas suas roupas, não as coloque na mesma cesta de roupa suja que eu uso, vai contaminar. Você está tão fedido que parece que não toma banho há dez dias... – ele disse como se fosse uma tia minha
-O corpo humano cria cheiros, temos glândulas e etc... Não tenho culpa de feder quando passo doze horas sem tomar banho, eu sou um jovem em mudanças... - pontuei
-Mudanças? Você tem 18 anos, e faça alguma coisa por você, quando se masturbar, lave seu bilau horrível, para não deixar aquele cheirinho de peixe horrível... vê? Há outras táticas que você precisa aderir pra diminuir esse seu... odor específico – Alex argumentou
-Não foi você quem me chamou de pet? Pets tem cheiros característicos, aguente! - retruquei
-Não em minha casa! Uso sabonete íntimo para quê mesmo? - colocou ele
-TSK! – essa foi a única reação que pude ter naquele momento
Ele pegou minhas roupas do chão como se estivesse retirando uma tonelada de esterco, colocou-as em um saco, deu um nó, e pôs em outro saco, e deu um nó. Alex se dirigiu para a porta do banheiro, então eu pulei e o agarrei forte.
-Me solta seu... O que você pensa que está fazendo? – ele berrou
-Estou contaminando você e suas roupas, seu imbecil! – disse com sorriso no rosto.
Quero ver o que ele vai fazer agora... Será que jogará suas roupas fora? Hahahaha, receba Alex, toda a minha podridão, que você acha que eu tenho... Seu doente...
-ME SOLTA! – ele berrou
Eu comecei a gargalhar, pois estava conseguindo fazer ele ficar irritado demais apenas com aquilo.
-ME... SOLTA! – ele continuava a gritar enquanto tentava fugir de meu abraço de urso
-Eu vou esfregar minhas virilhas na sua calça do trabalho! – ameacei.
Ele então fez um golpe, me puxando e derrubando no chão do banheiro... O que doeu demais!
-Grosso – disse por reflexo – não precisava fazer isso.
Eu olhei para ele, que agia estranho. Alex estava olhando para suas mãos... parecia muito sério...
Ah, ele encostou em minhas axilas também...
-AAAAAAAH! – ele berrou com ódio na cara.
Eu achei que fosse apanhar... Ele apenas se despiu e foi para o box do banheiro, abriu o chuveiro ao máximo e se meteu debaixo da água.
-Ei, eu quem iria tomar banho agora – disse entrando também.
-SAIA DAQUI SEU LIXO TÓXICO – disse ele tentando me empurrar
-Me deixa! – eu lutava para permanecer dentro do box.
Nós ficamos escorregando as mãos um no outro; nos batendo, até que cansamos quando ele deu pra trás e olhou para baixo. Eu já imagino o porquê... mas fui conferir.
-Droga! – eu disse confirmando que estava ereto.
-Às vezes é assim mesmo, dizem que tem vida própria – ele falou sério – Mas já que está acordado vamos brincar, afinal...
Ele me puxou pelo cabelo de forma grosseira. Antes que eu brigasse, ele já estava com as mãos em meu pênis, esfregando com sabão... Eu estava ficando mais excitado... Ele fazia movimentos como se estivesse me masturbando, como se estivesse juntando o útil de me masturbar com o agradável de me limpar.
Eu me mantive sério e com certa vergonha.
Alex enfiou suas mãos em minhas virilhas, púbis, continuava ensaboando. Então me puxou para debaixo do chuveiro.
-Já transou debaixo de chuva? – ele me perguntou
-Não... – respondi gaguejando
-Então imagine que está em uma chuva... Feche os olhos...
Eu assim o fiz.
Senti Alex virando suas costas e encaixando meu pênis em sua entrada...
Eu não tive coragem de abrir os olhos. Nem consegui imaginar chuva alguma... Apenas... Empurrei meu membro dentro dele, sem paciência... Ele não reclamou, apenas gemeu.
Eu o abracei por trás, segurei em seus peitos, comecei a apertar seus mamilos e a estocar.
O som de nossos corpos se chocando me excitava mais ainda... O som de seus gemidos abafados... Suas pernas tremendo... Suas mãos tocando em minhas coxas... Foi um momento rápido, mas pareceu eterno para mim. Eu mordi seu ombro e gozei dentro dele.
Comecei a abrir lentamente meus olhos, e a ver seu rosto, virado para trás, com uma expressão odiosa na face, com a boca aberta e babando, enquanto ele ofegava e tentava retirar meu pênis de dentro dele.
-Você nem teve a sensibilidade de entrar devagar – ele bradou – pra quê que falei da chuva afinal? Poderia tem ficado mais calmo, mais sutil, mais sensível!
-Você não reclamou depois que eu encaixei! – retruquei
-TSK!
Alex tomou seu banho, usando todo o espaço do chuveiro. Eu não sei nem se ele alcançou, em algum momento, orgasmo. Mas sabia que doeu.
Após parecer que estava se desinfetando – pois passou sabão em si mais de uma vez – Ele saiu do banheiro com a toalha.
-Não demore, vamos em um lugar – ele disse saindo.
-Não tenho roupas para ir pra lugares – falei de dentro do box.
-Eu devo ter roupa de pobre aqui, de algum garoto que me comeu, eu te empresto – ele falou tentando me ofender.
Eu continuei meu banho.
Ao sair do banheiro, haviam roupas na cama. Um vestido preto, curto; uma calça jeans que parecia custar mais do que recebia do estágio; camisa quadriculada vermelha apertada... e de botão...
Ainda havia um par de sapatos que curiosamente eram de meu número, e duas sapatilhas femininas, que julguei ser dele.
Não havia nenhuma roupa de baixo... Eu busquei alguma cueca que devo ter trazido. Vesti a calça e a camisa e fui procurá-lo pela casa. Assim que entrei na salão avistei do galpão, retirando o avental e revelando seu corpo... uma mistura de feminino com masculino... Ombros largos, braços definidos, bunda redonda e empinada, coxas mais grossas – porém não grandes demais – panturrilha pequena e redondinha... Eu estava com meu júnior apertado na cueca.
Para completar ele usava uma calcinha amarela de renda, não era pequena, mas também não era grande. Ele estava de sandálias e uma meia calça da cor de sua pele.
-Ei, fecha a camisa – ele disse olhando para mim
-É apertado demais... – respondi.
-TSK! – ele protestou enquanto vinha em minha direção – Onde nós vamos não é lugar para andar de peito de fora... essa camisa ja é muita coisa... Está apertada em você, a única que tenho que te serviria. Olha só para isso... ela até deixa seu corpo mais... masculino... valoriza seus músculos... Confesso que ficou boa – ele disse fechando os botões e me deixando envergonhado.
-Eu sei abotoar uma camisa – retruquei
-Não parece – ele disse – e vá pegar um prato e um pouco de comida, não vou gastar um valor da calcinha da rainha da Inglaterra em Mamma Fama para você comer.
-Nós vamos para aquele lugar? – perguntei estupefato
-Sim, hoje é a noite das máscaras, bom para os enrustidos como você – ele disse rindo enquanto ia para o quarto.
Você também é meio enrustido...
Quando eu terminei de jantar, Alex apareceu vestido e montado. Ele estava... estonteante... E tudo o que esse desgraçado fez foi vestir-se de mulher.
-Vamos – ele disse.
-Não vai ao menos afinar sua voz? – perguntei irônico, tentando relaxar perto dele.
-Não vou escondendo o que eu sou, Emerson... apenas vou vestindo do que eu gosto de usar de vez em quando, é diferente – ele disse estendendo suas mãos e me oferecendo a minha máscara.
Era uma máscara comum, vermelha, tampava os olhos e o nariz... Possuía penas próximo à região do olho direito. Eu a segurei, imaginando que deveria pôr no carro apenas.
Descemos, entramos em um carro, e lá dentro havia uma mulher negra, a que o trio bateu no dia em que descobri que Alex se vestia de mulher. Eu engoli a seco.
-Eu ainda não acredito que você está saindo com esse boy que fez aquilo – ela disse.
-Cala a boca! – disse Alex.
-Boa noite... Moça – o motorista disse.
-Esse é meu boy amiga – A outra moça disse.
-E essa é a Gabi, Everton – falou Alex apontando para a Gabi.
Ainda bem que ele errou meu nome.
-Boa noite gente – falei com vergonha enquanto colocava a máscara.
-TSK – disse o fortinho, o boy da Gabi.
-Quer me bater mocinho? – enfrentou Alex – já não basta bater na Gabi?
-Amiga! Cala a boca! – disse Gabi
-Ele respondeu mal a Everton, Gabi. Se ele vai ser um cavalo assim, que seja com você, que o atura... Apenas com você! – disse Alex enquanto eu me sentia importante...
Ele estava me defendendo? Hahahahahahaha...
A viagem foi tranquila, o boy de Gabi apenas foi deixar-nos. Eu entrei então naquela famosa boate da Mamma Fama. A primeira boate que entro em minha vida é uma boate alternativa com diversas tribos que compõe a grande comunidade da diversidade.
A música era alta, eu não quis dançar... Eu costumava a ir para festas nas casas de meus ex amigos... Na verdade fiquei nostálgico e um pouco depressivo lá dentro.
Às vezes eu ficava fixado olhando para as drag queens fazendo seu show... Às vezes eu ficava fixado olhando para as travestis, ou trans... e os gays afeminados ou másculos, dançando todos juntos a mesma coreografia. Eles não estavam se esfregando, ou passando drogas – ao menos à vista –, eles estavam apenas se divertindo...
-Então é assim que é uma boate – eu falei alto
-Vamos beber um pouco – Alex me puxou para o bar.
O bar era mais afastado da música, na verdade havia uma porta de vidro que era parcialmente à prova de som, deixando quem gostava de dançar lá na pista, e quem era mais reservado poderia ouvir a música sem precisar estar no meio da bagunça.
-Cadê a Gabi? – eu perguntei
-Ficou para dançar – respondeu Alex – talvez a gente vá sem ela para casa.
-Eu... posso beber algo? – perguntei a ele
-Pode, mas nada forte demais, pois se você estiver sufocando no seu próprio vômito, eu não vou te socorrer – ele me respondeu de forma grossa.
-Não faça grosseria com esse gostosinho – disse o barman.
-Cala a boca Fagner, o boy não é seu – Alex enfrentou o rapaz.
-Nem seu – falou o Barman – afinal de contas, ninguém pertence a ninguém...
-Eu quero erh... alguma coisa... erh... doce, eu acho – eu falei para quebrar o clima ruim
-E eu quero Whisky, daquele bom... Sem gelo e sem água de coco.
-Vossos pedidos são ordens! – respondeu o Barman
Ele trouxe o whisky de Alex, e a mim, deu uma bebida de 300ml, com gelo, bifásica, azul e vermelho, com canudinho, raspas de limão e tudo mais. Eu fiquei vidrado naquela bebida. E seu gosto misturava menta, morango e limão, de alguma forma. A mistura de sabores era ótima, e eu queria repetir, mas Alex não deixou, dizendo que era forte demais.
Em um momento, ele foi para o banheiro e o Barman me deu outra bebida daquela, disse que era por conta da casa, piscou os olhos e tocou na minha mão. Eu fiquei arrepiado, e me senti bem... Mesmo com o contato físico, eu senti como se ainda conseguisse fazer alguém me desejar. Isso era... um pouco... incrível!
Ficamos muito pouco no bar... Alex e eu saímos logo. Na porta, pedimos um táxi, e eu me escondi com medo de ser visto por alguém, ou por Samyr e os outros, que adoram ficar nessas redondezas zoando bichas.
-Você está suando demais – Alex falou comigo dentro do carro
-E-eu estou bem! – o respondi enquanto tentava esconder minha embriaguez.
Eu acabei dormindo no percurso, pois lembro de Alex dar um cascudo para eu poder acordar. O táxi nos deixou à frente do elevador. Subimos, entramos em casa, e Alex mal acendeu as luzes, eu já estava caindo no sofá.
Eu estava muito tonto, sorridente, e ofegante.
Ele se aproximou e perguntou se eu estava vivo. Eu apenas ri... Não tinha tomado nada tão forte assim nunca em minha vida.
Eu apenas puxei Alex para abraçá-lo, de braços e pernas...
-Você cheira tão bem! – eu disse retirando sua peruca – Pena que é chato pra...
-Você está bêbado demais, fedelho! – ele me respondeu.
-Ei! Dá pra ser gentil uma vez na vida? – reclamei.
-Ao menos me deixe tirar essas roupas de mim... – ele disse.
Eu estava excitado... Larguei Alex e tentei me sentar direito no sofá. Ele foi para o quarto fazendo muxoxo. Eu tentei me segurar, esperar mais um pouco, ele estava demorando, então fui atrás.
Alex estava com a mesma calcinha amarela, só que com meia calça diferente, como se pertencesse a um conjunto... aquela calcinha específica, a meia calça, e talvez algo para a parte de cima... Que no caso, ele usava uma camiseta cinza quase transparente.
Eu avancei até alcançá-lo, queria beijá-lo, mas ele me jogou na cama.
-Você é muito afobado – ele disse tirando minhas roupas.
Quando ele arrancou minha cueca, meu membro pulsava demais. Eu coloquei meus braços para cima, talvez para sensualizar. Não consegui ficar sério, comecei a rir e ele a fazer caras de irritado.
Fechei meus olhos alguns segundos, e senti as mãos de Alex me vestindo... Mas... como?
Quando abri meus olhos, ele estava vestindo algo em minhas pernas, e pude ver... Ele me pôs uma lingerie... de cor preta... com calcinha rendada – bem fina, que mal cobria meu pênis rígido –, com meia calça transparente, com aqueles babados de coxa, e um tipo de suspensório ligado à calcinha... A parte de cima parecia uma camiseta, colada em meu corpo até a altura do estômago, e o resto era rodado, e meio aberto.
-O que é... – eu estava começando a protestar quando ele deitou sobre mim e roubou-me um beijo de língua, mordendo meus lábios.
Eu retribuí seus beijos... Ele me beijava como se fosse me engolir... E eu, como se quisesse sugá-lo.
Troquei de posição, ficando sobre ele, abrindo suas pernas e roçando nossos pênis. Ele não conseguia ter ereção, se não me engano. Mas estava muito... gostoso... Minha boca foi até seus mamilos, e lá fiquei mordendo, escutando seus gemidos que invadiam meus ouvidos como música... E eu? Cada vez mais forte os mordia. Era extremamente excitante tudo aquilo.
Alex me empurrou para trás, eu levantei meu corpo sem entender. Então ele sacou meu pênis pelo lado, sem abaixar a minha calcinha. Fez o mesmo com a sua, mas em seu caso, ele deixou à mostra suas entradas. Eu sabia então o que fazer.
Posicionei e o penetrei... Não senti dificuldade, e ele não reclamava. Eu segurava seu calcanhar como se fosse quebrá-los, as vezes apertava suas coxas como se quisesse arrancar dele algum pedaço, e colocava todo meu peso ali... fazendo seu corpo ficar totalmente aberto para me receber.
Ele gemia e apertava meu pescoço, enquanto eu estocava com muita força e babava pela boca, vendo toda a cena... Ele aberto para mim, com roupas íntimas femininas, e eu entrando nele, com roupas íntimas femininas.
-Eu vou gozar – anunciei...
-Goza logo, eu já fui – ele dizia...
Retirei meu pênis de dentro dele, e ao segurar, espirrei esperma por seu corpo, rosto e lábios... Passei meu dedo para limpar seus lábios, depois provei de meu próprio esperma. Não sei que diabos deu em mim, parece que eu fiquei com curiosidade...
Depois disso eu simplesmente apaguei. E acordei no meio do outro dia sem roupas.
No sábado de tarde conseguimos me matricular num curso, eu iria tomar as aulas todas as noites... Estávamos discutindo sobre eu dormir em sua casa. Quase brigamos, pois ele queria que eu ficasse em sua casa, mas eu precisava ir em casa, ver minha mãe... Não dava para eu passar minha vida na casa dele... E como explicaríamos no trabalho essa situação?
Nós brigamos e ele resolveu me deixar em casa. Eu deitei com ódio dele, para variar. Dormi rápido, e no meio da madrugada eu recebi uma mensagem de Samyr: "terminamos o serviço".
Meu corpo gelou.
-----
Oi gente
Os últimos capítulos foram estranhos para mim, digo, a extensão deles... dois curtos e agora dois longos. Bem, eu estou me reabituando com Femme, e estou gostando... posso dizer que já estou me sentindo novamente no clima de escrever essa história. Tenho uma surpresa para vocês, mas apenas ao final dessa história... espero que vocês estejam gostando, pois não chegamos ainda no meio da história.
Falem de como está a narrativa, pois eu não sou acostumado em narrar fatos abreviados dessa forma... Foi como eu comecei Incubus Dourado, e confesso que eu não gostei muito da forma que narrei seu início... mas do capítulo 11 em diante eu estava escrevendo melhor, com mais detalhes, com mais segredos sendo trabalhados... Eu gostei de narrar daquele jeito...
Bem, daqui há algum tempinho, estarei inscrevendo Femme em concursos, me desejem sorte.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro