Joe Hahn, 15 de Março

Perguntaram dez vezes o que estava a fazer e ele... nada. Nenhuma resposta.

Disseram que estava zangado, que era antipático. Disseram que precisava de ser menos arrogante.

Joe estendeu a folha de alumínio no plano da sua imaginação. Foi fazendo buracos e depois ergueu figuras a três dimensões, amarrotadas, moldadas em rugas e arestas. Agarrou num bloco de notas e desenhou um super-herói intenso, num traço abrupto e exagerado, carregando os contornos escuros.

O Rob compreendia-o melhor que os outros e protegia-o com o seu corpanzil enorme. Era desajeitado, mas era um amigo que se podia usar como escudo contra as balas.

Agarrou no seu telemóvel, tirou fotografias. Todos temiam e adoravam as suas fotos. Ora porque captavam momentos embaraçosos, ora porque captavam momentos adoráveis.

- Farei uma exposição com estas fotografias e vão pagar uma fortuna para conhecerem os segredos da banda.

- Nem te atrevas, senhor Hahn – pedia Brad.

- Oh não... – murmurava Rob.

- Sim, por favor! – incentivava Chester. – Quero que o mundo conheço as curvas do meu traseiro famoso.

- Apoio-te se usares também as selfies que tiras no duche – disse Dave.

Mike sorria.

- Tu também tens pecados – acusava ele, divertido.

- Eu sei, Joe.