Invisible
Brad Delson, 1 de Dezembro
- Acontece assim... e é o que me aparece na altura, sabes? Não te consigo explicar. Acontece, simplesmente, e depois tenho de te vir contar. Tu percebes o que quero dizer. Inspiração, é como se chama a isto. Um fogo, não é? Uma... ânsia. Tenho a guitarra e ela fala por mim, porque eu... bem, com as palavras nunca fui muito bom.
- Tu és excelente, Brad. Não queres...?
- Não, Mike. Não quero. Estás sempre a insistir. Mas eu não quero.
Mike olhou para ele. Brad encolheu-se e baixou a cabeça. Dedilhou as cordas da guitarra. Recuperava a sua segurança quando tocava um acorde, quando se escutava a si próprio. Melodia, ruído, a solidez do som. Era melhor que um carinho. Vinha de dentro, da sua alma e depois estendia-se pela pele, afagando-o como um cobertor quente de amor extraordinário.
- Tu escreves todas as canções comigo – insistiu Mike. – As canções dos Linkin Park.
- Todas, não. Há o Chaz.
- Tu e eu. Somos os compositores principais.
- E eu quero continuar a ser invisível.
- De certeza? Gosto de te ouvir cantar.
- Ei, meu. Para com isso, Shinoda! Prefiro ser como sou.
- Invisível?
- Invisível.
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