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4 - Eu nunca comi carne mal passada (Parte 2)

Felicity me olhou de um jeito estranho, como se duvidasse de mim. Fazer o que né? O cara aventureiro nunca é muito confiável, ainda mais quando mente de verdade... Não que ela saiba disso. De qualquer forma, acho que não desconfiou por eu ser quem sou. Não desconfiou por eu ser um aventureiro. Não pareceu considerar que eu mentia. Mas pareceu desconfiar simplesmente porque sou homem! Entende? Acho que não, pois nem eu entendi direito no começo. Estava óbvio que a pequena Felicity nunca havia sido convidada para sair, o que era um pecado e tanto. Os outros homens só podiam ser cegos para não ver toda aquela beleza emanando dela, junto com seu bom humor. Cegos! A garota não sabia confiar em homens, ainda mais homens desconhecidos. Mas eu tinha que me redimir com ela, então esperei o tempo que foi preciso por sua resposta.

— Tudo bem. — Disse, não muito animada. Ela parecia apenas alguém que queria me agradar. Suspirei, mas deixei por isso mesmo. Era melhor do que vê-la recusando meu convite. — Preciso trabalhar. Tchau. — Deu um sorriso amarelo e entrou na loja. 

Olhei para o céu azul e suspirei. Ela só podia estar me odiando para agir daquele jeito! O que eu fizera de tão errado? Quero dizer, além de mentir e roubar seu primeiro beijo? Acho que não muito, não é? Suspirei novamente. Nada daquilo parecia realmente bom. Eu sequer combinara um horário para levá-la para sair! Não conseguiria falar com a garota porque não tinha seu telefone e... Espera! Seria essa a estratégia dela? Será? Nossa, que sacanagem! Balancei a cabeça por causa do pensamento e encarei a porta da loja. Eu precisava entrar lá de qualquer jeito, então não custava nada conversar com a garota mais uma vez. Ou custava?

Talvez custasse meu orgulho, meu amor próprio, meu esforço. Talvez custasse meu bom humor, meu dia quase perfeito, minha memória amaldiçoada. Talvez não me custasse absolutamente nada! Eu deveria tentar, independente do que pudesse vir a acontecer. Sorri para o letreiro da loja de câmeras, já sabendo o que fazer: Não desistir. Adentrei a pequena loja com um ar confiante. Felicity estava de costas, observando algumas gavetas que se encontravam atrás do balcão, grudadas na parede. Cruzei os braços e a observei abrir e fechar as gavetas ruidosamente. Ela grunhiu todas as vezes em que fechou uma gaveta. Era uma cena engraçada de se ver, ainda mais sabendo que a culpa era um pouco minha. Ou talvez não. Talvez ela só odiasse as gavetas. Vai saber!

— Olá. — Eu disse, disfarçando a voz. Queria ver como ela tratava um cliente normal. Eu não podia ser considerado um cliente normal, não é? — Vim buscar a minha câmera. — Continuei engrossando a voz. 

— Só um segundo senhor. — Respondeu ainda brigando com um das gavetas. Senhor? Parece que consegui disfarçar bem. Sorri e a vi grunhir. — Essa gaveta... — Ela bateu nela. — Não fecha por nada! — Empurrou novamente e nada. Segurei o riso e me aproximei das duas, da garota e da gaveta. Aproveitei quando ela se afastou da gaveta e eu me aproximei. Fechei-a e olhei para a garota, a qual arregalou os olhos e depois começou a rir. — Sério isso?

— Vim te ajudar, pequena Mulher Maravilha. — Seu cabelo balançou quando eu lhe dei o apelido. Eu não sabia ainda, mas aquele seria meu apelido carinhoso para Felicity. — A gaveta parecia uma adversária à altura. 

— Toda heroína precisa de um bom adversário, não é? — Ela sorriu e caminhou até o balcão. Segui. Sorri para ela quando pegou a câmera de Rebeca. — Essa é a única câmera que estava programada para ser entregue hoje. — Deu de ombros e me entregou. — Não custou nada porque eu acho sacanagem cobrar só por uma peça fora do lugar. 

— Justo. — Sorri. Ela era tão legal! Ninguém que eu conhecia faria algo daquele tipo por mim, muito menos George, aquele ladrão! — Valeu. Minha amiga vai amar.

— Não foi nada. — Ela sorriu de volta. — Por que não me disse que meu cliente era você?

— Porque queria que aceitasse sair comigo pelo que sou, não por ser um cliente e por você não poder ser rude com um cliente.

— Mas posso ser rude com você?

— Como uma pessoa normal. — Completei.

— Eu aceitei a pessoa normal então. — Balançou a cabeça. — Odeio essa palavra... Normal. — Olhou-me, a expressão de alguém que fala algo muito sério. — Ninguém é normal, sabe? Você não é normal. Eu não sou normal. — Fez várias pausas longas, então começou a falar quase sem parar: — As pessoas não são normais! Ninguém pode ser considerado normal, porque normal seria algo como padrão. Você está preso em um padrão? Porque eu não! Se existisse essa de normal, todos seríamos normais. Entende? Normal é igual. Igual é chato. Igual é impossível. Não existem duas pessoas iguais, apesar de existirem mais umas 5 pessoas iguais a você no mundo...

— 7. — Corrigi. Ela deu de ombros.

— Entendeu meu ponto, certo?

— Sim. — Suspirei. — Você é tão diferente do que eu imaginava, Felicity.

— Obrigada, isso me deixa muito feliz. — Deu um grande sorriso. Não havia nenhum traço de ironia. Ela queria mesmo dizer aquilo. Fiquei impressionado. — Você é a primeira pessoa a me dizer isso.

— Então me sinto honrado em ser o primeiro. — Fui igualmente sincero. Ela puxava essa minha veia mais sincera... Bem, não o tempo todo. — E você não combinou direito comigo. — Deixei claro que isso não sairia barato. Não esqueceria tão fácil!

— Como não? Eu disse que aceito. — Ela pareceu confusa.

Eu ri. Ela é tão meiga!

— Mas não combinou horário, o local do encontro... Apenas disse que sim e saiu. — Balancei a cabeça e ela fez o mesmo.

— Desculpe.

— Podemos?

— Você tem certeza de que quer isso? — Ela mordeu o lábio, obviamente nervosa. Cara, ela nunca saiu com um homem mesmo! 

— Tenho. E você?

— Eu acho que seria muito legal, mas nunca fiz isso antes. — Olhou para o chão. — Não sei nem como agir. Provável que faça o que aprendi nos filmes.

— Ótimo. Eu te ensino a aperfeiçoar os filmes para a vida real. — Dei um sorriso largo. Nunca pensei que diria algo desse gênero. Foi divertido.

— Então que horas quer me ver? E onde? — Ela ainda não me olhava.

— Oito?

— Pode ser. Mas onde? — Insistiu.

Então me dei conta de que não conhecia absolutamente nada em Vancouver. Suspirei, pensando em um plano B com cabelo castanho avermelhado. Ótimo!

— Podemos nos encontrar aqui e eu te levo ao lugar que escolhi. Tudo bem? — Até porque não escolhi lugar nenhum.

— Pode. — Sorriu e ouvimos outro cliente entrar. — Mas agora preciso trabalhar. — Sussurrou para mim.

— Ok, também preciso trabalhar. — Menti. — Até mais tarde, Felicity. — Fui rápido e lhe dei um beijo na bochecha antes que pudesse esquivar.

— Até, Logan! — Ela ficou ruborizada e deu um sorrisinho tímido ao cliente.

Saí de lá sem preça. Como odeio isso! Por que eu menti mesmo? Fechei os olhos por alguns instantes e então peguei meu celular. Digitei o número que decorara mais recentemente e sorri quando ouvi a voz feminina e doce do outro lado.

Alô?

— Summer?

Fala!

— Eu preciso da sua ajuda, urgente!

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