Caminhando dentro desse mar de pessoas,
Tanta gente, tanta histórias, tantos cosmos,
O silêncio em mim se dissipa nesse barulho,
De gente andando, vivendo e sempre passando,
Nessa aglomeração, eu me perco dos problemas,
Fixos na cabeça como as pedras na calçada;

Atravessando essa multidão tão vazia,
Todo mundo cheio de problemas e soluções,
Todo mundo perdeu alguém ou já se perdeu,
E nós todos, em passos, nos unimos sem unir,
Caminhos uns pelos outros, tão desconectados,
Essa velha sensação de solidão na multidão;

A gente mergulha e quase se afoga aqui,
Nesse mar de gente que nos vê e não enxerga,
Ocupados em si como eu em meus incômodos,
Demônios e bestas a solta, eu quero uma paz,
Alguém que ajude quando for difícil de respirar,
Muitos tem medo de nadar ao nosso encontro;

O silêncio é devastador, quase aterrorizante,
É quando as vozes da paranoia falam mais alto,
O medo cresce mas eu preciso é de gente!
Que me distraia, me motive e me espere,
Todos carregando seus universos cheios de si,
Alguém poderia me levar no bolso por acaso?

(Data: 04 de Novembro de 2018)