Eu costumava a odiar o meu passado,
Por tantas coisas que me arrependia,
Por tantas pontas soltas a serem resolvidas,
Tudo isso era um peso e girava na mente

Como querer logo achar o amor de nossa vida,
Dar responsabilidade a quem não é obrigado,
Nos apressamos e culpamos demais, que
Acabamos esquecendo de viver tranquilos;

Com o tempo fiz as pazes comigo mesmo,
Me perguntam se esse pacto é para sempre,
Logo respondo que não, nada dura eternamente,
Quanto mais laço entre coração e mente;

Do futuro eu temo quando penso nele,
Medo do desconhecido, do incerto e não previsível,
Como andar numa lagoa e não saber quão funda,
Eu entendi que sofria de antecipação;

É um desespero que me corre todo corpo,
Me sinto tão incapaz de fazer acontecer,
Minutos de pensamento tão ruins e agoniantes,
De um futuro de sufoco e sem muita alegria;

Mesmo que o intervalo para conquistar as coisas,
Ainda me mate lentamente por dentro, o que
Eu preciso é do tempo agindo sobre mim,
Me tornando forte e maduro para o futuro;

(Data: 22 de Junho de 2018)