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Capítulo 05.




2014...

Antes do primeiro semestre terminar, souberam que Elisa estava doente. Samy desconfiava que a avó não andava muito bem, pelas ligações, e quase não estava aproveitando a carona de Carlos e Laura nas visitas.

Rita contou a sobrinha por ligação, era câncer. As duas ficaram com ela e Ana, por algumas semanas, pois o tratamento seria feito num hospital de Salvador. O médico estava esperançoso pois era inicial.

Samantha chorava escondido, mas na frente de Elisa se mostrava forte. Ana via o quanto a amiga pedia aos céus, afinal era a única familia de fato que ela tinha, e claro que ela sabia que podia contar com a sua familia como sendo dela.

A neta foi com elas, quando voltaram para casa, para ficar três semanas ajudando. Ana faria o reforço escolar das crianças.

Samy num desses dias, foi cedinho a casa que morava. Deu uma olhada no seu quarto, pegou a boneca de lã que sua avó havia feito e ela não tinha levado para Salvador. Depois, deu uma limpadinha rápida na sala, cozinha e varanda, só para tirar a poeira mais a vista e enquanto fez, sentiu saudades do pai. Pela lembrança dele estava fazendo aquilo. As lembranças da dança aos domingos...

Depois foi até a casa da frente, para visitar a senhora e a filha. A senhora havia falecido, mas pediu a filha que quando encontrasse Samantha lhe desse um presente: Uma pulseira.

Ela agradeceu, emocionada.

A mulher lhe disse em meio a conversa que tinha um amigo em Salvador, que trabalhava numa empresa de telemarketing, como supervisor, e perguntou se poderia falar com ele para encaixa-las numa seleção. Samantha comentou segundos antes, que tinha trabalhado nisso também.

Perguntou a amiga por mensagem se ela queria também, e teve a resposta que sim.

Ana não gostava muito desse trabalho, mas geralmente os universitários optavam por ele, pois não era a mesma carga horaria de outros. Passaram na seleção e foram contratadas, porem em novembro houve um corte de pessoal devido à perda de contrato com a empresa que aquele andar representava, então elas estavam novamente em busca.

***

2015...

Meses passando e nada de um novo emprego.

Naquele ano e o anterior, se sentiu tão cansada e preocupada, que acabou dando atenção somente a busca de emprego. Não tentou Enem, nem vestibular. Mas ajudou a vizinha a estudar alguns assuntos, e a moça que também estava cansada de tentar, passou. Assim como fez dancinha quando Ana passou, Samy fez quando soube da moça.

Ana estava que nem sabia dizer como se sentia, por causa da faculdade e estarem sem grana, ou só tinham para o básico devido ao reforço escolar. Até as faxinas não estavam frequentes. A ajuda da familia continuava bem-vinda. E se sentiam mal por Elisa querer ajudar, sendo que as vezes comprava remédios para si.

E mesmo Samantha dizendo para acreditarem que iria dar certo, Ana Carla sabia que ela chorava várias noites, antes de dormir, enquanto sussurrava que não queria ser peso para ninguém. Que o que estavam passando não era justo. Que talvez se ela voltasse para casa, as coisas melhorariam.

***

Última semana de outubro, ela estava entregando currículos, afinal lojas poderiam chamar para temporário de fim de ano. E uma moça numa barraca de lanches, lhe disse que havia uma loja de roupa num shopping pequeno, que estava precisando de vendedora.

Agradeceu e seguindo a orientação da moça encontrou a rua, depois o lugar. Era um shopping de três pavimentos. Os de cima, eram de: escritórios de advocacia, assistências técnicas, estúdio de tatuagem, estúdio fotográfico. No térreo é que havia loja de roupas, salão de beleza, cafeteria, e uma pequena livraria.

Mas, uma das funcionárias disse que já tinha preenchido o quadro dias antes.

Ela saiu da loja, respirou fundo, dizendo a si para não se desesperar, confiar, e ter fé.

Entrou na livraria bem ao lado da loja aonde estivera. – "Ao menos olho umas sinopses e distraio a mente. Deixo o choro pro caminho de volta. "

Tinha uma senhora que estava saindo de trás do balcão com uma plaquinha nas mãos, que ela deixou no balcão e foi cumprimentar Samantha. Disse que ela ficasse à vontade e depois falou que tinha a impressão de conhece-la.

Samy explicou que era a primeira vez naquela área, e que estava entregando currículos. A senhora deu um risinho, falou que estava para colocar uma plaquinha informando que teria uma vaga de atendente. Fez um resumo e pediu o currículo dela. Deu uma olhada, enquanto a dona dele falou que estava precisando de uma chance e que poderia aprender o que ela ensinasse.

A senhora foi até o caixa, pegou um valor e pediu que ela fosse até a cafeteria ao lado, e trouxesse dois cafés. — Pode avisar que é pra mim, ela te dá uma bandejinha com as xícaras. – "Tá na hora do meu cafezinho..."

Quando ela voltou, a senhora fechou a porta, colocou aviso de "volto logo" e subiram a escada para uma salinha que era usada como "escritório/ estoque". Conversaram por quase meia hora, e a senhora disse que ela lembrava uma amiga de infância, e que tinha "batido o olho nela e gostado. "

Samy falou sobre lugares que já tinha trabalhado, e o que fazia enquanto não tinha um emprego fixo. Que tinha feito entrevistas naquele ano, mas percebeu que também era julgada por estar gordinha, e que passavam para a próxima fase, moças "mais adequadas para trabalharem em lojas de shopping". E olha que ela mesma sentiu que perdeu peso, devido as preocupações.

A senhora a convidou para ficar o restante do dia. Forneceu almoço, e gostou de vê-la interagindo com alguns clientes que entraram e ela até fez vendas. No fim da tarde, a chamou proximo ao balcão. — Deve ser destino. Já tive duas aqui, que foi indicação até, mas não deu certo. Olhei para você e tô pensando em te dar uma chance. Vai ver, foi Deus que trouxe. Se você quiser trabalhar aqui, te dou essa chance. Começa na segunda. – "Tô sentindo no coração, que é pra fazer isso... não sei o motivo, mas to obedecendo. Espero não me decepcionar. Ela parece fofa, carinhosa, atenciosa. Que não seja só fachada. "

Samantha saiu da livraria, olhou para o céu e disse — Obrigada.

Voltou até a barraca, aonde tinha recebido a informação e explicou que não foi possível na loja, mas que havia conseguido na livraria. Agradeceu a moça.

A moça lhe disse uma coisa que ficou na sua cabeça por todo o caminho de volta para casa. — Menina que coisa hein... olha, que coincidência você parar aqui, e eu te falar de lá. A vida deve tá querendo você lá.

*

Chegou em casa, contou a Ana, que chamou de milagre. — É um presente de aniversário adiantado. Você vai tá no nosso território fia, vai tirar de letra. Livros. Uma livraria deu a sorte de nos conhecermos, essa livraria vai trazer mais sorte ainda.

— Eu senti uma coisa diferente, mas não foi ruim não... Eu senti uma coisa... não sei se é so a emoção de fim de ano, esperança de ano novo beirando a porta. É a notícia do emprego né? – Ela riu baixinho.

— Pode ser também intuição. As vezes a gente entra em lugares que não se sente bem. E se sentimos uma sensação boa, pode ser que vai acontecer muita coisa legal ali. Na verdade, acho que é você numa livraria que dá muita sorte. – Ana disse e elas riram.

— Que seja isso mesmo de ser coisa boa, ótima. Precisamos. Esse ano nenhum trabalho que durou o mês, nenhum temporário. Mas isso mudou. Graças a Deus. " Por favor universo, começa a cooperar..." – Pensou Samantha. Ansiosa por começar a trabalhar, depois de tantos meses em que tantas vezes chorou ao se deitar, perguntando quando as coisas começariam a dar certo. Aquele ano teve muitas situações que a deixaram tristes, mas sua avó estar bem de novo, tomando remédios certinho, se cuidando, foi um grande alivio também.

Logo depois, telefonou para ela, contando sobre o emprego que começaria na segunda e como aconteceu tudo. Dona Elisa respondeu que acreditasse sim, que poderia ser o começo de uma nova história, e não só a emoção de fim de ano e emprego conquistado. — A vida quer você nesse lugar. Você nem ia passar na Orla, você já ia voltar para casa, e falou com a menina na barraca. É destino!

Samantha orou antes de dormir, agradecendo. Já tinha orado chorando, até pegar no sono. Mas aquela noite, ela deitou com um sorriso alinhado no rosto.



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Capítulos 04 e 05, postados dia: 10/10/2024.

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